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quinta-feira, agosto 29, 2013

APRENDIZADOS - NÃO É DA MARTHA MEDEIROS!

Chega uma hora, pelo amor de Deus, você tem que aprender alguma coisa.
Porque chega, né? Partiu parar de palhaçada, não tem graça envelhecer repetindo os mesmo erros, yada yada yada!

Só que os sinais são sempre muito sutis e a gente começa a fazer o quê? Fazer o quê? Isso, repetir padrão. 
Espertinhos vocês!

Mas não, não é fácil. 
Diariamente você é convidado a bater boca no trânsito; a bater nos seus filhos; a bater boca com sua cara-metade, com o colega de trabalho, com a amiguinha da escola que adora medir forças, do atendimento que você recebe desde a padaria até o telemarketing...

São aquelas repetições do dia-a-dia que se repetem a fio e a gente nem nota, porque tá tããão acostumado a fazer as mesmas coisas... e olha, a oportunidade vem todo dia.

Levando a situação pra minha realidade, eu comecei a matutar sobre o assunto e vi que em casa ou trabalhando numa grande empresa, num primeiro momento, eu repetia todos aqueles padrõesinhos escrotos, que sabia reconhecer fácil na teoria, mas nunca quando meu tóba estava envolvido diretamente.

Beleza, nada como o tempo. Nada como ficar atento e nada como andar de olhos abertos, tentando fazer diferente. Sim, eu sou lenta, mas sou essa.
E claro, a oportunidade surge todos os dias.

Hoje, estou optando por ser mais profissional e menos passional. 
Antes, era uma italiana, só que isso tira tua razão em 90% dos casos. E não, não fiz a medição reconhecida pelo INmettro. Está tudo baseado na observação pessoal, portanto, discorde nos comentários. Mas a vantagem de envelhecer, é aprender com os próprios erros. O bom e velho lessons learnt.
Some o foco também. Tenho um objetivo de vida tão forte, que nada mais é importante que isso. O resto é resto.
Ainda tem outra coisa importante. Nesse tempo em que mudei de vida, aprendi que eu afeto as pessoas. Aonde quer que eu vá, eu afeto as pessoas para o bem ou para o mal. Atualmente, eu posso dizer que as pessoas não ficam indiferentes ao meu jeito. Talvez eu seja meio ameaçadora, às vezes. Mas só pra quem rotula de cara, ou é maluco mesmo. Porque apesar de eu ser clara e objetiva, sempre boto uma piada aonde quer que eu vá e não entendo como isso pode (ou possa?) ser ameaçador. 
Mas infelizmente é.

Eu não saio maldando sabe? Eu vou vivendo. E tento respeitar as coisas, as pessoas, o que estiver a minha volta.
Só que as coisas acontecem, inerente a nossa vontade e acontecem todos os dias. 
Aprender a lidar se olhando de fora, não caindo no drama, pode ser algo intangível para muitos, mas só segurando as rédeas e sendo imparcial, até consigo mesmo, é a forma de enxergar uma luz no fim do túnel.

Termino com uma pergunrta.
Você quer de verdade enxergar a luz no fim do túnel, ou põe óculos escuros para não ser ofuscado pela luz?


sexta-feira, agosto 23, 2013

QUANDO A MATÉRIA CAI, NÃO QUEBRA


Aproveite que você escolheu administração para bater palmas. Vai ficar inserido na rotina até o pescoço e por mais que lide com as adversidades, sempre haverá uma saída. Um plano B.

Com jornalismo não é assim. Aliás, com TV não é assim.
Existe um termo em televisão e creio que em jornais também, chamado a matéria caiu
Os leigos podem pensar que o cair do termo, significa que seu computador caiu no chão, suas anotações, seus escritos... não, esquece isso. Matéria cair significa que ela não vai ao ar. E quando é a sua matéria que não vai ao ar, você tem que saber lidar com adivinha? Suas emoções, well done, Flipper!

