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terça-feira, setembro 27, 2011

Senhora

Não pense você, só porque é baixinha, branquinha, lisinha, com esse cabelo fininho e esses olhões amendoados que me compra não, viu?
Não vá pensando que só porque o seu cheiro é o melhor de todos, q eu vou ceder aos seus caprichos!
Não vou.
Não vou morrer de rir das suas gracinhas, mesmo que me apareçam depois de uma sem-vergonhice daquelas. Você é especialista!


Não me venha com esse seu sorriso cheio de dentes e olhar terno, depois de pisar no saco do seu irmão. Não, eu não vou me dobrar.
Nem fique achando que me tem na mão, só porque eu beijo os seus pés, a sua barriga, seu pescoço e te olho com ternura.
Nem adianta!

Se você é forte, eu sou mais.
Se vc é barulhenta, eu sou muito mais e sou mais alta.
Se sua mão é pesada, é porque vc não me viu de chinelo na mão!
E muito embora eu viva cheirando seu cabelo e beijando sua bochecha, não pense vc que o jogo está ganho, porque não está!


Eu detesto quando vc pula no sofá. Tenho vontade de te sacudir todas as vezes q vc pula na minha cama parecendo que vai cair!
Fico irritadíssima quando vc amassa meus peitos para se segurar.
Mentira se disserem que eu gosto quando vc empurra seu irmão mais velho tal e qual uma dominatrix, só porque ele cai de costas te fazendo gargalhar.
Quem manda no barraco sou eu, young lady!

Ao menos é assim quando vc está dormindo...
Hunf!

sexta-feira, setembro 23, 2011

ROCK 'N RIO IV - EU VOU... PARA BÚZIOS!

PARA QUEM?

Me abstive até o presente momento de me pronunciar a respeito do Rock 'n Rio IV porque tinha esperança. Dinheiro não, mas esperança de que as coisas mudassem. E eu só queria entender que raio de estratégia de marketing é essa? E peço, se tiver algum letrado na área lendo essa joça, que me esclareça.

Mais uma vez recorro ao recurso do mini-flashback pleease!

MINI-FLASHBACK PLEEEASE INICIANDO! 
Quando teve a primeira edição, claro não pude ir e isso tem tanto tempo que eu nem lembro quantos anos eu tinha. Se eram doze ou dez ou onze anos, não necessariamente nessa desordem! Sei que meus pais foram e eu, dentre as minhas amigas, gozava com o pau alheio, porque os MEEEUS PAAAIS eram os únicos que não eram caretas e foram.

Meu pai ter ido, Ok. Meu pai tornara-se alguém que curtia genuinamente rock e trazia isso pra casa, embora eu ainda achasse barulhento demais; Já minha mãe era minha veia pop e foi na onda. Não junto com ele. Aliás, eles foram separados apesar de casados.
Foi o desbunde, foi a doideira e eu achei o máximo segurar o convite de verdade nas mãos, naquele quarto deles que tinha um jardim de inverno, onde eu costumava tocar cítara. Adorava aquele apartamento...

Aí veio a segunda edição e eu estava em crise. Já com 18 anos completos, fim de um relacionamento, meu primeiro amor perdido. Foi com esse primeiro amor que me enfiei no meio do Maracanã de pista, louca para ver o Guns 'n Roses que era a doença da época. Não lembro como se deu a questão da compra do convite, mas sei dizer que a maior dificuldade era levantar o dinheiro e não me recordo exatamente se houve problema para comprar o par de ingressos. Não teve. Claro que não.

Assim foi na 3ª edição.
Roberto Medina fez o costumeiro alarde, montou stand de venda em várias lojas espalhadas pela cidade, montou um museu do Rock em pleno Barra Shopping e nesse mesmo museu era possível comprar o ingresso. Eu bati o pé e disse que não ia. Já na terceira edição, o que era um tributo ao rock começou a mudar (Britney Spears, Sandy & Junior - Dani Antunes com nariz no palco esse dia, hein, hein, hein?!).
Ainda sim, se via boas atrações: R.E.M., Red Hot Chilli Peppers, Iron Maden, Neil Young, Foo Fighters, só pra dar o tom. Mas a noite que ficará gravada nos corações e mentes foi o banho de copinhos e latinhas que Carlinhos Brown levou da plateia na noite mais satânica do rock. Falta de semancol dos organizadores e dele próprio, q aceitou cantar p/ tapar buraco na noite onde a plateia estava sedenta por gritar Fear of the dark!
Falando em rock nacional destaco o show da Cassia Eller, foi sua última apresentação que assisti em vida e aplaudi de pé... Naquela época, já há 1 mês do show mudei de ideia ao passar em frente a cidade do rock e ser seduzida.
Comprei o ingresso e me recordo bem, há uma semana do show eu resolvi ir em mais uma noite e comprei meu segundo ingresso. Foi simples desse jeito.

MINI-FLASHBACK PLEEEEASE ENCERRANDO!

Agora eu me pergunto: A 4ª edição é a edição do sofrimento?
Ou depois que o festival virou franquia, os organizadores resolveram sei lá... tirar onda com a cara do brasileiro, achando que marketing bom é aquele q te faz de corno? Me explica que eu ainda não entendi.
Se o foco é unir música e público, por q raios reduziram a área onde aconteceria o show, entupido-o de lojas, roda gigante, mais uma porrada de coisas nonsense (tirolesa) que nada tem haver com música e público? Tipo, vai ter um espaço para plantar árvore... o.O
Não que eu não goste dessas coisas. Gosto sim, num parque de diversões, oras!

Disponibilizam poucos ingressos para o grande público, mas esbanjam esses mesmos ingressos para os patrocinadores. Tem Guanabara, tem Bob's, tem Trident só para citar alguns, fazendo zilhões de promoções com os ingressos do evento. Fora a prefeitura que ganhou ingresso à rodo e terão direito a levar pai, mãe, filho, papagaio, cachorro, empregada e laranja se bobear... Os manés pagantes, tiveram que se foder em fila.

