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domingo, novembro 09, 2014

BLOGAGEM COLETIVA: UM BRASIL MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS



Na primeira semana após as eleições, o blog Mãe Vaidosa da Andreia, propôs uma blogagem coletiva com o tema Um Brasil melhor para os nossos filhos. Eu perco a memória, mas nunca a oportunidade de participar de um evento que pode tocar outras pessoas e abrir a discussão sobre melhorias para o nosso país, né?

E claro, não poderia falar de outra coisa senão educação. Porque a educação é o básico do básico. Sem isso, não se faz mais nada e desde o pós-ditatura, é fato que o trabalho dos militares foi muito bem feito, no sentido de minar a maior forma de enfrentamento que poderíamos ter contra um regime imundo como aquele: a inteligência  (haja vista ecos até hoje no facebook em tempos de eleições)Eles foram muito felizes na escolha (para a nossa infelicidade). Minando nossa forma de pensar, não teriam oponente a altura que os enfrentasse.

Infelizmente essa lição aprendida, foi usurpada pelos políticos pró-democracia. Até hoje eles não consertaram esse defeito deixado pela ditadura. É sabido, que alunos do ensino médio de outrora lutavam por seus direitos, tomavam a iniciativa, ao contrário dos de hoje em dia; a cesta básica daquela época, continha inclusive bacalhau. Vocês acreditam que se lutava por uma cesta básica que continha bacalhau? Quando um contemporâneo da minha avó me contou isso há anos atrás, não dimensionei o significado desse ítem. Hoje, se a nossa cesta básica tiver tomate, a gente dá graças à Deus.

Então, a leitura de hoje fala sobre educação e aponta as falhas do nosso sistema de ensino público em tempos de informação e tecnologia.

Boa leitura.


Blogagem Coletiva aqui.

sexta-feira, setembro 19, 2014

O SPA CLUBE VEIO AQUI


A internet é o máximo, não é? Imagina que estava eu em meu lugar,  vivendo a minha vidinha, estreitando laços com azamigue que já trabalharam comigo via facebook, porque tem certas amigue que eu não quero perder nesta vida e descobri que uma delas abriu um negócio muito bacana, daqueles que a gente sente orgulho alheio sabe como?

A ideia não é nova, no entanto, é daquele tipo que nunca sai de moda. E mulher que é mulher, pode bater no peito, dizer que não, mas atire a primeira pedra aquela que quando sai de um salão de beleza não se sente mais leve, rejuvenescida, poderosa e com a autoestima lá em cima? Vou além, quem é que não gosta de ser cuidada ou paparicada? 

Lembro de quando era pheena e bancava serviço de manicure todo final de semana, e quando eu furava o agendamento e ficar mais de uma semana sem as unhas bem feitas era a treva. 

Eu saía do salão me comendo, a verdade é essa. Ficava admirando minhas unhas, meu pé de mulherzinha, coisa que sem uma boa manicure não existe e quando fazia o cabelo, me sentia a mais poderosa de todas. E isso é ótimo, é saudável antes de tudo. Para as que tem filhas, passa uma ótima mensagem, desde que sem exageros. A brasileira é vaidosa, fato conhecido mundialmente e passar para as filhas que a gente se cuida, é mostrar um pouco de amor próprio desde já. Coisa tão importante em tempos de mulheres com baixa autoestima.

A parte chata do salão fica por conta dos agendamentos. Nem sempre conseguia agendar em cima da hora e era praticamente impossível conseguir com a minha manicure preferida um tempo em finais de semana. Só se agendasse com muita antecedência. Então parti para a arte de manicurar sozinha. Só que o pé... ah, o pé! Tem que ser contorcionista de circo e quem já se aventurou sabe que nunca fica igualzinho.

Daí que eu me lembrei da amigue, aquela que trabalhou comigo e entrei em contato. Já tinha feito uma vez, mas nem deu tempo de registrar. Dessa vez foi diferente. Como sempre pontualíssimas, a menina que veio me atender foi a Viviane, devidamente identificada com crachá e foto, trouxe sua maletinha com todos os produtos, inclusive esmalte, coisa que eu tenho aqui, mas fiz questão usar o dela para variar um pouco; toalhas, acessórios, spray para molhar o pé, tudo elas trazem. Alicate só de inox e devidamente esterilizado. Passei uma tarde agradável, fazendo a unha no sofá de casa, batendo um papo gostoso, ouvindo a música que EU gosto e curtindo a tarde como há muito não fazia.

Simples. 
Um contato quase de véspera e estava tudo resolvido. Essa simplicidade e a praticidade é que faz valer a pena. Outra, a qualidade do serviço é inconteste. Minha unha ficou tão linda, ou seja, os produtos que elas usam, também são de qualidade (e olha que sou chata!), porque as monas todas da faculdade elogiaram. 

Pra gente que tem filhos então, é uma mão na roda. Dá tempo de fazer enquanto os filhos estão na escola, ou ainda nos finais de semana. Uma informação privilegiada, as meninas disseram que justo nos finais de semana, o movimento é mais fraco, ou seja, isso aponta uma tendência. As clientes SPA Clube estão aproveitando para fazer as unhas durante a semana e nos finais de semana, reservam tempo para a família, para se divertir e resolver outras coisas. Fica a dica para as mamães que trabalham fora e disputam a tapa a manicure que sobra no salão (quando sobra!).

O SPA Clube tem um site bacana, além de uma fanpage no facebook. Basta ligar e marcar, ou deixar o contato na página, que eles retornam pra você. Vai conferir, vai!

sexta-feira, agosto 15, 2014

ENCONTRO DEL VALLE #OSegredoEOCarinho COM SAM SHIRAISHI


A Sam Shiraishi, blogueira, mãe de três, ativista cibernética, promoter de encontros maternos e um monte de adjetivos que não são suficientemente bons o bastante para descrevê-la, me convidou para participar de um encontro promovido pela Del Valle, ontem no Shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, aqui no Rio.

