Subscribe:

segunda-feira, abril 30, 2012

VOCÊ SE PERMITE FUGIR DA ROTINA?




Se vc me convidasse para passar uma tarde entre amigas, só a gente, falando besteira, tomando alguma coisa, fumando algumas coisas, sem marido, sem filho, ou sem trabalho, eu muito provavelmente hesitaria.
Porque todas essas coisas que citei acima estão em primeiros lugares na minha vida. Os filhos, o marido, a responsabilidade, tudo isso está fortemente arraigado no meu ser e fatalmente, o bem estar de um bate-papo descompromissado numa tarde de dia útil, sem chance, não iria acontecer.


Aliás, quantas pessoas na face da terra se dão esse prazer?
Não vale mencionar os adolescentes.


Pois é.
Meu momento atual de vida, aquele recheado de incertezas e "e se's?" está promovendo várias mudanças no meu cotidiano.
A partir do princípio de que preciso focar no meu objetivo e ficar surda a apelos externos para atingir minhas metas, mesmo sendo elas anti-convencionais. Estou tendo que ser firme e forte, mesmo q isso signifique sair pela tangente. E acredite, mesmo debaixo de lágrimas eu tenho saído.


Foi numa dessas, que me permiti passar uma das melhores tardes, ever, dos últimos anos da última semana, na companhia de 3 pessoas, num apartamento, ouvindo música alta, tomando coca-cola light (essa parte não foi muito legal), fumando El Porro e rindo de quase tudo até lágrimas saírem dos olhos.


Rimos do acaso, rimos da desgraça alheia além da nossa própria, rimos do amor, das tomadas de cu inesperadas, q todo mundo toma mesmo. Falamos todas as besteiras e gargalhamos de doer a barriga. Foi histericamente hilário!
Fiquei brincando q aquela hospitalidade toda, de me fazer fumar El Porro de cada sabor, seria o mesmo que me mandar apoiar a cabeça num taco fincado no chão, girar e me soltar por aí! Todos riram e claro, me ignoraram. Fiquei chapada como há muito não ficava em todos esses anos, mas não fiquei na merda.


Nos prometemos outros encontros, regados à almocinho e espumante numa próxima vez. Claro, iremos repetir e ainda esse ano.
Voltei no ônibus vendo a vida alheia correr amarrada à rotina diária e me peguei pensando: cara a gente quase não vive né?
Óbvio q isso é sabido. Mas a gente anda tão no meio desse turbilhão chamado responsabilidades, q meter o nariz acima da cortina de fumaça é cada vez mais raro. E aí se vão nossa juventude, nossa saúde, nosso bom humor. Salvo nas vezes em q nos permitimos ir ao barzinho com os amigos ou em qualquer outro happy hour. 
Só q até essas escapadas, se vc reparar bem, podem cair na rotina. São protocolares. 


E nos casos em q se é mãe e esposa então... quantas de nós somos capazes de descermos desses personagens mães, esposas, donas-de-casa, pra dar uma pirada saudável? Para rir de verdade, mesmo q seja do próprio infortúnio?


Eu só tenho a agradecer a essas três pessoas, porque eu tive coragem, porque eu estive lá, por abrirem a porta de suas casas, porque no sábado, no domingo e ainda hoje, estou sentindo saudade deles, das risadas e de todo o amor que ali esteve presente.


Preciso agradecer à hospitalidade, às músicas com som de telefone tocando, ao álbum de fotos da Madonna, aos diversos Porros empurrados goela abaixo, à camiseta da Madonna te olhando no elevador, à companhia até o ponto de ônibus e mais garalhadas até o final. Vcs 3 são fofos demais, delicados, ainda mais em trio. 
Super recomendo e anotem, teremos de repetir em Santa Tereza, deitados na cama com a telona da TV vendo algum documentário do Nat Geo só pra gente viajar na tela.


Em casa, me percebi gritando menos com as crianças, fui caminhar  na pracinha q nem um zumbi empurrado por controle remoto, mas não deixei de me exercitar, passei o final de semana tentando ser alguém melhor e mais doce em família e esse dia me ajudou a querer ser alguém melhor pra minha família ao invés daquela louca do cu estressada.


