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quarta-feira, dezembro 12, 2012

PASSOU-SE UM PERÍODO INTEIRO


Chegamos ao final do ano de 2012 e eu mal consigo acreditar que passei direto em todas as matérias na facool, com notas acima da média. 
Não necessariamente gabaritei, como meu mais próximo colega de facool, o Nilson Guimarães que conhece quantos habitantes por m2 contém cada estado brasileiro, mas fiquei ali coladinha, tirando nota máxima nos trabalhos, etc.

Estou mega-orgulhosa de moí! Melhor, estou de fééériaaas! E nem fodendo vou fazer a AV3 só de curtição. Fessor Marcelo que me perdoe, mas assim que acabarem as aulas dos 2 outros filhos, vou viver boiando dentro d'água com as crias, porque ficar em casa com esse calor... nem a pau, Juvenal!

Sabe o que eu achei mais legal? A minha turma era cheia de facções, né?! E existia de minha parte um certo preconceito de achar que porque os caras eram do turno da manhã, muitos desistiriam , ou não levariam a sério pelo fato de serem novinhos e tals ou quem sabe sustentados. É que eu já fui novinha, desistia fácil das coisas e já fui sustentada, portanto sei q essa é mais q as outras, a fase da preguiça. Nesse caso, o mundo corporativo dá um aulão. A gente aprende a ser gente com preguiça e tudo! Ou morre tentando...

Mas ó, falava sobre olhar torto pro povo que batia papo com o fessor explicando matéria, ao ponto de atrapalhar mesmo a aula, ainda q eles estivesse falando em paralelo sobre a aula. Não conseguia ver tanto interesse, então eu não colava neles, só nos intervalos e ainda sim... eu não colava (Rafa, Antônio, Alessandra, Cadu, Maíra, Gisele... me desculpem);  tinha a galera que chegava meeeega atrasada todo dia, ou quase sempre, porque moravam longe e por mais q a gente se encontrasse na hora do "recreio" e desse mega-gargalhadas juntos, ainda sim, a gente nunca fazia trabalho junto (leia-se Igor, Vanessa, Tairini, Felipe e aquele outro menino q não fala q eu esqueci o nome... ), tinha a galera muito estranha e esses continuaram muito estranhos e isolados até o fim do curso sem facção alguma, porque nem eles próprios eram uma facção. 
E vários singles sem facção alguma, tipo a Caroll que mais não ia do que ia, ou às vezes dormia, a Camille, q mas sempre tiravam boas notas e bombavam nos trabalhos, ou o Pedro Henrique, que putz, super inteligente, gente boa, q esse dava inveja mesmo. Porque eu queria ser inteligente que nem essas pessoas que guardam assuntos importantes na cabeça e sabem falar ou debater sobre quase tudo nessa vida. Essa não sou eu. Sou boa de enrolar, por isso confundo geral! 
Esqueci alguém?

Mas algo aconteceu no final da primeira avaliação com todo mundo! De repente, a turma começou a ficar mais coesa e parte do culpado foi o FAcebook, que uniu as pessoas numa mesma agonia. Foi hilário!

O povo contando as neuras, estudando junto, rindo um do outro, se conhecendo melhor, então aquele muro que separava as facções mostrou, que ali, está todo mundo interessado sim, só que a sua maneira. E mesmo aqueles q eu achava que não estavam muito a fim, ledo engano meu, eles se davam bem, tiravam boas notas, tanto quanto eu. Foi maravilhoso ver isso acontecer!

Daí, que eu tirei uma foto de todos eles, sem migo, claro, no último dia de aula e posso dizer que a maioria passou! E cara, foi uma foto linda, de um momento que eu vou guardar com muuuito carinho.

Sabe como é né? Quando eu me dei conta de que iria fazer mais uma besteira com a minha vida, boicotando meu grande sonho que era me formar em Jornalismo, eu parei tudo. Resolvi pegar as rédeas rapidinho. Porque eu sou dessas que se sabota em prol do material, do pé no chão, do tangível e dessa maneira vou adiando minha felicidade. Luto pra caralho, mas vou sempre pelo caminho que não me pertence e indo pra Publicidade estaria repetindo mais uma vez, esse cansativo padrão. Assim foi com o Ballet, assim foi com a música, assim foi com o teatro e ouso dizer, q até com a agência de modelos, quando meu telefone tocou e eles tinham uma única foto decente minha tirada pelo Paulo Teixeira, um fotógrafo q hoje mora em Paris, eu joguei a oportunidade pela janela sem pestanejar, porque tinha conseguido meu primeiro emprego numa empresa de merda, com meu lindo salário de merda! Essa sou eu...

Tá vendo como eu sou lenta? Eu falo e vcs não acreditam! Precisou passar 40 anos pra eu finalmente parar de me sabotar.
Que cu!

Mas que seja. Não é tarde! É difícil, mas não tarde. 
E foi assim que ontem eu pedi transferência pra noite, com habilitação em Jornalismo. Vou deixar esse grupo tão bacana logo agora q tava ficando tãão bom. 
Nossos encontros serão só no Facebook daqui por diante. Será um corte no real, porém acredito que continuaremos dividindo coisas boas e ruins virtualmente e guardando cada vez mais carinho um pelo outro.

Obrigada pela oportunidade queridos. 
Foi muito do caralho!

quarta-feira, dezembro 05, 2012

De onde vem o desempenho?


É o q eu tenho me perguntado frequentemente!
De onde vem esse desempenho? 
Ah já sei! Vcs vão dizer q esse é o momento certo. Por isso eu venho me comportando q nem uma nerd desvairada desde q voltei ao banco da faculdade.
Mas eu não conheço essa pessoa.

Pacotinho não. Desde q ele entendeu, q é na escola q ele vai aprender como gira o mundo e depois de uma passagem pelo integral e conheceu rotina de estudo, rapidinho se tornou um dos melhores da turma. Já eeeeeu? Eu nunca fui essa. Quédizê, até fui. Até a quarta série, eu fui bem. Depois degringolou.

Minha mãe não vai gostar nada disso. Principalmente se ler o post, não vai gostar.
É certo q num determinado momento, a vida conjugal deles passou a ser muito mais importante que a escola e logo depois disso, eu esqueci o q era ser uma pessoa interessada. Ela me contava tudo apesar dos meus 7 anos! 

Repeti a sétima, a oitava e o primeiro ano do ensino médio. Então fiquei com essa sensação de q não era boa aluna. De q não prestava pra muita coisa e isso sim, era uma coisa q me assombrava desde q resolvi voltar pro banquinho da escola. Ainda mais depois dos meus três mosqueteiros!

