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sexta-feira, abril 10, 2015

Piloto e Apresentação | Vlog #1


Sabe quando a gente cai na real que quer fazer muito uma coisa, mas nem sempre depende de você, do seu talento, do seu esforço pra ela se realizar? Pois bem, as melhores coisas aconteceram na minha vida quando eu resolvi arregaçar as mangas e produzir, produzir, produzir, sem olhar a quem, nem onde poderia chegar.

É como se verdadeiramente, o universo conspirasse ao nosso favor. Primeiro, inventei de chamar azamigue do facebook para criar um programa de entrevistas e debates. Depois, fui convidada por um querido amigo para integrar um programa de debates, mas dessa vez, para pôr em pauta os assuntos que fervem na mídia e nas redes sociais. Topei, claro. Pelo amigo e pela proposta, já que isso me faria ler sempre, estar sempre antenada com o que rola ao meu redor. Não só os assuntos palatáveis, mas os indigestos também.

Só que o humor, aquela vontade de falar com uma linguagem "gente como a gente", continuava me pegando. Daí, aproveitei que o projeto do programa morreu junto com a segunda reunião de pauta e resolvi seguir em frente.

Minha irmã, sempre me apoiou e insistiu que eu fizesse um vôo solo, não é de hoje, mas ainda havia a parte prática. Eu precisaria de um cinegrafista, precisaria de um editor... Via os vloggers dos primórdios, muitos que hoje você não encontra mais e todos tinham uma parede bacana, tinham uma edição moderna e o que é que eu tinha? Pois é. 
Detesto serviço porco. Então guardei a minha insignificância e continuei escrevendo e me perdendo de mim nesse mar de segmentação que virou ser blogger, simplesmente ser.

Até que prestes a ver mais um projeto naufragando e outro longe de começar, falei com o cinegrafista que viesse aqui em casa pra gente começar um vlog. Ele não pôde vir, claro. Teve uma entrevista nesse dia. Daí que Engraçadão, também conhecido como Brad Pitt, lembrou que tínhamos uma handycam' em casa e vasculhando daqui e de lá, descobri que ela filmava em HD, não full, mas HD. 

Não esqueçamos que nesse meio tempo, resolvi vender empadão para dar uma força nas finanças. Comia quando dava, ia de qualquer jeito pro estágio, chegava um caco na faculdade e capotava ao chegar em casa. Só que trabalhar pra mim é um vício. Me sinto bem, me sinto magra, me sinto viva, mesmo quase não tendo tempo pra fazer cocô. 

Foi nesse meio tempo que eu peguei a tal câmera, a coloquei na cômoda do quarto e comecei a gravar o Piloto e Apresentação | Vlog #1. Falei dias antes com o Potter, que é um dos melhores editores que eu conheço da nova geração e que nem sei porquê, topa minhas loucuras. Fato é que temos uma sinergia, onde não se usa muito as palavras, embora eu o alugue com meu perfeccionismo, em termos de edição, dou as ideias de onde a música deve entrar, como seria a abertura, como seria o primeiro frame e a ordem que o vídeo deveria seguir. Ele traduz com brilhantismo nos cortes, insere alguns memes, claques e umas brincadeiras que só gente íntima dos paranauê é capaz de fazer.

Eu espero que essa parceria dure bastante e que possamos crescer juntos. Graças a ela, tivemos um bom número de views já no primeiro dia, além de inscritos no canal. Muito além do que eu esperava. Olha que eu tive um certo pânico na véspera. Bateu um cagaço de as pessoas me acharem ridícula, me rejeitarem, ou simplesmente me xingarem sem motivo e como todo sonho, aquela pergunta, por que meu sonho tinha que ser desse jeito? Aonde isso vai me levar? Nããããão impooooortaaaa!

Pros que não viram ainda, assistam ao 1º episódio do novo Canal Engraçadinha Un Deux Trois.


Bisous.
 

sexta-feira, março 06, 2015

E NO PRIMEIRO CASTING...


Conseguimos chegar pontualmente às dez, como constava no contrato. Na verdade, aqui no papel diz entre dez e meio dia. Eles deveriam fazer como uma amiga minha, que para evitar atrasos, sempre dizia meia hora antes, então a gente acabava atrasando e chegando na hora. 