Foi muito prazeroso.
Obrigada.

quinta-feira, abril 26, 2012

DA SÉRIE, MENINOS EU VI: SWEENEY TODD - O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET


Apesar de ter visto poucos musicais na vida, admito que comecei cedo.
Vi a montagem da Dona Baratinha algumas vezes à partir dos 3 anos e ainda lembro do "Quem quer ca-sar, com a Dona Barati-nha...". Amava chegar antes pra desenhar com as mãos sujas de tinta guache em folha de A3 antes do espetáculo. Essas sensações ainda moram em mim.

Depois aos 4 foi os Saltimbancos. Montagem de Chico Buarque com as filhas, com Miucha fazendo a galinha, Nara Leão fazendo a gata... tenho o LP e comprei o CD para dar às crianças lá de casa.

Já na década de 80, não vivi o frenesi causado por Flashdance e Grease fui curtir depois de adulta. Mas admito, é legal um musical bem feito. Taí High School Musical que não me deixa mentir.

Com o advento da Net Movies, estou com esse quase desafio de ver um filme por dia. Uns eu vejo só, porque a faixa etária não é apropriada para menores, outros eu assisto com os meninos.
Estou criando mini-cinéfilos em casa com muito orgulho, obrigada! E Pacotinho vem me surpreendendo nesse quesito, mais até do que o Sr. Cabeça de Bolinha que de todos, é o mini-cinéfilo mais declarado.
Agora, que ele superou a preguiça de ler legendas, que superou o hábito de ver filmes mastigados, como aqueles em q se sacodirmos o envelope pinga sangue, ou os de artes marciais ou ainda, os totalmente indicados para sua idade; estou apresentando outros seguimentos à ele.


Um bom exemplo é Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet. Corre lá na Wikipedia q eu espero, vai!
Adivinha com quem é? Pois é, abrimos a temporada Johnny Depp que está prestes a se encerrar, infelizmente.

Esse filme não é nada indicado pra faixa de Pacote. Primeiro que é surreal de tão incrivelmente arquitetado.

Trata-se de uma adaptação da peça de Christopher Bond (que eu nunca vi mais gordo), de 1973, que foi transformada em musical na Brodway em 1979 por Stephen Sondheim (aquele ultra-mega-boga compositor arranjador premiadíssimo e respeitadíssimo nos States). Tim Burton assistiu ao musical e desde então ficou com essa ideia guardada na cabeça. Ah, eu não contei a ideia?



Helena Bonham-Carter e Tim Burton: Um casal exótico
Então, ele montou na telona um filme cult de terror, originário de um musical extraído de uma montagem teatral. Sacou? Claro, poderia ser uma merda.

Todos os atores em cena cantando já é motivo suficiente pra ser uma merda. Mas não é.

Porque Tim Burton soube usar magistralmente o recurso da música quando os atores em cena pensavam em alguma coisa, ou planejavam algo. Fora isso, existe diálogo. Não é um musical do tipo: Oh! Encontrei uma rosa no chão lá, lá, lá.

É muito mais complexo! Eles abrem uma cena cantando, dialogam, cantam juntos ou quando estão apenas conversando com seus botões.
E o mais legal, é que Pacotinho amou o filme e viu duas vezes.


O enredo prende mesmo. Primeiro porque tem a dobradinha Depp x Helena Bornham-Carter, vista em outros sucessos (como A Fantástica Fábrica de Chocolate - 2005, A Noiva Cadáver - 2005, Alice no País das Maravilhas - 2010), pela sintonia e sincronia deles em cena e também nas outras participações (O Borat trabalha no filme, o Professor Snape também e aquele personagem de Harry Potter q é o ratinho do Weesley).

Todos cantam sem exceção.

A música é outro desafio, inclusive q eu teria de fazer outro post só pra contar o q é cantar aquelas músicas. Not today.



A trama é singela.

Johnny Depp é um marido apaixonado e infelizmente tolo. A mulher irradiava beleza e ambos causavam inveja. Essa inveja atingia o juiz corrupto da cidade - Professor Snape - que articula para que Depp fique na cadeia por 15 anos.

