O tombo foi assim:
Aniversário de uma amiga aqui do trabalho, eu tive permissão por escrito em três vias, mais duas testemunhas uma minha e outra do Engraçadão p/ poder sair.
O point foi a Lapa. Numa casa chamada Sacrilégio. Muito bacana p/ os amantes do samba.
O lugar é charmosinho, animado, gente da minha idade p/ cima... Acho q ir lá de vez em quando é um bom negócio, até p/ quem não gosta de samba.
Não é entupido, mas também não é vazio. Tem música ao vivo, c/ gente bamba de verdade, ainda algumas apresentações de dança de salão, mas nada empurrado, tudo muito natural.
Aí, apareceu um amigo meu, o Chris, q eu convidei p/ tentar botar na fita de uma amiga minha do trabalho.
Bem, além de amiga fiel e escudeira, também tenho uma agência não-gvernamental de matrimônios. Esse amigo é cliente reincidente. Por isso não cobro nada dele.
Ele chegou lá e rolava uma expectativa de se ambos se gostariam.
Ele parece que gostou dela, mas ela não está numa de namorar agora.
De qualquer forma, como ele é um doce de pessoa e não é invasivo, nem pentelho, ela aceitou dançar c/ ele na pista.
Eu estava tchutchuca, batendo um bolão e humilde, no meu canto, fazendo levantamento de copo, enquanto 70% da mesa gritava meu nome, me chamando para dançar.
Eu juro que o copo estava mais interessante. Mas apesar de tudo não estava alcoolizada. Nem um tiquinho. É sério!
Samba é bom, mas não tenho a mesma disposição prá dançar do q um rock, do q um hip-hop, de maneira q fico enrolando.
Só q o Chris me tirou e eu não recusei.
Dança de cá, dança de lá, já tinhos atraído todos os olhares daquele espaço.
Tinha uma mesa em frente a nossa, com umas 6 cabeças focando a gente. Sua maioria mulheres. E vcs sabem como mulher é um bicho invejoso.
O Crhis acabava de elogiar meu molejo, quando fez q ia me jogar e eu acreditei.
Eu me joguei prá trás e ele não agüentou o peso.
Moral da História: Fui parar no chão entre a caixa de som e o palco. Completamente estabacada.
Foi tudo muito rápido. Da mesma forma q não senti quando caí, quando vi, já estava de pé, c/ 1 sandália arrebentada, dando gargalhada p/ não ficar pior.
Quando a gente cai (e o tombo não é sério) antes da dor, a vergonha é tanta, q pelo menos EU não sinto nada. Falei pro Chris consertar a cara e rir, porque senão a vergonha era maior. Ele riu, coitado, c/ aquela cara de frustrado, q tinha acabado de pagar o mico maior de todos e continuamos dançando/ mancando até o fim da música.
Fui arrastando o pé até a mesa e sentei.
Para minha surpresa, só essa amiga q ficaria c/ o Chris, viu o tombo e me garantiu q nada, absolutamente na-da apareceu. Minhas vergonhas ficaram intactas.
Olhei p/ a mesa em frente e as mulheres ainda estavam rindo.
E eu fiquei pensando: "Tá bom, foi engraçado, mas q grosseria! Eu poderia ter me machucado e elas ainda estão rindo..."
Aí, eu ia ao banheiro c/ a sandália arrastando, ficava olhando a galera na pista sambando e justo porque não podia, me deu a maior vontade.
Fiquei um tempo assim c/ água na boca e pensei melhor...
Tirei a sandália e caí no samba des-cal-ça!
A mesa em frente calou. Também, arrebentei no samba. Com toda a humildade q me é peculiar. Olhava prás mulheres da outra mesa e todas pareciam sérias, me olhando. Meu deu até vontade de jogar beijinho. Por q não riam agora?? Por que não gargalhavam por me ver bem, sambando descalça??
Aliás, por q mulher é tão competitiva, chegando ao ponto de ficar inimiga de cara de outra q nem conhece??
Analisando a situação friamente, 1 tombo por ano, até q está bom, né?!
Bjs na bunda.