Aliás, esse povo de comunicação é mesmo um povo muuuito estranho. Eu nem posso abrir a boca e sair chamando geral de estranho. Estranhos deveriam ser os outros que fui obrigada a conviver durante toda a minha vida, fora do meu eixo. Os de escritório, os da administração, os do operacional. Agora eu entendo porquê a vida inteira fui chamada de maluca. Porque claro, estava fora do lugar. E ainda não está claro pra mim, porque levei tanto tempo pra ter coragem de ficar com a minha galera, minha tribo.
Eu sempre fazia um pedido e uma piadinha, uma informação com uma gracinha... minha criatividade escapava pelo verbo, pelos poros, pelas piadas ou musiquinhas que inventava na hora e a galera da Engenharia adorava aquele meu jeito, felizmente até me respeitavam, porque sempre fui das que se entrega a uma tarefa. Ainda sim, isso não foi o suficiente pra me alavancar.

Agora, onde estou, faço uma piadinha e a galera faz outra. Conto uma historinha e o povo inventa junto, se canto uma musiquinha, ela é prontamente completada com outra. Estou parecendo aquela Zebra de Madagascar 2, que finalmente chega à Africa e encontra zilhões de zebras que nem ela, fazendo exatamente a mesma coisa. 

Tem o lado ruim também. Porque são todos criativos, sensíveis e claro, egocêntricos. Têm os estrelados e graças à Deus, tem os humildes que enxergam um talento em você. Mas absolutamente todos são mega sensíveis e sério, não faço ideia do porquê são assim. Claro, são como eu. Ah, vocês não sabiam que eu era sensível? Claro que sim. Só que eu aprendi a não morrer em cada derrota. Quédizê... cair e levantar sempre! Hoje segurando a onda pra não sucumbir por um tombinho.

E a matéria cai. Sempre cai em algum momento e a gente tem que rezar pra não ser o escolhido. Nas duas últimas semanas eu venho trabalhando numa ação conjunta entre Rock in Rio, Prefeitura do Rio e Estácio. A Estácio levou diversos voluntários a três praias da zona Sul pra conscientizar o carioca da importância de não jogar lixo no chão, começando pelas praias [precisava ensinar uma coisa básica dessa? Uns porcalhões!]. 
Foram distribuídas sacolinhas, muito bate papo e matérias foram feitas.
Uma repórter em cada praia, três produtores, eu incluída.
Acontece que na hora da edição, muito material tem de ser descartado. Faríamos uma única matéria incluindo as três. A minha repórter rodou na primeira peneirada e eu fiquei [APLAUSOS]. Ainda restam trinta pra sair e eu espero ser parte dos quarenta que vão formar o time de reportagem e produção no Rock in Rio. Fiquei trabalhando no material e essa semana, adivinha! Acho que quase tudo o que fiz com os outros dois produtores será mudado. 

Não que não estivesse bom, mas por estar incompleto. Com a desvantagem de essa edição estar sendo feita na Barra e não no meu Campus e isso implica em dividir as crianças, fazer com que alguns deles matem aula por mim e deixar o mais velho por conta própria até o pai chegar do trabalho. Pois é... estou me sentindo a própria Tutti. 
Claro, participei intensivamente por dois dias dessa edição, mas a mudança só veio depois que a professora deu uma olhada e optou pela mudança.
Não posso dizer que a matéria caiu, porque ela vai ao ar. Ela será exibida, só não estou me sentindo tão dona da história quanto antes. De qualquer forma, é muito bom poder experimentar certas situações sem sofrimento agora.

Aqui vai nosso último trabalho para quem ainda não viu. O grupo o qual fiz parte, contava com 6 integrantes e esse vídeo foi em homenagem ao nosso campus. Velha guarda e nova guarda. Os professores gostaram tanto, que nos autorizaram jogar nas redes e no youtube. 
Divirtam-se e comentem.



Bj na bunda!

terça-feira, agosto 13, 2013

REPORTAGEM, PRODUÇÃO E ROTEIRO

 
Quando iniciei o curso de jornalismo, já tinha definido na minha cabeça que trabalharia num jornal e me tornaria um Arthur Xexéo de saias. Estava muito muito claro, não fosse o convite para trabalhar na TV da universidade fazendo programas.
A ideia era, claro, chegar ao Rock in Rio 2013 com alguma bagagem, mesmo não tendo ideia de que tudo isso fosse possível.
 