Ele cobiça a mulher de Depp que não cede às suas investidas e acaba perecendo. Nesse ínterim, a filhinha de colo do casal, vira tutelada desse mesmo juiz (que malandramente está criando p/ meter a piroca qdo ela crescer, rá!). Passados 15 anos, Depp volta em busca de vingança, se hospeda na antiga casa em que vivia num sobrado e que funciona uma loja de tortas no térreo, cuja dona, mulher do Tim Burton - apaixonada por ele, lhe dá abrigo e topa fazer parte do plano de vingança.

Depp é um excelente barbeiro e usa de sua profissão pra degolar geral. Enquanto Helena na loja de baixo em estado de penúria, se utiliza dos cadáveres para dar um upgrade nas tortas de carne, já que o preço desta estava pela hora da morte, sem trocadilho.
Ele assassina os corruptos, os maledicentes, os pedófilos e sua carne serve a toda uma cidade em decadência.


O filme claro, é trash, mas tão bem feito e sensível, que vc fica de olhos grudados na tela até o final. Tanto, que consegue inclusive atrair a atenção de um moleque de 9 anos.

Tim Burton e suas tacadas de gênio! Aplausos.

Vale dar uma conferida.

E sim, eu fiquei tão apaixonada que assisti ao making off e fiquei triste quando acabou!






*Leia os pormenores.

quarta-feira, abril 18, 2012

O PORTEIRO E A FERRARI


São duas situações distintas que se cruzaram na minha cabeça essa manhã e me deram esse insight.

Eu sei que eu ando chata, só falando de coisa séria, complexa demais pro que eu era há sei lá... 7 anos atrás. Às vezes nem eu mesma me aguento e sinto vontade de me tacar na lixeira e sei lá... bora fazer tudo de novo. Só que a gente não pode fazer isso quando se trata de vidas, então vamos lá me aturar enquanto dá.

SITUAÇÃO 1:

Domingo fui à praia com parte da família e então, enquanto guardávamos as coisas na mala do carro, na outra pista da Sernambetiba, passa uma Ferrari amarela e entra no retorno em direção à nossa pista. Quando a Ferrari entrou na reta, o motorista deu aquela acelerada, mas tão barulhenta, que a praia inteira parou pra olhar.
Uma Ferrari amarela acelerando é mesmo coisa linda de se ver. Eu tenho a impressão de ter visto foguinho saindo do cano de descarga. O barulho ainda está na minha memória e a imagem da Ferrari se afastando tão rápido em questão de segundos, foi verdadeiramente excitante se não estivesse inserido no contexto de que se tratava de um domingo de sol, na praia, onde havia até certa retenção na pista. O motorista, um babaca, claro. Ele queria tão somente se exibir e conseguiu.

MOTORISTA BABACA - Ei, ei, olhem pra mim, eu tenho uma Ferrari amarela e estou aceleraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaandooo! 

Afff! Me poupe. Isso é ridículo. Engraçadão disse q se fosse dele, ele passaria bem devagarinho pra todos olharem-lhe a fuça; já eu, tenho absoluta certeza que se Pacotinho estivesse conosco aquele dia teria desfalecido em nossos braços tamanha emoção.


Só que esse tipo de cara, que compra esse tipo de carro, com esse tipo de atitude, é fatalmente um merda. 
Que nem o cara do Camaro (o bumblebee do filme Transformers) que estacionou em frente a pracinha. Quando os moleques que estavam jogando bola viram o Camaro estacionado, o jogo parou. Fez-se a gritaria, alguns sacaram seus celulares capengas para fotografá-lo, debaixo de exclamações unânimes:

A MOLECADA - Um Camaaaaaaroooo!

Incluindo Pacotinho, enquanto o dono do lado de dentro permanecia imóvel fingindo que não via a molecada em êxtase. Pra quê? O que leva um merda desses a ter esse tipo de atitude? São só crianças, coisa que esse merda um dia já foi e certamente babou diante de um grande carro. 
Mas ele não. Não se mexeu, não encarou os guris e fingiu que eram todos invisíveis.

E aí eu escuto um colega de trabalho na cozinha dizendo que está fazendo um planejamento pra daqui há 10 anos comprar uma Ferrari. Um Tijucano. Aí me diga vc, o q q um Tijucano vai fazer com uma Ferrari? 