Sam ou @Samegui, é paulistana e viria ao Rio palestrar e dar um monte de abraços no bando de amigas virtuais que ela conseguiu juntar, graças também à comunidade Mães (e Pais) com Filhos, onde atua como moderadora no Facebook. 

Todos apresentados, certo? Então já posso contar a minha odisseia. Ao me convidar, ela falou as palavras mágicas: Cinema, encontro, abraços e embora não tenha dito, o 0800 estava subentendido. É gente, vamos assumir, ando numa fase menos abastada e não é segredo pra ninguém, por isso mesmo, aceito até programas que incluem injeção na testa, desde que a vacina seja gratuita. Daí que confirmei presença, juntei a cara, a coragem e as crianças e fui sem marido mesmo, já que ele estaria trabalhando.

Desde que me tornei mãe, venho perdendo a mão com eles. Sei lá, eles entendem o que eu digo, mas andaram pegando intimidade demais, não querem fazer muito o que eu digo. Ainda que eu grite e engrosse a voz. Não quero bater. Doi muito mais em mim, não tenho vocação para masoquismo, portanto não bato. Mais! Me inspirando na própria Sam, que bate um papo na véspera de sair de casa com as crianças, explicando o programa e talvez, padrões de comportamento, fiz isso aqui também pra ver se colava.

Então chegamos pontualmente às dez no local combinado, ali pude conhecer algumas participantes do grupo da Sam, as crianças iam bem até então, incluindo Dona Miúda, que arrumou um amiguinho fofo para brincar até a chegada da família Shiraishi, sem maiores confusões. Os meninos também se enturmaram logo e não deram trabalho. 

Quando a Sam chegou,  rolou um alvoroço, porque ela é linda, super eloquente, os filhos são uns doces e a relação deles, parece tão próxima a nossa sabe? Mesmo a muitos quilômetros de distância. Mentira. Os meninos dela não disputam nada, não saem no tapa, porque andei batendo um papinho com o mais velho (eles são calmos!). 
Os meus filhos até se comportaram bem a maior parte do tempo e eu me pergunto, Senhor, por que os 20% em que eles se comportaram mal teve um super peso sobre todo o resto?

Por exemplo, durante a abertura já na sala de cinema, Dona Miúda ficou fazendo "Xiiiiu, para de falar!" para as crianças que falavam entusiasmadas, super alto pra todo mundo ouvir (só porque eu pedi que ficasse quietinha, pois eu queria ouvir a Natércia e a Sam falando), fora as várias vezes em que foi ao banheiro, que apesar de ter me dado trabalho e me impedido de ver o filme (O Que Será de Nozes?) direito, nem poderia considerar, já que ela é pequena e tomou suco pelos cotovelos, né Del Valle?

Os meninos nunca tinham ido a um cinema cujas cadeiras de couro reclinam. Daí vocês imaginam a euforia ao subir e descer a cadeira várias vezes, até a novidade deixar de ser interessante. Até que nem foi tanto, mas a Miúda, cruzes! Nem eu prometendo castigo de Frozen sossegava nessa cadeira e olha que ela ama filmes!

A gente sente que o caroço estava por desandar, quando no final do filme, Pacotinho resolve pegar os sacos de pipoca que sobraram nas cadeiras vazias. Não todos. Dois pra ele e um pro irmão. Como se o mundo fosse acabar e ele pudesse sobreviver de pipoca. 
Foi surpreendido por uma taça de sorvete na saída, ficando com aquela cara de pipoca amarela, pois não tinha mão para segurar tanta coisa. Claro, nessas horas eles ignoram solenemente nossos olhares soltando raios laser. Pra que servem mesmo?

Ainda teve direito a corrida like a ninja pelos corredores entre o banheiro e salas de cinema, pessoas me olhando e eu com cara de perdida dizendo:

EU DIZENDO - Rárárá, eles são ninjas! (os ninjas correm com os braços esticados ao longo do corpo, realizem!)

Com Cris do Prosa de Mãe
Na boa, não sei como elas conseguem.
Não consegui concluir uma conversa sadia, não deu pra tirar selfie com a Sam, porque acabou a bateria do Iphone, não consegui fazer fotinhos com os três filhos, porque quando tirei com um, os outros dois estavam sumidos, perdi as crianças algumas vezes de vista e deu um trabalhão pra juntar todos, além da angústia, fui a vários banheiros e várias vezes, não escutei o que a Sam disse e nem vi o filme como gostaria.

Sobre a hashtag, serei absolutamente sincera! Eu não sei como a gente aguenta ter carinho depois de tanta loucura. 
E tem. O pouco do que pude ouvir do que foi dito, é que a gente pode através de gestos, fazer uma marca que eles carregarão pro resto da vida. Que eles seguirão nosso exemplo por onde forem. 
Eu sei que isso é verdade, pois o melhor exemplo que eles dão, é quando estão longe de mim, na companhia dos amigos e dos pais deles. Sei que todos os três são muito benquistos por todos, pois os adultos que convivem com eles, nos dão esse feedback. 

Sobre a marca, eu quase deixei uma marca no braço do Sr. Cabeça de Bolinha, que resolveu atravessar o estacionamento sem dar a mão, bem na frente de um carro, que por sorte ia devagar. 

Te contar, numa hora dessas, eu sempre penso que estou fazendo algo errado, porque eles não querem saber, apenas fingem que me escutam. 
Acho que também faz parte do trabalho de mãe não presenciar o fruto de seu investimento. Eu penso muito nisso de vez em quando. Como se fosse possível apenas aos outros ter o privilégio de ver esse lado bom, carinhoso, sem loucura ou ansiedade.