Cara, péraí! Nem eu consigo mensurar o que eu mesma estou escrevendo. Existe um festival, vc quer ir, então para ir, vc vai ter que se foder. Já está determinado desde o início!
Se foder na fila, se foder para comprar o ingresso do ônibus (aquele que a prefeitura vai disponibilizar por R$ 35,00 e que vai te deixar a 3Km de distância do evento - aaah vc não sabia?!) , vai ter que levar lanchinho, porque vão vender o cachorro quente da Geneal (leia-se 1 pão com uma única salsicha sem tempero dentro) a R$ 5,00 ou R$ 6,00 e para beber, o mané vai ter q se virar, porque não pode entrar com lata, nem birita, nem nada líquido na bolsa. Vc vai ter que levar um extra para beber lá dentro e prepare-se, será outro assalto. Hj eu tô toda trabalhada na Fernanda Barraqueira!!
E dá-lhe fila, dá-lhe fila. Isso pra quê? Para ver Claudia Leittttttte, Ivete Sangalo, Ke$ha, Shakira (que hj nem canta mais?)? E a campanha anti-drogas? Vc nem ao menos vai poder se drogar para escapar desse sofrimento. Vai ser direto no toba à seco sem direito a rock, porque isso aí não é rock!

Sinto muito. Não vou.
Aaaah! Existe uma saída que eu não contei. R$ 640,00 vc consegue ingresso para 2 pessoas, o dia que vc quiser. Só tem q ter a grana ou parcelar. Mas aviso. R$ 240,00 é só de taxa administrativa, topas?
Chega na sua casa bonitinho, quer dizer... com a greve dos Correios eu já não posso afirmar que chegue a tempo.
Não, definitivamente não. Tô fora!
Você ainda pode entrar em alguns sites e tentar ganhar nas promoções. Eu juro que tentei, mas sabe? Desisti. Minhas ideias não são boas o bastante para os organizadores. Eu tô velha e fora de forma.
É que eu queria levar o Pacotinho na noite de seu aniversário (dia 02/10) para ver System of a Down, Evanescence e de lambuja Guns 'n Roses cujo álbum Appetite for Destruction (um clássico) ele adora. Mas não deu. Não mesmo.

Então encontrei uma solução! Eeeeureca. Por menos de R$ 350,00 vamos no final de semana de aniversário dele para um Hotel em Buzios, que tem piscina, parquinho, praia particular com toda a família, para celebrarmos seus 9 anos. Ele adorou a ideia do presente, está super feliz e eu também. Sem traumas, sem fila, sem abuso e sem fazer ninguém de palhaço.
Uma saída digna, eu diria e que vai ficar guardado igualmente para sempre em nossas memórias, mas certamente de uma maneira positiva.

quarta-feira, setembro 21, 2011

CONSTATAÇÕES

Andei caladinha por um tempo é verdade. Ando observando as pessoas. Eu, quietinha no meu canto, só observando o comportamento humano e a fogueira das vaidades.
É que ser diferente, antenado e novo, muitas vezes incomoda. Não dá pra dar mole pra Kojak, não é?
Então vamos ao mini-flashback!

Ano de 1994, eu começo a trabalhar na primeira empresa jornalística da minha vida como Assistente Administrativo. Numa época em q não existia mp3, não existia celular e o walkman, se atirado de uma certa distância era capaz de matar o infeliz que estivesse passando na direção.
Eu morava muuuito muuuito longe. Não tão longe quanto em Campo Grande, mas semelhante era a distância.

Minha fama naquele lugar infecto era de atrasada, maluca, piranha e dorminhoca.

Tinha uma série de coisas a consertar em mim. Tinha um péssimo relacionamento com minha chefe direta, que na minha opinião era alguém grossa, estúpida e que se deixava manipular pelo gerente. Um magrelo, babaca, da voz fina, que se trepasse com a mulher dele era capaz de se quebrar ao meio.

Um dia, eu fiquei sabendo que quase todos que me sorriam pela frente, falavam muuuito mal de mim pelas costas e eu, ao invés de tentar me defender, como vejo muitos fazendo por aí, ou ainda, guardar rancor de quem me massacrava (até porque eu não sabia quem eram eles), resolvi conversar com quem me conhecia (e me julgava) para saber o porquê daquilo tudo. Claro, nada disso foi num estalo. Não foi do dia pra noite, de qualquer modo, eu levei 2 anos e 6 meses naquela empresa, mas a mudança também não demorou 1 ano e meio para acontecer!

Eu observei que logo que cheguei lá e logo que me acostumei com o ambiente de trabalho, achei que todos (os mesmo q zoavam o chefe junto comigo), absolutamente todos eram meus amigos. Achei que todos por falarem besteira, tinham a cabeça aberta e ao ser questionada sobre minha vida pessoal, eu inocentemente contava causos, inclusive que tinha 3 namorados (que se juntasse os 3 não dava 1 e q desses 3, um voltara para América do Norte). Eu não comia ninguém. Mas tinha fama de puta. Claro, um dia um anjo bom me falou com delicadeza que parte do meu sofrimento se devia a minha postura. Em outras palavras, ela disse: feche a boca! E eu fechei. Nada de assuntos pessoais.
Eventualmente eu esqueço a minha própria regra, no entanto, as coisas se revelam e eu não cometo o mesmo erro duas vezes.

Descobri que chegar atrasada não era necessariamente o problema. O problema em si, era q eu não pedia desculpas ou não me justificava perante minha chefe direta. Aquela q eu achava escrota. Descobri isso da pior maneira possível. Um dia, ela não quis conversar comigo me ignorando no banheiro. Eu fui atrás dela e fomos lavando a roupa suja do corredor até a sala. Quem via, pensava que a porrada ia mesmo estancar.
Felizmente, eu pude observar coisas a serem corrigidas no meu jeito que incomodavam a ela profundamente e fazia com que ela não me respeitasse. Da mesma forma, que eu a fiz entender que o jeito com q ela vinha me tratando estava me fazendo mal e pior, não resolveria as coisas.
Ambas mudamos. Viramos as melhores amigas até o dia que saí de lá.