Deixa pra lá. Só acho q não tem sentido. Claro, pra ele tem. E deve haver sentido, eu é que teimo em não ver. 

É que soa pra mim como uma pessoa comum como eu, sismar em ter uma Birkin. Ah vc não sabe o que é? São bolsas tão exclusivas, que só as milionárias têm. 

Pra q q eu ia querer ter uma Birkin (da marca Hermès)? Pra andar de metrô? 
Got the point?!

SITUAÇÃO 2:

O zelador do meu prédio é um homem muito simples. 
Ele pouco fala e se atém a dizer bom dia, boa tarde e boa noite
Quando eu vim morar aqui ele já estava e muito provavelmente quando eu me for daqui, ele ainda estará. 
É, eu tenho planos de sair desse prédio um dia e ir morar numa casa com a galera, não pelo prédio, que eu amo. Pela família grande mesmo num apartamento pequeno. Eles merece uma casa, não acham?!

Mas eu acho admirável em certas pessoas, essa resignação com a vida que têm. Antigamente, pensava que a evolução se dava nos dois modos, espiritual e material, ou que uma coisa levava a outra. Só que observando melhor, quando vc olha um humilde, ele está cheio de sabedoria. E há uma muita sabedoria na inocência. 

Ele está ali há anos, faz seu trabalho diário, dificilmente falta, ainda cobre o turno de quem atrasa. Não sei se ele está insatisfeito com sua vida ou o seu salário, mas imagino que ele tenha o necessário, pois não o vejo reclamando nem comigo nem com os outros. 

Então eu me lembro das coisas que li e que dizem, o universo é trabalho incessante. O universo é movimento e nós, fazemos parte dessa máquina. Somos a centelha que ajuda o mundo a girar. 
Não estava escrito que a reclamação é mola prepulsora do universo, muito menos que o inconformismo era importante pra fazer o mundo girar. 

Daí que eu acho que às vezes ainda tenho muito muito muito mesmo que caminhar.
Minha alma ainda sofre daquele incorformismo, me falta resignação e eu adoeço se sentir que não estou evoluindo. Meu corpo combate a estagnação e não estou inventando. É verdade mesmo, eu adoeço. 
Aquela fome de crescer materialmente por mérito próprio, aquela vontade gritante de viver coisas novas e que alimentem a minha alma...

Já o sábio, tem absoluta certeza que essa vida aqui é transitória e que a verdadeira vida não é aqui, portanto ele carrega pouco e vive o presente, porque só o presente importa.

Eu... eu tenho a sensação que preciso preencher minha vida com tanta coisa, que preciso transmitir uma segurança, um conforto, uma vida de qualidade pros meus filhos, para que talvez eles se sintam protegidos. Contudo, a vida deles é deles e a minha é a minha, então lá venho eu  aqui fazer salada de frutas. 
Não tem nada haver alhos com caralhos. 
E como fazer o exercício de aquietar meu coração? Afinal, eu sou assim. 

Não, não vou ter a ousadia de terminar o post com uma pergunta. Ao invés disso, vou só concluir.
Tenho que comer muito arroz com feijão ainda pra aprender.
Quem sabe aos 60?!

segunda-feira, abril 16, 2012

Resposta ao Comentário da Baleia Azul

 
Como eu sou da old school blogueira, farei como nos velhos tempos onde tudo valia por um bom barraco e audiência. Até dar trela pra anônimo!

Querida Baleia Azul.
Você é mulher certamente e me lê, claro.
E diria mais, vc é gordinha, mal comida, se é q é comida e por isso veio falar merda aqui nos comentários.
Vou te dizer algumas coisinhas acerca da minha personalidade, porque eu acho q vc não me conhece direito, mas se doeu quando eu deixei certas dicas para seres ignorantes como usted no final do post passado.