Daí a passar direto em várias disciplinas? Isso está me encafifando por demais.
Se eu estou feliz? Claro! Mesmo mantendo a sobrancelha levantada, estou feliz. É, estou com aquela sensação boa de q é o momento certo e q estou reencontrando aquela menininha q se perdeu na quarta série.

Então eu fico pensando... será q eu fiz tudo errado? Sofri por problemas q não me pertenciam e dos quais não cabiam a mim resolver, mas foram as minhas escolhas fazer o q? Daí essa certeza de q eu seja lentinha, só q as pessoas não acreditam...

De qualquer forma, esse reencontro está me fazendo muito bem.
Está fazendo mais bem do que minha conta corrente, mas nem com isso estou conseguindo me desesperar, porque creio q Deus como sempre terá uma carta na manga na hora H.

Por isso, eu continuo seguindo.

sexta-feira, novembro 23, 2012

PRA QUEM CURTE UMA CERVEJINHA


Não, essa não é uma postagem dando dica de outro novo bar que pipocou pela cidade. 
Se enganou quem pensa que também vou falar de uma cerveja importada do caralho que surgiu por aqui. 
Esse é mais um post da série chora-pitangas.
É que eu estou de dieta!
Pela enésima quinquagésima oitava vez, estou de dieta. E como a dieta é a mesma da vez passada, a Nota 10, eu estou liberada para tomar umas e outras ou todas, desde que eu não coma.

O caso, é que eu sou muito senso comum ainda, no sentido de que tem que comer arroz com feijão, farofa, saladinha e carne. A dieta permite por exemplo, que vc passe um dia inteiro à base de brigadeiro se quiser, desde que não ultrapasse sua cota de ração diária.

Carolina Dieckman é um exemplo da farra do brigadeiro. Por isso que ela não tem barriga. Mas tem  2 filhos!
Levando-se em consideração que desde q vc beba qualquer suco com adoçante (suco não doce, Ok?), qualquer bebida light e café com adoçante, q é a treva ao avesso, vc pode sim, encher seu tóba de brigadeiro o quanto quiser e ficar com a barriguinha sarada de La Dieckman. E digo mais! Não estou inventando, isso está escrito no livro. 

Mas eu não sou dessas!
Eu gosto de sal, não de doce. Eu sou carnívora até doer, sou das que ama manteiga, que Rosana Hermann não me ouça e a cervejinha? Pultaqueoparíl com PH, soy loka por ti na Sexta e sábado... ou se tiver festinha qualquer outro dia da semana... se me convidarem... por exemplo.

E pra beber aquilo tudo que eu gosto, eu teria que praticamente... sei lá, não lanchar? Ou tipo... comer brigadeiro no almoço...? ... e... sei lá, nem lanchar...? 
...
...

Ok, eu odeio doce e amo birita cerveja!
Cerveja bebida de pobre. 
Eu já contei pra vcs, meus queridos 5's leitores (kkk, quem dera. Esse número dimininuiu pra 2!) que eu já fui pheena e só bebeia destilados?
Ah era lindo.
Eu bebia vinho e apreciava, champagne, Cuba Libre, Tequila, Gim Tônica. Aí veio a recessão, a quebra da bolsa de 1929, os tempos difíceis, a era pós Revolução Industrial e eu tomei adivinha aondeee? Exato! No tóba. Vivia dura e não podia beber. 

As amigas cachaceiras só chamavam pro chopp. 
Pelo menos minha irmã teve mais sorte, pois o pessoal q ela anda é tudo pheeno e só bebe Absolut. No meu tempo não tinha isso de Absolut não. Era incompleto mesmo! Parcial, era Relatif. Então quem era fodido bebia cerveja ou chopp e queria me pagar. E o pior! Eu dura, não podia beber e quem bebe cerveja, nunca bebe uma só. É que nem a Elma Chopps mesmo. Quédizê...

Então meu paladar foi pras picas, eu comecei a beber esse negócio e não parei mais.
Hoje entrei pro time dos sem paladar, proletários, que movem a era pós Revolução Industrial amantes da cerveja e do chopp. E chopp pesa na dieta justamente porque a gente não sabe tomar um só! (Elma Chopps, lembra?)

Daí que hoje é sexta feira, dia de dar de beber às lombrigas e eu aqui fazendo conta, pra ver quantas cervejas eu posso tomar... aliás, meu marido também é culpado dessa danação!
Ele tem uma lombriga lá dentro, a Jupira, que ingere tudo o que ele come ou bebe, tanto que se ele cismar de derrubar 10l de cerveja, vai criar uma calombinho minúsculo próximo a área do umbigo e assim q ele der a primeira mijada ou digerir o troço (como se fosse ele, claro! Jupira se encarrega!), no dia seguinte os gominhos da definição abdominal estão lá. Já eu...

Daí q acontece o efeito da transformação.
Se estou em casa, jogo a calculadora na privada, me transformo em outra mulher e só sofro as consequências na balança que me apontam aquele emagrecimento bunito de 20g.

Se estou na rua, o efeito é pior ainda! Além da loka do cu da matemática, ainda viro a pheena e saio bebendo até destilado se duvidar, sem fazer careta! 
Faço a rycah e ninguém me segura. E a dieta...
Como lidar?

Justo porque hoje é sexta-feira!

quarta-feira, novembro 14, 2012

AS MINA PIRA NO TEMPLATE


Como vcs, meus queridos 5's leitores podem bem observar, fiz caquinha com o template do blog.
Eu estava querendo simplesmente incluir aquele comentário do Facebook, super cool e útil na barra de comentários e com a gritaria da molecada:
 
OS TRÊS AO MESMO TEMPO - Mããããe, me dá isso, mãããe vem cá, maããããe me dá aquilo, mãããe olha ele, mãããããããeeeee...
 
Eu fiquei loka do cu e salvei um código errado e mandei tudo pro caráleo.
Imaginem vcs como estou feliz, certo? Errado.
 
Aproveitando o ensejo, meu grande sonho era colocar um template modernoso, todo dinâmico cheio de janelas hi-tech, só que estou tão old pra isso, q tenho medo de deletar o Internet Explorer no meio do caminho.
 
E já q a idade e a esclerose está batendo, o melhor é deixar assim mesmo.
Default, simplesinho e estático merrmo!
 
