Lá pelos quatorze anos, deixei de ser invisível. Eu já contei aqui q nessa época eu era uma samambaia ambulante e meu cabelo, ao invés de me tornar uma pessoa invisível, me mostrava em primeira instância. Aquela briga eterna...
O fato é q não tinha atrativos, era magrela, com uma bunda ofuscada pelo cabeção, os peitos... q peitos??
Os meninos com os hormônios em ebulição jamais olhavam p/ mim. Pegavam aquelas meninas peitudas, coxudas, com cara de q já tinham iniciado a vida sexual, ou que pelo menos pareciam querer iniciar a qualquer custo. O contrário da minha pessoa.
Não lembro em que série estava, só sei q já namorava um carinha c/ um apelido curioso "Tabaquinho", que morava muito longe da minha casa. Ele tinha esse apelido, por conta de uma novela da época, cujo personagem namorava três mulheres. Na verdade, eu namorava ele e ele retribuía. Um cara muito solidário o Tabaquinho.
Eu acabei me cansando daquela vida de idas e vindas a Jacarepaguá atrás de uns beijos na boca que poderia já conseguir perto de casa. O Tabaquinho foi o portal. Depois dele, parece q outros passaram a me enxergar, inclusive no colégio...
Eu me lembro vagamente que o cara era recém chegado no colégio, era popular, talvez já tivesse estudado em outro turno e sabe lá porque cargas d'água, foi se interessar pela minha pessoa. Mandou recado e nós começamos a ficar depois da aula.
Eram momentos rápidos. Nem meia hora de beijocas, mas o legal é q eu já me sentia gente. Estava ficando c/ um cara popular da escola e isso para minha vidinha sem graça era um colorido sem igual. Nem sentia nada por ele. Estava mais interessada em beijar na boca. Ponto.
Ainda tinha que resolver o caso Tabaquinho q estava pendente lá em Jaca City. E um dia, avisei ao carinha da escola q mataria aula para encontrar meu namorado. Acho q não cheguei a contar que terminaria tudo. Talvez p/ não encher a bola dele, até porque, já estava decidido antes mesmo de conhecê-lo.
Fui. Avisei ao Tabaquinho q esta seria a última vez q ia lá. Ele não levou muita fé. E eu não fiz força p/ tentar convencê-lo. Foi boa a sensação.
Cheguei ao colégio no dia seguinte revigorada sem saber a sucessão de coisas estranhas q me aconteceriam.
Logo na subida da rampa, avistei o Popular. Ele deu aquela olhadinha prá trás e me viu, só q não parecia me conhecer mais. Eu ainda insisti e chamei, mas ele não respondeu. Passou a mão no ombro da garota q estava a seu lado (um baixinha, peituda, bem peituda para o tamanho) e seguiu adiante. Eu com cara de poste, sem entender nada.
Uma alma caridosa se aproximou de mim e me puxou pelo braço esclarecendo tudo; a namorada dele (de mais de 1 ano) tinha chegado na escola no dia anterior. Iria estudar lá e ficaria na sala dele. Isso minava qualquer aproximação minha, né?! Eu não poderia chamar o cara de féladaputa, cachorro ordinário, nem fazer chantagem emocional dizendo q tinha terminado tudo c/ meu namorado (típico) por causa dele. Não preciso dizer q o resto da aula foi uma tortura. Tinha que dar um jeito de me aproximar da garota...
Ele tinha um primo q era, digamos assim, amigo e fiel escudeiro. O cara me mandou recado. Alguns dias depois, me chamou para aparecer no clube que eles freqüentavam, onde faziam ginástica olímpica e q Mr. Popular queria falar comigo. Eu fui. Mas antes disso...
A namorada já tinha me chamado de canto, propondo sermos amigas e me confidenciou saber de tudo. Disse que tinham terminado e q daríamos as duas, uma lição no Mr. Pop. Eu fiquei radiante (muito boba cara! Eu era uma bobona!) com a idéia de darmos um castigo nele. Ela veio com a idéia de nenhuma das duas ficarmos mais c/ ele, por mais que ele insistisse. E eu, com aquela fidelidade canina q me é peculiar até hoje, topei.
No dia q fui chamada ao tal clube, caprichei no visu. Década de 80, cores berrantes, batom rosa choque, mini saia estampada e... menstruada.
Fui para o clube e fiquei empolgada em encontrá-los lá. Mr. Pop, todo machinho me viu e ficou cercando e eu firme no meu propósito.
"Só um beijinho" - Ele dizia, mas eu, irredutível e doida p/ beijar ao mesmo tempo. Não beijei. No máximo aquele beijinho de cantinho de boca, q é uma tentação, mas não cedi.
Fiquei naquele clima ainda por algum tempo, depois vi q estava prá lá de atrasada p/ chegar antes da minha mãe em casa. Esporro na certa.
Desci a rua, peguei o ônibus e tarde demais estava em casa. Ela já havia chegado. Brigou comigo q eu tinha sumido a tarde inteira e eu só pensava: "Que saaaaco!"
Fala daqui, briga dali, esporro aculá, até q ela soltou a bomba:
MÃE - E ainda por cima com essa saia toda suja de saaaangueee!!
EU - QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊ?????????????
Olhei e minha saia estava realmente suja atrás, mas me recordava q saíra do clube c/ a saia limpa. Ou não?!
Meu pensamento já estava todo embaralhado e eu já pedia a Deus "Um raio por favor, só um raio" - em cima da minha cabeça, claro!
O raio não veio e eu fui p/ a escola no dia seguinte, tentando parecer invisível. Fiquei no meu canto o dia todo encolhida, rezando p/ não encontrar ninguém.
Durante o intervalo, vi o casal e percebi q se tratava de uma farsa. Eles ainda namoravam. Então concluí: A otária da história era eu. Somente eu.