Sou orientada a ir para o segundo andar. Fiz a consulta no Google Maps de casa e pude ver que se tratava de um casarão. Antes, uma parada pro xixi, que ninguém é de ferro. A menina pediu e eu peguei carona. Nunca se sabe quanto tempo vamos ter de esperar. Trouxe duas garrafinhas d'água geladinhas e um pacote de biscoito com recheio de morango, porque é rosa, embora eu não vá comer nenhum. Só ela.

Chegamos no segundo andar e o gosto bom na minha boca sumiu de repente. Parece féu agora. Algo que se assemelha a um galpão, largo e comprido, abarrotado de mães e suas filhas, uma mais linda que a outra; uma mais falante que a outra; um calor danado, a visão do inferno. 

Tudo, absolutamente tudo aprisionado na minha mente é sempre mais bonito, mais vazio e mais refrigerado, em nada lembra a realidade. Claro que sinto uma vontade enlouquecida de de voltar pelas escadas no mesmo instante, mas a mãozinha agarrada à minha, me faz subir os últimos degraus.

Eis que tem uma mesa, com a moça sentada de costas para a escada, de frente para aquele mulherio, linda, mas mau humorada com tanto falatório; encarregada de recolher o termo de compromisso, a papelada com documentação e de pôr ordem na bagunça. Muito séria, de vez em quando solta uns berros pedindo silêncio. Dona Miúda não se abala, ou finge bem. Na minha cabeça quero sair correndo, na dela, são mais amiguinhas para brincar. 

- Mamãe, controle-se. - Pede gentilmente meu inconsciente se cagando de medo também.

Entrego meu papel à linda pit bull, ao que ela me diz que não vai servir, porque o meu foi impresso em duas vias. Ela me entrega outro para que eu preencha tudo outra vez. Já perdi o lugar, claro. É tudo tão louco, que nesse calorão o termo "foi à roça, perdeu a carroça" se justifica e não clama por barraco.

Sento ao lado de uma mãe e sua também filha linda. Das poucas negras que estão ali. A grande maioria é loura, tem olhos claros, cabelos de todos os matizes, sobretudo, louros. Aliás, a indústria brasileira é altamente racista. Renegam os negros na cara dura. Minha filha, uma negra fake, de pele clara e cabelos castanhos com mechas douradas não foge à regra. Foi escolhida por causa de sua desenvoltura e pela beleza e cujos traços miscigenados, só buscando com lente de aumento. Ainda assim, eu insisto em dizer que ela é negra, porque afinal, é minha filha e eu não sou branca, certo?

Pois bem, essa mãe é bem diferente de mim. Está batendo o texto incansavelmente com a menina e por vezes segura-lhe o queixo, para que esta preste atenção. Nessa hora, Dona Miúda fica olhando com cara de espanto, como se estivesse pensando alto; "minha mãe não faz isso comigo". Não faço mesmo. A primeira coisa que fiz foi ler no contrato, se havia obrigatoriedade de decorar alguma fala. Dizia para explicar à criança como seria a cena, mas obrigatoriedade de decorar não tinha. Então, expliquei a cena e disse o que ela deveria dizer. Perguntei se queria repetir e ao receber um gesto afirmativo, batemos o texto algumas vezes em casa e outras poucas no ônibus. O nome da marca em questão, o mais difícil, ela decorou com facilidade. Então deixei rolar. Melhor. Só que essa mãe está coagindo a menina. Minhas tripas se reviram.

A recepcionista pit bull dá um berro de sua mesa, que a essa altura está meio longe de nós. Ela grita os números que entrarão para o teste. Dona Miúda resolve brincar com a nova amiga. Antes que ela arrume encrenca com os brinquedos da outra, saco o quebra-cabeças da Frozen para as duas se divertirem. Infelizmente a menina puxou o gênio da mãe. Grita com a  Miúda ao ser alertada de que estava encaixando as peças errado. Minha pomba gira interior me segura para eu não voar no pescoço da pequena. Claro que não voaria no pescoço da pequena, mas a vontade de dar uns safanões na mãe, para ela aprender a não deixar a garota pilhada... Ah! Isso muito.

Minha filha, que é muito mais pheena que eu, não se abala. Repete que está errado e a garota vira bicho. É bem nesse momento que resolvo guardar a porra do quebra-cabeças e falo bem sério pras duas:

- Bem, já que vocês não estão se entendendo, a tia vai guardar para acabar com a discussão. 

A mãe concorda comigo e faz a menina repetir o nome da marca. Então chamam a menina e eu desejo boa sorte. Mentira. Não foi de coração, mas por educação. Com uma coacher daquelas, não precisa de sorte, vai precisar de um psicólogo num breve futuro.