Eu sou barraqueira sim, não levo desaforo pra casa e arroto minha falta de paciência pra quem quiser ouvir.
O blog é meu, não gostou, deita na BR.
Eu aposto como dois e dois são quatro, q vc é daquelas q além de preencher os requisitos acima, é daquelas feias q apontam os defeitos do outro e disso, felizmente eu não posso ser acusada.
Sabe? Quando eu era ignorante como vc, eu até convivia com gente igual dentro da minha família, q achava q humor era apontar o defeito do outro aonde quer q fosse, pra diminuir o peso da própria mediocridade.
Mas aí duas coisas boas aconteceram na minha vida. Uma delas, foi ter conhecido Engraçadão q me corrigia quando eu repetia os mal feitos aprendidos e outra coisa, foi eu ter parado pra me observar no espelho.
Eu não era feia, muito menos medíocre, nem esquisita, pelo contrário, era gostosa pra caralho, chamava atenção.
Então eu parei.
Entendo que isso não pode se aplicar a vc, porque né? O seu espelho deve quebrar...

Esse tipo de humor já não me apraz. É coisa de gentinha, de pessoas ignorantes de alma podre.
Nesses 7 anos de blog, vc vai achar de tudo, sobretudo eu metendo o malho em gente como vc. Gente sem educação, gente feia por dentro, gente q ridiculariza gente pra se sentir melhor.
Saiba que fora desse contexto vc não vai encontrar material pra se divertir.

Então aquela merda q vc falou lá no outro post, muito provavelmente se refere a vc mesma. Vc deve ser daquelas q tem blog pra atacar os seus desafetos né? Daquelas q monta um personagem que reflete o q vc gostaria de ser: Bonita, bem resolvida, chique e inteligente. Tsc, tsc, tsc.
Vc q deve ser mal arrumada, feia por dentro, escrota com quem não tem aparência privilegiada, relapsa até dizer chega... então quando vc me lê, vc se dói, porque no fundo queria ser como eu, mas não consegue.
E não vem com esse papo de na boa quando fizer crítica a alguém, honre suas opiniões. Deixe de molecagem. Não sou contrária a críticas! O q não tolero são calúnias. E vc tentou fazer isso comigo na caixinha de comentários.

Querida Baleia Azul, um conselho se vc me permite?
Reencarne. Porque plástica de alma ainda não existe.

P.S.: Eu não tenho absolutamente nada contra gordos. Não tenho preconceito algum. Tenho nojo de gente que reclama da vida, mas não move um dedo pra mudar. Desses eu tenho asco. Prefiro os gordos bem resolvidos, que comem com prazer e são felizes, do q aqueles que só reclamam da própria aparência e que se jogam dentro de 2 litros de milkshake pra afogar as mágoas.

sexta-feira, abril 13, 2012

DA SÉRIE: O TAXISTA QUE JULGA

 
Vc já observou o bicho homem?
Não esse homem moderno, mas o homem-homem em sua essência? Já notou como é? Como funciona o homem de baixo calão?
Pois é. Eu tinha que escrever sobre isso, porque foi surreal demais até pra mim.
 
Tem o homem da categoria taxista que é uma classe bem peculiar. Claro, não vamos generalizar porque toda generalização é burra. Cada indivíduo é único, a gente não pode sair falando que todo taxista é assim. Mas tem muito homem que age exatamente como esse exemplar que me deparei ontem.

Começou que eu já saí atrasada do trabalho pra pegar os moleques na escola e resolvi ir de taxi porque era bem no horário cão do metrô. Eu não estava com forças. Então não tinha taxi, praxe. Fiz contato com a central e veio um rápido. O cara nem me perguntou por onde eu queria ir (túnel Santa Bárbara ou Lapa), foi virando logo pra Lapa num dia de quinta feira, onde a Lapa está em pleno fervo. O trânsito já estava esquisito por ali, então o cara resolveu fazer uma bandalha muito errada. Okay q foi coberto de boas intenções, mas é sabido que esse é o top 10 que justifica a lotação do inferno! E eu no twitter.

Quando percebi que estávamos parados, logo pensei: Esse cara só pode estar de sacanagem com a minha cara né?! Não andamos absolutamente nada e demos a volta atrás do nosso próprio rabo.

EU - É sério que nós não andamos nada? Eu estou atrasadíssima...
 
TAXISTA - Pois é, outro dia uma passageira me agradeceu por eu ter vindo por aqui, consegui salvar "ela"! Nessa hora nossa língua portuguesa foi bem pro beleleu!

E foi então que o locarino me solta:

TAXISTA - Olha só a gorda! Deus do céu... como chega a um ponto desses? Alá dona!