Bem, é claro que eu também vejo. Claro que dou muito abraço, carinho, colo, aconchego e conversa. Claro que eles prometem ser crianças melhores! Inclusive, Dona Miúda sempre promete que nunca mais fará nada de errado de novo. 
E claro, eu me amparo nesse amor, porque apesar de toda loucura, toda luta e todo stress, eles são a melhor parte de mim.  

quinta-feira, julho 17, 2014

A GRATA EVOLUÇÃO DAS PRINCESAS DISNEY


Em casa com crianças, nada mais justo que fazer coleção de desenhos. Principalmente se as crianças superam o número de adultos.
A dica é baixar animações como se não houvesse amanhã.

Em mês de férias, decidimos fazer uma retrospectiva pelo mundo das princesas Disney. Desde a cinquentona Branca de Neve, até a última delas, a coqueluche de todos os tempos da última semana, a rainha Helsa de Frozen.

Muito bem, há algo de muito mágico no ar e confesso estar muito feliz com os resultados. 
De 1937 (pasmem meninas, Branca de Neve surgiu nesse ano!) pra cá, quando a meta de toda princesa era arrumar um marido, de preferência que a amasse, lhe desse um nome, filhos sadios e um castelo como teto - só o basicão mesmo - esse valor de amor marital e exclusivo veio se diluindo com o passar dos anos.

Há quem tema ainda hoje, apresentar o mundo das princesas Disney às suas filhas. Isso, porque muitas mães sentem calafrios com a frase que ilustra o final de muitos deles "... e foram felizes para sempre.". Como se luta contra isso? Com a história meus caros.
É só não perder a oportunidade de mostrar como as coisas funcionavam e como passaram a ser para as crianças.

Branca de Neve, Cinderella, Aurora e Mulan, mais recente, ilustram bem as moçoilas da primeira metade do século XX. Moças que para ser alguém precisavam da sombra de um marido. Tudo o que elas queriam se resumia a encontrar um príncipe, um amor seguro, alguém que pagasse as contas e tivesse o carisma de Podolski ou Müller. 
Mulan se aplica a essa perspectiva, se levarmos em consideração que era uma moça chinesa, criada para casar. Ainda que ela não quisesse, a tradição em torno dela a obrigava a isso, tanto que ao se alistar no exército se fingindo de homem, logo se apaixona pelo capitão do regimento, jovem, viril e o chinês mais gato de que se tem notícia.

Ariel não se encaixa nesse perfil, uma vez que era apaixonada pelo estilo de vida humano. Ariel é o tipo de garota do interior (oceano) que sonha em fugir pra cidade (terra firme) e esbarrar num grande amor nesse caminho é algo pertinente. Chego a pensar que Ariel é uma cagona, que tira a sorte grande ao se apaixonar por um príncipe. A ficção não nos poupa, claro. Ariel como princesa não ia se apaixonar pelo marinheiro pobre da embarcação. Tinha que ser por um príncipe, já que a personagem principal era uma princesa dos mares. De qualquer forma, vemos claramente a mão do acaso. Ela não sonhou com aquela situação.

Depois vieram outras princesas mais interessantes e independentes e a significação do amor também se tornou mais plural. 
A francesa Bela sentia um amor tão grande por seu pai, que concorda em trocar de lugar com ele na masmorra de um castelo habitado por uma fera horrenda. Mais uma vez, fazer o bem sem olhar a quem vale mais que tirar o prêmio na loteria. A fera por fim era riquíssima e no fim, testemunhamos que se tratava de um príncipe gatíssimo. Tudo isso, se torna a recompensa para a moça que apostou na beleza interior. E bota interior nisso!

Tiana, a americana sulista de A Princesa e o Sapo, além de ser a primeira princesa negra, tinha um sonho e sabia que o único jeito de conquistá-lo, era por meio de muito trabalho, já que vinha de uma família pobre. A mensagem subliminar aí é linda. Tiana não tinha moleza, ralava de sol a sol para comprar um galpão que seria transformado num restaurante frequentado por todas as classes sociais. Quer desenho mais inclusivo que esse? Não conheço ainda.

Para completar, Tiana tinha aversão ao ideal do príncipe encantado e era tão pé no chão, que ao se deparar com ele, fez piada com o fato d'ele não saber fazer nada. Como todo bom romance, um foi descobrindo a qualidade do outro e o amor se fortaleceu na adversidade, unindo-os no final.

Mais tarde, fomos apresentados à Rapunzel, das mais festejadas princesas.
A alemã sob a ótica Disney, após 18 anos presa numa torre, puxando um cabelão quilométrico, aprende a se virar em casa. Ela pinta, borda, brinca,, canta, cozinha e tem um sonho muito comum, que é apenas sair de casa. Para isso e sem o conhecimento de sua mãe adotiva, ela se alia a um bandido, que promete levá-la ao castelo do reino para assitir à queima de fogos que acontecia sempre na data de seu aniversário (coincidência?).
Rapunzel é romântica, sonhadora, mas uma comunicadora bastante eficiente. Não há quem não se encante com ela, não apenas por sua beleza, mas pela simplicidade e alegria contagiantes. 
É das primeiras princesas a salvar o príncipe. Tanto ela, quanto Tiana, são responsáveis por "salvar" seus companheiros. Mostram que não representam mais aquela gama de princesas frágeis, donas de casa. Essas, vão à luta e esbanjam independência. Está escrito!

