Subscribe:

quinta-feira, junho 30, 2011

Bora parar de palhaçada?

Vim na condução (é eu ando de conduções na verdade. O Scénic pertence a Miúda!) pensando numa coisa que é meio q o Calcanhar de Aquiles de todo blogueiro.

Quando a gente começa nessa vida diaba, quase tudo o q queremos é poder trocar experiências. É o maior barato visitar e ser visitado e poder ouvir opiniões diferentes da sua, de gente de culturas diferentes e tal... beleza.



A merda de vender a alma no blog é q nem sempre que vc trava esse contato íntimo de visitar e ser visitado pelas mesmas pessoas, não significa que essas pessoas têm o modelo de escrita que vc mais gosta.



Uma coisa é amizade, porque sim, mais cedo ou mais tarde ela chega pra quem está há anos na blogsfera. Outra coisa é ler aquela pessoa com prazer, porque ela escreve pra raralho, porque te faz rir, porque a leitura te prende e vc começa a ler e depois vc fala: Ué? Já acabou?Daí que outro dia, eu de saco cheio de ler tudo igual - é, eu sou assim, fico de saco cheio de tudo igual - resolvi vasculhar os blogs que a Garota Enxaqueca lê e senti uma profunda vergonha porque me distanciei de mim mesma.



Primeiro fiquei com uma invejinha básica, porque porra, aonde que ela acha tanta gente maneira?



Por que raios EU NUNCA acho assim tanta gente maneira??



*Início do parêntese justificativo*



Zente q me lê, não se sintam ofendidos nem vistam a carapuça tão depressa, Ok?! Não estou dizendo q vcs não são maneiros de um modo geral. Estou falando de outra coisa maneira diferente da maneirice de vcs!



*Fim do parêntese justificativo*



Enfim, aí eu resolvi fazer isso aqui no blog sabe? Peguei os links e separei em grupos: O grupo dos amigos e o grupo dos que têm o dom e... bem, vou tentar explicar melhor, para ninguém se sentir ofendido. Claro, ninguém está dentro da minha cabeça pra saber o que eu estou pensando né?!



Blog dos Amigos:



Os amigos são blogueiros que eu conheço pessoalmente ou não. São gente gracinha que eu gosto muito. De verdade.



De alguma maneira eu me identifico com essas pessoas e gosto delas pelo que elas são ou representam na minha vida. Mas verdade seja dita, os amigos não têm uma leitura que tipo... me prende. Tem dia que têm. Tem dia que não.



Geralmente fazem do blog um diário, tem um layout legal e uma coisa acaba compensando a outra. O q me prende ao blog dos amigos, é o carinho que sinto por eles. É mais isso que me faz visitá-los. Chego mesmo a sentir saudade disso, gosto de comentar nesses blogs e acenar que estou ali na vida deles. É bem isso que me une a essas pessoas e muitas vezes, elas pulam para a minha vida real, porque moram aqui no Rio e tals... daí a gente almoça e daqui a pouco a gente tá se divertindo junto. O amor pela escrita nos une.



Blogs para devorar:



Os blogs para devorar, não necessariamente são compostos por meus amigos.



Alguns se tornaram amigos pessoais, outros, nunca os vi mais gordos... nem mais magros. Mas todos têm algo em comum: São imperdíveis em suas categorias.

A questão pessoal aqui, é o q menos importa e como gosto é igual a cu, coloquei nessa galeria, mesmo aqueles blogs q fogem a linha q eu mais gosto de ler, como por exemplo - os de humor ácido! Tem pessoas que pincelam tudo com humor, até quando falam de tragédia e é justamente esse tipo de leitura q me prende.



Mas vcs vão encontrar blogs aqui fora dessa categoria. São blogs cujos autores são muito bons naquilo que se propuseram. Tem blogs com temática política, coisa q eu admiro e q me incentiva a ler sobre um assunto q não domino, de tão bem q a pessoa escreve; tem blog q fala de TV, cultura pop... pode não ser exatamente um blog sensacional, mas é muito bom em sua proposta e quando eu vejo... Ih! Já acabou? Tem de poesia, q é um assunto também q eu fico boiando, mas a pessoa é tão ardida escrevendo, q quando eu vejo... Ih! Mas já acabou?



Sacaram qual é a proposta? Isso vai até facilitar a minha leitura e daqueles que como eu, gostam de vasculhar os links alheios.