A fama de maluca eu infelizmente ainda carrego. Neguinho confunde maluquice com extroversão. Eu sou alto astral, extrovertida e não raro, falo o que penso. Adoro brincar, me divertir e fazer as pessoas rirem, por isso a fama. Nunca liguei pra isso. Só quando me atrapalhava profissionalmente. Então era o momento de pôr o pé no freio.

Dorminhoca é porque eu morava longe e mesmo sem saber, sofria de hipotireoidismo. Ainda sofro, mas tomo medicação. Naquela época, aonde quer que eu encostasse, eu dormia. Era um sono incontrolável. Podia ser após o almoço no sofá da sala de espera dos operadores, na ante sala do escritório em que eu trabalhava, na recepção de qualquer lugar... então, tinha essa fama.

Eu consegui reverter a situação e mudar minha imagem naquele lugar. Mas não foi tentando convencer ninguém de que eu tinha mudado verbalmente. Foi apenas com o meu trabalho. Eu aprendi o serviço. Eu me tornei vigilante quando pessoas que não tinham respeito por mim estavam próximos. Eu não dava mole de ler revista durante o expediente - coisa q uma amiga fazia, mas q era tão foda e competente, q ela podia se dar o direito - eu não. Eu estava chegando, eu estava me firmando ainda. Não podia, não devia e não fazia!
Passei por 3 setores diferentes e as coisas melhoraram quando saí do meu setor de origem. Fui mostrando minha competência ali e funcionou como um disseminador da boa nova. Àqueles q tinham uma visão negativa a meu respeito, começaram a divulgar q não era nada do que diziam e assim foi. Quando voltei para o meu setor de origem, todos me respeitavam, inclusive minha ex-chefe direta que voltara a ser minha chefe direta.

Por q eu comecei a contar tudo isso? Porque vejo acontecer com uma pessoa que conheço daqui do tronco.
No caso dela, ninguém fala diretamente pra ela. Ela também não tem fama de piranha, nem de atrasada, muito menos de dorminhoca ou maluca. Não.
Ela tem fama de fraca, de desatenta, de alguém que não se cuida, que vive na internet seja pelo celular, seja pelo computador mesmo, que não liga para aparência, que não tem postura para trabalhar numa multinacional do ramo de petróleo e gás... tudo isso falam dela e todos que falam, dizem exatamente a mesma coisa sempre. São eles os errados, eu me pergunto?

E mesmo se alguns poucos amigos tentam falar pra ela q tudo se deve a forma como ela se apresenta. Ela não liga. Talvez não ligue, porque sua chefe direta ainda não tenha se pronunciado (o meu gerente magrelo naquela época, também nunca havia se pronunciado).
O problema, é que as pessoas são extremamente ardilosas e combatem o diferente como um virus.
Essa minha conhecida, adora um celular, adora uma internet, adora uma música no ouvido e apesar de estar se sentindo mais segura, está ficando extremamente queimada ao redor. Tanto, que outras gerências que poderiam olhá-la com bons olhos, estão sendo afetados de maneira negativa.

A coisa se alastra e a pessoa simplesmente não entende, retruca... ou diz que vai mudar, mas não muda significativamente. E a fama se instala.
Eu queria muuuito mudar toda essa situação. Eu queria q ela mudasse agora.
Mas que mudasse a forma de se vestir, que cuidasse da aparência, que fosse mais profissional nas atitudes, que não desse motivo... mas sinto que ela tem que sofrer de verdade para crer que tudo o q já foi dito, não é brincadeira e que pode ter consequências desagradáveis para ela. Só para ela. É a vida dela porra!

Eu sei que se ela olhar ao redor e ver como as outras na mesma posição se vestem, como se apresentam, como se portam... se ela atrelar isso em sua apresentação profissional, as pessoas talvez deixem de falar do seu desleixo consigo mesma. Porque é muito fácil conseguir uma fama, desfazê-la é que é a grande pedreira.

Não sou mágica. Não sou sua parente, nem tenho o poder de fazê-la entender o quanto ela tem de mudar para que as pessoas a olhem com outros olhos. Postura sabe? Não é qualquer coisa.
Eu não aguento mais ouvir. Eu além de não aguentar, não queria mais que as pessoas viessem falar comigo e elas vem. Sempre vem.
Estou cansada, estou cheia disso e nada posso fazer. Eu não sou ela.
E ando calada quando vejo lamentos por aí, quando leio esses lamentos estéreis sem mudança de atitude.
Muito cansada.

quinta-feira, setembro 15, 2011

O bolinho de Amsterdam - por @MissMoura

Longo tempo sem postar e muitas coisas aconteceram na viagem. A ida a Amsterdam, por exemplo. Fiquei três dias lá com os brasileiros que conheci pelo Facebook. Sim, as redes sociais fazem parte da minha vida full time, 24 horas por dia e 7 dias por semana. E isso tem me sido muito útil tanto pessoal quanto profissionalmente.

Amsterdam não me pareceu uma cidade muito grande. Boa parte dos percursos pra bares, coffee shops e restaurantes, nós fizemos a pé. É engraçado por que na cidade não é comum andarmos vários quilômetros por dia, mas viajando é muito comum. Posso dizer que vou voltar com as pernas saradas pro Brasil porque perdi as contas de quantas milhas eu andei em Londres, Amsterdam e Paris.

Você tem o mapa nas mãos, não tem idéia de que ônibus pegar, quer economizar, o metrô não passa por lá, o que você faz? Caminha! E ainda aprecia o lugar, descobre ruas e lojas diferentes que possam lhe interessar mais tarde.

Mas voltando a Amsterdam, a terra do sexo, drogas e... que tipo de música mesmo? Sei lá. Até “Chorando se foi quem um dia só me fez chorar” eu ouvi num pub lá, logo depois que desci do “queijo”. Eu dancei no queijo em tudo quanto foi lugar rsrsrsrs. Mas então, Amsterdam tem uma arquitetura um pouco antiga, é cortada por rios e pontes e algumas ruas têm cheiro de maconha. Da boa, claro. Não é tão fedorento quanto eu costumo sentir no Brasil. Mas eu nunca fui e não fiz disso a minha primeira vez. Fumaça não é para os meus pulmões.