Depois dessa virada, aparecem as outras formas de amar. As princesas cujo amor não se traduz em caçar um homem necessariamente. Valente, a escocesa de cabelos cor de fogo, totalmente desgrenhados, tem uma relação de amor e ódio com a mãe. Tanto, que apela para a bruxaria para sair de seu jugo. No entanto, seus planos naufragam e ela transforma a mãe num urso, que acaba sendo caçado por seu pai e amigos. 
No decorrer da animação, todo o lado positivo na educação rígida de sua mãe começa a fazer sentido e ela luta para desfazer o encanto, que claro, só se desfaz com a descoberta do amor verdadeiro.

E por falar em amor verdadeiro, quem tem filha sabe, ninguém aguenta mais ouvir essa palavra pra lá de gasta em Frozen. Apesar de a música Let It Go ser o tema da personagem Helsa, a princesa que nasceu com o dom de congelar o que quisesse, é sua irmã, Ana quem brilha e canta um bando de músicas no filme. Não só isso. Ana, apesar de ser a sonhadora, ingênua, idealista que procura inclusive o grande amor de sua vida, descobre no final, que o nome daquele sentimento que sentia todo o tempo por sua irmã, era o tal amor verdadeiro. Portanto, Frozen é um filme sobre o amor de duas irmãs. Enfim, tiraram o foco do sexo oposto. Lindo e surpreendente. Ouvi dizer inclusive, que Frozen foi acusado pelas más línguas, de fazer apologia ao homossexualismo. 

Mas claro, esse tipo de pensamento nem merece crédito, haja visto que nas redes sociais a gente encontra todo o tipo de imbecil, cujo esporte predileto é falar merda sobre todos os assuntos.

Apesar de ninguém mais aguentar assistir aqui em casa (leia-se eu e marido), as crianças pedem Frozen todos os dias. Poder testemunhar a evolução do significado de amor pelas lentes da Disney, ver que eles souberam se atualizar e conseguem passar para as crianças de que não há perfeição e nem que nada é para sempre, vale sim o ingresso no cinema. 
Quem pode acompanhar, não está jogando dinheiro fora, está evoluindo com seus filhos, ainda que a percepção deles seja outra.

quinta-feira, julho 10, 2014

SELEÇÃO BRASILEIRA - ACABOU O MEL


Outra Copa do Mundo, dessa vez dentro de casa, brasileiros tímidos, com medo de admitir que se jogariam de cabeça tão logo a chama das manifestações arrefecesse.

Mais uma vez, nós brasileiros ignoramos a roubalheira do planalto, a falta de hospitais em qualquer dos 26 estados, escolas caindo aos pedaços, transporte público de massa elevado à potência de transporte público de burros de carga, de boiada adormecida; tudo isso é perdoado em tempos de Copa do Mundo afinal, assim como o é no Carnaval. 

É assim mesmo, brasileiro passando fome é festeiro, brasileiro é técnico de futebol desde que mundo é mundo, afinal, na falta de comida na mesa, ainda temos a bola e ela é o símbolo do país, aparecendo inclusive na nossa bandeira. Aqui é assim. Sempre houve o sonho.
 
Não é de hoje, houve o sonho do tetra, arduamente buscado, pintado nos muros, no chão, reverenciado nas bandeirinhas. Até que foi alcançado em 1994, sem a presença da seleção perfeita, do time dos sonhos.

Oito anos depois, mesmo sem acreditar no técnico marrento, gaúcho, de fala ríspida e olhar de desdém, Felipão, levamos o penta. 

Era uma das seleções mais criticadas nos amistosos, cujo técnico xingado e desacreditado, foi responsável por todas as glórias com a taça na mão.

Ainda que cuspindo marimbondos, o brasileiro foi lá, pintou rua, pintou muro, esqueceu governo, miséria, fome e toda a sorte de carência; acordando inclusive de madrugada para assistir aos jogos, já que dessa vez, a festa era na Coreia do Sul e Japão, cujo fuso horário foi inimigo com sua distância de quase doze horas para o Brasil. 

Não há obstáculo para o futebol em terras brasileiras. Futebol nunca foi, nem será o vilão. Aqui se leva amor na chuteira, nos cadarços, nas meias e principalmente na camisa. Amamos muito mais aqueles 11 jogadores que carregam a bola nos pés, do que à própria pátria. 

Brasileiro é crítico. E costuma confundir pátria com política. Fala mal de ambas só pra constar, mas não descruza os braços para resolver.

Dessa forma, diante de um 7x0 perdido para uma seleção técnica, altamente esforçada, que se preparou por seis anos para enfrentar qualquer tipo de time e chegar à final, não damos importância para o fato de que nosso técnico privilegiou nomes do esporte internacional, ao invés de privilegiar a técnica. Como se o nome do novinho que joga lá fora, fosse mais importante que aquela prata da casa que rala e possui a técnica dentro do país. Aliás, em se tratando de Brasil, não se usa a técnica, se usa coração. Somos quase especialistas em coração e emoção.

Dando um desconto, temos lá nossas qualidades. Não adianta pressionar agora o Felipão. Com esse mesmo coração, ele poderia ter trazido o Hexa e nesse momento estaríamos todos enaltecendo seu talento para trazer troféus.

Então é preciso antes de mais nada, que o brasileiro cresça e aprenda a deixar de culpar o outro por suas expectativas ilusórias. Perdemos porque perdemos. O pobre do Felipão pode não ter dado as respostas mais educadas, por certo. Estão enchendo seu saco não é de hoje. Sua própria consciência o está punindo com todos aqueles e ses (?) das consciências que se punem quando algo sai errado.

O que o Brasil tem de aprender é algo muito mais simples, bastante semelhante a uma frase que minha falecida avó dizia e que só agora faz todo sentido:

"Primeiro a obrigação, depois a diversão!"

sábado, junho 21, 2014

The Secret Life of Walter Mitty - A Vida Secreta de Walter Mitty de Ben Stiller


Ben Stiller guardou todos os seus melhores atributos como ator e ser humano, estreia como diretor e se aventa nesse belo longa, a comédia (?) chamado a A Vida Secreta de Walter Mitty.

