Desglamourizado, decadente.
Só sei que foi assim, diria Chicó.
Aaah! Sabe qual é? Eu tô cansada. Muito por sinal.
Eu não tenho muita paciência para datas comemorativas impostas pelo comércio.
A não ser, quando pequena. É... nessa época, quando tudo era prazeroso e fácil, eu ficava triste quando meu pai dizia q essas datas eram "coisas do comércio!" Eu não me conformava em deixar o segundo domingo de maio, como um enorme hiatus.
Hoje?
Hoje tudo é corrido. Vc tem que ser mãe, profissional competente e antenada, dona de casa e a puta do maridão. Sim, porque lá fora, putas existem aos montes. Aí chega o tal segundo domingo de maio e vc pede p/ morrer.
Olha p/ o lado e se depara c/ aquela troxa gigantesca de roupas p/ passar e percebe que só tem o domingo p/ cuidar do uniforme do seu filho, recém-saído da lavadora de roupas.
Este por sinal, ainda não entende nada de Dia das Mães, por isso se comporta como qualquer dia normal.
O abraço, tem de ser lembrado. Seguido de um "por quê?". Aí vc explica e ele pode até ter entendido do alto de seus 3 anos, mas dá impressão de passar batido.
Seu marido, dá aquela abraço gostoso, que compensa qualquer falta de presente.
Aliás presentes, são coisas q eu definitivamente não faço questão. Cago e ando mesmo. O amor da minha little family compensa qualquer coisa. E desse presente ontem eu fiquei privada, porque Engraçadão teve de trabalhar.
Aí me sobrou um Pacotinho que mal me deixa almoçar. É manhê - manhê - manhê - manhê - manhê - manhê - manhê - manhê - manhê - manhê - manhê! Que eu julguei estar enlouquecendo.
Ouvi a doce voz da grande amiga, desde o útero, que mora no mesmo corredor. Amiga esta, que foi sua 1ª namoradinha. E tive a brilhante idéia:
EU - Amor, por q vc não vê se a Becca está em casa p/ vcs brincarem?
PACOTINHO - É! Eu posso ir?
EU - Claro, meu bem. Vai lá.
Nem 5 minutos depois voltam os dois. E o filme que eu tentava assistir, aliás Sin City é excelente!! Apesar da sangueira...
E eu parava o CD a cada 2 minutos, porque ele pedia tudo a toda hora. Sinceramente eu pensei em gritar como uma louca histérica c/ ele, mas a obediência dele e felicidade por estar ao lado da Becca era tanta, que eu começava, mas logo em seguida baixava o tom de voz.
Eu nem queria obedecer minha voz interior q me condenava por ainda não ter ligado p/ minha mãe. Na verdade eu não tinha nem forças. Queria ficar quieta e muda no meu cantinho e Pacotinho vinha dificultando em muito meus planos.
Ao soar das 8 badaladas notúrnicas, acabei c/ a brincadeira e levei Becca de volta p/ sua casa junto c/ Pacotinho. Nesse momento a Rê me confidenciava que todas as iniciativas de brincar em casa, foram de Pacote sob o pretexto de ficar junto de mim (ou p/ não me deixar sozinha, que seja!). Ao ouvir isso, aquela minha velha amiga chamada consciência, me xingou 200 vezes de Vaca egoísta.
Voltamos p/ casa e eu preparei o jantar dele. Ele conseguiu ainda se despedir do domingo derrubando a sopa quente na mesa de madeira.
Rápida como um raio, eu troquei de toalha entre um palavrão e outro na área de serviço p/ ele não ouvir. Sim... as mães xingam e palavrões cabeludéééérrimos por sinal!
A hora passava eu nada de ligar p/ minha mãe. A essa altura, a vontade de ligar era nula, porque além do belo dia estimulante q eu estava tendo, ainda ia ouvir um senhor esporro de minha progenitora. Sim, o dia das mães p/ minha mãe é coisa séria e conta. E cadê forças?
Nebulizei meu Pacotinho contra a gripe insistente e ele se aninhou no meu colo de barriguinha cheia e adormeceu em meus braços.
Ficamos ainda um tempo assim e eu olhava p/ ele, com vontade de rir, como ele me perturbou o dia inteiro, mas que casa segundo ao lado dele valia a pena...
Depois disso, reuni forças e liguei p/ minha mãe. Uma, duas, 3 vezes e o telefone permanecia ocupado. Dei de ombros. Minha irmã deveria estar na internet. Então não nos falamos.
Depois de tudo isso, precisava relaxar.
El porro caiu como uma luva, então adormeci vendo a outra metade de Briget Jones, talvez pela 10ª vez esse mês.
Um bj na bunda.
segunda-feira, maio 15, 2006
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