Não gostar de nenhum tipo de cigarro não me fez deixar de experimentar o “bolinho”. Todo mundo falou desse bolinho pra mim, no Brasil, no facebook, no trabalho... Eu tinha que sair de lá sabendo qual era da parada. Então, decidi dividir um bolinho com a Jamine. O tal bolinho chama-se “space cake” e consiste num muffin de chocolate (muito gostoso, por sinal) com alguma coisa dentro, provavelmente, erva durante o preparo, você não vê, nem sente o gosto – só o do chocolate – mas, aproximadamente, duas horas depois, você sente uma leseira dos infernos, seu corpo fica absurdamente pesado, seus olhos ficam vermelhos e você acha graça de muita coisa.

O mais interessante da experiência com o bolinho (eu acabei comendo um inteiro, pois dividi o segundo com a Jamine) foi que em um dado momento, eu estava confundindo imaginação com fato passado. Ficava viajando literalmente, achava que tinha falado com as pessoas, depois perguntava pra Jamine e não tinha acontecido. Bom, posso pressupor o que 2 ou 3 bolinhos não fazem com a pessoa.

Foi muuuito engraçado, mas no dia seguinte eu não repeti. Fiquei apenas no álcool. Sim, eu sou uma pessoa chata :P No final das coisas, eu não vejo muito sentido em ficar lerda, com cara de retardada e rindo a toa, sem saber se eu disse uma coisa ou não. Foi só pra experimentar mesmo.

Em relação ao quesito que mais me interessa nos lugares, homens, não se via muitos jovens da Holanda por Amsterdam. Pelo menos, não conhecemos ninguém de lá. Vimos muitos grupos de jovens que alugavam barcos (andamos de barco também e foi bem legal) e faziam mini-festinhas. Talvez, eles fossem holandeses, mas o que se via nas ruas era uma mistura multicultural com destaque para os indianos, que se via em Londres do mesmo jeito.

Na semana seguinte, eu tentei aproveitar Londres ao máximo sem deixar que um aperto no coração se instaurasse. Como disse no texto anterior, eu realmente me apaixonei pela cidade. Valeu cada minuto.

 
Tentando me entender com Paris e a Torre Eiffel

Paris sempre esteve no sonho da vida dentre os destinos para se visitar. Na verdade, desde a adolescência, o TOP 1 era a Austrália, mas a passagem pra lá é muito cara e tem países muito interessantes para visitar antes pela Europa.

Cheguei numa tarde ensolarada e logo que saí do aeroporto, não entendi muito bem a visão. Primeiro, uma área que parecia industrial, muito próxima ao aeroporto, depois, rodovias e, enfim, a cidade com a arquitetura mais antiga (pra não chamar de velha) que eu já vi.

Eu sou bem o tipo de pessoa que faz comparações, então, se você é daquelas pessoas que não compara pessoas ou lugares, talvez seja melhor não perder tempo lendo esse texto rsrsrsrs.

Enfim, cheguei a hostel. Meu quarto era para seis meninas e não consegui ficar no mesmo quarto que a Jamine. Senti imediatamente falta da minha cama de cama com edredons brancos e incríveis de Londres. Eu não me considero muito fresca (sou uma pessoa que acampa duas vezes ao ano – campus party e universo parallelo), mas depois que eu me acostumo com o conforto, é complicado mudar de padrão.

Decidimos dar uma volta e comer pela área e devoramos um sanduíche grego que foi a coisa mais bizarra que já comi em toda a minha vida. Fora isso, eu arranhando frases básicas do francês como: olá, eu quero tal coisa, quanto custa? Obrigada. É bem engraçado, por que a pessoa percebe o meu sotaque ou acha que eu entendo tudo e desembesta a falar. Aí eu concluo com o típico: Je ne peux pas parle français.

Mais tarde, ainda no primeiro dia, decidimos ir a uma rua que um francês me indicou no Rio. Ficava perto da praça da Bastille e não só parecia com a Lapa, como tinha a Rue de Lape lá mesmo. Era uma ruazinha cheia de bares e pubs, onde fomos BARRADAS numa boite. Sim, isso mesmo. BARRADAS.

A questão é que nesse lugar, Le Balajo (se não me engano), homens não podem entrar desacompanhados. E todos que nos viam sozinhas na fila, tentavam entrar com a gente. Acho que a gerente percebeu a tentativa e não deixou nem que eu e Jamine entrássemos lá. Ficamos muito p da vida. Decidimos pegar um metrô pro Quartier Latin e encontrarmos outro lugar pra dançar (era sábado) e pegamos o metrô pro sentido errado. Quando descemos na estação pra fazer a troca pro sentido certo, era tarde demais: o metrô fechava às 2h e já tinha passado disso.

Pé frio demais! No dia seguinte começou a chover e nossa saída foi visitar o Louvre. Passamos 3h lá dentro e vou te dizer: isso não dá nem um quarto do museu. Você precisa voltar lá dias e dias pra ver todas as salas. Tinham pessoas cochilando nos banquinhos lá dentro. Tenho certeza que descansavam pra continuar rodando lá mais tarde. Saímos de lá com as pernas cansadas. Uma verdadeira ginástica física e mental, mas vale muito a pena.

Nos dia seguinte, continuamos a fazer programas turísticos, além do Pub Crawl que foi muito legal num bar chamado O’ Sullivans. Pub Crawl, pra quem não sabe, é uma reunião de pessoas por 4 bares e 1 boite numa única noite. Normalmente, o grupo é formado por turistas, com intuito de fazer amigos e conhecer a noite da cidade. Lá, conheci uma menina da Argetina muito legal, chamada Natalia, e dançamos, zoamos muito nessa noite.

Fiquei afim de um argentino, mas ele quis pegar uma americana que estava no grupo que, no fim da noite, estava beijando um australiano e eu não entendi nada. Tinham alguns carinhas interessantes, mas nada de fazer o coração pular. E cadê os parisienses? Não sei. Não estavam lá ou eu não percebi.

No outro dia, conhecemos a Torre Eiffel, mas pagamos para subir até o topo de elevador. Isso foi uma das coisas mais sensacionais da vida. Quase chorei! Emocionante ver Paris de cima (323 metros de altura) e faz cair a ficha de que você está realmente muito, mas muito longe de casa, vivendo algo que vai lembrar para o resto da vida.