E eu procurando a obesa, a orca, a baleia e juro que não vi. O cara muito educado e discreto me deu a direção do bar à minha esquerda, onde via-se uma moça sentada à mesa, folheando um livro, trajando legging, uma blusinha e pouca banha.
Ela não era em absoluto a gorda, a obesa, a baleia, nem orca, muito menos assassina. Era apenas cheinha como se diz e pasmem! Tinha tanta circunferência quanto ele.

Eu ainda disse que não tinha visto gorda nenhuma, mas ele insistente, fez questão de descrevê-la.
Então eu suspirei e respondi que ela nem era gorda. Que aquilo não era uma gorda. Claro, q deu vontade de... Ah vá! Ela é cheinha, mas se der um trato fica bem. E vc q é feio? Se enxerga seu merda! ...mas sabe aquele tipo de gente que está doido pra conversar? Justo no dia que vc não está com a mínima vontade de trocar ideia?! Pois então, quando eu vi que meu futuro era entrando num embate sobre a circunferência da cintura dele, desisti na hora.
 
Não durou 5 minutos.
O rádio do taxi dá conta de que um colega dele ficou preso no engarrafamento, perdeu meia hora pra chegar no cliente e ao entrar na rua, o cliente ainda nem tinha descido, para andar apenas mais 2 quarteirões. Então ele começou a esbravejar que essa profissão era muito difícil, que a companhia poderia ter interferido e blablabla... foda-se.
Tô nem aí. Me limitei a responder que qualquer profissão que lida com público sofre suas desventuras. Realmente não sei se ele sabe o q significa desventura, porque em seguida ele disse que odeia a Tijuca! Q não sabe andar lá, que não quer aprender e tem raiva de quem conhece.
Foi nessa hora q eu considerei em pular com o taxi em movimento, mas lembrei q alguém teria de buscar as crianças.
Péralá! Xinga a minha mãe, mas não fala mal da Tijuca!
 
O cara é feio, meio gordo (se é q existe essa categoria), ignorante, tinha o cabelo feio, falava pelos cotovelos, preconceituoso, duvido muito q more na quadra da Lagoa e ainda vem falar mal da Tijuca? Tomar no cu com cãibra!
Eu não entendo esse tipo de homem. Ele aponta o defeito da outra na rua, mas se esquece de se olhar no espelho. Pior! Duvido muito que ele seja o marido verdadeiro da Giselle Bündchen. Não é!
Então por q?
Por q homem feio se sente no direito de julgar e falar mal de mulher feia, como se tivesse condições pra tal? É essa tal petulância (ignorância) que eu não tolero.
Hoje, já estou até aprendendo a conviver na forma do meu silêncio. Não debato. Não preciso sobrepor minha opinião. Ela nem é tão importante. Não quero vir aqui doutrinar ninguém! Mas vale uma dica tanto pro homem, quanto pra mulher, porque tem gente q parece q não se tocou ainda. Vou desenhar:
 
a) Se vc é feio de doer, não critique a feia ou o feio da rua;
b) Se vc é gorda, pare de ficar apontando as gordas que passam antes de ter feito dieta, malhação e ter perdido ao menos 100Kg;
c) Se a sua barriga parece q vai se jogar da calça, pare de ficar mostrando as barrigudas de biquini na praia! Pega mal pra vc e não pra barriguda de biquini e só denota o quão pobre de espírito vc é;
d) E se vc é linda, rica, magra e poderosa, por favor, não tripudie de quem não é! Beleza se perde com o passar dos anos, dinheiro acaba, magreza sai de moda e o poder é muito relativo.

Gente, a única coisa q a gente leva dessa vida, são as amizades q a gente constroi, a ajuda q damos aos outros e o amor que plantamos nos corações. O resto, esses padrões escrotos de beleza de revista de salão são nada mais do q merda.
Se vc se sente bem com seu corpo pesando 100Kg, os outros vão te enxergar luminosa e vão se aproximar de vc. É a verdadeira lei da atração.
Esse papo de ficar de cara esticada para parecer mais nova, de nada vale se a sua alma é podre, vazia e preconceituosa.

