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sexta-feira, setembro 19, 2014

O SPA CLUBE VEIO AQUI


A internet é o máximo, não é? Imagina que estava eu em meu lugar,  vivendo a minha vidinha, estreitando laços com azamigue que já trabalharam comigo via facebook, porque tem certas amigue que eu não quero perder nesta vida e descobri que uma delas abriu um negócio muito bacana, daqueles que a gente sente orgulho alheio sabe como?

A ideia não é nova, no entanto, é daquele tipo que nunca sai de moda. E mulher que é mulher, pode bater no peito, dizer que não, mas atire a primeira pedra aquela que quando sai de um salão de beleza não se sente mais leve, rejuvenescida, poderosa e com a autoestima lá em cima? Vou além, quem é que não gosta de ser cuidada ou paparicada? 

Lembro de quando era pheena e bancava serviço de manicure todo final de semana, e quando eu furava o agendamento e ficar mais de uma semana sem as unhas bem feitas era a treva. 

Eu saía do salão me comendo, a verdade é essa. Ficava admirando minhas unhas, meu pé de mulherzinha, coisa que sem uma boa manicure não existe e quando fazia o cabelo, me sentia a mais poderosa de todas. E isso é ótimo, é saudável antes de tudo. Para as que tem filhas, passa uma ótima mensagem, desde que sem exageros. A brasileira é vaidosa, fato conhecido mundialmente e passar para as filhas que a gente se cuida, é mostrar um pouco de amor próprio desde já. Coisa tão importante em tempos de mulheres com baixa autoestima.

A parte chata do salão fica por conta dos agendamentos. Nem sempre conseguia agendar em cima da hora e era praticamente impossível conseguir com a minha manicure preferida um tempo em finais de semana. Só se agendasse com muita antecedência. Então parti para a arte de manicurar sozinha. Só que o pé... ah, o pé! Tem que ser contorcionista de circo e quem já se aventurou sabe que nunca fica igualzinho.

Daí que eu me lembrei da amigue, aquela que trabalhou comigo e entrei em contato. Já tinha feito uma vez, mas nem deu tempo de registrar. Dessa vez foi diferente. Como sempre pontualíssimas, a menina que veio me atender foi a Viviane, devidamente identificada com crachá e foto, trouxe sua maletinha com todos os produtos, inclusive esmalte, coisa que eu tenho aqui, mas fiz questão usar o dela para variar um pouco; toalhas, acessórios, spray para molhar o pé, tudo elas trazem. Alicate só de inox e devidamente esterilizado. Passei uma tarde agradável, fazendo a unha no sofá de casa, batendo um papo gostoso, ouvindo a música que EU gosto e curtindo a tarde como há muito não fazia.

Simples. 
Um contato quase de véspera e estava tudo resolvido. Essa simplicidade e a praticidade é que faz valer a pena. Outra, a qualidade do serviço é inconteste. Minha unha ficou tão linda, ou seja, os produtos que elas usam, também são de qualidade (e olha que sou chata!), porque as monas todas da faculdade elogiaram. 

Pra gente que tem filhos então, é uma mão na roda. Dá tempo de fazer enquanto os filhos estão na escola, ou ainda nos finais de semana. Uma informação privilegiada, as meninas disseram que justo nos finais de semana, o movimento é mais fraco, ou seja, isso aponta uma tendência. As clientes SPA Clube estão aproveitando para fazer as unhas durante a semana e nos finais de semana, reservam tempo para a família, para se divertir e resolver outras coisas. Fica a dica para as mamães que trabalham fora e disputam a tapa a manicure que sobra no salão (quando sobra!).

O SPA Clube tem um site bacana, além de uma fanpage no facebook. Basta ligar e marcar, ou deixar o contato na página, que eles retornam pra você. Vai conferir, vai!

quinta-feira, julho 17, 2014

A GRATA EVOLUÇÃO DAS PRINCESAS DISNEY


Em casa com crianças, nada mais justo que fazer coleção de desenhos. Principalmente se as crianças superam o número de adultos.
A dica é baixar animações como se não houvesse amanhã.

Em mês de férias, decidimos fazer uma retrospectiva pelo mundo das princesas Disney. Desde a cinquentona Branca de Neve, até a última delas, a coqueluche de todos os tempos da última semana, a rainha Helsa de Frozen.

Muito bem, há algo de muito mágico no ar e confesso estar muito feliz com os resultados. 
De 1937 (pasmem meninas, Branca de Neve surgiu nesse ano!) pra cá, quando a meta de toda princesa era arrumar um marido, de preferência que a amasse, lhe desse um nome, filhos sadios e um castelo como teto - só o basicão mesmo - esse valor de amor marital e exclusivo veio se diluindo com o passar dos anos.

Há quem tema ainda hoje, apresentar o mundo das princesas Disney às suas filhas. Isso, porque muitas mães sentem calafrios com a frase que ilustra o final de muitos deles "... e foram felizes para sempre.". Como se luta contra isso? Com a história meus caros.
É só não perder a oportunidade de mostrar como as coisas funcionavam e como passaram a ser para as crianças.

Branca de Neve, Cinderella, Aurora e Mulan, mais recente, ilustram bem as moçoilas da primeira metade do século XX. Moças que para ser alguém precisavam da sombra de um marido. Tudo o que elas queriam se resumia a encontrar um príncipe, um amor seguro, alguém que pagasse as contas e tivesse o carisma de Podolski ou Müller. 
Mulan se aplica a essa perspectiva, se levarmos em consideração que era uma moça chinesa, criada para casar. Ainda que ela não quisesse, a tradição em torno dela a obrigava a isso, tanto que ao se alistar no exército se fingindo de homem, logo se apaixona pelo capitão do regimento, jovem, viril e o chinês mais gato de que se tem notícia.

Ariel não se encaixa nesse perfil, uma vez que era apaixonada pelo estilo de vida humano. Ariel é o tipo de garota do interior (oceano) que sonha em fugir pra cidade (terra firme) e esbarrar num grande amor nesse caminho é algo pertinente. Chego a pensar que Ariel é uma cagona, que tira a sorte grande ao se apaixonar por um príncipe. A ficção não nos poupa, claro. Ariel como princesa não ia se apaixonar pelo marinheiro pobre da embarcação. Tinha que ser por um príncipe, já que a personagem principal era uma princesa dos mares. De qualquer forma, vemos claramente a mão do acaso. Ela não sonhou com aquela situação.