O melhor desse dia foi ficar no jardim de torre, tomando vinho, comendo copa e camembert e falando do Brasil, dos amores, do passado e da vida. Foi ótimo. E fiquei muito feliz de estar compartilhando esse momento com a Jamine – minha nova Best friend forever traveller. Espero, um dia, viajar com meus amigos do rio e poder viver momentos como esse.

quarta-feira, setembro 14, 2011

PELA DEFESA DO CONSUMIDOR: NO CASO EU

Todos que me acompanham que nem novela, sem exceção estão carecas de saber que sou uma mulher pheena. Pheena, pheena, mas daquelas pheenas que encarnou no corpo errado, com orçamento trocado.

Eu tenho espírito daquelas mulheres da alta. Mas não da alta brasileira não, q isso é chinfrin! Não que eu queira desmerecer a nata brasileira, nããão. Mas é q se vc for puxar a história desse país, vai ver nossa procedência e certamente constatar como eu, que tem de tudo, menos nata!

Eu fico imaginando de onde veio o meu espírito... deve ter vindo de Mônaco, ou das terras de cima da Inglaterra, tipo Glasgow (Inglaterra) por exemplo, ou... ou ainda sei lá, meu espírito veio da super-mega-bombante Toulouse (França), ou sei lá do Centrão nervoso de Paris (Ok, me refiro ao século XVII).

Toda essa embromação para dizer que sujaram meu nome em loja de pobre. Sério.
Não sujaram numa Tiffany & Co., muito menos numa Louis Vuitton ou numa Dior do caralho. Sujaram em três ou quatro lojas de pobre mesmo. Simples desse jeito.

Estava eu lá na minha casa quando abro a caixa do correio e encontro um cartão de crédito de loja de pobre. Imediatamente a pulguinha mascote que tenho escondida atrás da orelha direita (eu sou destra) pulou. Lembrei de uma matéria do Jornal Nacional que informou q ficava proibido, enviar cartão pra casa dos outros sem autorização dos mesmos, porque teve uma época aqui que estava um verdadeiro desbunde em termos de enviar cartões para a casa alheia. O órgão de defesa do consumidor brecou a putaria.

Daí que eu nem abri o tal cartão. Joguei no depósito de lixo q é a minha bolsa e guardei. 15 dias depois (aproximadamente) chegou a primeira fatura. Oi? A loja era lá em Duque de Caxias com sede no Espírito Santo, suuuper longe da minha casa, do meu trabalho e da minha vida. Guardei essa também.

Na mesma semana chegou outra fatura de outra loja. Dessa vez, uma conhecida loja de empréstimo filiada a uma famosa loja de roupas que usa uma modelo internacional como garota propaganda. E mais uma vez guardei a fatura. Não peguei dinheiro lá, nem pego dinheiro em lugar nenhum. Eu costumo dever ao banco e só.

Para resumir, eu recebi algumas cobranças depois disso e o aviso de que estariam entrando com meu nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC para os íntimos). Ou seja, eu estaria com o nome sujo por causa de 3 lojas de pobre. Isso doeu!

Fiquei nervosa arrancando pele da boca até sangrar, chorei, me descabelei, entrei numa fase negra. Tudo isso, antes de pegar o Scénic. Não cheguei a pirar, mas fiquei caída.
Então juntei as poucas forças que me restavam, reuni as provas todas, levei na delegacia mais próxima e dei queixa: Clonaram meu CPF. =O

O investigador que me atendeu tadinho, cheio de boa vontade, tinha praticamente sido apresentado ao computador naquela semana. Então a briga foi boa! Fique umas 2h na 19ª dando depoimento, assinando papel, contando a minha história triste 200 vezes, até pegar o bendito B.O. Feito isso, pude morar algum tempo na Defensoria Pública, onde no Juizado Especial Cível montei minha barraquinha até ser atendida e partir para a primeira audiência de conciliação.

Foi hilário! Eles mentiram em juízo alegando que abriram crédito para alguém q seria eu, sem nem ao menos pegar um documento comprobatório (na época eu não tinha as provas do inquérito q dão conta dos documentos fraudados. Senão eles estariam tri-fodidos!) e queriam me oferecer uma indenização de 900 Merrecas (enfia no cu)! Eu virei onça. Ou será q eles não perceberam q apesar do meu óculos ser de camelô (na época era! Agora, não mais!), eles estavam diante de uma mulher de alma pheena?! Bati o pé, fiz beicinho e disse que queria R$ 10.000,00. Ok, eu sabia q não ia ter isso, mas se pingasse uns 5mil na minha mão já ficaria contente.

Eles espernearam, cuspiram na mesa, espumaram e babaram em uníssono. O véio, dono da loja mais pobre de pobre, gritou para eu aceitar o acordo. Eu claro, fiz a pheena e caguei solenemente para ele q nem estava na mesa da audiência.

Só sei q o bagulho foi parar na mão de uma juiza leiga tempos depois, que me deu ganho de causa em 1ª instância. Ok, não foi nem os 5mil que eu esperava, ainda sim, eles se fuderam porque também não foi as 900 Merrecas q eles queriam pagar. A multa foi solidária e eles podem até rachar e a cor do dinheiro eu vou ver daqui a alguns meses. A-mém.

Vou ensinar a vcs como é que faz!
Rezem todos os dias antes de dormir e peçam a Deus que entregue dinheiro pelo correio. Eu fiz isso algumas vezes e deu certo. De maneira torta, ainda sim chegou e eu vou receber (isso se a carga não for extraviada #PiadaInfame).
 
Veja bem, eu não paguei as faturas das lojas de pobre; perdi algum tempo da minha vida? Perdi, claro, no entanto, fui beneficiada com isso.