Eu não podia mais levar as coisas do jeito q estavam.

A blogsfera tem disso. A gente acaba sendo engolido pelo politicamente correto. Porque claro, atrás da tela piscante, existem pessoas e eu me sinto responsável pelo sentimento alheio.

Só que seguindo essa premissa à risca, eu acabo por não respeitar os MEUS sentimentos e termino por ser hipócrita. Coisa q eu mais abomino.

Não sou essa pessoa. Antes de tudo, sou sincera comigo e com quem me cerca.

E estou sendo absolutamente sincera.

Eu gosto de vcs... sério!

;D

terça-feira, junho 28, 2011

Tá Combinado

Tá certo.

Ando preguiçosa e desleixada com o blog e odeio entrar aqui e ter que ficar me justificando, mas é que não anda fácil escrever de lugar nenhum.

Minha inspiração bate sempre após o último gole de café e nessa hora, eu costumo ver já do tronco, a quantidade de coisas que terei de fazer no dia. Daí que não tenho coragem de enrolar e escrever, como quando meu horário era mais folgado.

Então tá. A culpa é do Engraçadão! É isso!
Desde que ele foi mudado de horário no trabalho, isso vem acontecendo. E nos finais de semana já sabe né? Não rola nem por querer, que dirá sem querer. Nem espremendo, nem bêbada, nem chapada... nada.

Pulemos.

Plim.
 
A vida é muito esquisita. É um troço louco mesmo. Faz a gente se aproximar dos outros, nos afasta desses mesmos outros e se a gente não pega as rédeas, se a gente apenas se deixa levar pelas marés, nem se dá conta de que poderia ter feito tudo diferente.

Isso acontece principalmente nas famílias. Quantos pais e quantos filhos simplesmente não se dão?! Não têm afinidade alguma? Ou ainda, elegem seu preferido dentre os oito filhos e os outros sete que se lixem?

Bem comum. E o que a gente faz com toda a mágoa restante? E aquele famoso sentimento de que vc poderia ter feito diferente? Vai deixar passar? Vai se conformar que não era pra ter sido e simplesmente levar sua vida, ignorando aquele ente que deveria ser querido?

Eu juro, estou tentando.

Tenho mágoa, tenho raiva às vezes, ressentimento, falta de afinidade... tem horas que não tenho saco. Outras horas nem quero ouvir falar ou mesmo tenho saco para ouvir. Falta de afinidade mesmo, mágoas do passado... agora então que sou mãe e tenho oportunidade de comparar as coisas; principalmente agora que tenho a chance de renovar... olhar para trás pode ser demasiado custoso.

Mas... todo dia Deus nos dá a chance de escrever a própria história e dá a todos a oportunidade de acertar.

Muitas vezes acertar, está fora das convenções. O ser humano que carrega aquela culpa católica-apostólica-romana-bitolante é que teima em não ver isso.

Às vezes, acertar é educar o outro; ou se educar; ou ainda silenciar.

Acertar pode ser afastar-se para evitar um mal maior. Ou ainda, pegar aquela oportunidadezinha que surge, de falar e esvaziar seu coração, mesmo q o outro não entenda o q vc diz. Só que os ecos do tempo, sempre hão de se encarregar de repetir a mensagem latejante, até que ela entre devagarinho na cabeça e o faça pensar.

Tem gente que fecha os olhos e não quer papo com a verdade. Tem gente, que não admite a hipótese de que erra e falar, não é mesmo a melhor solução. Seria um confronto. Por isso, o amigo tempo precisa fazer seu trabalho de tic-tac. Esse trabalho é imprescindível. Afastar, para unir no futuro.

Eu, há muito que me enfiei debaixo do meu edredon imaginário e tenho seguido com a minha vida, deixando de lado os confrontos.

Tenho feito a vaquinha de presépio sempre q posso, para evitar falar o q penso. Há que se ter responsabilidade sempre. Para evitar magoar e para não destilar todo o veneno da minha cauda. Ou seria do meu rabo? Escorpião q sou...

Mas hoje, eu dei um passinho de formiguinha.

Hoje eu tive coragem de assumir minha condição de afastada. Hoje, eu aproveitei uma oportunidade contida numa frase e disse várias frases que estavam entaladas. Independente do resultado, o presente é que hoje, eu pude pegar as rédeas e aproveitar a pequenina oportunidade.