Já tinha vivência em frente às câmeras como apresentadora. Em 2009 gravei um piloto chamado A La Carte TV, inspirado no blog Mulheres A La Carte do qual fazia parte e o gostinho de ser apresentadora me deu água na boca. Outra, me deu a certeza de que nasci pra fazer isso. Mais e melhor que Adriane Galisteu ou uma Luciana Gimenez da vida e não confunda com uma pessoa cheia de si, arrogante se sentindo. Não é isso. Está em mim, eu sei!
 
Não gaguejo e quando a luz da câmera acende e aponta, eu sou a mesma que você conhece. Eu não mudo, eu não tremo, ainda que as pernas estejam bambas, o que sempre acontece.
 
Fato é que conseguir trilhar esse caminho já é mais difícil. Uma saída, além da roteirização é a produção. Coisa que uma pessoa com meu histórico de ex-secretária pode querer correr, dada a semelhança em alguns aspectos do trabalho.
 
A produção e a roteirização é uma boa saída pra quem quer trabalhar em TV e não se vira bem ou morre de vergonha de aparecer. Dá notoriedade sim, desde que o sujeito seja bom. Isso, aliás é uma regra pra qualquer carreira. Você se destaca naturalmente se há entrega e ama o que faz.
 
Eu amo várias coisas, desde roteirizar até apresentar. A parte de produzir, enxergo mais como um meio para estar inserida no ambiente TV caso os outros dois falhem. Tá bom, vou te contar a diferença:
 
  • Apresentador e Repórter - O apresentador ou âncora, permeia todo o programa. É o mestre de cerimônias. Apresenta o programa do início ao fim e divide os blocos com o repórter. O repórter é responsável por uma parte da matéria que vai ao ar no programa. Ele pode ou não aparecer. Às vezes, o que aparece em determinadas matérias, são a voz e o braço do repórter apenas, apesar de a ralação ser intensa para ambos.
  • Produção - Se você foi secretária um dia na sua vida e gostava do que fazia, certamente se realizaria como produtora. A produção faz acontecer. Ela agenda coisas, verifica equipamento, corre atrás de conseguir o entrevistado e em caso de matéria de campo, vai atrás dos personagens que ilustrarão a história. A produção também se assemelha a um carro abre-alas, porque ela consegue facilitar os caminhos que a equipe vai trilhar. Te dou um exemplo: No meu último trabalho em produção, gravado na praia do Arpoador para campanha Lixo no Lixo, Rio no Coração, consegui que a repórter gravasse no posto da Praia. Tive que falar com comandante dos Salva-vidas, com o dono do posto e quase com Deus para botar equipe de reportagem pra dentro. Mas a ideia de conseguir essa locação me pareceu apesar de óbvia, ao mesmo tempo um desafio, já que eu sabia que não seria fácil entrar com equipe ali. É, vocês sabem como é minha relação estreita com desafios!
 
  • Roteirização - Gosto muito dessa parte. O roteiro é o que repórter, âncora (se aplicável) e produção vão seguir para compôr a matéria. Ultimamente uma coisa tem me deixado de cabelo em pé. O bando de candidato a repórter que não escreve. A galera simplesmente se preocupa com o visu, em ficar bem no vídeo, em ter uma boa dicção, mas ignora essa parte. Nem uma linha escrevem. Pode isso, Sílvio (Santos)? Não pode né?! E nessa hora eu confesso, deito e rolo. Porque tenho o péssimo hábito de ser centralizadora. Devo admitir também, que as boas ideias nem sempre vêm da minha caixola. No entanto, de posse do Briefing, opero maravilhas!
 
Ciente destas informações, fica mais fácil decidir o que fazer, o que escolher.
Pois é, como eu sou meu próprio inimigo, escolho sempre o mais difícil. A parte de reportagem e apresentação. Difícil porque estou começando véinha, apesar da minha cútis.
Que o mercado não seja cruel comigo, porque talento eu tenho.
Amém.

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