Chega de ficar sentado lamentando a sorte sabe? Meu nome agora é Processo. Se eu tenho a lei que me garante, por que eu não devo usá-la? Por preguiça? Fala sério!
Bora acordar?

domingo, setembro 11, 2011

ONTEM FOI UM DIA MUITO LOUCO - 10/09/2011


Engracadinha
Ninguém vai acreditar na situação bizarra em q me encontro e q vai virar post, lógico! =O


DIÁLOGO - PARTE 1:

EU - Mas então? Encontrou o menino, a mãe do menino?
ENGRAÇADÃO - ... sim, estou com eles aqui. Todos eles! Elá tá vindo pra cá.
EU - Ué? Mas vc não disse q ia buscá-lo, como q ela tá vindo trazer o garoto no carro dela? Essa mulher é louca? Vc disse q estava indo buscá-lo...?
ENGRAÇADÃO - Não sei... eu disse... deve ser...
EU - Bom, deixa isso prá lá. Hj tem uma festa pra gente ir. É às18h e temos que comprar presente, aproveita e passa na loja pra comprar!
ENGRAÇADÃO - Err... acho melhor depois do almoço...
EU - Ué? Mas vc não vai querer dormir depois do almoço?
ENGRAÇADÃO - Não sei, parece q não...
EU - Vc q sabe!

Ontem eu acordei achando que estava fazendo tudo certo. Então peguei os moleques, botei pra escovar os dentes todos quase ao mesmo tempo, dei remédio pro Engraçadão e deixei ele dormir mais tarde, porque uma gripe se aproximava e parti com a Dona Miúda para a padaria. Até aí di-vi-no. 

Após o café, coloquei música e tentei conciliar a louça. Pacotinho havia combinado com um amigo que viesse pra cá para jogarem videogame e ele passaria a tarde conosco e depois da descoberta da festa, quem sabe ir junto, já q são todos da mesma escola. Ainda fui comprar fraldas e melancia antes do diálogo ali de cima. Engraçadão adiantava o almoço enquanto isso.



Conforme meu retorno, ele foi buscar o moleque enquanto eu terminava o restante. Ontem não fiz um cardápio especial. Fizemos o trivial arroz com feijão e frango, pois bateu saudade. 

Então toca a campainha e eu abro a porta sem olhar no olho mágico. Quase caio dura e preta quando me deparo com uma mulher q nunca vi na vida. Tipo... era a mãe do garoto. Uma mulher rechonchuda daquelas com cara de loser de filme americano, nada fashion, com uma mochila nas costas, acompanhada dos meninos. Bem... acho q isso eu já disse. Era a mãe do amiguinho de Pacotinho. 

Fiquei tão estupefata q perguntei se eles já tinham almoçado. Ao que responderam afirmativamente. Me certifiquei se eles não queriam realmente comer, pois fiz bastante e eles não quiseram.

Engraçadão subiu com cara de parede. 

Voltei pro varal de roupas, ainda chocada e me lembrei q como ela tinha cara de maluca, devia ter algum tipo de mania, daí corri pra sala, mas eles já haviam descido pro play. Leia-se ela e os meninos todos. 

Engraçadão então disse que ficou descadeirado quando o menino pronunciou:

O AMIGO - Ela vai com a gente!

Engraçadão ainda tentou argumentar sobre...

ENGRAÇADÃO ARGUMENTANDO - Vai aonde?

Mas foi solenemente ignorado e deu um jeito de prender os dois meninos no banco de trás e a mulher gorda na frente. Disse que foi ideia do pai do garoto. Mas pensando consigo mesmo, acha q foi ideia de jerico e que essa atitude explicava o porquê do casamento deles ter acabado. Bom, assumo, essa conclusão foi minha!

Agora, todo o diálogo acima faz sentido. DIÁLOGO - A REALIDADE:

EU - Mas então? Encontrou o menino, a mãe do menino?
ENGRAÇADÃO - ... sim, estou com eles aqui (NO CARRO). Todos eles (Putaqueopariu, bando de doido!!)! Elá tá vindo pra cá. (dentro do nosso carro, essa louca, mal educada!)
EU - Ué? Mas vc não disse q ia buscá-lo, como q ela tá vindo trazer o garoto? Essa mulher é louca? Vc disse q estava indo buscá-lo...?
ENGRAÇADÃO - Não sei... eu disse... deve ser... (muito louca da cabeça ou sem noção, ou as duas coisas!)
EU - Bom, deixa isso prá lá. Hj tem uma festa pra gente ir. É às18h e temos que comprar presente, aproveita e passa na loja pra comprar!
ENGRAÇADÃO - Err... acho melhor depois do almoço... (Se tiver almoço...)
EU - Ué? Mas vc não vai querer dormir depois do almoço?
ENGRAÇADÃO - Não sei, parece q não... (Como eu vou dormir com essa doida solta na minha casa? Prefiro pegar fila no Mundial!)
EU - Vc q sabe!

Quando a ficha caiu, fui curta e grossa e falei da festa. Assim q eles subiram. Ela perguntou com um olhão arregalado se eles teriam de ir embora AGORA! Claro, podia ter mentido, mas deixei os garotos brincando até às 16h. Enquanto isso, a gente almoçava, o amigo jogava videogame, a gente ia conversando e depois do almoço, liberei os moleques pra jogar.

Ela prostrada no sofá, recusou comida, sobremesa e se ofereceu pra lavar a louça. Eu recusei, claro, mas confesso, comecei a achá-la interessante. 

Engraçadão premanecia incrédulo!

Então pedi licença e fui dormir com a Dona Miúda, q já chegou em casa dormindo, mesmo sem almoço. Esse soninho durou até às 15.40h quando eu me levantei pra dar o almoço dela e pedi pra Engraçadão passar um café. Ele foi tão gentil (sim, tirou uma soneca também), q ainda colocou uns cream crackers na mesa. Dessa vez nossa ilustre visita aceitou. E então, eu fui levá-los em casa antes da manicure, pois teríamos festa na volta. 

Depois fomos conversando animadamente dentro do carro e ela me contando que conhecia quase TODOS os pais da escola (a-han, também pudera...desse jeito), ao que respondi q não conhecia nenhum, já q nunca tinha SIDO CONVIDADADA A IR NA CASA DELES! Essa frase não fez a menor diferença pra ela, porque ainda por cima, nos elogiou e disse q somos das famílias mais legais q já conheceu. Ela disse q poderíamos pendurar na porta uma plaquinha de "Aqui mora uma família feliz!" - Eu disse q não, q achava aquilo muito brega. 