Depois de cerca de uma hora esperando, finalmente pegamos o número que ordena a entrada para o estúdio. Mais uma hora de espera certamente. Felizmente, a Miúda descobriu a varanda, onde estava rolando um vento fresquinho e as amigues pareciam mais calmas, interagindo umas com as outras, trocando seus brinquedos, compartilhando seus tablets... E ali fora, acabo me deparando com outro tipo de mãe que me dá nos nervos. A mãe escrava. Aquela que é um saco e parece que está miando ao pronunciar a cada minuto a palavra filha.

- ô fiiiiilha... mas fiiiilha... e fiiiiilha!

Ai que saco! Fala direito, porra! Dá vontade de sacudir a infeliz pelos braços e mandar falar que nem mulher. Carinho é uma coisa, essa melação da mãe, enquanto a criança pinta e borda me dá agonia. Aquelas superprotetoras (SIC!) que enquanto a criança pinta os canecos, a retardada infeliz fica miando "fiiiiiiiilha não pooooode!" pelos cantos, enquanto a criança já subiu, já desceu, já caiu e já se quebrou. 

Não tenho paciência para ambientes cheios, não tenho paciência para um bando de mães do meu lado, não aguento essas pasteis que não têm atitude e deixam as filhas fazerem o que querem, enquanto ficam lá dizendo "fiiiiiiilha". Isso me dá uma certa revolta e faço couro com outro tipo de mãe ao meu lado. A mãe barraqueira. A gente concorda que a indústria põe a todos num grande moedor de carne e que deveria existir uma agência que realmente sabe lidar e respeitar as crianças. Que ficaríamos ricas. Na boa, se vão selecionar cerca de 5 crianças para um casting, pra quê fazer uma audição com 200? Porque ali tinha umas cem, tranquilamente e ainda soube que haveria o teste da tarde. Ou seja... moedor de carne. Eu juro, não fosse o interesse dela, jamais estaria ali.

Tenho a brilhante ideia de me afundar no Candy Crush Saga, já que tem uma tomada bem ao meu lado e né, quem tem iPhone tem que ter uma tomada de brinde pra chamar de sua. Já estou há uma semana na mesma fase e nem vejo jeito de sair dela tão cedo. Dessa forma,  fico encolhida na escada, enquanto Dona Miúda se enturma rapidamente. Ela está com as meninas um pouco maiores e a filha da pamonha está berrando logo acima de mim na escada,  porque quer ficar perto das meninas que estão com tablet na mão. A idiota da mãe ao invés de consolar a garota, fica miando que ali não tem espaço.

- ALOUUU? Todas nós já percebemos que ali não tem espaço!! - Berra minha pomba gira interior já puta da vida com essa mãe imbecil.

EU - Ô miúda, dá pra amiguinha sentar apertadinha aí do lado de vocês?
MIÚDA - Não, mãe. Aqui tá cheio.
EU - Se sair alguém daí, você chama a amiguinha pra ver o jogo?
MIÚDA - Chamo.
EU - Viu querida? Só esperar um pouquinho que quando a amiguinha sair, você pode sentar com ela, tá bem?


A menina para de chorar por dez segundos e volta a fazer manha. Enfim, a mãe se toca e pega a garota no colo. Sem sacanagem, a menina deve ter uns 3 anos. Eu não sei se traria minha filha de 3 anos para um lugar desses, mesmos e ela fosse a rainha dos paranauê. É um sofrimento. 

Uma das mães me avisa que a minha filha será a próxima. Desligo o Candy Crush e fico antenada com os números. Eles a chamam e eu não sei onde a galega se enfiou. Porra, ela não passou pela porta, estava na escada atrás de mim agora mesmo, além disso, essas meninas são tão parecidas... Ah! Tá ali.

Pego a Miúda pela mão e atravessamos o andar inteiro de mãos dadas. A galega acabara de enfiar um biscoito na boca e está com os dentes cheios de chocolate. Faço uma piada a imitando, dizendo a fala com os dentes pretos e ela cai na gargalhada de boca cheia, com os dentes pretos. A moça me pede para entrar assim que sair alguma garota da sala. Entramos numa porta corta-fogo, que dá acesso a uma segunda porta corta-fogo, com uma sala que parece com um camarim no meio. Dona Miúda me olha e pergunta:

DONA MIÚDA - Mãe, eu vou ter que tomar injeção?
EU - Ah claro que vai tomar injeção! - Sou uma mãe troll. Perco a filha, mas não perco a piada.

