Eu ainda consigo me lembrar do Circo Tihanny quando veio a primeira vez ao Rio. Sei lá quantos anos eu tinha, penso que menos de 10 anos e que era inevitável ir. Era o must go da época. Como se eu fosse menina de must go...
No entanto fomos, minha vó e meu vô. Porque meu pai, quem conseguiu o convite e estava sempre trabalhando e mãe, nem sei por qual razão, não puderam ir. Realmente não lembro. Fato é, saímos de lá todos impressionados e boquiabertos.
O Thianny representava os grandes circos. Era luxuosíssimo e mesclava atrações circenses, com shows de dança daquelas grandes casas de espetáculos. Sempre belas mulheres, com lindos figurinhos. Quase figurino de destaque de escola de samba rica. É de encher os olhos.
Como que por encanto, fui contatada através do grupo EBRJ do FEICE, para assistir ao espetáculo com direito a um acompanhante, seria num domingo de manhã e apesar das três crianças, consegui chegar a um consenso facilmente.
Fomos domingo passado, culminando a última apresentação aqui no Rio. O circo vai vazar pra outro canto e não perderíamos essa oportunidade nem à pau, Juvenal.
Ao chegar lá, o tempo estava fechando. Claro, eu em programa dominical com um único filho à tira colo, só pode ser razão pro tempo mudar. Sabia!
E após uma espera de 1h com direito a choro pela pipoca, que infelizmente não saiu (só aceitavam dinheiro e eu não tinha isso, mas tinha muita comida na bolsa!), começou o espetáculo.
Cara, me deu um certo choque, porque quase 40 anos depois, se é que é o mesmo circo, ele ainda segue a mesma linha. Muito luxo, danças e números com palhaço, costurando as apresentações. Obviamente não lembro se era assim exatamente, contudo, garanto que essa fórmula não foge em nada aos circos tradicionais.
Isso não é uma crítica, mas questão de estilo. Acho válido em tempo de tanta tecnologial, que existam circos com um pé na tradição, sem cair na mesmice.
E como encanta!
Um número impressionante, foi o time de moços da corda bamba, se apresentarem sem o uso de rede de proteção. Só quando quiseram descer mesmo, o que claro, causou inúmeros aaaah's e ooooh's da plateia, sem contar a friaca na barriga, né? Imagina, se alguém cai daquela porra e... nem quero pensar. Tudo minuciosamente calculado e treinado e a gente ainda cai nessa né?
O palhaço sensacional. Fez rir até dona Miúda que é cética e pragmática, apesar de seus 3 anos. Interagiu com a plateia em quase todos os números, arrancando gargalhada do povo, claro. Fez aquele tipo cloun e não fala. Ou seja, fica muito mais engraçado. Esse, definitivamente é meu tipo de palhaço.
O mágico, entre outros truques, fez aparecer um helicóptero no palco e não me pergunte como ele fez isso tão rápido, porque eu olhei e não deu pra ver na-da. Ele até que não arrancou muitas palmas da audiência, mas eu vi um bando de gente cochichando. Eu acho que a galera estava meio cansada de bater palmas. Nada pessoal.
Os meninos do trapézio foram magníficos! Usavam uma roupa que lembravam asas e sob a luz negra, literalmente voavam do trapézio. Eram 5, que se cruzavam no ar, fazendo acrobacias de cair o queixo.
Foram duas horas de espetáculo, que fez com que eu esquecesse quem eu era, de onde vim e porquê estava ali. Limpou minha mente e trouxe à infância, inevitavelmente.
De novo essa palavra né?
Mas o Thianny é assim.
Mexe com a gente, nos transporta pra outro tempo.
Espetacular.
3 comentários:
Não curto muito circo. Tenho pavor de palhaço.
Big Beijos
Ah que máximo! Eu amo circo e amo parque de diversões... Embora não goste muito de palhaço, o ambiente é muito legal!
beijocas
Que delícia esse passeio. Inveja.
Beijos
Yvonne
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