Num primeiro contato com o filme, a gente perde um pouco a paciência, porque Walter, interpretado por Ben, não é aquele cara que a gente gosta de estar. Walter é um tipo renegado, que sonha acordado, tem uns brancos loucos que te deixam no vácuo e que gente normal, como eu (sic!) e você facilmente perdemos a paciência.

E como a gente perde a paciência com tipos assim! Quem nunca perdeu que atire a primeira pedra. 
O recurso (da personagem principal, de sonhar acordado enquanto o outro personagem fala) é bem utilizado no filme, então a gente tem aquela sensação de que a história será uma bosta e dá mesmo vontade de mudar de filme imediatamente. No entanto, é um tipo de filme que não fala para qualquer um.

Ben quer chamar atenção daquelas pessoas que se perderam delas mesmas em algum lugar do caminho e de maneira magistral, ele mostra que é possível sim a gente se reencontrar. Abre aspas - Principalmente se você é americano, seu país não é corrupto, se os preços são acessíveis para quase todos e se principalmente você já tem um passaporte. - Fecha aspas.

Walter Mitty não pode se encaixar no modelo brasileiro. Não se ele estiver desempregado (e na história isso acontece), se ele tem três filhos e se mora no Rio de Janeiro. Se fosse assim, Walter estaria contando as moedas para comprar o café da manhã na padaria e não pegando avião.

Das coisas boas do filme:

A fotografia é linda, já que passamos por ângulos inusitados de Nova York, Groenlândia e Islândia. Daquelas que te induz a pegar as malas e partir pro aeroporto. 
São lugares bem fora do que chamamos de lugar comum, por isso ele foi muito feliz na escolha das locações, transformando o longa em algo quase hipnótico do ponto de vista do espectador que não entrou no facebook durante o filme.
O fato de Sean Penn e Shirley McLane estarem no filme também endossa que não se trata de uma história bunda!

A trilha sonora é de Theodore Shapiro, mas a gente ouve também Arcade Fire, um pouquinho de Jack Johnson e David Bowie, só pra citar os conhecidos.

A história é tocante, já que acompanhamos o desenvolvimento do personagem como ser humano, suas fraquezas e seu re-encontro com si mesmo, que na minha opinião é das coisas mais belas e mais difíceis de acontecer na vida. Ser humano se perde muito no caminho. É frequente. Então após assistir, dá uma vontade danada de um auto-abraço e voltar pro próprio corpo, para a própria essência. Por isso eu indico esse filme.

Ponto fraco do filme:

É bem enganador a princípio. Estamos tão acostumados às comédias besteirol de Ben Stiller, que no começo a gente chega a ser preconceituoso com a história central, já que ela não acontece num ritmo de comédia. É lento até ficar interessante.
Não classificaria como aventura, nem exatamente como um drama. Talvez romance se encaixe mais no perfil desse filme, já que do início ao fim, o que o motiva a sair da inércia é o amor. 

Portanto, quem encontrar com Ben Stiller por aí, favor avisar que se trata de um romance, Ok?

quarta-feira, novembro 20, 2013

Thianny Spetaclar - EU FUI!

 
Eu ainda consigo me lembrar do Circo Tihanny quando veio a primeira vez ao Rio. Sei lá quantos anos eu tinha, penso que menos de 10 anos e que era inevitável ir. Era o must go da época. Como se eu fosse menina de must go...
 
No entanto fomos, minha vó e meu vô. Porque meu pai, quem conseguiu o convite e estava sempre trabalhando e mãe, nem sei por qual razão, não puderam ir. Realmente não lembro. Fato é, saímos de lá todos impressionados e boquiabertos.
 
O Thianny representava os grandes circos. Era luxuosíssimo e mesclava atrações circenses, com shows de dança daquelas grandes casas de espetáculos. Sempre belas mulheres, com lindos figurinhos. Quase figurino de destaque de escola de samba rica. É de encher os olhos.
 
Como que por encanto, fui contatada através do grupo EBRJ do FEICE, para assistir ao espetáculo com direito a um acompanhante, seria num domingo de manhã e apesar das três crianças, consegui chegar a um consenso facilmente.
 

Os três deram a sorte de visitar a nova versão do circo com o pai, agora chamado de Spetacular, na ocasião  em que eu trabalhava no Rock in Rio. Daí que a única mini-pessoa que insistia que queria ir de novo desde então, era dona Miúda. Claro, não pensei duas vezes. É ela.
 
Fomos domingo passado, culminando a última apresentação aqui no Rio. O circo vai vazar pra outro canto e não perderíamos essa oportunidade nem à pau, Juvenal.
Ao chegar lá, o tempo estava fechando. Claro, eu em programa dominical com um único filho à tira colo, só pode ser razão pro tempo mudar. Sabia!
 
E após uma espera de 1h com direito a choro pela pipoca, que infelizmente não saiu (só aceitavam dinheiro e eu não tinha isso, mas tinha muita comida na bolsa!), começou o espetáculo.
Cara, me deu um certo choque, porque quase 40 anos depois, se é que é o mesmo circo, ele ainda segue a mesma linha. Muito luxo, danças e números com palhaço, costurando as apresentações. Obviamente não lembro se era assim exatamente, contudo, garanto que essa fórmula não foge em nada aos circos tradicionais.
 
Isso não é uma crítica, mas questão de estilo. Acho válido em tempo de tanta tecnologial, que existam circos com um pé na tradição, sem cair na mesmice.
E como encanta!
 