 
That-that-that's all folks!
 

terça-feira, novembro 13, 2012

CHEGAR AOS 40 COM CARINHA DE 20 E POUCOS

 
Eu tive a sorte de ter pai negão e mãe morena jambo. A pele daquele povo é privilegiada mesmo. Melanina no ponto, todos têm uma idade e aparentam outra. No entanto, a geração dos meus pais no que tange a idade, infelizmente é separada por gênero.
Explico: Os homens levam o envelhecer na boa; as mulheres levam o envelhecer nas clínicas de estética para excluir os anos que pesam. Eu até entendo esse comportamento feminino, afinal, a vida, Deus, sei lá quem, cuidou de adicionar charme ao envelhecimento do homem.
 
Já pra mulher... só o fato de gestarmos uma, duas ou três vezes e até mais quiçá, já fode a bicicleta! Fode de verde, amarelo, azul e branco. Gravidez arrebenta o corpo e quem quiser que conte outra.
Esse povo que diz que amamentar não deforma o formato do seio, que o que deforma é o fumo, no cu pardal! Mentira, mentira pró-amamentação.
Ok, eu amamentei os 3 e faria tudo de novo porque amar um filho antes de tudo é um ato de doação. Está intrínseco em nós, mães. A gente quer é mais. Mas verdade pura, na de Pacotinho, meu peito que era pequetucho, virou pequetucho e caiducho. Com a vinda do Sr. Cabeça de Bolinha então, melhor nem comentar! Daí eu fiz todo aquele trabalho de tornar rosto e corpo compatíveis na mesa de cirurgia. E veio Dona Miúda, mais conhecida como derruba silicone!
 
Mas o que eu dizia mesmo? Ah sim! Homens envelhecem dignamente. Sim. As rugas ao redor dos olhos masculinos são sinal de charme; nas mulheres sinal de envelhecimento mesmo; cabelos grisalhos nos homens sinal de charme; nas mulheres, de desleixo; os pneuzinhos nos homens é sinal de que, bem, a gente até não gosta mas tolera um pneu, uma barriguinha de chopp discreta; nas mulheres, bem, os homens cuidam de trocar a mulher que antes era magrinha e depois virou gordinha por outra de 20 magrinha. Portanto a cobrança em cima de nós mulheres é muito, muito, infinitamente maior que a dos homens, a começar por nós mesmas.
 
A gente odeia se olhar no espelho e vislumbrar as marcas no pescoço delatando a idade, a gente detesta identificar as rugas e os cabelos brancos nascendo, a gente odeia quando a pele da mão já não se parece com aquela lisinha de quando a gente tinha 20 e poucos anos e pra piorar, vem os pelos na face. Não te contei? Nascem uns pelos bizarros. Umas barbichas, q a gente vive arrancando.
Eu mesma tenho um pelo no queixo. É discretíssimo porque é um só, mas já vi algumas mulheres no ônibus com barbixa. Tétrico. Mas é a idade. Lembro que vovó também tinha. Enquanto o homem tinha apenas q lidar com a queda vertiginosa do pinto e que hoje nem isso precisa mais, em tempos de Viagra.
 
Então, caras amigas, quê fazer diante desse abismo chamado idade?
Eu não sei vocês, mas pensei em algo pra mim. A começar pelo dia do meu aniversário. Meu aniversário aqui em casa, dia 09 de novembro, é o último da família. A gente comemora o de todo mundo o ano inteiro e quando chega o meu, todos esquecem, a não ser os pequenos que ainda não se ligam em data. Então eu tenho me sentido um lixo na maioria dos meus aniversários, porque as pessoas q eu amo, só se lembram em anos intercalados. Nada de vingança. Nada de descontar no aniversário deles, q seria a saída óbvia. Resolvi que agora, no meu aniversário, eu vou comemorar pra mim.
Acordei me sentindo um cocô e já estava quase chorando ao perceber q ninguém estava nem aí, apesar de terem me entregue meu presente antes. Então falei com Sr. Cabeça de Bolinha que me deu um abraço apertado e saiu explanando pros demais e lá vieram eles se comportando como se soubessem desde sempre.
 
Minha irmã me salvou. Meteu isso na minha cabeça, que eu deveria ficar feliz e deveria comemorar pra mim. Então eu me enfiei num dos restaurantes q mais gosto, naquele esquema foda-se o preço e fui lá almoçar com as crianças por mim.
 
Do facebook, 44 amigos me felicitaram. Isso é bom né? Dentre eles, meu pai, disse que me amava, coisa q ele nunca soube dizer face to face. Taí o Facebook fazendo um trabalho de resgate nas famílias brasileiras! Eu curti. Então foram pequenas coisas, grandes amigos virtuais que foram me levantando.
 
Não teve bólo, nem comemoração porque iríamos prum casamento em Maresias no dia 10 de madrugada. Não tinha condições de receber ninguém. Acordaríamos às 3:30AM. Foi uma viagem e tanto, com direito a uma pousada super charmosa naquela que é a Búzios paulistana, linda de se ver. Teve praia, piscina, muitas fotos, chororô e reencontro familiar, o que é sempre bom!
 
Mas e a minha auto-imagem aos 40 anos? A pior possível zentchi! Juro.
Talvez o fato de estar vestida, sempre cuidado do exterior não revele como eu estou acima do peso, embuxada meermo! Quando me olhei no espelho de biquini no quarto da pousada e vi o shape, o espelho chegou a trincar... foi ali que decidi, chega de ser sedentária (outra vez!). Voltei pra dieta das notas, q me força contar calorias, mas ao menos é o que funciona, pois já funcionou comigo nesse mesmo ano. A vantagem é que eu posso comer de tudo com moderação.
Parei de caminhar desde que comecei na faculdade, outra coisa que pretendo voltar tão logo o tempo melhore. Pelo menos é isso enquanto eu não posso me dar o luxo de frequentar uma academia, que seria a grande solução climática de temperatura e pressão.
 
O resto, é cuidar da cabeça, saber envelhecer com consciência, dignamente. Eu posso ser uma coroa de 40, 50 anos bem cuidada, de bem comigo mesmo apesar das rugas e dos fios brancos que já estão chegando e que eu não estou ligando.
 
Lembro quando era pequena e via minha avó, com a imagem perfeita que uma vózinha deveria ter. Gordinha, fofinha, gostosa, com um abraço delicioso e envolvente. Eu lembro que dizia que queria ser igual a ela quando crescesse.
Ok, não quero ser tão igual. Não quero ser gordinha que nem ela, que vivia com problemas de saúde por conta do peso.
Mas quero sim, ter orgulho da minha idade, um abraço envolvente, delicioso, ser gostosa e terna exatamente como ela foi. Pra mim está de bom tamanho.

terça-feira, novembro 06, 2012

MESTRE PACOTINHO ENSINA



Primeiramente quero agradecer aos tapas que me deram no último post, bem como os remédios pra eu tomar, a fim de ficar melhor. E que anônimo fofo que comentou! Cara, eu adoro anônimo fofo.

