Essa frase me dava arrepios quando pequena!
Por isso, nunca fui c/ os cornos do Carequinha.
Pois é, eu me considerava tão boa menina e era, então por que eu fazia??
Essa, era das poucas coisas que tirava minha avó, aquela q já se foi e que também considero como mãe, do sério.
Mas não sei o que acontecia. Eu simplesmente acordava nadando, como ela mesma falava.
Prometia pancada, prometia esfregar o lençol na minha cara e vivia repetindo aquela história do Juninho, que quando tinha só 2 anos, tomou uma surra da mãe tão bem dada, q nunca mais fez xixi na cama!!
Quando ouvia isso, até meus pelinhos do nariz se arrepiavam (naquela época, não tinha cabelinhos do cu!) e pensava, caramba como pode?!
Sorte dona Engraçada ouvir tudo isso calada e não tomar tal atitude. Claro, era mãe dela. No máximo ela dizia q era contra pancada. Ufa!!
Com ela isso não chegou a acontecer. Ela parou de fazer xixi na cama, logo q desfraldou. Além do gosto pelo estudo, essa é a outra coisa nela q admiro.
Mas comigo não. Eu já estava com mais de 4 anos e o xixi continuava. Todos os dias, sem máquina de lavar, vó lavando lençol na mão. No tanque. Eu olhando, tomando esporro, me sentindo culpada e mijando mais ainda!
Com o tempo, vieram as crises de sonambulismo. Se meu dia era intenso, eu me punha a andar pela casa e fazer de banheiro todos os cômodos q não eram necessariamente o banheiro! Às vezes eu acertava o banheiro (não comemorem ainda!!), mas não levantava a tábua e acordava me molhando, quando acordava né?!
Eu era uma boa menina, quem disse que não?! O problema, é q à noite eu era o capeta!! E dava todo o trabalho a eles q eu não dava de dia!!
Aos 10 anos, minha avó jogou a toalha e passou a lavagem dos lençóis p/ mim. Tínhamos máquina, mas era daquelas Brastemp velhas, q lavam roupa e fazem vitamina! Então ela não deixava de jeito nenhum, lavar "lençol mijado" lá. Ela tinha o maior ciúme da máquina e eu não entendia, o porque de ela continuar lavando tanta coisa na mão. A máquina era de segunda mão e vivia dando defeito. Devia ser por isso...
Tinha mutirão prá me acordar... família grande... mas eu era tão foda, q muitas vezes furava o mutirão, ou mijava já quase na hora de acordar.
Não tinha jeito. Era dia sim e outro também. O máximo era ficar uma noite sem fazer, mas na outra...
Eu já levantava da cama puxando o lençol, botando no balde c/ sabão em pó de molho, antes mesmo de escovar os dentes p/ ir prá escola. Pior: desenvolvi técnicas p/ não dormir no gelado. Sim, porque o xixi sai quente, mas depois ele gela, daí, ou eu ficava encolhida num canto da cama, ou se estava coberta c/ lençol + cobertor, um deles ia parar em cima do xixi. Tudo isso dormindo!! Eu era o capeta!!
Aí com 13 anos, minha mãe me levou ao médico (lentinha ela, não?!), um pediatra muito foda q me atendeu até os 14 (ele morreu depois disso!) e comentou, vejam bem, co-men-tou, sobre o lance do xixi e após alguns exames, ele me encaminhou p/ um homeopata p/ tomar uns remedinhos. Eram uns 3 vidrinhos, q finalmente fizeram efeito.
Eu danei a sonhar q estava mijando e acordava sobressaltada. Às vezes dava uma molhadinha na calcinha, mas eu acordava e fazia certinho no banheiro.
As crises de sonambulismo também cessaram.
Eu nunca me preocupei, com o q poderia sair do cruzamento de Engraçadinha com Engraçadão, até esse menino aqui fazer 2 anos...
... o tão sonhado desfralde. No meu tempo não tinha esses luxos não!!
De dia, tudo ia bem, mas à noite...
Eu e Engraçadão deveríamos fazer o tal revezamento. Tsc, tsc, tsc.
Quê revezamento?
Tu acordava?? Nem eu. Só Engraçadão, porque esse acorda p/ fazer xixi, p/ beber rios d'água, mas eu mesma... no fucking way. Problema de sono pesadíssimo!
Daí, ele jogou a toalha e falou q não era justo e tal... eu concordei. Não era mesmo. E o bichinho fazia xixi na cama.
Então, voltamos a por fralda só p/ dormir, já q ninguém queria acordar!
Até q há duas noites seguidas, esse cidadão não faz xixi na fralda. Acorda todo empolgado, se gabando da fralda seca. Nós continuamos botando por precaução e combinamos c/ ele, q se ele não fizer por 7 noites seguidas, não colocaremos mais fralda.
Eu já vinha pensando em conversar c/ o super-pediatra dele sobre meu histórico, mas vou aguardar mais um pouco.
Claro, elogiamos ele e incentivamos ele a conseguir tirar as benditas fraldas, mas confesso meu orgulho. Eu espero sinceramente q ele não tenha puxado a mim nesse quesito!
Mas ainda tem esse né?!
Como Lidar com Excessos de Brinquedos Após o Natal
Há uma semana
0 comentários:
Postar um comentário