Depois vieram outras princesas mais interessantes e independentes e a significação do amor também se tornou mais plural. 
A francesa Bela sentia um amor tão grande por seu pai, que concorda em trocar de lugar com ele na masmorra de um castelo habitado por uma fera horrenda. Mais uma vez, fazer o bem sem olhar a quem vale mais que tirar o prêmio na loteria. A fera por fim era riquíssima e no fim, testemunhamos que se tratava de um príncipe gatíssimo. Tudo isso, se torna a recompensa para a moça que apostou na beleza interior. E bota interior nisso!

Tiana, a americana sulista de A Princesa e o Sapo, além de ser a primeira princesa negra, tinha um sonho e sabia que o único jeito de conquistá-lo, era por meio de muito trabalho, já que vinha de uma família pobre. A mensagem subliminar aí é linda. Tiana não tinha moleza, ralava de sol a sol para comprar um galpão que seria transformado num restaurante frequentado por todas as classes sociais. Quer desenho mais inclusivo que esse? Não conheço ainda.

Para completar, Tiana tinha aversão ao ideal do príncipe encantado e era tão pé no chão, que ao se deparar com ele, fez piada com o fato d'ele não saber fazer nada. Como todo bom romance, um foi descobrindo a qualidade do outro e o amor se fortaleceu na adversidade, unindo-os no final.

Mais tarde, fomos apresentados à Rapunzel, das mais festejadas princesas.
A alemã sob a ótica Disney, após 18 anos presa numa torre, puxando um cabelão quilométrico, aprende a se virar em casa. Ela pinta, borda, brinca,, canta, cozinha e tem um sonho muito comum, que é apenas sair de casa. Para isso e sem o conhecimento de sua mãe adotiva, ela se alia a um bandido, que promete levá-la ao castelo do reino para assitir à queima de fogos que acontecia sempre na data de seu aniversário (coincidência?).
Rapunzel é romântica, sonhadora, mas uma comunicadora bastante eficiente. Não há quem não se encante com ela, não apenas por sua beleza, mas pela simplicidade e alegria contagiantes. 
É das primeiras princesas a salvar o príncipe. Tanto ela, quanto Tiana, são responsáveis por "salvar" seus companheiros. Mostram que não representam mais aquela gama de princesas frágeis, donas de casa. Essas, vão à luta e esbanjam independência. Está escrito!

Depois dessa virada, aparecem as outras formas de amar. As princesas cujo amor não se traduz em caçar um homem necessariamente. Valente, a escocesa de cabelos cor de fogo, totalmente desgrenhados, tem uma relação de amor e ódio com a mãe. Tanto, que apela para a bruxaria para sair de seu jugo. No entanto, seus planos naufragam e ela transforma a mãe num urso, que acaba sendo caçado por seu pai e amigos. 
No decorrer da animação, todo o lado positivo na educação rígida de sua mãe começa a fazer sentido e ela luta para desfazer o encanto, que claro, só se desfaz com a descoberta do amor verdadeiro.

E por falar em amor verdadeiro, quem tem filha sabe, ninguém aguenta mais ouvir essa palavra pra lá de gasta em Frozen. Apesar de a música Let It Go ser o tema da personagem Helsa, a princesa que nasceu com o dom de congelar o que quisesse, é sua irmã, Ana quem brilha e canta um bando de músicas no filme. Não só isso. Ana, apesar de ser a sonhadora, ingênua, idealista que procura inclusive o grande amor de sua vida, descobre no final, que o nome daquele sentimento que sentia todo o tempo por sua irmã, era o tal amor verdadeiro. Portanto, Frozen é um filme sobre o amor de duas irmãs. Enfim, tiraram o foco do sexo oposto. Lindo e surpreendente. Ouvi dizer inclusive, que Frozen foi acusado pelas más línguas, de fazer apologia ao homossexualismo. 

Mas claro, esse tipo de pensamento nem merece crédito, haja visto que nas redes sociais a gente encontra todo o tipo de imbecil, cujo esporte predileto é falar merda sobre todos os assuntos.

Apesar de ninguém mais aguentar assistir aqui em casa (leia-se eu e marido), as crianças pedem Frozen todos os dias. Poder testemunhar a evolução do significado de amor pelas lentes da Disney, ver que eles souberam se atualizar e conseguem passar para as crianças de que não há perfeição e nem que nada é para sempre, vale sim o ingresso no cinema. 
Quem pode acompanhar, não está jogando dinheiro fora, está evoluindo com seus filhos, ainda que a percepção deles seja outra.

quinta-feira, julho 10, 2014

SELEÇÃO BRASILEIRA - ACABOU O MEL


Outra Copa do Mundo, dessa vez dentro de casa, brasileiros tímidos, com medo de admitir que se jogariam de cabeça tão logo a chama das manifestações arrefecesse.

Mais uma vez, nós brasileiros ignoramos a roubalheira do planalto, a falta de hospitais em qualquer dos 26 estados, escolas caindo aos pedaços, transporte público de massa elevado à potência de transporte público de burros de carga, de boiada adormecida; tudo isso é perdoado em tempos de Copa do Mundo afinal, assim como o é no Carnaval. 

É assim mesmo, brasileiro passando fome é festeiro, brasileiro é técnico de futebol desde que mundo é mundo, afinal, na falta de comida na mesa, ainda temos a bola e ela é o símbolo do país, aparecendo inclusive na nossa bandeira. Aqui é assim. Sempre houve o sonho.
 
Não é de hoje, houve o sonho do tetra, arduamente buscado, pintado nos muros, no chão, reverenciado nas bandeirinhas. Até que foi alcançado em 1994, sem a presença da seleção perfeita, do time dos sonhos.

Oito anos depois, mesmo sem acreditar no técnico marrento, gaúcho, de fala ríspida e olhar de desdém, Felipão, levamos o penta. 

Era uma das seleções mais criticadas nos amistosos, cujo técnico xingado e desacreditado, foi responsável por todas as glórias com a taça na mão.