E isso é o mesmo que estar vivo em toda a minha pujança.
Exercer o direito de viver.
Abrir os olhos.
Optar consciente.
Agir.

sábado, junho 18, 2011

DO DESAPARECIMENTO DA PRIMUCHA DESAPARECIDA

Minha vózinha falecida, aquela que D. Miúda herdou o nome, tinha 5 irmãs.

Foi pena mesmo ela ter me contado tantas histórias de uma só vez ao longo da vida, quando eu só tinha 2 neurônios (um preto e um membro da KKK) pra segurar tudo aquilo. Só lembro que eram 5 irmãs ao todo e uma delas morreu ainda criança e minha vózinha chorou contando essa história e eu também.

Elas sempre moraram aqui no Rio e longe. Uma morava em Nova Iguaçu, outra em Bangu (essa é personagem importante dessa história - guardem-na!), outra em Nilópolis, minha vó em Oswaldo Cruz e a outra que era meio maluca, morava por aí e teve um bandifilho maluco que nem ela

. Mentira, quer dizer, mais ou menos.

Bom, com o advento do casamento da minha mãe, Dona Engraçada, minha vózinha abandonou o subúrbio e veio morar conosco mais próximo da cidade, ficando assim até o dia de sua morte.

A tia de Bangu, teve 3 filhos. Dois bons da cabeça e um mais ou menos. Tudo gente muito humilde, trabalhadora, daquelas que penam mesmo. Dos dois filhos bons da cabeça, um virou motorista de ônibus - e eu lembro bem q ele era muito carinhoso comigo, me jogava pro alto, me punha no colo e zoava todas e a filha - que até hoje temos contato e nos amamos muito, desde que eu era beeem pequetucha - foi a única formada e hoje dá aula em faculdades e tem 2 filhas (1 está no Facebook e a outra é a @TheLadyMetal). Daí que sobrou o filho meio assim-assim né?! Apesar de serem tudo primos, eu sempre os chamei de tios, então esse meu tio casou e teve alguns filhos, dentre eles, a menina que desapareceu.

Estava eu na terça feira falando com a minha prima do Facebook e ela pediu que eu soltasse um alerta no twitter, porque a filha de 14 anos desse meu tio, tinha ido à Seropédica (Estado do RJ) numa festa de rua (junina), com 2 outras amigas e desde então não tinha voltado nem dado notícia; que ela já estava em contato com a Record pedindo para que a foto da primucha saísse no programa Balanço Geral, com Wagner Montes, para ajudar nas buscas. Se a gente não tivesse um bom número de twitts do caso, eles não se moveriam.

E foi assim que começou a saga. Eu, @MissMoura, @TheLadyMetal fizemos um apelo no twitter pedindo às pessoas que retuitassem nossos posts, a fim de que a Record nos ajudasse. Tudo o que eu twitto vai parar no Facebook e no Buzz do Google. Imaginem vcs o tamanho do barulho! Achei super gracinha que as pessoas ajudaram pra caceta, se mobilizaram mesmo para nos ajudar.

Na hora dei uma apertada de bunda quando vi a dimensão da coisa, porque imagina se a prima estivesse por aí... coçando a perseguida, curtindo la vida loka cas amiga?! Como ia ficar minha cara?? Mas por outro lado, a gente vê todo tipo de tragédia no ônibus, na TV, nos jornais, no metrô e quando sonha também, então não custava nada continuar ajudando, certo?! Tolinha...

Daí que todo tipo de fodido e desocupado tem Orkut né?! E essa primucha não é diferente. Ela tem e o usa com frequência. Muito mais do q usa o juízo ou o telefone celular, ou mais até q a consideração pelos pais. Ah! Essa ela não usa mesmo. A bonita entrou na porra do Orkut e viu minha prima do Facebook desesperada procurando por ela, fazendo apelo de todo jeito. Ficou bolada com a repercussão e mandou uma mensagem, tipo, pagando esporro. Daí minha prima pediu que ela ligasse, porque até então, ela pensou que pudesse ser alguém com a senha da primucha. Afinal, a primucha já estava desaparecida há 4 dias!

Pois a primucha ligou e disse que a festa não era naquele fim de semana e que ela tinha resolvido passar a semana na casa de uma das amigas. Isso tudo sem avisar pra mãe, pra ninguém. Ela deixou o celular morrer, não fez contato com ninguém e foda-se. Simples assim!. Que nem a Oooooe!