Um número impressionante, foi o time de moços da corda bamba, se apresentarem sem o uso de rede de proteção. Só quando quiseram descer mesmo, o que claro, causou inúmeros aaaah's e ooooh's da plateia, sem contar a friaca na barriga, né? Imagina, se alguém cai daquela porra e... nem quero pensar. Tudo minuciosamente calculado e treinado e a gente ainda cai nessa né?
 
O palhaço sensacional. Fez rir até dona Miúda que é cética e pragmática, apesar de seus 3 anos. Interagiu com a plateia em quase todos os números, arrancando gargalhada do povo, claro. Fez aquele tipo cloun e não fala. Ou seja, fica muito mais engraçado. Esse, definitivamente é meu tipo de palhaço.
 
O mágico, entre outros truques, fez aparecer um helicóptero no palco e não me pergunte como ele fez isso tão rápido, porque eu olhei e não deu pra ver na-da. Ele até que não arrancou muitas palmas da audiência, mas eu vi um bando de gente cochichando. Eu acho que a galera estava meio cansada de bater palmas. Nada pessoal.
 
Os meninos do trapézio foram magníficos! Usavam uma roupa que lembravam asas e sob a luz negra, literalmente voavam do trapézio. Eram 5, que se cruzavam no ar, fazendo acrobacias de cair o queixo.
 
Foram duas horas de espetáculo, que fez com que eu esquecesse quem eu era, de onde vim e porquê estava ali. Limpou minha mente e trouxe à infância, inevitavelmente.
 
De novo essa palavra né?
Mas o Thianny é assim.
Mexe com a gente, nos transporta pra outro tempo.
Espetacular.
 
 

terça-feira, setembro 17, 2013

ROCK IN RIO 2013 - OS TRÊS PRIMEIROS DIAS


A grande aposta desse primeiro final de semana estava nos grandes do Line Up, Beyoncé, David Guetta, Muse, 30 Secons to Mars, Alicia Keys e Justin Timberlake, não necessariamente nesta ordem. Então, vamos nos ater a eles. 

Entre erros e acertos, como testemunha ocular do evento, vou descer a marreta que é minha especialidade. Esqueça tudo o que você viu pela TV. Ela, a telinha brilhante não representa a realidade. Lembre-se que é uma fábrica de gerar sonhos. O trabalho dela é esse, te hipnotizar e te deixar babando mesmo. E é exatamente assim que a gente fica.
Um aviso: Não procure ordem cronológica por aqui. Não é assim que a gente brinca!

BEYONCÉ KNOWLES

A abelha-rainha, Beyoncé deu as caras por aqui, mais precisamente em Fortaleza - CE antes mesmo do Rock in Rio começar, estragando nossa brincadeira. Desta feita, a gente já sabia que haveriam zilhões de trocas de roupa, gente dormindo no fundo da plateia, yada-yada-yada. Mas uma coisa é ler na imprensa, outra é testemunhar o ronco. E houveram vários ao longo do chão de grama sintética do evento. 

A DIVA bate-cabelo mais famosa do mundo, foi protocolar e não surpreendeu. Levou seu ventilador velho de guerra e abusou do carão, do vozeirão, abusou das músicas da nova turnê, The Mrs. Cartier World Tour e o que considero o próprio tiro no pé pra plateias brasileiras, fazer versões praticamente irreconhecíveis, onde o povo não consegue acompanhar. Porque brasileiro é assim. Adora cantar junto e se não estiver ensaiadinho, a gente cansa, a gente dorme. Eu particularmente não dormi, fiquei em pé em 80% do show, no entanto, nem todos têm a mesma paixão que eu num show e entregam os pontos muito antes. 

De maneira, que essa alteração gritante nas canções mais populares, além da troca excessiva de roupa, foi o modelo a não ser seguido dessa apresentação. Ela deixou a peteca cair diversas vezes, decepcionando do meio para trás da plateia. Muita gente sentada no gramado. E quando eu digo muita, é muita mesmo. Levou um piano, fez performance em cima dele trajando um belo macacão azul purpurinado, exibindo a exuberante forma de Barbie, mas isso não é o suficiente. 

Eu bem havia perdido a esperança depois de ter ouvido o álbum B'Day (Deluxe Edition - 2007). Tenho consciência que nós, brasileiros, somos muito fãs até a página dois. Existem os incorrigíveis que não se abalam, ficam uma semana sem banho, aturando sol e poeira pra assistir a DIVA. Beyoncé aliás, não é chamada assim de bobeira. Ela o é. Sabe usar seu magnetismo como ninguém, exatamente por isso, se redimiu diversas vezes durante o show.

Ponto alto Love on Top, quando sobe a escala vocal ao cantar, brincando de maneira magistral as notas musicais sem esgoelar; introdução em homenagem a Witney Huston com I'll Always Love You para música Halo, sem contar com o funk brasileiro LE-LEK-LEK, que acordou até os cadáveres dos pontos de desova das redondezas do evento. 
Por esse momento e poucos outros, ela merece os parabéns, mas sinto informar, a noite do primeiro dia foi do...

DAVID GUETTA

Antes de mais nada, é preciso destacar minha ingenuidade em termos desse artista. Apesar de acompanhar os hits, nunca comprei nada, nem baixei. Portanto, o que eu conheço do moço, é o que a grande maioria já ouviu. 

Inegável reconhecer, a noite foi dele. Ele jantou com farinha quem veio antes e depois de sua performance. 

Apesar de a noite do primeiro dia ter sido tomada pelos fãs da DIVA, David Guetta não deixou barato. De ponta a ponta, de lado a lado, o gramado completamente tomado pelos fãs, dançava e cantava nada mais, nada menos que todas as músicas do cara. Posso dizer de cadeira, porque coincidiu com a minha saída de turno. 