Ainda que cuspindo marimbondos, o brasileiro foi lá, pintou rua, pintou muro, esqueceu governo, miséria, fome e toda a sorte de carência; acordando inclusive de madrugada para assistir aos jogos, já que dessa vez, a festa era na Coreia do Sul e Japão, cujo fuso horário foi inimigo com sua distância de quase doze horas para o Brasil. 

Não há obstáculo para o futebol em terras brasileiras. Futebol nunca foi, nem será o vilão. Aqui se leva amor na chuteira, nos cadarços, nas meias e principalmente na camisa. Amamos muito mais aqueles 11 jogadores que carregam a bola nos pés, do que à própria pátria. 

Brasileiro é crítico. E costuma confundir pátria com política. Fala mal de ambas só pra constar, mas não descruza os braços para resolver.

Dessa forma, diante de um 7x0 perdido para uma seleção técnica, altamente esforçada, que se preparou por seis anos para enfrentar qualquer tipo de time e chegar à final, não damos importância para o fato de que nosso técnico privilegiou nomes do esporte internacional, ao invés de privilegiar a técnica. Como se o nome do novinho que joga lá fora, fosse mais importante que aquela prata da casa que rala e possui a técnica dentro do país. Aliás, em se tratando de Brasil, não se usa a técnica, se usa coração. Somos quase especialistas em coração e emoção.

Dando um desconto, temos lá nossas qualidades. Não adianta pressionar agora o Felipão. Com esse mesmo coração, ele poderia ter trazido o Hexa e nesse momento estaríamos todos enaltecendo seu talento para trazer troféus.

Então é preciso antes de mais nada, que o brasileiro cresça e aprenda a deixar de culpar o outro por suas expectativas ilusórias. Perdemos porque perdemos. O pobre do Felipão pode não ter dado as respostas mais educadas, por certo. Estão enchendo seu saco não é de hoje. Sua própria consciência o está punindo com todos aqueles e ses (?) das consciências que se punem quando algo sai errado.

O que o Brasil tem de aprender é algo muito mais simples, bastante semelhante a uma frase que minha falecida avó dizia e que só agora faz todo sentido:

"Primeiro a obrigação, depois a diversão!"

sábado, junho 21, 2014

The Secret Life of Walter Mitty - A Vida Secreta de Walter Mitty de Ben Stiller


Ben Stiller guardou todos os seus melhores atributos como ator e ser humano, estreia como diretor e se aventa nesse belo longa, a comédia (?) chamado a A Vida Secreta de Walter Mitty.

Num primeiro contato com o filme, a gente perde um pouco a paciência, porque Walter, interpretado por Ben, não é aquele cara que a gente gosta de estar. Walter é um tipo renegado, que sonha acordado, tem uns brancos loucos que te deixam no vácuo e que gente normal, como eu (sic!) e você facilmente perdemos a paciência.

E como a gente perde a paciência com tipos assim! Quem nunca perdeu que atire a primeira pedra. 
O recurso (da personagem principal, de sonhar acordado enquanto o outro personagem fala) é bem utilizado no filme, então a gente tem aquela sensação de que a história será uma bosta e dá mesmo vontade de mudar de filme imediatamente. No entanto, é um tipo de filme que não fala para qualquer um.

Ben quer chamar atenção daquelas pessoas que se perderam delas mesmas em algum lugar do caminho e de maneira magistral, ele mostra que é possível sim a gente se reencontrar. Abre aspas - Principalmente se você é americano, seu país não é corrupto, se os preços são acessíveis para quase todos e se principalmente você já tem um passaporte. - Fecha aspas.

Walter Mitty não pode se encaixar no modelo brasileiro. Não se ele estiver desempregado (e na história isso acontece), se ele tem três filhos e se mora no Rio de Janeiro. Se fosse assim, Walter estaria contando as moedas para comprar o café da manhã na padaria e não pegando avião.

Das coisas boas do filme:

A fotografia é linda, já que passamos por ângulos inusitados de Nova York, Groenlândia e Islândia. Daquelas que te induz a pegar as malas e partir pro aeroporto. 
São lugares bem fora do que chamamos de lugar comum, por isso ele foi muito feliz na escolha das locações, transformando o longa em algo quase hipnótico do ponto de vista do espectador que não entrou no facebook durante o filme.
O fato de Sean Penn e Shirley McLane estarem no filme também endossa que não se trata de uma história bunda!

A trilha sonora é de Theodore Shapiro, mas a gente ouve também Arcade Fire, um pouquinho de Jack Johnson e David Bowie, só pra citar os conhecidos.

A história é tocante, já que acompanhamos o desenvolvimento do personagem como ser humano, suas fraquezas e seu re-encontro com si mesmo, que na minha opinião é das coisas mais belas e mais difíceis de acontecer na vida. Ser humano se perde muito no caminho. É frequente. Então após assistir, dá uma vontade danada de um auto-abraço e voltar pro próprio corpo, para a própria essência. Por isso eu indico esse filme.

Ponto fraco do filme:

É bem enganador a princípio. Estamos tão acostumados às comédias besteirol de Ben Stiller, que no começo a gente chega a ser preconceituoso com a história central, já que ela não acontece num ritmo de comédia. É lento até ficar interessante.
Não classificaria como aventura, nem exatamente como um drama. Talvez romance se encaixe mais no perfil desse filme, já que do início ao fim, o que o motiva a sair da inércia é o amor. 

Portanto, quem encontrar com Ben Stiller por aí, favor avisar que se trata de um romance, Ok?

quarta-feira, novembro 20, 2013

Thianny Spetaclar - EU FUI!

 
Eu ainda consigo me lembrar do Circo Tihanny quando veio a primeira vez ao Rio. Sei lá quantos anos eu tinha, penso que menos de 10 anos e que era inevitável ir. Era o must go da época. Como se eu fosse menina de must go...
 
No entanto fomos, minha vó e meu vô. Porque meu pai, quem conseguiu o convite e estava sempre trabalhando e mãe, nem sei por qual razão, não puderam ir. Realmente não lembro. Fato é, saímos de lá todos impressionados e boquiabertos.
 
O Thianny representava os grandes circos. Era luxuosíssimo e mesclava atrações circenses, com shows de dança daquelas grandes casas de espetáculos. Sempre belas mulheres, com lindos figurinhos. Quase figurino de destaque de escola de samba rica. É de encher os olhos.
 