Não estava deprimida não tá gente?
Estava triste, chorosa, questionando tudo, de TPM, pois é... desceu no dia seguinte e eu nem sabia q isso aconteceria. Mas enfim, quero agradecer por tudo.


Ando numa fase meio hiatus na escrita. 

A vida acadêmica está muito bacana, me desafiando do jeito que eu gosto e não sei se coincidência, mas eu estou totalmente sem motivação pra falar de mim.


Então falemos da molecada que é o que dá audiência!

Essa nova geração, a geração de Pacotinho que já completa 10 anos, é uma galera bem diferente, mas muito muito diferente do que a gente foi. Isso já estava escrito, mas ver a coisa se concretizar são outros quinhentos! São mais cordiais, dão lição de moral na gente nas atitudes e é muito engraçado ver como eles se relacionam.


Já que Pacotinho está na chuva, então  vamos lá molhar o boneco!

Na escola por exemplo, ele é "o disputado". Tem uma menina que é do turno da tarde e ainda gosta dele (já tem 2 anos que ele mudou pra manhã, realizem!). Sempre que se encontram em eventos da escola, ou passeio, meio que reatam o namoro, já que ela sempre foi apaixonada por ele. Ele vai namorando (aquela coisa a distância, sem beijo, sem nada), porque né, não está fazendo nada mesmo. Além de que, a garota que ele gostava (ou ainda gosta enrustidamente) não está numa de namorar ninguém, então ela fez exatamente o mesmo que ele faz com a outra da tarde: enrola. Ficaram um tempo, depois ela deu um pé na bunda. 
O mais curioso, é que ele está no meio do furacão, são 3 meninas no meio da peleja e ele consegue sair ileso da fofocada. Pois é, teve fofocada no Facebook e ainda bem, eu não deixei que ele fizesse uma conta. Uma fala pra outra que está namorando ele, a que está com dor de cotovelo diz pra outra que ele ainda namora a uma, a uma afirma que ele não pode namorar a outra porque ainda não terminou com ela... 

E aí? Já se enrolou aí? Ele não. Sai lindamente ileso da situação. 
Acho que seria uma boa ele dar consultoria de seu método, já que estamos precisando de uma graninha.


E tem uma amiga que é a mentirosa da sala de aula. Hoje, ele me contou uma de suas histórias e pudemos ver nitidamente a diferença de atitudes:



PACOTINHO - Então mãe, ela contou essas coisa todas e claro, a gente sabe q ela tá mentinto!

EU - E o que vcs fizeram?
PACOTINHO - Nada. A turma inteira sabe q ela mente, mas deixa ela mentir. A gente finge que acredita!
EU - Caraca! No meu tempo não era assim não.
PACOTINHO - Era como?
EU - Ah, a gente dizia: Aaaaaai, aaaaaaaai, mó mentira, aaaaaaíiiii!
PACOTINHO - Ih mãe, teve uma menina q começou a fazer Aaaai, aaaai, pra mim outro dia e eu perguntei: Que é? Tá sentindo dor?


Ou seja, é uma galera que sai das situações muito mais fácil que a gente.

E isso independe de educação, quédizê, guardadas as devidas proporções, desentendimento tem, conflitos tem, são dados ao drama e quanto a isso, eu ainda preferia a minha geração, porque a galera era muito mais easy going que eles. Saía na porrada e no dia seguinte estava tudo resolvido.

Eles curtem um debate, um problema, um conflito, mas para aquilo que se esperaria um terremoto, não há tormenta, não há tsunami  é resolvido de uma maneira simples.
Acho bacana também, que eles sabem exatamente o limite entre a brincadeira e o bullying. Não ultrapassam essa linha, se preocupam muito com o sentimento alheio, porque amizade é coisa séria. 


Por isso respeito tanto as crianças e as observo com tanta admiração. Aprender com eles é sempre possível e ao contrário do q se pensa, estão a um passo a nossa frente. É preciso só lapidar e como faremos isso, é o q faz a diferença.

Se nós enquanto pais não fizermos cagada, lá na frente teremos muito que agradecer. 
Estaremos certamente em boas mãos!

terça-feira, outubro 30, 2012

21 PASSOS PARA UMA DEPRESSÃO BEM SUSCEDIDA

 
  1. Pense que o talento que Deus te deu não serve pra nada! Sempre haverá gente mais nova, com  mais tempo e com disponibilidade que chegará na sua frente;
  2. Pense que a vida não vai te aliviar ou ter pena de vc só porque vc tem 3 filhos;
  3. Sinta-se extremamente perdido porque a todo momento vc quer algo diferente, ao passo que a imensa maioria que te cerca tem foco e vai atrás do que quer;
  4. Nunca, jamais, em tempo algum saiba responder a clássica: O QUE VC QUER SER QUANDO CRESCER;
  5. Comece a se sentir um merda e a ter pena de si próprio;
  6. Comece a temer pelo seu futuro;
  7. Sinta seu peito oprimido e as lágrimas querendo descer, mas não deixe. Segure mais um pouco;
  8. Despeje sua frustração quando seu filho quebrar uma taça de sobremesa cheia de sorvete, daquele conjunto que vc sentia orgulho. Ponha-o de castigo e vá limpar a sujeira sentindo as lágrimas vindo;
  9. Dê aquele esporro bonito no moleque, destacando o quanto ele não se importa pelo fato de não te ajudar e bagunçar muito;
  10. Faça ALOKA do cu quando perceber que esse mesmo moleque está deitado em cima da roupa limpa para passar;
  11. Tranque-se no banheiro e deixe as lágrimas rolarem do seu rosto com vigor;
  12. CHORE, CHORE, CHORE MUITO, em frente ao espelho, sentanda no vaso, debaixo do chuveiro (frio de preferência) e pense em que puta enrascada vc se meteu desde o dia que nasceu;
  13. Pense que todas as pessoas que te cercam já resolveram sua vida profissional menos vc. Mesmo aquelas que estão num empreguinho de merda são mais felizes e chore mais um pouco;
  14. Pense que seus pais não tiveram que ralar metade e se deram bem na vida, enquanto vc não consegue sequer arrumar um rumo pra sua;
  15. Volte a questionar a porra do talento que vc tem e que não serve pra porra nenhuma;
  16. Agora pense no dinheiro que vai parar de cair daqui há 3 meses e chore mais ainda;
  17. Saia do chuveiro quando começar a assustar seus filhos;
  18. Perceba que a depressão começa a se instalar no seu corpo e peça a um dos seus filhos para ficar em casa, pois a rua é o pior lugar pra se estar quando se tem depressão;
  19. Encontre sua melhor amiga, a cama, em dias de depressão, só ela pode te abraçar;
  20. Chore, chore, chore mais ainda e converse com Deus. Já que vc é muito covarde para cometer suicídio, peça um acidente leve, ou que ele te leve durante o sono;
  21. Por fim, se dê conta de como vc é egoísta e que certamente faria algumas pessoas sofrer. Se chame de otária pra baixo e tire uma soneca, porque ao menos ela não resolve, mas cura a dor da alma.
Parabéns!
Você conseguiu ficar deprimido, deprimir quem está a sua volta e me deixar deprimido também!

quarta-feira, outubro 17, 2012

TOLERÂNCIA ZERO

 
Esse momento chegaria mais cedo ou mais tarde. Afinal, são três contra um! Mas tem horas que não dá pra manter a sanidade. Infelizmente é assim que é.
 
