Depois de tanto empurrar literalmente com a barriga, com as celulites, com a inércia, resolvi voltar praquela acadimia fodona que em 2006 me manteve fiel por uns 2 meses. A Forum Exere.
Sei, o nome é escroto, mas na minha humilde opinião de sedentária de carteirinha, avessa a atividades físicas e com rotina, ela vale mais que essas famosas que só tem beleza, corpos sarados e mensalidade cara.
Essa academia atrai porque vc monta um programa de malhação se pagar o pacote full, que te possibilita fugir do feijão com arroz.
E não sei se vcs perceberam também, nem sei se leram a frase acachapante q eu li dia desses no facebook, onde uma menina teve a grande sacada de questionar se é impressão ou não que, estamos passando da fase o politicamente correto, para o politicamente saudável?
Não sei vcs, mas eu tenho percebido as mudanças no homem em termos de evolução. Estamos encaretando, estamos banindo coisas ruins, estamos pregando a tolerância, estamos pregando o cuidado com a saúde, a igualdade... muitas vezes de maneira torta ou até equivocada com interesses escusos por trás, no entanto, toda mudança para o bem, ou visando atingir a um bem maior, pode começar de maneira estranha. Será então q é assim?
Dei uma viajada né?!
Daí que minha primeira aula na 5ª passada, teve o Muay Thai como estreia.
Na minha cabeça insana, Muay Thai era:
A realidade:
O professor, um negão de 2m de altura chegou um pouco atrasado enquanto o povo dava corridinha em círculos. Eu que cheguei 15min antes, já tinha feito caminhada com corridinha na esteira pra me aquecer. Palhaça...
O aquecimento na verdade ainda estava por vir! Corrida formando um grande círculo, de frente, de costas, de lado, alternando os lados, 200 flexões, 500 abdominais divididos em várias modalidades, levanta e corre tudo de novo, agora pula com o joelho flexionado na altura do quadril, agora corre com o pé batendo na bunda.
Isso, leva aproximadamente metade da aula. Depois começa o treino que consiste num circuito de exercícios, somando 10 ao todo, cada qual com sua dupla, alternando quem segura o saco ou não.
Entra aí aquele saco grande de porrar pendurado no teto, deixado no chão para treinar golpes, vc tem q ter luvas ou tala comprada na farmácia, mas a academia fornece... maluco... nem te conto que saí pingando da aula. Pela primeira vez na vida senti minhas bochechas queimando enquanto me matava pra completar os exercícios, cujo objetivo, óbvio, não é te ensinar a lutar, mas queimar calorias.
Socar e chutar é a parte mais agradável. O aquecimento é q fode a bicicleta. Fiquei com dor nos gominhos da barriga q eu nem sabia q tinha e confesso q essa semana não tive coragem de voltar à aula, já que nos dias q estou indo não rola de ter pela manhã. É sempre à noite!
No dia seguinte, cheia de dor, até nos cílios, caí de cabeça na hidroginástica que funcionou como um bálsamo, mesmo eu tendo ido de bicicleta. Ah sim, ressucitei a bicicleta e esse é um capítulo a parte. Andar de bicicleta em qualquer cidade grande do Brasil é muito mais arriscado que andar de carro. Carros e ônibus não respeitam o ciclista e eu meio desengonçada, desacostumada pegando a bike, confesso q o cu trancou bonito. Porque nem sempre dá pra andar na calçada e eu não tenho buzina. E eu sou naturalmente enrolada pra certas coisas.
A boa notícia, é que ontem ao fazer o exame médico que mede meu percentual de gordura, descobri que não sou uma espécime da orca-baleia-porca em extinsão. Sou apenas uma mulher de 40 que precisa emagrecer 3Kg. É isso aí, fellows! 1Kg por filho. Talvez eu nem mexa na dieta. Talvez eu coma menos pão, coma mais fruta, beba mais água e sei lá, trepe mais, assim q as ziquiziras q andam atacando meu corpo sarem...
Pois é. Nessa onda pelo saudável, me vejo meio q na contramão da galera. Enquanto o povo cai de cabeça no projeto #XoBacon, eu que pouco como bacon, estou no projeto #AcordaEngraçadinha.
Não me exercitar, é meio que estar morta. Eu me sinto morta, desesperadamente exausta, exaurida, extenuada, tudo o que contenha E com X. Vinha me jogando de com força no álcool, no cigarro e em tudo o q não presta (exagero). Não q eu queira virar a caretona da última parada, mas querer ser a alcoólatra da família também não tem a menor graça.
Em 2013, quero só moderação. De novo.