Como que por encanto, fui contatada através do grupo EBRJ do FEICE, para assistir ao espetáculo com direito a um acompanhante, seria num domingo de manhã e apesar das três crianças, consegui chegar a um consenso facilmente.
 

Os três deram a sorte de visitar a nova versão do circo com o pai, agora chamado de Spetacular, na ocasião  em que eu trabalhava no Rock in Rio. Daí que a única mini-pessoa que insistia que queria ir de novo desde então, era dona Miúda. Claro, não pensei duas vezes. É ela.
 
Fomos domingo passado, culminando a última apresentação aqui no Rio. O circo vai vazar pra outro canto e não perderíamos essa oportunidade nem à pau, Juvenal.
Ao chegar lá, o tempo estava fechando. Claro, eu em programa dominical com um único filho à tira colo, só pode ser razão pro tempo mudar. Sabia!
 
E após uma espera de 1h com direito a choro pela pipoca, que infelizmente não saiu (só aceitavam dinheiro e eu não tinha isso, mas tinha muita comida na bolsa!), começou o espetáculo.
Cara, me deu um certo choque, porque quase 40 anos depois, se é que é o mesmo circo, ele ainda segue a mesma linha. Muito luxo, danças e números com palhaço, costurando as apresentações. Obviamente não lembro se era assim exatamente, contudo, garanto que essa fórmula não foge em nada aos circos tradicionais.
 
Isso não é uma crítica, mas questão de estilo. Acho válido em tempo de tanta tecnologial, que existam circos com um pé na tradição, sem cair na mesmice.
E como encanta!
 
Um número impressionante, foi o time de moços da corda bamba, se apresentarem sem o uso de rede de proteção. Só quando quiseram descer mesmo, o que claro, causou inúmeros aaaah's e ooooh's da plateia, sem contar a friaca na barriga, né? Imagina, se alguém cai daquela porra e... nem quero pensar. Tudo minuciosamente calculado e treinado e a gente ainda cai nessa né?
 
O palhaço sensacional. Fez rir até dona Miúda que é cética e pragmática, apesar de seus 3 anos. Interagiu com a plateia em quase todos os números, arrancando gargalhada do povo, claro. Fez aquele tipo cloun e não fala. Ou seja, fica muito mais engraçado. Esse, definitivamente é meu tipo de palhaço.
 
O mágico, entre outros truques, fez aparecer um helicóptero no palco e não me pergunte como ele fez isso tão rápido, porque eu olhei e não deu pra ver na-da. Ele até que não arrancou muitas palmas da audiência, mas eu vi um bando de gente cochichando. Eu acho que a galera estava meio cansada de bater palmas. Nada pessoal.
 
Os meninos do trapézio foram magníficos! Usavam uma roupa que lembravam asas e sob a luz negra, literalmente voavam do trapézio. Eram 5, que se cruzavam no ar, fazendo acrobacias de cair o queixo.
 
Foram duas horas de espetáculo, que fez com que eu esquecesse quem eu era, de onde vim e porquê estava ali. Limpou minha mente e trouxe à infância, inevitavelmente.
 
De novo essa palavra né?
Mas o Thianny é assim.
Mexe com a gente, nos transporta pra outro tempo.
Espetacular.
 
 

sexta-feira, novembro 08, 2013

Parábola do Filho Pródigo


Respondendo à pergunta de uma das mais antigas e queridas leitoras dessa joça e ao que parece, das poucas que sentiu ou reclamou de saudade, não querida MAGUI, não enchiquei, muito menos abandonei.
Passava por um hiatus produtivo, motivado por uma deprê pós-Rock in Rio, doença que acomete a grande maioria dos viciados em música, que têm a oportunidade de trabalhar num evento dessa magnitude.

Aconteceu não só comigo. Tive notícia de outros que ficaram deprimidinhos.

Pois a farra acabou! À terra, Deus deu algumas voltas, mesmo que quase ninguém tenha percebido e uma série de eventos melodramáticos aconteceu:
  • Miley Cyrus pendurou sua língua em seu mais novo clipe, digo, a shoshannah em Wrecking Ball, ficando nua em osso, alegando que finalmente pode mostrar a putona que sempre foi -> Ai para! Essa menina está precisando de uma piroca de negão, tamanho extra large. Alguém faz favor? Brigada
  • São Paulo tenta provar que o ex-prefeito Kassab sabia do esquema de corrupção que desviou mais e mais verbas com dinheiro público -> até aí, qual a novidade?
  • Flamengo começou a se levantar de um mal desempenho do Brasileirão para as cabeças da Copa do Brasil -> Pena que não pontua pro Campeonato Brasileiro;
  • O Youtube recebe seu mais maravilhoso e bem suscedido canal, só que não. O Farofa WebTV, que lançou dois trabalhos e não se sabe quando, mandará os outros pro ar -> Adivinha quem é a repórter!
  • Na falta de trabalho, emprego, estágio, etc. Brasileiro investe pesado no trabalho infantil -> Se não acredita, clique aqui.
  • Justin Bieber veio ao Brasil e fez daqui o seu quintal, antes, durante e depois do show -> Verdade absoluta! Brincou no puteiro, foi filmado dormindo depois do coito, quase quebrou uma suíte do Copacabana Palace toda, pichou muro do antigo Hotel Nacional de São Conrado, escoltado pela PM carioca (isso é que é moral!)... O menino está em fase de crescimento, gente. Deixa o garoto zoar! Afinal, o menino pegaria o vôo no dia seguinte e a Polícia faria o quê? Acertou quem gritou aí de trás ARQUIVAR O CASO!
  • Enquanto seguíamos na pobreza cotidiana, eis que surge o Rei do Camarote, Alexander de Almeida, alvo da Vejinha de São Paulo (aliás, palhaçada descarada da Veja dar moral prum troço desses), responsável por um dos melhores memes do ano nas redes sociais -> Fez cagada e agora paga de arrependido. Querido, quem se arrepende de verdade não desabafa na imprensa. Toma vergonha nessa cara esticada! 
  • Enquanto isso no Rio, neguinho não deixa barato e lança o Rei do Camarote Carioca! -> Sem comentários
  • Nem a atriz Betty Faria é poupada, sendo assaltada num congestionamento em pleno túnel Zuzu Angel -> Na entrevista, ela afirma que foi tudo muito rápido e com o susto, virou o rosto. Agora tá explicado por quê ela foi assaltada! Se tivesse encarado os bandidos de frente, garanto que eles teriam fugido assutados, evitando o assalto, mas o povo dá motivo;
  • As pesquisas apontam Dilma nas cabeças nas próximas eleições para Presidente da República -> Também com Marina (versão Lula de saias em inicío de carreira) e Aécio Neves, o Tucanão que tem resposta pra consertar o país... sei não... melhor anular saporra;
  •  No próximo sábado, dia 09 de Novembro, nossa querida colega de trabalho, Flavia Moura, também conhecida como Engraçadinha, comemorará seus 41 anos ao lado de gente que agrega, num almoço em sua residência próximo ao morro do Borel, com uma buxada de bode pendurada das sobras da feira de sexta entre amigos VIP e familiares, brindado com cidra em copo de plástico -> Vida longa a blogueira!
Então meus queridos leitores, não pensem que esse blog morreu. Está mais vivo do que nunca, cheio de novidades não tão novas, cuja novidade é a blogueira, cada vez mais vintage!