Minha maior dificuldade tem sido com um tal leonino, Sr. Cabeça de Bolinha, o de número dois, a coluna do meio, o explosivo e temperamental gatinho que se acha o umbigo do mundo e foi mesmo, até o nascimento de dona Miúda.
 
Eu que derramei muitas lágrimas no tempo do aleitamento, antevendo as dificuldades que viriam, por achá-lo muito novo, por saber que estava sendo arrancado do seio do chamego sem estar preparado pra isso com tão pouca idade, sem um prévio amadurecimento e tals... aquelas lágrimas tinham razão de ser.
 
Hoje, o Sr. Cabeça de Bolinha oscila entre o extremo carinho e a agressividade. A agressividade e explosões de raiva, são por conta do leião que vive dentro dele e que claro, sabe como ninguém seduzir e ser gatinho na mesma proporção.
 
Coisas mínimas, como mudar a letra de uma música que ele curte, pegar um brinquedo sem sua autorização, dar-lhe uma zoada básica, porque nessa família todo mundo zoa e é supernormal ser zoado, desde que não se falte respeito... nuoossa, vai tentar! O tempo fecha. Não pode zoar, mas ele adora botar pilha nos outros.
 
E eu ando por um lado feliz por estar lidando desde junho com os 3 e estar conseguindo não matá-los de porrada, ou simplesmente esganá-los e por outro lado estou triste, porque dos puxões de orelha e palmadas na bunda, o campeão é o Sr. Cabeça de Bolinha.
 
Você diz: "Não faz isso!" Ele vai lá e faz. "Não pula aí!" Ele vai lá e pula. "Fala baixo que eu quero estudar ou seu irmão tá estudando!" Ele canta, grita, fala alto... E você fala uma, fala duas, fala três e na quarta você já está berrando e na quinta totalmente possuída, já está quase arrancando a orelha dele e o conduzindo até o castigo. Caraaaaaalhoooo!
 
Mas só uma mãe q ama sabe o quanto doi cada puxão de orelha ou palmada. A sensação nunca é boa. Doi muito na gente, deixa um rastro de raiva por estarmos tomando tal atitude. Abala nosso âmago, traz uma infelicidade e mais, eu fico puta por horas quando tenho que recorrer.
E sabe o que é pior? No caso do Sr. Cabeça de Bolinha, dá pra notar que ele não faz por mal, nem por afronta. Isso é que faz doer muito mais quando tenho que puní-lo. Ele não é como algumas crianças que eu pude conhecer, que talvez por problemas familiares, usam do artifício negativo para obter atenção dos pais. Bolinha não é assim. Ele esquece q não pode pular ali, esquece que não pode falar alto e esquece que não pode fazer isso ou aquilo. E se vc perguntar por quê, ele responde que não sabe ou que fez porque quis.
 
Hoje conversei com ele antes de tirá-lo do castigo e chamei sua atenção pro fato de que só ele ganha puxão de orelha, só ele ganha palmada na bunda. Que os irmãos dele não são criados dessa maneira, apesar de cometerem erros também.
Ele ficou me olhando, com aqueles olhos lindos, me pediu desculpas, deu um beijo e me abraçou como se nada estivesse acontecendo. E eu ali, com aquela dor, com os dedos queimando pelo puxão de orelha e aquela raiva de mim sem tamanho, que me fez ficar emburrada até agora, com essa dor aqui dentro.
 
Estou com essa raiva de mim, com essa dor remoendo e uma vontade de derramar litros de lágrimas que não descem. Por causa disso, fui ríspida com os outros, perdi a paciência com Dona Miúda que estava uma chata de galocha e ainda consegui ser grosseira com Pacotinho que estava tentando me ajudar perguntando o que estava rolando.
Engraçadão foi pro futebol e eu fiquei aqui com esse nó na garganta. Com esse dilema e essa pergunta que paira no ar:
 
Será que eu estou exagerando e sendo escrota com um menino de 5 anos q vive dentro de um apartamento de 60m2 e tem energia de sobra? Será que eu deveria ser mais tolerante e aprender a contar até mil?

quinta-feira, outubro 04, 2012

SEMANA DE PROVAS... DE FOGO


Morrendo de medo que essa semana chegasse. 
Dia de prova. 
Meu terror: Economia.
Não pela economia em si, mas por achar que sou burrinha.

Meu ensino médio quando ainda era segundo grau foi tenebroso. Me envolvi demais naquele turbilhão conjugal q nem era meu e por raiva, tristeza e revolta fui de mal a pior. 
Repeti de ano três vezes, não queria estudar simplesmente, não entendia muita coisa e isso eu carreguei comigo. 
Sempre fui ótima repetidora e esforçada, mas inteligente mesmo, tinha um bom tempo que não me sentia assim.

Nisso a empresa a qual fiquei por mais tempo foi boa, porque ali eu percebi que tinha sim uma pontinha de inteligência, jogo de cintura e outras qualidades e isso me deu coragem pra romper com tudo e voltar pro banco escolar. Olha aí as coisas fazendo sentido! ;-)

Só q semana de prova, três filhos e eu burrinha...? Ai... seinão.
Então veio a primeira.
Estudar, estudei como Deus quis. Entre gritarias, correrias, bolas na sala, louça na pia, chão sujo e tudo espalhado. Abandonei a culinária e mesmo encarando um fim de mês com pouca comida na dispensa, eu priorizei os estudos e esbanjei criatividade nas refeições. 
Tudo como Deus quis.