Abre-se a porta nesse instante e a moça que a atende, escuta nossa conversa e diz:

MOÇA - Nããããão! Não vai tomar injeção não. Nós vamos brincar. Qual o seu nome? Por favor, pode sentar aqui, mãe.
EU - Não, obrigada, eu vou ficar aguardando aqui fora. 

Ela me olha com as sobrancelhas levantadas. Ao que me abaixo, olho pra minha menina e digo:

EU DIZENDO - Amor, pode ir. Vou te esperar aqui e depois você me conta tudo, tá?

Ela balança a cabeça afirmativamente e a porta se fecha.

sábado, fevereiro 21, 2015

MATERNIDADE: PELA REAL BELEZA


Não me perguntem qual foi o buzz gerado pelas fotos da Cindy Crowford, 48 anos, mãe de dois filhos, ao sair na Marie Claire gringa, com a barriga à mostra e sem photoshop. Exigência dela. Sei que deu o que falar, mas não sei o que disseram. A mim, não importa o que os outros dizem. Importa como me sinto em relação a isso.

Acho mesmo que está na hora de as pessoas pararem de fingimento. Mulher de 80 se esticando para parecer ter 30, resultando numa cara de morta-viva, repuxada, artificial e assustadora. Não me refiro aqui, àquelas que REALMENTE necessitam de cirurgia, porque há casos e casos. No entanto, assim como virou moda a dieta da sopa, a cirurgia bariátrica, o remédio mata rato pra secar e os milhares de Whey Protein que nego toma, porque todo mundo toma, é hora de repensar a mensagem (claro e sempre), que estamos passando pros nossos filhos e pras nossas filhas. 

Pensa bem. Quando você luta por uma aparência dentro dos padrões, mesmo sabendo que terá de fazer sacrifícios demais, ainda que suprima o prazer da sua vida, que tipo de mensagem está passando pros meninos? 
  • Que mulher boa é a que tem barriga tanquinho? 
  • Que a mulher que tem rugas ou cabelos brancos não prestam? 
  • Que a estética deverá ficar em primeiro lugar, acima da boa índole, de uma mente sã, ou de uma pessoa bacana por trás da aparência? 
  • Que basta ser magra e sarada pra ser aceita, enquanto as separadas, viúvas, com rugas e histórias de vida; que são agradáveis, belas mulheres e bem resolvidas se fodem aê né? 

Bem, para as meninas a mensagem é cristalina: NÃO ENVELHEÇA, SEJA BELA A QUALQUER CUSTO, COSTURE A VAGINA SE FOR PRECISO PARA PARECER MAIS NOVA. Afinal, tem mulher fazendo correção vaginal para ficar com a xana novinha, então tudo pode, certo?

Errado. Eu e Cindy Crowford (mais algumas mulheres que não conheço, mas que vivem de forma igual) escolhemos dizer não à ditadura do corpo perfeito. 

Não nasci na Grécia antiga e nem nunca fui estátua, pra ser aquela perfeição toda. O perfeito não existe, meus caros. Tenho três filhos, já passei dos 40 e por conta das limitações que o peso da idade me imputa, passei a malhar em casa, para conseguir acordar quando o relógio toca e aguentar as brincadeiras, que crianças abaixo dos 10 anos exigem. 

Não me iludo quanto aos cabelos brancos que me cercam. Aliso-os, por uma questão de tempo e logística, faço umas mechas para me sentir bonita, mas cobrí-los, não mesmo.  Penso seriamente em raspar tudo, depois que meus filhos estiverem criados, para então libertar meus cachos. Um dia chego lá.

Minha filha que já nasceu linda e gostosa nessa ordem, nunca ouviu de mim que não poderia comer isso ou aquilo para não engordar, nem ao menos ouviu minhas lamúrias sobre peso, ainda que eu faça cara feia internamente. Não é problema dela. 

Meu biquini, como de toda boa carioca, é de lacinho, com as bandas da bunda aparecendo, obrigada. Se elas têm celulite? Tô nem aí. Minhas celulites são um sinal de que comi os hambúrgueres com bacon e ovos que quis e as cervas de fim de semana ao lado do meu marido (de barriga tanquinho). Inclusive, não me privo de nada, nem do miojo. 