Eu estava sorridente e aliviada por me livrar de tamanho ebó e por estarmos todos vivos e intactos, ela por ter sido bem tratada e por ter-nos conhecido, ainda fazendo a felicidade de seu filho. Engraçadão jura q eu a chamei de querida todo o tempo, mas eu só me lembro de uma vez!

Daí, dando um salto no tempo, depois do salão, cheguei em casa e corri para me arrumar pra festa. Toca pra festa já às 19.50h com a filharada (sim, sobrou pra mim comprar o presente!). Todos lindos, arrumados e cheirosos, fomos recebidos com muitos olhares na casa de festa. Achei curioso a fotógrafa perseguir uma menininha de cerca de 1 ano, quando a aniversariante tinha 4. Tudo bem, devia ser uma priminha. 

Pacotinho correu pro Wii e o Sr. Cabeça de Bolinha correu para procurar a aniversariante q tem o singelo apelido de Dilma Roussef - não me perguntem se é porque a menina é a miniatura da Dilma! - Todos os familiares no olhando. A festa era bem íntima. 

Até q eu passei ao lado do bolo... de ... 1 aninho.
Ooooooops! Caráleo, festa errada. 
Dei meia volta com o carrinho e sem olhar pros lados, fui ter com a família perto da recepção. 

EU - Geeeente! Vamos embora daqui, estamos na festa errada.
ENGRAÇADÃO - Co-mo é que é? Como assim festa errada?

PEGA O CONVITE!

EU - Mas aqui está escrito dia 11. Hoje não é dia 11??
ENGRAÇADÃO - Claro q hj não é dia 11. Hoje é dia 10, sua maluca. A festa é amanhã. Caralho, não acredito, não acredito... (infinitamente por 1000 vezes e até agora ele só fala isso!)

A recepcionista gentilmente nos devolveu o presente.
Pacotinho não quis perder a viagem e pegou um refrigerante do garçon.
O Sr. Cabeça de Bolinha começou a berrar na porta, porque queria um refrigerante só pra ele. O fato de estarmos na festa errada pra ele não fez a menor diferença.
Dona Miúda nem ligou porque estava toda linda, de vestido e sapatos de festa.
Eu... eu só ri muito porque o dia estava completo! 
Ao menos hoje, chegaremos pontualmente às 18h na festa certa.

sexta-feira, setembro 09, 2011

PERDOA AMOR!

Deixando todas as badalações de lado e acreditem, elas não têm sido poucas, estou dando uma olhada aqui dentro e me pergunto, estou realmente feliz?

Claro que sim, se a resposta vem dos que estão de fora. Se partir de mim, a resposta pode ser talvez, sei lá...

Ontem ouvi da minha analista (sempre ela) outra coisa óbvia e q está aí diante do nariz de todos: NÃO SE PODE TER TUDO!

E esse tudo não está traduzido em coisas materiais, mas eu posso traduzí-lo livremente, já q se trata de mim, de realizações e sentimentos.

Em termos de realizações, eu admito que realizei muitas coisas se for olhar pra trás... muito além do que minhas origens, ou a construção da minha história pessoal permitiu. Se há 15 anos atrás vc viesse me dizer que eu teria a vida q eu tenho hoje, daria uma gargalhada sonora, diante do seu focinho e sairia de perto te chamando de maluco ainda rindo.

Só que sentimentos, são outra coisa.

Às vezes eu machuco sem querer, minha apatia machuca. E por mais que eu tente amar, fazer pelo outro, parece que meus atos se perdem no meio do caminho. Como se as coisas que eu faço no cotidiano não signifiquem nada. Elas se perdem, simplesmente, somem no éter. E eu convivi com isso a minha vida inteira!


Ok, q eu ando cansada, que eu poderia fazer mais, que como ela, a analista bem disse, são muitos TEM QUE na minha vida e isso está me esgotando. Mas sempre que eu me permito deixar de fazer algo, optando por fazer outro e de outro modo, junto com esse algo faltante vem um dedo acusador apontado pro meu nariz gritando o q eu deixei de fazer. Só que eu não ajo assim com o outro. Eu acuso sim, eu reclamo sim, mas muito menos do que a quantidade de coisas q me encomoda e que eu repito exaustivamente espaçadas vezes. Eu detesto ter de fazer a chata e se fosse vestir a chata, seria a pessoa mais insuportável do mundo. Então a chata tem voz, mas se controla muito. Assim como deve existir um chato vagando por aí.

Fato é que eu não fiquei feliz hoje.


Não ao te ver com o rosto enterrado nas mãos. Senti a sua tristeza e a tua frustração. Me frustrei sabendo que eu era responsável por isso. Tendo razão ou não, eu sei que ver vc com as mãos enterradas no rosto foi por minha causa. E isso me deixa mal. Mal ao ponto de não sentir vontade de fazer nada que eu gosto, por saber que a pessoa que eu amo está triste comigo, está frustrado comigo.

Perdoa amor.

Estou exausta também. Me sinto cobrada por todos os lados; sei que vc também, mas eu não sou você. Eu reajo diferente.


Me sinto apática e sem forças, cansada e com vontade de sumir. Não por sua culpa, não por culpa de ninguém... mas é q nossa vida se transformou numa série de TEM QUE's, que por mais que a gente cumpra um monte, ainda TEM QUE's entrando no fim da fila e isso é interminável e isso me cansa e eu me sinto esgotada. Ninguém tem culpa, aliás, não existe culpa. Só TEM QUE...

domingo, setembro 04, 2011

SHOW DOS DJANGOS NO CIRCO VOADOR - ZINEVOADOR#6

Agora eu vou ter que contar do começo né? Pra vcs, meus queridos 5's leitores entenderem de onde eu desenterrei no twitter a banda @djangos.

Tá bom! Os Djangos saíram diretamente do meu passado mal passado, amarrotado sem Passe Bem para o presente, num piscar de olhos. Bem... não exatamente num piscar de olhos, mas pelas mãos da Tia Lu que agora está namorando o vocalista principal da banda - O Marcos.