No fundo no fundo, ninguém aguenta viver só de aparência.
Bj na bunda!

segunda-feira, abril 09, 2012

Páscoa no Parque Olímpico Cidade do Rock

 
Almoço de Páscoa, quanta alegria! Época de reunir a família e repensar as ações. 
Depois de muito me reunir com o Sr. Engraçado, foi a vez da Dona Engraçada ter o ar da nossa presença. É... eu tento equilibrar as visitas como filha de pais separados que sou.
Tudo bem, que o meu pai acaba tendo mais a minha atenção, não só por questões de afinidade, mas porque noto agora, um genuíno interesse nos meus filhos, interesse esse que ele não teve muito tempo de me dedicar quando eu era pequena.

Sem contar, que o apartamento da minha mãe tem o dom de extrair o que há de pior nas crianças. É pequeno e cheio de coisas de quebrar. Nada pode mexer. São um sem número de bibelôs que põe em risco a integridade de todo mundo! Daí, são vários gritos de não mexe aí, que sinceramente me cansa.
O do meu pai não. Além de ter muito pouca coisa o que mexer, o prédio conta com uma enorme área na parte de trás, que dá pra tomar banho de piscina no verão (desde que vc leve a sua), tem um chuveiro que mata o calor, tem espaço pra jogar bola... então meus bichos ficam soltos e o trabalho que dão é mínimo, além de ser no térreo o que facilita muito a minha vida.

Pacotinho que desde sempre é bem tecnológico, rapidinho vê lazer no computador da avó, que não é muito boa em dividir as coisas, de maneira que ontem, isso serviu de incentivo para darmos no pé!

Dona Miúda lá longe roubando comida
O que foi bom. Eu poderia ter iniciado uma discussão ao vê-la postergando a um pedido do neto, mas não. Preferi retirar todos de cena, antes que a raiva subisse à cabeça. Por q? Porque eu parto do princípio de que se vc não quer dar algo a quem quer que seja, que diga não, ao invés de ficar enrolando a pessoa. Aaah, vc é daqueles q não sabem dizer não? Então procure um analista e resolva a sua questão.
No caso de ser meu filho, eu já trago traumas suficientes do passado para aturar certas coisas, de modo que posso dizer seguramente que o PARQUE OLÍMPICO CIDADE DO ROCK foi de longe, a melhor coisa que criaram praquelas bandas! Resolve inclusive confrontos familiares. O q é ótimo! 

Aquilo ali tem espaço que não acaba mais né?
Pacotinho cuidando da irmã
A primeira impressão que eu tive, foi que nunca mais meus filhos teriam coragem de correr na vida. Porque haja chão! Mas não. A vida não é justa. Crianças têm energia de sobra pra fazer porra nenhuma, enquanto nós, que estamos na lida, tomamos suplemento vitamínico pra acompanhar o ritmo.
Então eles correram desembestadamente e toda aquela energia contida no apartamento de mamãe veio à baila! Abriu-se a porteira.
Dona Miúda disparada na frente, nem queria saber o significado da palavra pais. Só corria, corria e corria.
O Sr. Cabeça de Bolinha se perdeu algumas vezes, mas eu o tinha no meu campo de visão. Foi bom, porque esse leonino aprendeu que deve avisar aonde vai e que o mundo é grande, principalmente o Parque Olímpico.
Pacotinho não. Ficava na nossa cola como sempre e até ajudou a cuidar da pequena.
 
Sr. Kbça de Bolinha aprontado
O esquema é o seguinte, tem espaço pra caramba, brinquedos novinhos, mas que vão depender da boa vontade da prefeitura manter, porque o povo que frequenta, vem de tudo que é canto. Grande Jacarepaguá, Barra, Recreio, da favelinha ao lado do Autódromo, daqueles condomínios dali de perto... então vc vê educações das mais variadas, além daquelas q não estão nem aí se os brinquedos são novos já que, se é de graça pode quebrar. Infelizmente a mentalidade das pessoas não é pela conservação, não da maioria.
By the way, vi apenas 2 guardas municipais fazendo

Não tem nada vendendo lá dentro, portanto as pessoas levam seus lanches e fazem piquenique. Achei muito bacana a ideia. Todos levam e não fica aquele estigma de farofeiro. Coisa que há muito é praticado na Quinta da Boa Vista e é bem visto.

