Se é de graça, beneficia as crianças e significa riqueza de experiências na vida delas, eu dou um jeito de inserir meus filhos.
No finalzinho de 2014, um amigo de infância de Engraçadão me chamou pela inbox do Facebook para comentar que as inscrições estariam abertas em apenas dois dias de Dezembro. O Projeto Botinho, conduzido pelos Bombeiros em parceria com a iniciativa privada ou entidade do governo, recebe todo ano cerca de 200 crianças da Capital e Estado do Rio de Janeiro, para durante um mês inteiro (Janeiro) passar noções de disciplina, primeiros socorros, comportamento no mar e noções de preservação ambiental.
Utilizando uma linguagem de quartel, entoando canções enquanto correm ou caminham, crianças à partir dos 7 anos aprendem a obedecer a voz de comando do sargento, formam fila, fazem flexões, entram no mar em grupo e aprendem pequenas noções de socorro por afogamento.
O projeto funciona de segunda à sexta em diversas praias cariocas e apesar de ter sido notícia em diversas mídias na semana de seu lançamento, a data da inscrição e a forma como isso é feito, é meio que guardado à boca miúda. Nós mesmos, se não tivéssemos esse amigo bombeiro, jamais saberíamos onde, quando e como.
Portanto, queridos leitores, dar-vos-ei o caminho das pedras para o próximo ano! Anotem na agenda do celular, programem o despertador e voltem aqui em Dezembro do corrente ano para ler novamente e se preparar para as inscrições.
Como tudo hoje em dia, a inscrição é feita pelo site do Botinho. Os jornais também costumam informar da proximidade do projeto. Este ano, li no jornal O Dia, no dia exato do início. Daí que se você mamãe ou papai, não têm o costume de ler o jornal de papel, fique atento e busque especificamente pelo assunto, já que ler notícias do site faz com que a gente acabe dispersando e fugindo do foco! E não adianta entrar antes, porque a mensagem que fica é de que o site está fora do ar. Só abre mesmo nos dias de inscrição.
Outra dica, é se ater à data de inscrição e fazê-lo já nas primeiras horas, pois as praias mais concorridas acabam primeiro. Praias como Barra da Tijuca, Copacabana, Leblon, Ipanema são as mais visadas e as vagas preferenciais são para as crianças que já participaram em anos anteriores.
Feita a inscrição, preenchido o cadastro com os dados da criança, é enviado um email de confirmação a ser impresso junto com os dados cadastrais. O próximo passo é reunir a documentação e levar numa unidade dos Bombeiros para efetivar a inscrição e é nesse momento que muitos perdem a vaga, já que relaxam no prazo. É aí que surge a oportunidade dos azarões. Falta de documentos, ou levar a documentação fora do prazo, é motivo para perda da vaga. Fique alerta!
As aulas têm início às 8h em ponto, quando a turma de Golfinhos, Tubarões e Moby Dick forma e se divide entre meninos e meninas. As famílias acompanham tudo no entorno e aproveitam para tomar um banho de mar, que nessa época do ano, é programa obrigatório pro carioca; então é importante que seu filho tenha a companhia de um adulto que guarde seus pertences e leve lanche e líquidos para que se hidratem durante e após a aula. As meninas e os pequenos são liberados mais cedo, geralmente à partir das 10h e os maiores ficam até no máximo 10:30h ou 11h. Depois a água do mar fica repleta de crianças de todas as idades e tamanhos e cores de sunga. É até esquisito pra se banhar, porque elas descem na onda pegando jacaré todas ao mesmo tempo, ou com prancha de bodyboard e o haole ali é o adulto!
Esse ano, duas emissoras de TV acompanharam de perto a atividade dos Botinhos: SBT e Record estiveram na Praia da Barra de olho no que as crianças aprendiam.
Tanto Pacotinho, quanto Sr. Cabeça de Bolinha ficaram animados com a possibilidade de aparecer na TV. Acabamos não acompanhando a matéria, já que acordar cedo todos os dias para ir ao projeto e sobreviver nesse calorão do Hell de Janeiro, turva nossas mentes e nos deixa com preguiça de viver. Os meninos são acometidos por uma inércia, se rendendo ao videogame, ou ao computador no período da tarde e à noite quando está mais fresquinho, perturbam a gente para os levar no Bowl do Maracanã ou mesmo no Parque de Madureira.
Mesmo com os preços surreais do verão carioca, vale ficar de olho nos programas gratuitos espalhados pela cidade e em projetos oferecidos pela Prefeitura. Dá pra ter uma infância rica e de graça, ainda que a divulgação dessas iniciativas seja "pobre".
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