terça-feira, setembro 17, 2013

ROCK IN RIO 2013 - OS TRÊS PRIMEIROS DIAS


A grande aposta desse primeiro final de semana estava nos grandes do Line Up, Beyoncé, David Guetta, Muse, 30 Secons to Mars, Alicia Keys e Justin Timberlake, não necessariamente nesta ordem. Então, vamos nos ater a eles. 

Entre erros e acertos, como testemunha ocular do evento, vou descer a marreta que é minha especialidade. Esqueça tudo o que você viu pela TV. Ela, a telinha brilhante não representa a realidade. Lembre-se que é uma fábrica de gerar sonhos. O trabalho dela é esse, te hipnotizar e te deixar babando mesmo. E é exatamente assim que a gente fica.
Um aviso: Não procure ordem cronológica por aqui. Não é assim que a gente brinca!

BEYONCÉ KNOWLES

A abelha-rainha, Beyoncé deu as caras por aqui, mais precisamente em Fortaleza - CE antes mesmo do Rock in Rio começar, estragando nossa brincadeira. Desta feita, a gente já sabia que haveriam zilhões de trocas de roupa, gente dormindo no fundo da plateia, yada-yada-yada. Mas uma coisa é ler na imprensa, outra é testemunhar o ronco. E houveram vários ao longo do chão de grama sintética do evento. 

A DIVA bate-cabelo mais famosa do mundo, foi protocolar e não surpreendeu. Levou seu ventilador velho de guerra e abusou do carão, do vozeirão, abusou das músicas da nova turnê, The Mrs. Cartier World Tour e o que considero o próprio tiro no pé pra plateias brasileiras, fazer versões praticamente irreconhecíveis, onde o povo não consegue acompanhar. Porque brasileiro é assim. Adora cantar junto e se não estiver ensaiadinho, a gente cansa, a gente dorme. Eu particularmente não dormi, fiquei em pé em 80% do show, no entanto, nem todos têm a mesma paixão que eu num show e entregam os pontos muito antes. 

De maneira, que essa alteração gritante nas canções mais populares, além da troca excessiva de roupa, foi o modelo a não ser seguido dessa apresentação. Ela deixou a peteca cair diversas vezes, decepcionando do meio para trás da plateia. Muita gente sentada no gramado. E quando eu digo muita, é muita mesmo. Levou um piano, fez performance em cima dele trajando um belo macacão azul purpurinado, exibindo a exuberante forma de Barbie, mas isso não é o suficiente. 

Eu bem havia perdido a esperança depois de ter ouvido o álbum B'Day (Deluxe Edition - 2007). Tenho consciência que nós, brasileiros, somos muito fãs até a página dois. Existem os incorrigíveis que não se abalam, ficam uma semana sem banho, aturando sol e poeira pra assistir a DIVA. Beyoncé aliás, não é chamada assim de bobeira. Ela o é. Sabe usar seu magnetismo como ninguém, exatamente por isso, se redimiu diversas vezes durante o show.

Ponto alto Love on Top, quando sobe a escala vocal ao cantar, brincando de maneira magistral as notas musicais sem esgoelar; introdução em homenagem a Witney Huston com I'll Always Love You para música Halo, sem contar com o funk brasileiro LE-LEK-LEK, que acordou até os cadáveres dos pontos de desova das redondezas do evento. 
Por esse momento e poucos outros, ela merece os parabéns, mas sinto informar, a noite do primeiro dia foi do...

DAVID GUETTA

Antes de mais nada, é preciso destacar minha ingenuidade em termos desse artista. Apesar de acompanhar os hits, nunca comprei nada, nem baixei. Portanto, o que eu conheço do moço, é o que a grande maioria já ouviu. 

Inegável reconhecer, a noite foi dele. Ele jantou com farinha quem veio antes e depois de sua performance. 

Apesar de a noite do primeiro dia ter sido tomada pelos fãs da DIVA, David Guetta não deixou barato. De ponta a ponta, de lado a lado, o gramado completamente tomado pelos fãs, dançava e cantava nada mais, nada menos que todas as músicas do cara. Posso dizer de cadeira, porque coincidiu com a minha saída de turno. 

Um trajeto que normalmente levaria 5min a 10min cortando caminho, ainda que estivesse cheio e com pessoas sentadas (como ocorreu com Beyoncé), no show do moço, levamos 30min para chegar. Pessoas de todas as idades, cores, tamanhos, credo, sexo e famílias, cantavam, pulavam e dançavam de ponta a ponta, totalmente ensandecidas e felizes. 

O moço, uma simpatia. Baixava o som pra deixar a galera cantar, levando ao delírio uma multidão. Portanto, mesmo sem tentar comparar estilos, ele ganhou disparado como unanimidade da noite.

30 SECONDS TO MARS

Depois do fiasco que foi a apresentação de Jared Leto no Vivo Rio em 2010, que originou esse post ofendido, reconheço que tenho me esforçado para odiar esse homem. 

Claro, ele se redimiu nos vocais, mas cometeu uns errinhos para um festival dessa magnitude. Escolheu pra baixar o tom, levando músicas pro acústico, que naturalmente levaria os fãs ao delírio. Isso não se faz. Mas antes assim, que chegar afônico pra cantar. Aí não pode.