Um trajeto que normalmente levaria 5min a 10min cortando caminho, ainda que estivesse cheio e com pessoas sentadas (como ocorreu com Beyoncé), no show do moço, levamos 30min para chegar. Pessoas de todas as idades, cores, tamanhos, credo, sexo e famílias, cantavam, pulavam e dançavam de ponta a ponta, totalmente ensandecidas e felizes. 

O moço, uma simpatia. Baixava o som pra deixar a galera cantar, levando ao delírio uma multidão. Portanto, mesmo sem tentar comparar estilos, ele ganhou disparado como unanimidade da noite.

30 SECONDS TO MARS

Depois do fiasco que foi a apresentação de Jared Leto no Vivo Rio em 2010, que originou esse post ofendido, reconheço que tenho me esforçado para odiar esse homem. 

Claro, ele se redimiu nos vocais, mas cometeu uns errinhos para um festival dessa magnitude. Escolheu pra baixar o tom, levando músicas pro acústico, que naturalmente levaria os fãs ao delírio. Isso não se faz. Mas antes assim, que chegar afônico pra cantar. Aí não pode.

Parece que o moço aprendeu a lição, tomou melzinho com limão três vezes ao dia para caprichar na voz, mas esqueça as notas altas. Esse papo de notas altas fica para o público cantar e é exclusividade do estúdio. 

Echelon, que seria uma música para arrebatar a plateia ficou de fora do set list e cantar The Kill no acústico, mesmo que do alto da Tirolesa, não é estratégico, é fanfarronice. 
Ainda que ele tenha cativado ao descer no brinquedo, nesse momento (a única boa imagem captada nesse momento, foi do aluno da Estácio, o cinegrafista Paulo Prazeres, portanto se você ver em algum canal - a em close, é dele).

O 30 Seconds é uma banda para um público muito específico. Eu já fui tão fã, quanto sou hoje do Muse, mas a mágoa que ficou foi tão gigante, que esqueci até as letras das músicas, ainda que possamos considerar que eles tenham se redimido.

MUSE

Para tudo!
Mathew Bellamy e sua turma só se compara aos grandes não é à toa. 
Fez um show tecnicamente perfeito, arrancando lágrimas até de quem não conhecia a banda, caso de Cláudia Rocha, vocalista da banda Heavenside, que só conhecia alguns hits.

De formação clássica, o Muse, desconhecido de boa parte dos brasileiros, num primeiro momento podia não merecer o posto de banda da noite, no entanto, esse rótulo cheio de preconceitos caiu por terra por diversas vezes durante o show. 

Foi uma performance cheia de energia, vigor, simpatia, afinação e contato direto com o público, com direito a bandeira do Brasil cobrindo seu rosto inteiro enquanto cantava. Absolutamente todas as músicas que eu jurava que ele não cantaria num show desse porte, ele cantou, além dos hits de praxe, Madness (música usada em um dos meus trabalhos), Uprising, Hysteria (que me deixou literalmente histérica - Ok, fiquei em todas), entre outras.

Daquelas que jurávamos não ouvir e que surpreendeu todo mundo, inclua Feeling Good e Knights fechando o show. Apesar de Knights ser uma música bem executada em suas performances ao vivo, por não se tratar de uma faixa do último álbum, achei que ficaria de fora, contudo, foi executada e bem conduzida pela massa e encaixa como uma luva em grandes festivais. 
Ponto pra eles!

Não teve vacilo nesse show, não teve o que falar mal. Foi de chorar de emoção mesmo. A técnica e perfeição do Muse pode e deve ser comparada às bandas do porte de Radiohead em apresentações ao vivo e System of A Down (melhor show da edição de 2011, irreparável). 

Favor não confundir essa resenha com apelo de fã. O Muse tem 20 anos de estrada e merece todos os louvores pelo que é capaz de fazer em cima de um palco. Até o baterista pegou o microfone para agradecer a plateia. Simples assim.

ALICIA KEYS

Vamos combinar, Alicia Keys é uma super fofa de mamãe. Te ganha na simpatia, mas não é nem de longe amada pela plateia repleta de fãs de Justin Timberlake. 

Ela é maravilhosa e eu ouso dizer que concorre ao posto de Diva. Muito mais Diva do que muitas consideradas como tal, no entanto requer um ouvido mais apurado e sofisticado do que da maioria dos presentes.

Artista completa, ganhou pela simpatia, mas arrisco dizer que não levantou da metade pra trás do público que ali estava, já que se percebia a cara de desânimo dos que nas laterais se posicionavam. 

Mas ela tem passe livre e fica o convite pra tomar um cafezinho lá em casa. Só não vai caber o piano, uma vez que o apartamento é pequeno, mesmo assim, ela mora no meu coração, infelizmente, não da maioria. 

Rolou até a pegadinha da Alicia, quando brincou com Streets of New York e Empire States of Mind usando-as apenas como introdução. 
Ai dela que não cantasse! Ia levar uma surra de vara de capim da multidão que curte, se ousasse sair de lá sem levá-las na íntegra. O que, claro, ficou pro final, já que a moça é novinha, mas não é bobinha. 
Palmas pra Alicia Keys que ela merece só por ser quem é.

JUSTIN TIMBERLAKE

Chegamos ao todo, todo, que dispensa apresentações, Justin Timberlake. 
Não em vão, ele foi premiado no VMA com o prêmio Michael Jackson pelo conjunto da obra.

O mais aguardado, esgoelado e dançado da noite, foi capaz de sacudir o esqueleto de nomes como Didi Wagner (ex-VJ MTv), Simoninha, Alexia Dechamps (por favor, alguém a avisa que ela já morreu? E mais, apresentem a X-Tenso de L'Oréal Paris pra dar um jeito naquele cabelo?) e assistido discretamente por Andreas Kisser, líder do Sepultura.