Assim que soube do ocorrido via @TheLadyMetal, passei um twitt tentando reverter o processo e quando soube da história na íntegra, fiz um twitt pedindo uma surra pra essa infeliz sem consideração. Porque não foi só à mãe dela q ela deu preocupação. Aí depois disso, achei que os pais dela eram culpados até os cabelos, por deixarem a filha solta. E resolvi pedir uma surra pros 3.

Mas péralá! Qual a realidade dessa família?

Lembram-se do meu tio, do início da história? O que era meio assim-assim da cabeça? Então. Ele é pai dela e está desempregado. A mãe? É faxineira e rala pra cacete para sustentar a todos, que não se restringe só a ela e ao marido. Acho q tem mais um filho na história.
 
E aí? Como fica? Como essa garota foi criada? Vcs acham mesmo que a mãe dela tem condições de dar o tipo de educação que eu dou pros meus filhos? E nem me refiro aqui à questão financeira não. Falo de esclarecimento, de conversar, incutir valores nas cabecinhas, responsabilidade desde cedo... vcs acham meeismo tipo assim cara, que com uma família nas costas pra tocar, ralando na casa alheia a semana toda, q ela tem tempo de levar a filha na rédea curta? Ah vá!

Com certeza, essa é mais uma daquelas famílias cujos anjos da guarda todos parrudos regados à Toddy, fazem um esforço danado pra proteger 24h por dia. Deve ser daquelas muitas famílias que deixam seus filhos miudinhos irem sozinhos, ou com vizinhos para a escola pública; crianças essas de 4, 5 anos, correndo na frente, sem dar a mão a ninguém e q o carro só não pega, porque Deus não quer. E olha q esses exemplos, eu vejo todos os dias descendo o morro, indo pra escola no mesmo horário q Pacotinho, que mesmo aos 8 anos ainda vai de mãos dadas comigo. Sacaram?

Surra pra ninguém não!

sábado, junho 11, 2011

#Comofas?

Como faz pra explicar quem eu sou, como eu sou sem ter que usar palavras?
E como faz pra eu poder viver a minha vida, sem ter que dar explicações?
E como fazer pra tocar o barco sem que as pessoas se comportem como se eu fosse responsáveis por elas?
Como faz pra não magoar, principalmente quando a intenção não é magoar?

E se um dia na vida, vc precisar ligar o foda-se e fazer o q deve ser feito e se ainda respingar um tiquinho de cocô pros lados, ainda sim, como fazer pra não parecer desumana?
Como fazer pra deixar claro pra quem quiser ouvir, que cada um é responsável por si?

Estou falando de adultos, claro! Adultos que precisam crescer e adultos que talvez não queiram. Adultos em transição, cujas atitudes às vezes me deixam de saco cheio.
De saco cheio de tanto mimimi, de saco cheio de tanta inércia, de saco cheio de visões estreitas muita das vezes.

Não raro na minha vida, me senti sem direito. É...
Sem o direito de falar a verdade, sem o direito de abraçar as minhas escolhas, sem o direito de exercer o meu direito de liberdade, sem o direito de comando sobre minhas vontades, sobre o meu corpo, sobre o meu verbo e até, sobre o meu silêncio.

Eu gosto do silêncio, da quietude, eu gosto de ficar sozinha, de falar comigo mesma, de rir por qualquer coisa, da gargalhada de pomba-gira... gosto de tanta coisa que às vezes só é encontrado aqui dentro, que talvez isso seja facilmente confundido com egoísmo, auto-suficiência ou até escrotidão.

Engraçadinha é foda! Egoísta pra caralho, só pensa nela, só enxerga a ela mesma. Mas caralho, eu mato vááários leões por dia, eu ralo pra cacete, tenho que ser 1000 e ainda não dou conta.
É a velha capa da Mulher Maravilha que deve estar arrastando no chão e fazendo os outros tropeçarem. Aí, é fácil pensar que eu talvez tenha a obrigação de emprestar todo esse poder não é? Não custa nada, afinal.

E se eu disser que custa? Que eu estou cansada de falar, de explicar, de sorrir ou cansada de mostrar que tanta coisa poderia estar sendo feita diferente, mas q apesar disso tenho q me calar, respeitando o tempo de cada um.

