Olá, sou Paola, tenho 30 anos, casada há 6 com o Bruno e com 2 filhos:
Gustavo de 4 anos e Felipe de 3 anos.
Sim, eu engravidei de outro e o primeiro ainda nem engatinhava, rsrs.
Sonhei a vida inteira em ter filhos, era a meta mais importante da minha
vida, mas a endometriose e os ovários policísticos não iriam me deixar seguir
com tanta facilidade. Mas acho que isso é assunto pra um post inteiro.
Hoje vim falar de outra coisa. Meu amor pela maternidade e os parâmetros
que eu estabeleci para ser a mãe que eu sempre desejei ser.
Desde que os meninos nasceram, um amor infinito e arrebatador me
consumiu por inteira. Não foi de imediato, mas depois conto sobre isso também
rsrs.
Sempre fui uma pessoa muito racional, controladora em relação aos meus
sentimentos e sempre deu muito certo ser mais realista e menos sentimental. Mas
com os meninos muita coisa mudou. Meu lado realista fez uma lista de coisas que
eu queria e não queria com a maternidade.
- Queria muito ficar barriguda e com "cara de grávida";
- Jamais, em tempo algum ficaria vestida como um saco de batatas e nunca estaria descabelada;
- Não seria escrava da maternidade;
- Não iria me submeter às birras;
- Iria criá-los da forma que lhes desse mais liberdade de pensamento, independência e responsabilidade;
- Seria amorosa e carinhosa como jamais imaginei ser;
- Seria justa, mesmo que isso causasse conflito;
- Seria dura em relação a educação e no que eu imagino ser importante, para criar melhores homens para o futuro;
- Fotografar e filmar tudo que eu conseguisse;
- Eles seriam melhores amigos, parceiros em tudo;
- Não daria privilégios para um ou outro, seria a mesma mãe para os dois;
- Seria a melhor amiga deles, dentre outras coisas.

Tenho dois exemplares COMPLETAMENTE diferentes no quesito personalidade,
mas com IGUAL responsabilidade.
Cada um arruma seu material da escola, carrega sua mochila e cuida de
seus pertences, se vestem, fazem seu próprio leite com chocolate pela manhã,
tomam banho sozinhos, arrumam o quarto; se derrubam algo no chão, a primeira
coisa que fazem é pegar um pano pra limpar (tudo evidente, com a minha supervisão,
que eles nem sabem que existe e eu prefiro que seja assim. Eles tem a real impressão
que fazem sozinhos).
Dentro desse pensamento, coisas muito doidas já aconteceram. Um dia estávamos
em casa e o Guto reclamou que o Lipe estava muito fedorento. Ele tinha feito
cocô na fralda.
Ele nem pensou em dizer não, pegou todos os ítens necessários para
isso... Lenço umedecido, fralda limpa, pomada... Tudinho e trouxe para o colchão
que estava no chão da sala.
No mesmo momento eu liguei a câmera para fotografar. Logo que ele chamou
o irmão para deitar e trocar a fralda, eu passei de foto para filmagem e fiquei
sem interferir em nada, só filmando.
E o Guto, metódico e organizado como sempre, começou o ritual de troca
de fralda com muita calma e concentração. O Lipe com toda sua energia ja deitou
para trocar a fralda querendo levantar e agitar um pouco mais.
Guto tirou as tiras da fralda e quando foi pegar o lenço para limpar a
sujeira do Lipe, este se virou de repente e levantou, começou a cair e levantar
no colchão carimbando tudo que estava pela frente... Em meio a uma crise de
risos e meu objetivo de continuar filmando, gritei o marido que estava no
quarto.
Quando ele se deparou com a cena começou a gritar e andar de um lado
para outro sem conseguir fazer nada. Eu ainda rindo e filmando continuava
sentada para não perder nada.

No final o Guto só conseguiu dizer:
MAMÃE, DEPOIS QUE O IRMÃO FIZER COCÔ DE NOVO, VOCÊ SEGURA ELE PRA MIM????
Com tudo que a maternidade me proporcionou dias bons e ruins, eu não
poderia ter feito melhor escolha.