Então a primeira prova foi de Sociologia. Ainda não sei a nota mas lá no íntimo, sei que acertei bastante. Saí de lá com as pernas bambas de tensão.
Análise Textual foi outra peleja q me dediquei bastante no início do período, mas depois larguei de mão,  vindo pegar só na véspera. Esta, uma prova virtual cheia de múltipla escolha, eu também fiquei com aquela sensação de ter acertado mais da metade. 
Dois trabalhos transitam nesse campo: Fotografia e Introdução às profissões em comunicação e eu rebolando na boquinha da garrafa tendo que não dispersar e estudar pra Economia. Felizmente essa prova teve muito de interpretação de texto, além do que, numa tacada de sorte, caiu exatamente o que eu estudei (ontem!). 

Não faço ideia de qual nota vou tirar, mas saí de lá com aquela pontinha de orgulho de que a burra que viveu comigo tanto tempo está se despedindo.
Tudo é uma questão de eu não fazer corpo mole.
É uma questão de eu não desistir e ignorar as tacadas de bola, a gritaria, a correria dentro de casa...

Outro ensinamento que estou usando para não distrair, é o treino do "ouvido de mercador". Fiz muito isso por longo tempo da minha vida, quando minha mãe enchia meu saco e falava horas a fio no meu ouvido, então minha mente viajava, ia para lugares distantes e incríveis. Estou usando essa técnica quando as crianças berram, brigam ou choram enquanto eu estudo. Se não estão se matando, eu permaneço sentada concentrada nos estudos. Se o bicho pega, então eu levanto, dou esporro em geral, pego algum pelo braço e ponho no cantinho do castigo até ler outro capítulo.

Não posso esquecer que Papai do Céu também está dando uma força. Claro, porque sem Ele...
Mas e nas próximas avaliações, como há de ser?
Há de ser então, né?

sexta-feira, setembro 28, 2012

O DESFRALDAR

 
Os pediatras recomendam que a criança seja desfraldada à partir de 1 ano e 8 meses de vida. Não que ela consiga automaticamente assimilar as funções urinárias e "defecárias" do dia pra noite, não é isso. Mas conta-se com o fato de ela saber o que é ficar suja. E crianças, meus caros, nessa idade tem ojeriza de se sentirem molhadas ou imundas. É assim que começa.
 
Aos quase dois anos de vida, papais e mamães estão cansados de investir em fralda. É um investimento sem retorno, baseado no amor e o único dividendo que se tem é uma  merda. Uma não, muitas!
 
Quem é pai de primeira viagem não raro arrota por aí que não vai investir numa fralda cara, porque aqui só vai levar xixi e cocô, então qualquer Dry Something da vida vale. Eu mesma falei isso na época de Pacotinho. Não entendia por que Pamper's, por que Huggies, etc. Danei a comprar uns pacotes grandes de Dry Something desenfreadamente até me deparar com a carinha de Pacotinho, sua pele sensível, aquele amor avassalador que me invadiu... Daí que fui a primeira a bradar:
 
EU BRADANDO - Nem fodendo que eu vou botar essa porcaria na bunda sagrada do meu filho!! - o forro da fralda era verde, enquanto as demais eram brancas. Começa por aí!
 
Despachei tudo pro porteiro que já havia encomendado o 6º. filho e que com certeza sendo porteiro, a essa altura do campeonato estaria cagando fedido pro fato de o fundo da fralda ser verde.
 
E assim eu entendi que não adianta economizar. O que adianta, é proteger o bumbum de quem se ama, ainda sim, não é garantia de se evitar alergia a fralda.
 
Então, o superpediatra apoia a decisão de se desfraldar após esse período doloroso de 1 ano e 8 meses desde que não seja inverno. E eu tive que segurar a onda da ansiedade até a chegada do verão no caso dos dois meninos.
 
Aí começa o tormento.
Os meninos foram assim, além de urinar no chão e fazer cocô na cueca com vc correndo atrás com o pano de chão, metendo o dedo na merda etc, tem a problemática do medo do cocô.
Tanto Pacotinho, quanto Sr. Cabeça de Bolinha aprenderam rápido a fazer xixi no piniquinho, mas o cocô... putaquelospárel!
 
Lembro que uma vez, em meio a uma negociação com Sr. Cabeça de Bolinha, para que ele permanecesse sentado  no peniquinho até o cocô sair - ele aos berros no banheiro e se debatendo e eu calmamente o segurando e negociando - Amélie Poulain, nossa gata, diante da gritaria e choradeira, começou a rosnar tal qual um cachorro em defesa de seu amo. Felizmente nesse mesmo dia, Sr. Cabeça de Bolinha conseguiu fazer e perdeu o medo. Eu não fui arranhada mas tranquei o cu devidamente, porque né?
 
Então estou bem no meio dessa fase tenebrosa com Dona Miúda.
Passei uma semana andando com pano de chão na mão, metendo o dedo no cocô que ia parar na calcinha, porque sim, ela só avisava depois que tinha feito... fiquei exata 1 semana nessa tormenta e Engraçadão foi agraciado com apenas 1 sábado e 1 domingo (e ele ainda reclamou, tá?!). Felizardo.
Bem, ao final de uma semana, ela sentou no peniquinho que fica estratégicamente próximo ao banheiro, bem no meio do caminho e fez seu xixizinho como que por encanto. Ainda no mesmo dia, toda prosa com sua conquista, danou a fazer xixi a todo momento só pra poder dar tchau pro xixi. A galega é um barato. Diz assim:
 
GALEGA - Tchau xixi, vai com Deus!
 
Eu não aguento né?
Pois num desses momentos, ela empolgadíssima fez tanta força pra sair o xixi, que acabou fazendo cocô. Foi numa sexta feira ensolarada.
Eu aplaudi, dei tchau pro cocô, passei a vassourinha no peniquinho, botei cheirinho e a ensinei a fechar sempre a tábua. Aliás, os meninos também fecham a tábua sempre, tá futuras noras? Menos um problema procês!
 
E eu pasma, estou lentamente me despedindo das fraldas depois de 1 semana. Ela ainda dorme de fraldas, mas no soninho da tarde não faz xixi e passou 3 noites não urinando na fralda também, só vindo a fazer quando o clima esfriou aqui no Rio.
 
Ou seja, eu morria de medo das meninas, eu temia ser mãe de menina, eu tinha certeza q não levava jeito pra coisa e hoje a galega está me ensinando que somos mais.
Ela está tirando meu medo, está me dando a mão e me ensinando a ter orgulho dela a cada dia mais. Principalmente, galega está fazendo todo um trabalho de resgate da minha auto-estima feminina, que durante anos da minha vida, vou amassada, embolada e jogada no lixo.
E eu só posso ser grata por isso.

terça-feira, setembro 11, 2012

VIDA EM SOCIEDADE E O PREÇO QUE SE PAGA

 
Estou terminando um exercício que sugere que do ponto de vista socioantropológico, meninos têm uma tendência natural para jogar bola desde pequenos e meninas para pular corda, ou conversar desde cedo. O que claro, é uma inverdade. Tanto meninos quanto meninas, estão aptos para bater uma bolinha e por que não (?), juntos.
 