Parece que o moço aprendeu a lição, tomou melzinho com limão três vezes ao dia para caprichar na voz, mas esqueça as notas altas. Esse papo de notas altas fica para o público cantar e é exclusividade do estúdio. 

Echelon, que seria uma música para arrebatar a plateia ficou de fora do set list e cantar The Kill no acústico, mesmo que do alto da Tirolesa, não é estratégico, é fanfarronice. 
Ainda que ele tenha cativado ao descer no brinquedo, nesse momento (a única boa imagem captada nesse momento, foi do aluno da Estácio, o cinegrafista Paulo Prazeres, portanto se você ver em algum canal - a em close, é dele).

O 30 Seconds é uma banda para um público muito específico. Eu já fui tão fã, quanto sou hoje do Muse, mas a mágoa que ficou foi tão gigante, que esqueci até as letras das músicas, ainda que possamos considerar que eles tenham se redimido.

MUSE

Para tudo!
Mathew Bellamy e sua turma só se compara aos grandes não é à toa. 
Fez um show tecnicamente perfeito, arrancando lágrimas até de quem não conhecia a banda, caso de Cláudia Rocha, vocalista da banda Heavenside, que só conhecia alguns hits.

De formação clássica, o Muse, desconhecido de boa parte dos brasileiros, num primeiro momento podia não merecer o posto de banda da noite, no entanto, esse rótulo cheio de preconceitos caiu por terra por diversas vezes durante o show. 

Foi uma performance cheia de energia, vigor, simpatia, afinação e contato direto com o público, com direito a bandeira do Brasil cobrindo seu rosto inteiro enquanto cantava. Absolutamente todas as músicas que eu jurava que ele não cantaria num show desse porte, ele cantou, além dos hits de praxe, Madness (música usada em um dos meus trabalhos), Uprising, Hysteria (que me deixou literalmente histérica - Ok, fiquei em todas), entre outras.

Daquelas que jurávamos não ouvir e que surpreendeu todo mundo, inclua Feeling Good e Knights fechando o show. Apesar de Knights ser uma música bem executada em suas performances ao vivo, por não se tratar de uma faixa do último álbum, achei que ficaria de fora, contudo, foi executada e bem conduzida pela massa e encaixa como uma luva em grandes festivais. 
Ponto pra eles!

Não teve vacilo nesse show, não teve o que falar mal. Foi de chorar de emoção mesmo. A técnica e perfeição do Muse pode e deve ser comparada às bandas do porte de Radiohead em apresentações ao vivo e System of A Down (melhor show da edição de 2011, irreparável). 

Favor não confundir essa resenha com apelo de fã. O Muse tem 20 anos de estrada e merece todos os louvores pelo que é capaz de fazer em cima de um palco. Até o baterista pegou o microfone para agradecer a plateia. Simples assim.

ALICIA KEYS

Vamos combinar, Alicia Keys é uma super fofa de mamãe. Te ganha na simpatia, mas não é nem de longe amada pela plateia repleta de fãs de Justin Timberlake. 

Ela é maravilhosa e eu ouso dizer que concorre ao posto de Diva. Muito mais Diva do que muitas consideradas como tal, no entanto requer um ouvido mais apurado e sofisticado do que da maioria dos presentes.

Artista completa, ganhou pela simpatia, mas arrisco dizer que não levantou da metade pra trás do público que ali estava, já que se percebia a cara de desânimo dos que nas laterais se posicionavam. 

Mas ela tem passe livre e fica o convite pra tomar um cafezinho lá em casa. Só não vai caber o piano, uma vez que o apartamento é pequeno, mesmo assim, ela mora no meu coração, infelizmente, não da maioria. 

Rolou até a pegadinha da Alicia, quando brincou com Streets of New York e Empire States of Mind usando-as apenas como introdução. 
Ai dela que não cantasse! Ia levar uma surra de vara de capim da multidão que curte, se ousasse sair de lá sem levá-las na íntegra. O que, claro, ficou pro final, já que a moça é novinha, mas não é bobinha. 
Palmas pra Alicia Keys que ela merece só por ser quem é.

JUSTIN TIMBERLAKE

Chegamos ao todo, todo, que dispensa apresentações, Justin Timberlake. 
Não em vão, ele foi premiado no VMA com o prêmio Michael Jackson pelo conjunto da obra.

O mais aguardado, esgoelado e dançado da noite, foi capaz de sacudir o esqueleto de nomes como Didi Wagner (ex-VJ MTv), Simoninha, Alexia Dechamps (por favor, alguém a avisa que ela já morreu? E mais, apresentem a X-Tenso de L'Oréal Paris pra dar um jeito naquele cabelo?) e assistido discretamente por Andreas Kisser, líder do Sepultura.

Nem é preciso detalhar tanto o show de Justin, uma vez que quase todo o mundo viu o que aconteceu. Só preciso rechaçar que ele dominou a noite, esbanjou simpatia, homenageou com grandiosidade, INXS (I Need You Tonight) e Jackson 5 (Shake Your Body, devidamente reconhecido por mim e mais 5 cabeças apenas). 

Antes de mais nada, o artista merece respeito, por trazer de maneira respeitosa aos brasileiros, um show sofisticado, já que dizem as más línguas que por aqui, os grupos estrangeiros têm o hábito de trazer a raspa do tacho. Eu discordo dessa máxima até hoje e o moço-delícia mostrou que eu estou certa.

Ele dançou, interagiu lindamente, conduziu a plateia, fez dos brasileiros um gigante coral e foi o segundo do final de semana, depois do Muse a inaugurar os fogos de encerramento. Com a diferença, que o Muse usou os fogos como ponto alto pra finalizar seu show, ficando no palco e agradecendo nesse momento. Justin não teve essa sacada e quando os fogos pipocaram, ele já estava fazendo o xixizinho básico.

Portanto gente, guardadas as devidas categorias e proporções, o Muse ainda é o líder desse final de semana, seguido páreo a páreo por Justin Timberlake, coladinho com David Guetta. 
Vale lembrar, que como diz o coro popular, gosto é igual a c... mas essa máxima não está sendo considerada aqui. Única e exclusivamente, o conjunto da obra, perfomance, técnica e domínio do público/ palco.

