já ficava de olho cumprido prá cima dos bonitinhos da escola.
Sabe como é criança! Tem sempre um namorado(a) na turma. Ou não.
O problema, é q Dona Engraçada não achava muita graça na história. Quer
dizer, isso era muito nas entrelinhas, eu sentia um temor de tocar no
assunto com ela... mesmo assim, paquerava.
Hoje as coisas mudaram. E mudaram muito.
Me prometi não implicar nessa questão. Meus filhos ainda são crianças eu
sei, mas namoro de criança é namoro de criança e além do mais, não
engravida.
Pacotinho já namora desde sempre.
Começou com a Fefê na fase de berçário, depois, ele foi puxado pelo
colarinho por uma menina de outra turma, quase dois anos mais velha q ele e
o namoro ficou por alguns anos (sim! Eu disse a-nos!!), até ela sair da
escola. A Carol.
Quando ela saiu, ele voltou prá Fefê - que aliás, é uma princesa.
Nesse ínterim, teve a Isabela, q acabou se mudando prá outro estado e q se
recusava a ir prá natação, só porque Pacotinho não fazia e isso a privava
da companhia dele, já q ela não era do integral e ele sim.
A menina já sabia q nadando, perdia tempo longe do ser amado.
Um dia, numa festa junina dessas de escola, presenciei o início de uma
briga entre Isabela e Jujuba, só porque a outra deu a mão a ele.
Péralá!! Meu filho nem tinha 4 anos ainda. E o pau quebrando por perto.
O namoro com a Fefê está rendendo desde então. Passou da fase da histeria,
abraços em público e beijinhos roubados na frente dos pais dela, para meu
completo desespero. Digamos q os pais dela não levavam tanto na esportiva
quanto eu e Engraçadão.
Agora, eles estão na fase de ter consciência de que são crianças e q vão
namorar só quando crescerem. Isso, se o destino não separá-los. Mas o fato,
é q Pacotinho é fidelíssimo. Sempre.
Dia desses, com a aproximação do dia dos namorados, ouço o seguinte:
PACOTE - Mãe! Quando é o dia dos namorados?
EU - Semana q vem, por q?
PACOTE - Porque eu quero dar flores prá Fefê de presente.
EU (quase engasgando) - Mesmo?? Tá bom! A gente compra.
Achei o máximo. Tudo bem, q eu estava treinando um cavalheiro e tal... mas
daí a ele realmente se tornar, é outra história.
E ontem, Engraçadão foi à floricultura comprar as rosas com ele. Eu estava
devidamente amarrada ao tronco, levando minhas 250 chibatadas diárias e não
pude participar da escolha, mas qdo cheguei em casa, as rosas estavam lá.
Vermelhas, em botão.
E acompanhava um cartãosinho, que foi preenchido por ele.
PACOTE - O q q eu ponho, mãe?
EU - O q q se diz no dia dos namorados?
PACOTE - Feliz dia dos namorados!
EU - Então escreve isso. Escreve o q vc quer dizer prá ela!
PACOTE - Isso tá bom! Me ajuda mãe!!
EU - Vamos lá: Fe-liz como escreve o Fe?
PACOTE - Huuuuummmmmm... deixa eu pensar... efe e o é!
EU - Isso!
E assim foi.
E ficou no envelope: Para Fefê - E ele enfeitou o envelope cheio de
corações.
E no cartão dizia: Feliz dia dos namorados, Fefê - do seu namorado
Pacotinho - RJ, 12/06/2008.
Simplesmente lindo, sincero, de coração. Um exemplo.
Mas hj de manhã, ele ficou preocupado.
PACOTE - Mãe, e se ela não me der presente?
Aí, eu tive q explicar prá ele sobre uma coisa muuuuito mais importante do
que presente.
Tive q falar sobre o amor e o prazer de se dar, sem nada esperar em troca.
Não sei se ele entendeu! Mas só em ver a satisfação em comprar o presente,
escrever o cartão com a letrinha dele e entregá-lo, eu acho q ele está no
caminho certo e está dando banho em muito marmanjo por aí.
Bj na bunda!
OBS.: Qdo chegar em casa, vou postar a música do post e as fotos q tirei de
Pacotinho com as flores.
1 comentários:
Essa parada da Fefê é um prenúncio do que já disse: me congelo pra esperar o pacotinho 30 anos dos namorados depois.
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