Claro, que ir à praia no Rio de Janeiro é um processo. Você olha pro lado e vê mulheres lindas e lembra que um dia seu corpo foi assim e tals, só que o nome disso, de uma maneira geral, é juventude. Poucas mulheres agraciadas com a maternidade, ou com um bando de filhos têm tudo no lugar. Se têm, depois de uma certa idade, um dia vai cair. É a lei da gravidade. Então se a gente não se amar e não ensinar nossas meninas a fazerem o mesmo, essa doença não vai acabar nunca. 

Quero menos mulheres mal resolvidas no mundo. Quero meninas que se achem lindas magrinhas ou gordinhas. Quero mulheres seguras de si, muito embora acredite que se trate de uma utopia, já que as criações são diversas. Mas que pais e mães pensem bem antes de abrir a boca, tecer comentários machistas ou irreais acerca do corpo da mulher perto das crianças. Que tenham consciência. 

Já reparou como somos muito mais generosas com os homens? Já reparou como a gente aceita o outro careca, com barriguinha de chopp, baixinho, longe do ideal das revistas? Pois é. Então por que que com a gente não pode ser do mesmo jeito? Tá na hora de parar de fingir. Tá na hora de se aceitar. A começar pelas mulheres que se deixam aparecer com photoshop até no couro cabeludo. 

Por isso, palmas para Cindy Crowford, palmas para Cléo Pires, que quando saiu na Playboy recusou esse artifício, palmas para as agências de moda que contrataram aquela modelo com vitiligo, palmas para as pessoas de verdade, que têm coragem de mostrar algo muito simples, a verdade de seu corpo e a força de suas crenças. Por menos tratamento de imagem e mais realidade, por favor. 

Fontes:

Link no Tumblr sobre o assunto
Site onde saiu a matéria. 

segunda-feira, fevereiro 09, 2015

MENINAS PEQUENAS FAZEM VOZ DE BEBÊ PARA CONVENCER?


Em busca na vasta literatura googleana e wikiana, nada foi encontrado. Nenhum estudo psicológico, nenhum depoimento pediátrico, nenhum relato de mãe contando sua experiência. Nada.

Talvez o fato não chegue mesmo a incomodar as mães, talvez elas achem até bonitinho, no entanto se trata de uma realidade e por certo, há de incomodar alguém. Sim, incomoda. O mundo não é feito só de mães amorosas.

Parando de embromar e indo direto ao ponto, naquela fase dos 3 anos, algumas meninas, normalmente as mais inteligentes, que desenvolveram cedo um vocabulário certinho, com poucos erros e que fique claro, erros estes que vão além da vontade de nossas meninas, algumas delas danam a falar como bebês, principalmente se essa fala tem um objeto de desejo em foco. Mas será que é sempre assim?

Posso dividir com vocês a minha experiência, já que não encontrei nada na literatura internética para servir de apoio. E olha que procurei!

Vamos saltar para o ano de 1976, eu então com 3 anos completos, indo fazer 4 no final do ano. Fui o tipo de menina diferente da maioria. Falava tudo certinho, corrigia os outros, inclusive os mais velhos. Praticamente uma chata. 

Como fui primeira filha, primeira neta, primeira um bando de coisa, era cercada de mimo. Vivia no colo alheio sendo agarrada e beijada e me sentia muito segura e muito bem, obrigada com tanto chamego. Em troca, tentava ser a melhor no que podia ser. 

Primeiro, a fala. Falava quase tudo correto. Sabia o nome de tudo e de todos, inclusive personagens de novelas com respectivos atores. A rainha da repetição. Ouvia e sabia repetir quando alguém tinha alguma dúvida. Quando a língua não dava, por conta da idade,  a próxima palavra tinha de sair certo. Só que chegava uma hora em que eu queria ser apenas uma menininha de 3 anos, quase o bebê da mamãe. E bem nessa hora em que eu cansava de ser a inteligente superpoderosa, danava a falar que nem bebê e tudo errado. 

Dona Engraçada fazia vista grossa. Em outros momentos que estava meio sem paciência, ela me mandava falar direito. 

DONA ENGRAÇADA ME MANDANDO FALAR DIREITO -  Fala direito, menina!

Eu me envergonhava, mas não dava o braço a torcer. Continuava, até voltar ao normal naturalmente.

Nunca imaginei que fosse me deparar com isso novamente, afinal, isso não acontecia com as minhas amigas de infância. Achei que fosse um caso isolado. Até que tive uma filha. 

Bem, a minha filha é isso aí. Inteligente, fala o dia inteiro, bichíssima, não sai se não estiver montada e às vezes eu tenho a sensação que ela é uma mulher de trina e poucos aprisionada no corpo de uma criança. Pelo seu jeito de se expressar, pela sua atitude, pela sua noção das coisas, pela sua certeza digamos assim.