Ninguém se aproximou, ninguém sacaneou, então me dei conta de que a parada do sangue "não vazou"!
A história ficou no passado, eu permaneci encolhida no meu canto até cair no esquecimento e deixei os amores de escola de lado. Me concentrei em passar de ano. Bacana.
Até semana passada.
Semana passada, entrei no caldeirão das almas do inferno e me deparei com queeeeeemmmmm??
O plóprio. Mr. Pop na comunidade do tal colégio.
Não acreditei e a história me voltou a mente.
Não podia deixar de contar a vcs, meus queridos 5's leitores.
Dei boas risadas entre como eu era e como me tornei.
Ainda bem que não me deixei levar pelas bobagens q acontecem na adolescência. Nunca tive vocação para vítima e sempre fui uma mulher de atitude, apesar da grande humildade.
Só não entro mais no orkUUUiiit, à partir de já... (brincadeirinha)!
Bj na bundaaa.
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18 comentários:
Morri de rir com essa historia !!
Me lembrei das minhas... Estamos velhas não ?!:(
Bjks
Larissa
só vc mesmo para fazer eu ler quase que um livro, por que sei que vou achar muito manero, vc é uma figuraça, e o pior que sou igualzinha a vc, só ñ paguei o mico de ficar todo suja, sempre usei um bom absorvente rsrsrsrsr, apesar que na quela época um dos melhores era um tal de" ELLA" que era uma merda, mas tinha sempre que dar aquela reforçada com um papelzinho higiênico, ieka!!!! pra quem era igual a uma samambaia até que vc esta batendo maior bolão amiga... he he he
bjssss
Engraçado como todo mundo acghava um saco assistir aula, mas adorava o colégio.
Não existe uma só pessoa neste mundo que não seja saudosista de sua época colegial.
Mesmo das trapalhadas, das roubadas, dos problemas.
E eu tb não sou exceção !
Beijinho
é... o orkut desencava uma peças, né? Bjs
Pois é, o seu porshe não chegou...culpe os correios. Então, para evitar esses problemas, pode me dar o presente ao vivo mesmo.
Uma coisa que não fui foi popular nas escolas que
passei(ou não passei), era o típico diferente de todo
o Colégio enquanto que:
“... Os garotos da escola
Só a fim de jogar bola
E eu queria ir tocar guitarra na TV...”.
Tinha até:
“... A garota mais bonita
Também era a mais rica
Me fazia de escravo do seu bel prazer...”.
Lulu Santos – Minha Vida (essa musica faz parte da
trilha sonora da minha vida)
Mas tudo bem, muitos deles não saíram do primeiro grau
outros não terminaram o segundo e eu aos trancos e
barrancos estou na Fac.
Procure no Orkut pela comunidade do Colégio
Arquidiocesano de Aracaju/SE Pelo que lembro o nome da
comunidade é Arqui-Aracaju (ou vejam na minha pagina
no Orkut) e nos tópicos recente tem 3 referente ao
período que estudei.
Aliás, esse é o hino dos non-populars.
Eu a-ma-va essa música, mas geralmente não tinha ninguém em mente.
Só gostava por me sentir meio deslocada do restante. Também nunca almejei ser popular na escola. Eu tinha meus encantos, me dava c/ todo mundo, só não pegava ninguém...
A resposta do filme já está em meu blog.
Abração
E quem nunca viveu uma patetisse igual, que atire a primeira pedra!!!!
Como sempre morri de rir, e agora, q estou moderninha... postei!!!!!
Beijocas,
Rê!!!!
Sabe, eu vi o show do Coldplay no Live 8. E (sorry) foi meio decepcionante... Das atrações ditas "principais" foi a mais fraca.
Vc viu ?
Beijos
Hello!!!!
Eu tô tentando, mas mandar comment nessa caixa do blogspot é phodda (e olha que eu já tentei um monte de vezes). Tem uma caixa chamada haloscan que o pessoal usa que é muito melhor. Eu não sei como funciona, mas vê se alguém pode te ajudar nisso. No mais, saudades das visitas aqui. Bjs...
Dona Berinjela
(berinjelavoadora.blig.ig.com.br)
E figura, so vc mesma!!! Se bem... acho q nao... eu tb ja paguei altos micos!!! Mas depois q passa e ate gostoso rir de novo!!! hehehehehe
So cuidado pra eles nao lerem a historia... vai q resolvem te zoar com atraso!!!
Beijos, Dani
Bêbada de Coke e Britney doeu, Engraçadinha ._.
Ahahahha, eu tbém era assim. Cabeçuda e magricela. Um horror!Se bem que não mudei muito!
beijos
Oi engraçadinha,
Eu li tudinho e achei bacana o modo como se lembra dos detalhes e da concidencia que ocorreu com vc.
sei lá acho que algo do passado não ficou bem esclarecido!!!
beijos baby
uma vez aconteceu um lance parecido comigo... mas só a história do sangue... :$
a questão é que eu nunca soube se alguém viu, pois, as partes envolvidas nunca diriam nada. Minha paixão da adolescencia era tímido! Rs, popularísssssssssimo, mas tímido.
Não é que eu não tenha tempo de visitar o seu blog...na verdade, eu entro sempre - às vezes até antes de vc mandar o email. O problema é que não dá pra comentar lá do trabalho (é bloqueado), e nem sempre dá tempo de comentar daqui de casa. No final das contas eu acabo ficando "meio sem-graça" de ficar enchendo o saco de mandar email com o comentário...
Engraçado como as coisas mudam...dá uma olhada lá no
Barroso num post que eu botei ontem sobre o que os
adolescentes de 14 anos estão fazendo hoje em dia,
rsrsrs...
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