No entanto, o padrão de nossa sociedade é masculinizar o menino desde cedo oferecendo a bola, como forma de tentar garantir sua sexualidade padrão. E à menina, dá-se uma boneca, brinquedos de casinha, etc.
Balela.
Estou eu aqui com Dona Miúda vivendo entre dois meninos, amando batons, adorando saias e vestidos e brigando pelos carrinhos dos irmãos ao mesmo tempo, disputando as bolas deles, etc. Aqui em casa, as definições de gênero até o momento, estão bem marcadas sem imposição alguma. Eles estão seguindo o caminho que se identificam, idependente de bonecos, bonecas, bolas ou vestidos.

Mas essa linha não representa o padrão vivido em sociedade.

Geralmente, os adultos morrem de medo de que seu filho ou filha escolha o caminho do meio. O diferente. Seja por preconceito, seja por amar demais e temer o pior pra seu filho, que se traduziria em sofrimento; pai ou mãe nenhuma sonha que seu filho seja gay.
Eu mesma, debaixo do meu discurso liberal e odiando hipocrisia/ discriminação, não sonho em ter filho gay. Minha orientação sexual é hetero. Ponto. No entanto, minha consciência entende que o amor que sinto por eles é muito maior que as escolhas que eu poderia fazer no lugar deles.
 
Eu escolhi transar antes do casamento. Eu escolhi não casar. Eu escolhi ter filho aos 35, mas eles vieram bem antes. Eu escolhi a minha vida e entendo que amar é deixá-los escolher o que quer que sejam, mesmo que essas escolhas não compartilhem da minha opinião.
 
Temo como toda mãe. Engraçadão teme também como pai zeloso que é. O temor faz parte da maternidade/ paternidade. A gente teme porque ama e porque quer a felicidade deles. E para viver em sociedade sem surtar, vc meio que tem q andar junto com a boiada. Mesmo afirmando que eu seja meio autista desde sempre, ter um filho excluído por uma escolha que tenha feito, é algo sim assustador para qualquer pai. Só que em pleno século XXI, é impensável na minha concepção termos conceitos arcaicos que não reconheçam o homem/ mulher como cerumano, indivíduo que é, independente de raça, cor, gênero, cultura, sabor.
 
É simples.
Basta fechar os olhos, amar o próximo e pagar o preço.
Simples.

segunda-feira, setembro 10, 2012

A IMPORTÂNCIA DE SE TER UM BLOG

 
Estava euzinha lá, sentada na frente em sala de aula, com meus zócolos hypster (é o que dizem) prestando atenção em tudo, quando a fessora nos apresentava o blog que ela em parceria com outra fessora da área de comunicação estavam criando.
 
Daí ela diz assim:
"Temos até uma blogueira em sala de aula."
E aponta pra euzinha ali esprimida na frente.
 
Então eu fiquei matutando acerca desse ser blogueira e me bateu uma vergonha atroz que me fez encolher na cadeira mais assim dentro de mim mesma, do que externamente, porque ninguém percebeu.
Eu já fui muito mais blogueira do que hoje em dia. Do tempo em que ter blog, era criar um mundo todo especial pra si mesmo, pra uma multidão, ou pra ninguém. Você podia contar a verdade, você podia mentir, ninguém questionava se era ou não, porque virtual está longe! As pessoas acompanhavam, davam pitaco, deixavam comentários em cima de algo que bem poderia ser verdade ou mentira. A gente até tinha o privilégio de se esconder atrás de um pseudônimo. Coisa q eu ainda faço com muito amor, já que estou prestando uma homenagem ao Anjo Pornográfico - Nelson Rodrigues. Hoje as coisas mudaram. Agora, usa-se nomes de verdade. Cruzes! Pé de pato, mangalô três vezes!
 
A vantagem pura e simples de se ter um blog a 8, 10 anos atrás, era cuspir nossas ideias, sermos apenas amados ou odiados, ou ainda as duas coisas. Tem gente que ainda consegue esse prodígio mesmo em tempos modernos como esses.
 
Então chegaram os caça-talentos, o Google Adsense, os publiciteiros de plantão de olho num anônimo com muito a dizer e como tudo na vida, blog virou PRO. Gente anônima ganhando dinheiro que nem gente grande e vivendo de blog. Fifty-fifty.
O meio jornalístico também descobriu que haviam muitos talentos na massa blogueira, os amantes da escrivinhação pura e simples começaram a visar lucro e perderam sua essência.
Segmentaram-se.
 
Minha irmã mesmo vivia dizendo que eu deveria ter um tema. Que meu blog estava fora do perfil para me colocar em certos freelas, porque né? Euzinha tenho uma casa que não é segmentada, não tinha teto, não tinha nada...
Só escrever bem não basta, assim como não basta saber só juntar lé com cré, coisa que eu faço bem desde sempre. Tem que ter mais, tem que SER mais. E eu não sou nada. Eu nem ao menos sei se pretendo...
 
Daí que me senti muy envergonhada quando a fessora falou em blogueira em sala de aula. Não sou PRO, muito menos sou segmentada. Posso mesmo chamar esse diarinho sem-vergonha de Blog?
Sei que aqui eu falo de música, de filme, de filhos, de relacionamentos, de festas e acontecimentos, com um único senão, todos voltados pra minha vida, como se eu fosse ALGUÉM. Aliás, os blogs de raiz tinham esse poder, de fazer a gente se sentir alguém. Só que com tanta modernidade, descobri que eu sou ninguém praticamente, se levarmos em consideração que o blogueiro de raiz morreu.
E o maior problema, é que eu só sei fazer assim. Tenho um olhar sarcástico e bem humorado sobre as coisas. Até na hora de falar de aula, eu boto uma pitada de sacanagem, sem querer ofender ninguém claro.
Chamo professora de fessora, adoro ressaltar os bafos que rolaram, dou ênfase na escrotidão humana, eu sou assim e foi pra isso que criei o blog. Mas posso continuar a chamá-lo de blog mesmo?
Só porque tenho 8 anos initerruptos de escrivinhação, tenho ainda esse direito?
 
Pois é, são mais perguntas do que respostas. De toda forma, acho legal a faculdade estar provocando isso em mim. Essa reflexão acerca do universo ao meu redor. Ela está sacodindo meus alicerces pra valer.
Eu só espero que a fênix ressurja das cinzas e vença no final.

sexta-feira, agosto 31, 2012

REPÚDIO ÀS REDES SOCIAIS. PODE ISSO?