Carlyle Diniz (Baixo e Voz)
Quando eu tinha meus vinte e poucos, antes dos 23 anos, quero dizer, pós-depressão, um vizinho do condomínio onde morava me apresentou a uns amigos do babado. Tudo maconheiro safado, talentosíssimos, metidos com música, poesia, arte, liberdade de expressão e viagens, claro. Eu estava numa fase em que precisava de renovação pra sair da deprê e da galera toda eu era a única mulher.


Não vou tirar o foco do post contando sobre mim, mas fato é, já na nossa primeira saída, em Jacarepaguá, fomos a um show dos amigos da galera, bem no condomínio atrás da MERCK, em pleno dia do amigo (lembra desse post onde eu menciono o povo se abraçando na rua? Pois então...) e esse show era exatamente o dos Djangos, que naquela época não eram Djangos, eram Corações e Mentes (nossa senhora, estou entrando no sarcófago!). Ok, o que menos prestei atenção àquele dia foi na banda... mas esse, foi apenas o primeiro de vários shows que ainda viriam.


Depois que meus companheiros de esbórnia resolveram montar a Cia Blues da qual eu era vocalista, mesmo sem ter tido noção de blues antes disso, começamos a participar de alguns showzinhos de brincadeira e ali, a galera do Marcos & João (baterista) já estava se firmando, mudando de layout, se preparando para entrar no mercado fonográfico, o q eu acho quase impossível até hoje. Simplesmente não sei #comofas, porque eu era rodeada de caras talentosíssimos, afinados pracaralho, auto-didatas musicais que simplesmente se perderam por não ter "a chave". O Corações e Mentes virou Kamundjangos - era o ano de 1995.

A banda em ação
Eu já tinha tido banda de Blues, dupla de MPB que depois virou trio, por fim banda de chorinho que em lugar algum chegou, fora alguns parcos barzinhos se é q posso pluralizar a coisa e os Kamundjangos seguindo firmes e fortes enquanto banda, ganhando experiência e lapidando seu som, bem como talento. Eu confesso, nessa época ia aos shows chapada, não estava na vibe rock como o que eles faziam. Eu ia mais pela animação e não tinha tanta bagagem musical, nem me abria tanto pro que era rock nacional, porque pra mim, o q ainda valia eram os mestres (Pink Floyd, Dire Straits, The Police, Yes, entre outros); por outro lado, da levada POP eu estava abraçada com Jamiroquai, Erikah Badu até o pescoço e só queria isso. Mesmo assim, isto não me impediu por meio dos então Kamundjangos ver show d'O Rappa, Planet Hemp mesmo sem ter ideia do q era aquilo.
Sim, sempre chapada de uma coisa ou de outra...

Marcos Homobono (voz e guitarra)
Quando finalmente abri meus ouvidos pra boa música e deixei o novo entrar, é que fui refinando meu conhecimento sobre o assunto e me permitindo conhecer o trabalho inteiro de bandas novas, para só então definir se quero seguir com eles ou não na minha vida. Meu contato com os já Los Djangos foi ficando cada vez mais escasso até desaparecer por mais de 10 anos, até 2 semanas atrás se considerarmos ao vivo.

Com o Marcos não. Ele esteve lá em casa ano passado no aniversário do Pacotinho, depois apareceu no aniversário da Dona Miúda com Engraçadão e por último, num churrasco na casa do meu progenitor - o Sr. Engraçado e a tarde foi bastante agradável! Só que a banda mesmo, não ouvia.


E na última terça-feira, dia 30 de Agosto, dia do meu banho de sol, uma terça feira, tive o prazer de vê-los tocar novamente. Sim, meu queixo caiu! Eles não devem nada a um Jota Quest da vida (Ok, os Djangos são melhores do q o Jota Quest no início deles. Hoje JQ têm dinheiro, não vale!), tem o som superior que todas - eu disse TO-DAS - as bandas emos de modinha e eu ouso dizer, que das bandas nacionais pós ano 2000, não tem uma com som melhor que os Djangos. Não porque sou amiga, mas porque meu ouvido pra música foi trabalhado desde os meus 3 anos de idade, sem exagero e não ponho qualquer merda pra tocar, pois não gosto de agredí-los!

O som dos caras me lembrou em alguns momentos os Arctic Monkeys, em outras Plebe Rude no início; já outras vezes um pouco do Skank e o flerte com o Punk-rock e o ragga passavam por ali com maestria. Na hora que eles tocaram um trechinho de Manu Chao então, eu pulei que nem uma macaca de auditório na segunda música!

C'a Dani, Lu Soares e Pripa
Infelizmente, o som do Circo Voador não favoreceu os vocais do Marcos e não deu para entender patavina da letra de nenhuma música. O som da banda se sobrepôs aos vocais e isso foi triste. Tenho até vontade de um dia ver um ensaio e sentir aquele clima de novo descontraído, entender as letras (que pelo que minhas amigas berravam de cantar, deviam ser boas) e captar o verdadeiro espírito dos Djangos. Ok, vcs dirão que nada impedede de eu adquirir um CD, ou ainda de entrar no Myspace dos caras, certo, certo. Mas ao vivo é ao vivo!

Eu ali bem pertinho da Dinda Lua
Bj na bunda!


**O Zine Voador rola toda última terça-feira do mês e o próximo acontece dia 27 de setembro, tendo a banda carioca Os Azuis como uma das atrações músicais, alem disso o Fotografo carioca Michael Meneses que fez os clicks desse texto faz uma exposição FOTOgrafica com foco em suas centenas de FOTOS realizadas no Circo voador desde 1993" 


*Ajudinha - Wikipedia, porque eu sou uma simples humana esquecida

**Fotos - Michael Meneses, meu amigo fotógrafo-multitarefa-multimídia, substituto do Perci #PiadaInterna
 
***Radiola dos Djangos - Para ouvir e sentir vontade de ir no show! Na música Operação São Jorge, tem participação do Marcelo Yukka (ex-O Rappa, atual F.U.R.T.O)


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