Na próxima semana eu volto para comentar a segunda semana de Rock in Rio, não sei se num único post ou dividido em blocos. 
Mas fica a dica, leia o blog e saiba por quem entende de música.

domingo, junho 23, 2013

Da série: Meninos Eu Vi - MINHA MÃE É UMA PEÇA

Quem diria que eu conseguiria assistir ao primeiro sucesso cinematográfico de Paulo Gustavo no dia seguinte à estreia nacional, hein?!
Pois foi justamente o que aconteceu!
Paulo Gustavo para quem ainda não conhece, ganhou notoriedade quando apareceu no filme Divã, estrelado por Lilia Cabral em 2009.
Para quem não lembra, atenha-se aos 3'13" de vídeo.

 
Pois então, paralelamente, ele já causava no teatro com Minha Mãe É Uma Peça e juntando as duas coisas, Paulo Gustavo chegou até o canal Multishow com seu programa 220 Voltz.
Multifacetado, o ator interpreta vários papéis e não se intimida em vestir-se de mulher para fazer graça.


Tudo isso pode ser comprovado no filme. Mas ah, o filme. 
É um filme feliz. Porque quem tem mãe, é feliz. Ou não, como com a suavidade de um elefante o filme aborda. 
A personagem tem 3 filhos. O mais velho, que é brilhante por nunca ter lhe dado trabalho, o gay e a gorda. Sendo que os dois últimos ainda moram com a feliz dona-de-casa Hermínia, a louca de bobs na cabeça, que não cala a boca e transforma a vida dos filhos num tormento. 

Quem é filho e não conhece o trabalho de Paulo Gustavo, pode até ficar agoniado no princípio. De fala ágil e em algumas passagens quase ininteligível, a mãe neurótica fala, berra e exige pelos cotovelos. Conforme o filme vai avançando, cria-se certa empatia por ela e no final, você já está contra os filhos.

Por quê? Por que só as mães e os filhos da mãe conseguem antes dos 10' se identificar? Simples. Todos as temos e a teoria está ali provada. Mães só mudam de endereço, são todas iguais. Assim como os filhos.
Dona Hermínia é uma mãe separada que cria sozinha os filhos, o do meio e a mais nova. Ela vive pra eles e por eles. Por isso pega no pé, sofre, fica loka do cu, porque né? Filho enlouquece. Corre pra cima e pra baixo, leva-os na rédea curta, mas e daí? O amor é evidente.

Ela é capaz de deixá-los enlouquecidos, putos com ela; ela os constrange quando chama a filha de gorda em todos os lugares. Aliás, tem isso né? Ela chama muuito a filha de gorda e o filho gay, ela corre da verdade que nem o Diabo da cruz, mesmo permitindo que o namorado do filho frequente a casa. Quando as pessoas se dão conta que ela é uma mãe coração, já estão torcendo para que ela eduque as "crianças" como ela chama, na base do constrangimento.

E ela xinga! Como xinga. Cara, mas é tãão engraçado quando ela está revoltada cuspindo marimbondo, xingando geral. Verdade, nessa hora o cinema em peso está seduzido pela personagem central.
Pois o filme é tocante, sensível, muito verdadeiro e dá nos nervos às vezes. Toca todos os sentimentos e explica muita coisa que o espectador quer enterrar lá no passado. É isso. O espectador se vê no filme.
As brigas, os embaraços, os constrangimentos que a mãe nos fez passar, os xingamentos, tudo está ali.
Posso dizer que Minha Mãe é uma Peça pode representar uma grande catarse, se você reparar bem e o final vem coroar isso tudo, nos fazendo entender o por quê de Paulo Gustavo estar fazendo tanto sucesso assim, "tão de repente".

O filme ainda traz à tona o brilhantismo de Samantha Schmutz (ex-Zorra Total), tem participação de Mônica Martelli, Ingrid Guimarães maravilhosa, Herson Capri e grande elenco. Todos, absolutamente todos estão maravilhosos em seus personagens, inclusive os novatos, Mariana Xavier (a filha) e Rodrigo Pandolfo (o filho do meio).
 
Não tem o que pensar sobre esse filme, tem que assistir.
Abaixo, um pequeno incentivo pra vocês. Vá ao cinema e veja por si próprio!


terça-feira, junho 26, 2012

Da Série Meninos Eu Vi: SOMBRAS DA NOITE

Taí o tipo de post que todas corre, ninguém comenta e geral caga e anda: Minhas muito contundentes resenhas sobre filmes.
Não que os meus queridos 5's leitores não curtam filmes, ou não sejam cultos. Eu só não sei o q acontece. Simples.

Independente disso, devo avisar: Estou criando um bando de cinéfilos em casa e faz parte dessa mini-categoria assistir aos filmes de Tim Burton. Mas não pensem q é algo imposto.  Eles mesmo se mostram favoráveis aos apelos da dobradinha Burton-Depp-Bornham-Carter. Tanto, que ao passar em frente ao anúncio do filme colado à banca de jornal, Sr. Cabeça de Bolinha até depois de tê-lo visto aponta e comenta. 

Daí que fomos nós sexta passada, dia 22 assistir à Madagascar 3, eu, mermã, Pacotinho e o Sr. Cabeça de Bolinha. Uma fila imensa no Kinoplex Tijuca nos surpreendeu, apesar de sabermos que a Rio +20 tirou as crionças da escola, o que fez do cinema grande refúgio dos pais! No meio da fila, horário apertado, mermã resolveu pagar no totem de atendimento  e descobriu q esgotaram-se o ingressos da sessão que iríamos. Nem pisquei SOMBRAS DA NOITE começaria 20min depois. 

Amigos, queridos 5's leitores, eles nem reclamaram. O Sr. Cabeça de Bolinha queria ver sangue e quando soube que teria vampiro, na verdade comemorou. Pacotinho ficou um pouco decepcionado, mas já está se tornando fã de Johnny Depp (puxou a quem mesmo?!) - Ahã!

O FILME

Cara, depois de assistir a inúmeros filmes com esse povo, eu diria que é possível vê-lo em DVD sem stress. A telona é verdadeiramente sedutora, mas eu vi um começo de filme  parecidíssimo com o de Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, com aquela narrativa do ator principal num cais de porto londrino à noite. Quase igual. Claro, o desenrolar é diferente, as piadas de humor negro são engraçadas, no entanto, nenhuma foi capaz de arrancar minha gargalhada de pomba-gira. Na verdade, uma foi capaz, mas só eu percebi a piada e ri sozinha fazendo eco!