Gente, eu sei q vcs estão ávidos pra saber das novidades e tal e eu só estou enrolando aqui; que vcs estão doidos pra saber como foi o primeiro dia de aula e tals, mas eu resolvi não ficar sufocando vcs com o mesmo assunto não!
Acho chato pra cacete aquele pessoal q abraça a causa e vira canário de uma muda só. Quando tiver algo realmente interessante pra contar, daí eu conto.
Eu sei q esse diarinho está muito porco com poucas histórias, sem emofão praticamente e abandonado q só; q eu não ando visitanto ozamigo e azamiga, mas que fazer? Não é a primeira nem vai ser a última não é mesmo?
Então tudo bem na facool. Estou me ambientando e tentando não cagar no pau como foi no ensino médio. Estou levando com seriedade dessa vez. Quero ser um exemplo não só pra mim, como pros meus filhos e mais, a sensação de saber por mim mesma é maravilhosa e impagável.
Os que me acompanham q nem novela sabem q onde há Engraçadinha, há bafão, há barraco, histeria e gritaria. E na facool, primeiro período, instintos acalorados, isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, certo?
Pois bem.
Estou eu lá linda, loura, feliz e quase CDF sentada bem debaixo dos peitos da fessora de Introdução às Profissões de Comunicação (nome grande né?). Cria da casa, trabalhou em quase todos os jornais que eu, é coordenadora de curso, conhece a universidade de cabeça pra baixo e adora falar. A aula dela é agradável, tem horas q dá pra dar risada, outras nos faz refletir.
O meu diferencial é q eu não estou chegando com visão crua do ensino médio, nem sem experiênca de vida, então meu olhar é outro, só q quase ninguém sabe disso e provavelmente nem vai saber, porque eu quero mudar de turno.
Então ela pede que cada um fale um pouco de si e como chegou à opção do curso q escolheu. Sim, tem profissionais em sala de aula, mesmo no turno da manhã que carregam tanta bagagem quanto eu. E óbvio, opiniões diferentes q claro vão se chocar. Faculdade é pra isso. É pra expor e debater opiniões diferentes, sobretudo aprender com elas. Mas tem uma coisa num curso de comunicação, certos conceitos, que são inerentes ao q chamamos de vontade.
Exemplo:
Eu faço comunicação com habilitação em Jornalismo e sou uma pessoa toda certinha que sonha em trabalhar numa empresa jornalística com horário de entrada e de saída.
Vejam q na frase acima tem algo errado. Descubra onde se for capaz!
Claro, óbvio, evidente que se ele aspira ser jornalista nunca, never, fucking ever ele vai conseguir realizar essa utopia de entrar e sair no horário certinho. Talvez ele conseguisse isso sendo secretária de consultório médico. Não numa empresa jornalística, capice?
O mesmo se dá com o advento das redes sociais.
É possível um estudante de comunicação ter ódio de redes sociais e não possuir perfil em nenhuma? Mais, além de não possuir, arrotar uma imagem totalmente equivocada acerca do que acontece nas redes sociais? Isso é postura de um profissional de comunicação?
Claaaaaaaaroquidão!
Assim como o médico, é sabido que o Jornalista ou profissional de comunicação vai viver estudando, lendo, se informando, navegando na crista da onda pelo resto da vida. Ou é assim, ou não é um profissional de comunicação.
Está acontecendo um movimento curioso com o advento das redes sociais, q eu apesar de nunca ter entrado no tema, já tenho observado não é de hoje!
Nós os twitteiros e facebookistas estamos criando informação e isso tende a se intensificar com o passar do tempo. O movimento de divulgação dessa informação inverteu.
A grande mídia (jornais, TVs e rádios), q detinham a informação e o fazem até hoje, são escravos das empresas q pagam seu funcionamento. Não é a novela q paga o salário de quem está dentro da telinha, mas o anunciante que sustenta o veículo. Assim o é para tudo o quanto é programação.
Aí vc vai me dizer q todo mundo sabe disso. Sabe? Então por q engole? Por que entubamos, não nos manifestamos e tudo fica na mesma? Rabinho entre as pernas, é como nos comportamos. Aceitem.
Com o advento das redes sociais e da globalização, a informação deixou de ser comprada. Nós, os cuzões que estamos atrás de um teclado, conseguimos saber os bafónds muitas vezes antes dos meios de comunicação e o buzuzu (ou buzz) que geramos à partir desse meio, acaba indo parar nos meios de comunicação convencionais.
Claro, ainda não sabemos usar nossa força. A gente tem por hábito falar muita merda e por essas e outras, Luiza voltou do Canadá e foi parar no Jornal Hoje queimando lindamente nosso filme; o ex-BBB não lembro o nome foi expulso do programa sob suspeita de estupro por pressão no twitter direto no tóba da rede bobo; a net pira PARA NUOOOOSSA ALEGRIIIAAAA! Fora o resto q não lembro.
Estamos exercitando ainda. Somos poderosos mas não deixamos os cueiros por enquanto. De qualquer forma, temos uma ferramenta única nas mãos e espero em Deus, q cheguemos à maturidade para usá-la com sabedoria e cobrar tudo que precisarmos através dela. Podemos fazer barulho, sabia?Temos foto, video e informação tudo interligado!
Daí, um dos alunos em sala diz a seguinte frase:
"Eu odeio redes sociais, não tenho twitter, não tenho facebook, ali só se fala besteira, bando de gente alienada..."
Mashein?
Mônica Waldvogel é alienada? Arthur Xexéo é alienado? Barak Obama é alienado? Ashton Kutcher é alienado? Não, esse não vale! Fora os profissionais de mídia q muitas vezes informam muito mais q eles todos os dias!
Óbvio q eu quiquei e levantei a bandeira da nossa força em sala de aula e sim, a fessora cagou lindamente qdo viu q o bicho ia pegar, conduzindo a turma para outro assunto.
Enfim, pode mesmo um futuro profissional de comunicação ter essa mentalidade?
Será que esse um não está precisando de um cicerone de twitter? Não. Acho q não.
Ele está precisando de uma pistola de água carregada pra usar na cabeça.
Porque o não querer conhecer é terminantemente proibido para um aspirante a profissional de comunicação.
Melhor, é muito provável q lá na frente ele desista da faculdade e abra uma banquinha de lanches na esquina da facool.
Ainda sim, se ele tiver uma conta no twitter há muito mais chance de ele dar um upgrade nas vendas!
Basta ele saber e querer usar.

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