Sou meio como a Enxaqueca nessa hora q vê, mas em prol da boa conviência e talvez pra não se tornar um ser insuportável, se cala e deixa passar.

Não estou a fim de falar.
Estou a fim de nada, só de ser. E ponto final.
Eu nunca disse q era fácil.

terça-feira, junho 07, 2011

Querido Deus...


Querido Deus, andaram dizendo por aí que eu fui uma boa menina. É mentira.

Eu não fui, nem sou uma boa menina.

Tá certo que eu cumpro com as minhas obrigações de mãe, profissional, amiga e puta na cama-meia bomba é verdade. Mas estava analisando as coisas com as quais andei me comprometendo e verdade seja dita, andei falhando e muito!

Depois da plástica no abdome e também depois de ter parido a Dona Miúda, eu ainda não consegui emagrecer totalmente. E olha que ela já tem 1 aninho!

Sim, eu sei que andei falando que ia entrar na academia, mar ora vejam só, Deus não quer que eu emagreça e sim, agora a culpa é dele. Afinal, já que inventaram a porra da culpa, a gente tem q jogar nas costas de alguém não é mesmo? Viu? Não disse que eu era uma menina muito má?!

Pois é, pois é não comprei o tênis.

Eu sei, eu sei que eu comprei um vestido parcelado em 3 vezes sem juros, sei também que comprei uma blusa leenda naquela loja do shopping e que isso não vai me fazer emagrecer. Sei disso tudo. Sei também que com o tênis nunca iria trabalhar, ao contrário do vestido e da blusa. Não sobrou dinheiro pro tênis. Também não sobrou pra academia.

Aí Deus, eu fiquei subindo escada por 2 meses seguidos, empolgadíssima, porque né, afinal, eu tinha de fazer alguma coisa pra emagrecer além de ficar comprando remédio no mercado negro... Não podia ver uma escada que eu subia, crente crente que ia me sentir melhor, que meu preparo físico ia melhorar. Bom, tudo o que eu senti foi taquicardia, falta de ar e às vezes eu suava. Sem contar que subir escada de salto alto, bolsa, livro, fone de ouvido, anéis, cordões não é muito confortável. Então bastou um feriadão desses, numa manhã em q eu estava meio sem saco pra eu apertar o botão do elevador e ficar esperando.

Ah Deus... a sensação não foi muito agradável. Aqueles seguranças da empresa me olhando com aquele ponto de interrogação em cima de suas cabeças querendo saber por quê eu não estaria passando direto do elevador rumo à escada. E desde então, todos os dias eu me sinto culpada porque aperto o botão do elevador e espero... espero... espero... pacientemente espero... até ele chegar. E depois fico me sentindo mais culpada ainda porque o ascensorista fica me olhando também... porque por dois meses ininterruptos, não importava o quanto ele me chamava! Eu sacudia a cabeça negativamente, passava direto e ia de escada.

Agora Deus, eu sou obrigada a ir do térreo ao quinto olhando pro teto, ignorando o ascensorista que fica me olhando com aquele risinho de lado. Ele deve pensar: "Ela desistiu, bem feito. Se eu levo uma vida sedentária sentado aqui o dia inteiro, ninguém tem o direito de se exercitar!"

Ainda posso ouvir sua risada maligna quando eu deixo o elevador.

Mas eu estou aqui para me livrar da minha culpa, não é querido Deus? Então eu vou me livrar da culpa.

Vou assumir mesmo que eu adoro carne na hora do almoço e q eu como com vontade. Vou assumir mesmo que odeio salada, mas tempero com limão, sal e azeite para disfarçar o gosto. Vou assumir mesmo Deus, que eu tenho gostado de ovo, muito mais do que eu deveria e que depois do café da manhã, tomo sibutramina só para aumentar o funcionamento do meu metabolismo que o hipotireoidismo teima em jogar para baixo!

Vou assumir que eu quero uma fórmula mágica para emagrecer, para ficar rica, para ser feliz, porque eu sou humana e quero sombra e água fresca. Mas devo admitir, oh Lord! Adoro um desafio.

Então se eu fosse levar tudo na moleza, muito provavelmente eu sentiria um vazio maior que o mundo...

É Deus, o Senhor sempre sábio não é?

Obrigada.

Linkwithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...