Nem é preciso detalhar tanto o show de Justin, uma vez que quase todo o mundo viu o que aconteceu. Só preciso rechaçar que ele dominou a noite, esbanjou simpatia, homenageou com grandiosidade, INXS (I Need You Tonight) e Jackson 5 (Shake Your Body, devidamente reconhecido por mim e mais 5 cabeças apenas). 

Antes de mais nada, o artista merece respeito, por trazer de maneira respeitosa aos brasileiros, um show sofisticado, já que dizem as más línguas que por aqui, os grupos estrangeiros têm o hábito de trazer a raspa do tacho. Eu discordo dessa máxima até hoje e o moço-delícia mostrou que eu estou certa.

Ele dançou, interagiu lindamente, conduziu a plateia, fez dos brasileiros um gigante coral e foi o segundo do final de semana, depois do Muse a inaugurar os fogos de encerramento. Com a diferença, que o Muse usou os fogos como ponto alto pra finalizar seu show, ficando no palco e agradecendo nesse momento. Justin não teve essa sacada e quando os fogos pipocaram, ele já estava fazendo o xixizinho básico.

Portanto gente, guardadas as devidas categorias e proporções, o Muse ainda é o líder desse final de semana, seguido páreo a páreo por Justin Timberlake, coladinho com David Guetta. 
Vale lembrar, que como diz o coro popular, gosto é igual a c... mas essa máxima não está sendo considerada aqui. Única e exclusivamente, o conjunto da obra, perfomance, técnica e domínio do público/ palco.

Na próxima semana eu volto para comentar a segunda semana de Rock in Rio, não sei se num único post ou dividido em blocos. 
Mas fica a dica, leia o blog e saiba por quem entende de música.

domingo, junho 23, 2013

Da série: Meninos Eu Vi - MINHA MÃE É UMA PEÇA

Quem diria que eu conseguiria assistir ao primeiro sucesso cinematográfico de Paulo Gustavo no dia seguinte à estreia nacional, hein?!
Pois foi justamente o que aconteceu!
Paulo Gustavo para quem ainda não conhece, ganhou notoriedade quando apareceu no filme Divã, estrelado por Lilia Cabral em 2009.
Para quem não lembra, atenha-se aos 3'13" de vídeo.

 
Pois então, paralelamente, ele já causava no teatro com Minha Mãe É Uma Peça e juntando as duas coisas, Paulo Gustavo chegou até o canal Multishow com seu programa 220 Voltz.
Multifacetado, o ator interpreta vários papéis e não se intimida em vestir-se de mulher para fazer graça.


Tudo isso pode ser comprovado no filme. Mas ah, o filme. 
É um filme feliz. Porque quem tem mãe, é feliz. Ou não, como com a suavidade de um elefante o filme aborda. 
A personagem tem 3 filhos. O mais velho, que é brilhante por nunca ter lhe dado trabalho, o gay e a gorda. Sendo que os dois últimos ainda moram com a feliz dona-de-casa Hermínia, a louca de bobs na cabeça, que não cala a boca e transforma a vida dos filhos num tormento. 

Quem é filho e não conhece o trabalho de Paulo Gustavo, pode até ficar agoniado no princípio. De fala ágil e em algumas passagens quase ininteligível, a mãe neurótica fala, berra e exige pelos cotovelos. Conforme o filme vai avançando, cria-se certa empatia por ela e no final, você já está contra os filhos.

Por quê? Por que só as mães e os filhos da mãe conseguem antes dos 10' se identificar? Simples. Todos as temos e a teoria está ali provada. Mães só mudam de endereço, são todas iguais. Assim como os filhos.
Dona Hermínia é uma mãe separada que cria sozinha os filhos, o do meio e a mais nova. Ela vive pra eles e por eles. Por isso pega no pé, sofre, fica loka do cu, porque né? Filho enlouquece. Corre pra cima e pra baixo, leva-os na rédea curta, mas e daí? O amor é evidente.

Ela é capaz de deixá-los enlouquecidos, putos com ela; ela os constrange quando chama a filha de gorda em todos os lugares. Aliás, tem isso né? Ela chama muuito a filha de gorda e o filho gay, ela corre da verdade que nem o Diabo da cruz, mesmo permitindo que o namorado do filho frequente a casa. Quando as pessoas se dão conta que ela é uma mãe coração, já estão torcendo para que ela eduque as "crianças" como ela chama, na base do constrangimento.

E ela xinga! Como xinga. Cara, mas é tãão engraçado quando ela está revoltada cuspindo marimbondo, xingando geral. Verdade, nessa hora o cinema em peso está seduzido pela personagem central.
Pois o filme é tocante, sensível, muito verdadeiro e dá nos nervos às vezes. Toca todos os sentimentos e explica muita coisa que o espectador quer enterrar lá no passado. É isso. O espectador se vê no filme.
As brigas, os embaraços, os constrangimentos que a mãe nos fez passar, os xingamentos, tudo está ali.
Posso dizer que Minha Mãe é uma Peça pode representar uma grande catarse, se você reparar bem e o final vem coroar isso tudo, nos fazendo entender o por quê de Paulo Gustavo estar fazendo tanto sucesso assim, "tão de repente".

O filme ainda traz à tona o brilhantismo de Samantha Schmutz (ex-Zorra Total), tem participação de Mônica Martelli, Ingrid Guimarães maravilhosa, Herson Capri e grande elenco. Todos, absolutamente todos estão maravilhosos em seus personagens, inclusive os novatos, Mariana Xavier (a filha) e Rodrigo Pandolfo (o filho do meio).
 
Não tem o que pensar sobre esse filme, tem que assistir.
Abaixo, um pequeno incentivo pra vocês. Vá ao cinema e veja por si próprio!


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