Estou terminando um exercício que sugere que do ponto de vista socioantropológico, meninos têm uma tendência natural para jogar bola desde pequenos e meninas para pular corda, ou conversar desde cedo. O que claro, é uma inverdade. Tanto meninos quanto meninas, estão aptos para bater uma bolinha e por que não (?), juntos.
Balela.
Estou eu aqui com Dona Miúda vivendo entre dois meninos, amando batons, adorando saias e vestidos e brigando pelos carrinhos dos irmãos ao mesmo tempo, disputando as bolas deles, etc. Aqui em casa, as definições de gênero até o momento, estão bem marcadas sem imposição alguma. Eles estão seguindo o caminho que se identificam, idependente de bonecos, bonecas, bolas ou vestidos.
Estou eu aqui com Dona Miúda vivendo entre dois meninos, amando batons, adorando saias e vestidos e brigando pelos carrinhos dos irmãos ao mesmo tempo, disputando as bolas deles, etc. Aqui em casa, as definições de gênero até o momento, estão bem marcadas sem imposição alguma. Eles estão seguindo o caminho que se identificam, idependente de bonecos, bonecas, bolas ou vestidos.
Mas essa linha não representa o padrão vivido em sociedade.
Geralmente, os adultos morrem de medo de que seu filho ou filha escolha o caminho do meio. O diferente. Seja por preconceito, seja por amar demais e temer o pior pra seu filho, que se traduziria em sofrimento; pai ou mãe nenhuma sonha que seu filho seja gay.
Eu mesma, debaixo do meu discurso liberal e odiando hipocrisia/ discriminação, não sonho em ter filho gay. Minha orientação sexual é hetero. Ponto. No entanto, minha consciência entende que o amor que sinto por eles é muito maior que as escolhas que eu poderia fazer no lugar deles.
Temo como toda mãe. Engraçadão teme também como pai zeloso que é. O temor faz parte da maternidade/ paternidade. A gente teme porque ama e porque quer a felicidade deles. E para viver em sociedade sem surtar, vc meio que tem q andar junto com a boiada. Mesmo afirmando que eu seja meio autista desde sempre, ter um filho excluído por uma escolha que tenha feito, é algo sim assustador para qualquer pai. Só que em pleno século XXI, é impensável na minha concepção termos conceitos arcaicos que não reconheçam o homem/ mulher como cerumano, indivíduo que é, independente de raça, cor, gênero, cultura, sabor.
É simples.
Basta fechar os olhos, amar o próximo e pagar o preço.
Simples.
8 comentários:
Simplesmente lindo o seu post. Disse tudo. Beijos
Yvonne
Essa semana esses foram os pensamentos q passaram pela minha cabeça... Meu filho quer um aniversário da Dora Aventureira...vc deve conhecer... mas TUDO é cor de rosa... isso é um problema?!?!? Pra mim e pro meu pequeno NÃO!!!! Ele ainda não faz ideia dessa separação q fizeram nas cores... e se eu resolvesse mesmo assim fazer cor de rosa... imagina a cara dos convidados chegando na festa de um menino de 3 anos com td cor de rosa!!! Revoltada com essa separação.. com a masculinização excessiva .. e se no ano q vem ele quisesse da cinderela...!:?!?! Inadequado?? NÃO!!!! Temos princesas e príncipes em todas as historias... mas a sociedade não te dá nem opções de escolher.... Cabe a nós tentar crias esses miúdos de uma forma mais justa e diversificada... livre desses padrões furados de uma sociedade q não atura o diferente.... UFFA...desabafei...rsrsr
Paola,
Longe de mim querer dizer o q vc deve ou não fazer na festa do seu filho. Eu assim como vc me veria entre a cruz e a caldeirinha.
Se meu filho quisesse muito esse tema, eu o faria, mas como mãe inserida na sociedade que sou, alternaria as cores.
Mesmo que a toalha de mesa do bolo fosse rosa, compraria outros enfeites coloridos, porque a Dora não anda sozinha. Ela anda com mais dois bichinhos se não me engano, portanto eu focaria neles também.
Eu sempre fui assim. Sempre paguei o preço pelas minhas escolhas e tendo esse esclarecimento, por amor a eles, faria o tema q quisessem tentando ao mesmo tempo diminuir o impacto na sociedade. Mesmo q isso significasse ir no Saara, comprar e montar coisas por conta própria.
Bjim e adorei ter seu comentário super oportuno por aqui!
Show de bola o comentário da Paola. Acho que é bem por aí mesmo. Eu tenho uma menina linda (na verdade, ela é um troll disfarçado, mas fazemos de conta que não sabemos) e se ela me pedir uma festa do Ben10 ou do Max Steel, ela terá uma festa do Ben10 ou do Max Steel. Qual é o problema? Menina não pode gostar de heróis? Nossa sociedade, politicamente correta, está criando uma geração de crianças aleijadas emocional e psicologicamente. E cabe a nós mesmos lutar contra estas regras loucas e dar aos nossos pequenos uma educação plena, integral e multidisciplinar. Além de uns cascudos de vez em quando, né? Rsrsrs.
Sosseguem! As crianças índigo e cristal estão chegando pra acabar com toda essa divisão! São eles que vão nos ensinar a sermos mais livres!
Os pais devem amar e aceitar o filho como ele é. Cada um escolhe seu caminho e independente de ser hetero ou não, os pais querem que o filho seja feliz não é mesmo?
Big Beijos
Não sonho em ter um filho hétero, e sim um menino gay, como eu. Acho que teria dificuldade para aceitar um filho héterossexual, mas tentaria fazê-lo.
A Tuti falou bonito: nossos filhos vão acabar com essa divisão. Pelo menos é como eu imagino o mundo daqui há 30 anos. O preconceito contra gays causará tanta indignação no futuro quanto causa hoje em relação a atos racistas públicos. Eu tenho fé.
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