Leva-se bola, carrinho, brinquedo, bicicleta, velotrol e ainda tem lá, uma parede para escaladas. Nesse só os meninos forma, mas não me envergonho de dizer que se estou rouca hoje, se deve às gargalhadas que dei andando de gangorra com Engraçadão.

Eu e meu gato Engraçadão
Os banheiros são poucos infelizmente. Tem um compartimento para homens e mulheres, mas luz não tem e como não fiz uso, não sei te dizer se sai água das torneiras. Levei Pacotinho rapidamente e não gostei do cheiro. Ele mesmo não teve coragem de puxar a descarga após o xixi, pois o banheiro era meio assustador prum moleque de 9 anos. Isso, porque está tudo novinho! Imagina quando o Rio de Janeiro descobrir esse parque?!
E vai descobrir, questão de tempo.
É um prazer/ lazer para toda a família, sem contar que existem programas de ginástica gratuitas para todas as pessoas em vários horários do dia e da noite. Vale dar uma olhada no site.

Vamos rezar para a Prefeitura cuidar bem daquele cantinho e criar ações que suporte a visita da população.
Oremos!

quinta-feira, abril 05, 2012

QUE REMÉDIO?

 
Vamos falar de remédios difíceis de engolir.
Você adoece, não quer permanecer daquele jeito e se depara com um remédio daqueles que arrepia o cabelinho do cu, de tão ruim. Você hesita, se debate e não quer nem por um cacete tomar aquela porra, porque sabe que vai te dar um sacodimento por dentro, mesmo tendo a consciência de que que aquele gosto ruim vai passar, que os cabelinhos do cu arrepiados, hão de baixar e que o melhor de tudo, sua saúde voltará.

Ainda sim, você não quer.
O cerumano é assim.
A gente sabe que é pro nosso bem, mas rejeita a ideia de se movimentar em busca dessa cura.
A gente quer o mole, porque o mole é mais confortável. O passe de mágica resolve tudo.
É alcançar o objetivo sem ter feito esforço. Isso é o nosso ideal de vida.
Quantos de vocês gostam de tomar no cu, mesmo que isso represente se tornar alguém vitorioso lá na frente? Nenhum. Nem eu.

Digamos que agora, mesmo que em meias palavras, meu corpo, meu coração esteja doido pra gritar por aí as decisões que tomei, as ações que estou adotando para alcançar meu objetivo e os obstáculos que estão se interpondo no meu caminho, ainda sim, não posso dizer nada.
Tenho que ser a Lady Patience.
Fazer a pheena.
Calar-me. O q é insuportavelmente difícil, já que adoro o som da minha própria voz. Adoro ver que evoluí e que minha opinião é deveras contundente.
Egocêntrica e orgulhosa eu sou. Mas ah... isso não significa nada.

O significado está em a gente tomar o remédio amargo.
É aprender a não se debater diante daquele colherão com o líquido viscoso, marrom e amargo. Não se debater, não se abater, ter paciência, calar, esperar para depois vencer, isso sim, se Deus abençoar e achar que vc foi bonzinho em sua jornada.

Oráculo costuma dizer que eu fui boazinha na minha jornada.
Que eu não tinha nada e desse mesmo nada, construí algo.
Oráculo fala que da carência de amor, afeto e atenção, eu criei uma família rica nisso.
Que da falta de perspectiva de sucesso, eu consegui construir um teto, mesmo sendo ninguém.
E que contrariando aqueles que não acreditavam na minha capacidade, sozinha eu fui lá e mostrei que posso ser muito boa.
Então Oráculo conclui que aqueles que lutam no bem, sempre prosperam mais cedo ou mais tarde.

Eu nunca, nunca, nunca vou esquecer do dia da pracinha, quando Pacotinho tinha apenas 8 meses, um domingo à tarde ensolarado, quando ela levou as filhas pra conhecer meu rebento e eu, mãe de primeira viagem, orgulhosa até das artes dele, fiquei enumerando-as uma a uma para Oráculo, quando ela disse enigmática:

ORÁCULO ENIGMÁTICA - Espere só até você ver os IRMÃOS dele!

Bem assim, no plural. Há quase 10 anos atrás.
Oráculo não é um oráculo à toa não é mesmo?!

Linkwithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...