É maneiro ver Tim Burton revisitando a década de setenta, inserindo um vampiro de 2 séculos antes se enrolando todo num admirável mundo novo, Michelle Pfeifer arrasou na interpretação. Ela faz a prima que parece dominar totalmente a situação caótica em que se encontra sua vida, mas que no fundo, é coberta de humanidade. Gostei muito, dessa atuação. 

Além de Johnny e Helena Bornham-Carter sempre sensacional, está presente a nem tão inexperiente assim Chloë Grace Moretz, que apesar de muito menininha, é outra que já fez personagens densos em filmes como em  Kick Ass: Quebrando Tudo (eu vi), Diário de um Banana (eu vi), 500 dias com ela (quero ver), entre outros.

É exatamente isso que segura o filme. As ótimas atuações, sempre na medida. Tim Burton escolhe à dedo seu elenco. Mesmo aqueles personagens q parecem insignificantes, têm função, como o caso da empregada bem velhinha q parece estar dormindo o tempo todo. Ela dá uma nota de humor impagável ao filme. 

Eu recomendo, porque virei uma estudiosa-viciada-sanguessuga em termos de Tim Burton e graças à Deus, os meninos estão pegando essa fascinação pelo diretor.

SINOPSE

É a história de Barnabás, um herdeiro riquíssimo que rejeita o amor de uma de suas serviçais Angélique e num golpe de azar, atrai a ira desta que flertava com bruxaria. Ao constatar que Barnabás não poderá ser seu, Angélique lança um feitiço sob o verdadeiro amor de seu desafeto, que comete o suicídio do alto de um penhasco. Ele se vendo impotente de salvar sua amada, pula do mesmo lugar, mas não morre, pois também ele fora enfeitiçado e condenado a viver eternamente transformado em vampiro. Não satisfeita, Angélique trama para q a cidade descubra que tem um vampiro em seu seio e estes o sepultam vivo por 2 séculos.
O humor negro do filme acontece justamente aí, quando ele acorda em 1972 (ano do meu nascimento!)




domingo, junho 10, 2012

RIO COM ELA E A FEIRA DE SÃO CRISTÓVÃO


Rio com Ela é o site da Laila Sena, querida e grata pessoa que conheci por twitter. Simpaticíssima, de alma linda, preocupada com o que lhe cerca. Ela não é só mais uma na multidão. Longe disso. É inteligente, sensível, engajada, maravilhosa pra resumir!

Então ela tem esse site e hoje, depois de uma faxina homérica em que São Pedro resolveu fazer o hostess do céu... gente, ele tá lavando o Rio há 3 dias praticamente, eu sei q aqui tem sujeira, mas vamos combinar né? Podia fixar uma data, tipo 2x na semana... aqui se paga bem, ou não? 
Whatever, eu resolvi tirar o povo de casa, porque o bicho tava pegando, as crianças ensandecendo e eu também, portanto, vamos.

Ela mandou a dica depois do meu mimimi no Facebook e Twitter, daí que fomos todos pra Feira de São Cristóvão sem almoço.
Chuva fina, molecada animada, na expectativa, porque eles não conheciam lá. 
Então chegamos e o estacionamento era R$ 8,00 pra compensar a entrada de apenas R$ 3,00 para adultos (deixamos o carro lá fora, grata!).
O ponto positivo, é que crionças até 12 anos não pagam. De maneira que só pagamos os adultos (faça as contas!).

E entramos logo no corredor principal que tem saída para o palco/ pista de dança  ao fundo, que te leva à praça de alimentação. Cheiros, cores, gente, música, barulhada e muita animação foi o que eu percebi de quem estava lá. Rola uma felicidade espontância que paira no ar e te atinge. Impossível se sentir xoxado na Feira dos Paraíbas!

Entramos num restaurante depois de pesquisar rapidamente e o que nos pareceu mais vantajoso foi o rodízio de comidas típicas. Crianças free novamente o que faz pais de 3 caírem de joelhos agradecendo aos céus! 
E eu comi. Não fiz vergonha, peguei pequenas porções, mas segundo Engraçadão, larguei o braço.
Já viram homem linguarudo? Não, porque já tinha visto certos exemplares femininos, mas masculinos... 
Só porque eu comi frango, picanha suína, torresmo, aimpim, queijo de coalho, linguiça, baião de dois, galinha caipira, feijão tropeiro, feijão de corda, carneiro e carne de sol, só isso!

Bem... dali fomos dar um rolé pra descer o bagulho todo, porque né, andar faz bem. =B
E então demos com a pista de dança e tava rolando showzinho ao vivo, um rastapé gostoso de raiz, nada daquelas palhaçadas elétricas que acabam com a reputação da música nordestina. Forró é bom. Tem letra, melodia e ritmo gostosos que te embalam, não se parece em nada com aquelas bandas com nome de lingerie ou lubrificante íntimo à base de água! Então ficamos ali tirando fotos e dançando ao som da música, admirando as figuras e contendo as crianças q a essa hora estavam se soltando.

Não conseguimos fugir do bate-bag. Aquele brinquedo barulhento das bolinhas que batem e acertam seu pulso quando se está fazendo o duplo twist carpado dos bate-bags! Foram pros três e inacreditavelmente, a Miúda sabe usar o troço. Ela não faz o duplo twist ainda e juro q se ela fizesse isso, a teria levado imediatamente numa rezadeira! Inteligência precoce tem limite, oras!

Demos mais um rolézinho, eu não consegui tomar a minha cachacinha nem meu cafézinho, mas valeu. Vimos coisas, pessoas, cheiros, barraquinhas vendendo de um tudo: brinquedo, CD, DVD, temperos, calçados, vestuário e até simples botecos. 
Ah! Tinha night também, apesar de ser de dia. Era uns quiosques com luzes estroboscópicas tocando forró na Jukebox ou em alguma TV.

Adorei a dica.
O site tem programações quase diárias com coisas bacanas pra se fazer no Rio. 
Os locais, tem pros diversos bolsos e gostos.
Vale a visita! Ramo simbora nois tudo!

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