Assim como eu, ela fala tudo explicadinho e erra muito pouco o vocabulário. Desde os 3 anos era assim, tanto que quando errava, a gente nem corrigia. Apenas falávamos a palavra novamente de forma correta para ela ir ouvindo e aprendendo o certo. 

Também como eu, ela vive no colo sendo agarrada, beijada, cheirada, apertada, sabendo o quanto é linda e amada todos os dias. E é bem nessa hora que ela tem um ataque de bebê. 

No caso dela, também não está relacionado a querer algo, ou a convencimento materno, mas mais pra um derretimento por reconhecer o amor e amar de volta. Então ela dana a falar tudo errado que nem bebezinho. Nossa postura em relação a isso é simples. Vai passar e passa

Meu susto em reconhecer tal fato, é que com os meninos não teve isso. Eles não faziam esse tipo de gracinha, o que me fez supor se tratar de exclusividade feminina. Aliás, mamães, o drama também, fiquem sabendo! Um saco!

Essa semana me deparei com algo inusitado. Talvez pelo fato de os exemplos que citei acima serem de relações de parentesco parecidas. Mas e quando se trata de casos em que os envolvidos não sejam necessariamente mãe e filha? E se estivermos nos referindo a relações de madrasta e enteada? E se a madrasta não for mãe, será que ela receberia essa fase com tamanha naturalidade e desprendimento?

A gente sabe que quando a mulher ainda não é mãe, ela ainda é o centro de seu universo e ter de lidar com filhos que não são seus no pacote amoroso, não é tarefa das mais simples. Principalmente porque a mulher que ainda não tem filhos, não tem a bagagem nem o saco de Papai Noel para aturar certas coisas e isso nem é culpa dela. É só uma fase anterior a que estamos agora. E nem é culpa de ninguém! Também fomos assim. 

Cabe às mães antes de mandar as filhas para a casa dos pais, ter uma conversa franca com ex, para que esteja alerta e atencioso com a filha, a ponto de contornar a situação se a pequena extrapolar. Mas e então? Como contornar este tipo de situação? Como ter esta sensibilidade que a criança está incomodando com voz de bebê, quando sua idade corresponde a outra maior?

Mais uma vez, o segredo é tratar com carinho, desviar o foco da criança, arrumar uma brincadeira, dar um rolé e por outro lado, conversar com a atual companheira e pedir um pouco de paciência. Não é nada demais, é só um denguinho (que, Ok, ela não tem obrigação de entender, mas sejamos adultos!). 

Para a filha também não deve ser fácil ver o papai ou a mamãe dividindo seu espaço com alguém novo, ainda que a criança lide bem com o novo par. Esse lidar "bem" pode ser um fator externo, não necessariamente o que vai em seu íntimo e nessas horas, é importante mais observar e ter paciência, que chamar atenção para o fato. Portanto, não repreendam. Não desperte a atenção. Dê carinho, companhia, seu calor, que essa fase passa.

A gente jamais deve ter um comportamento de nivelamento com a criança, mas mostrar que somos mais velhos e queremos seu bem, como adultos de comportamentos adultos, apenas. Tudo o que elas precisam é se sentir seguras.

segunda-feira, janeiro 19, 2015

BATE-PAPO: TRUQUES PARA NAMORAR MEU MARIDO COM A CHEGADA DOS FILHOS


De repente eu olho pra ele, a casa silenciosa, crianças na cama e o beijo rotineiro se transforma em algo mais intenso. Crianças reunidas no quarto, geralmente os dois menores dormindo e um ainda acordado assistindo TV. Portas intermediárias fechadas, do quarto, do corredor... estamos isolados na sala. A gente reza pra que não seja interrompido e se despe ali mesmo. Partiu namorar pelado! Houveram casos e jeitos pra tornar esse momento, especial e inesperado. Já me tranquei com marido no banheiro quando o fogo ardeu, já fomos interrompidos com as calças na mão, ao ouvir um choro imaginário, mas felizmente, nunca, nunca fomos pegos em flagrante, o que deve ser o terror dos casais que têm filhos. Mas claro, que nunca se diga "dessa água não beberei!"

Consegui reunir algumas mães e blogueiras para falar sobre essa parte do relacionamento, que em muitos casos fica relegada a segundo plano, que é a atenção ao marido, ao nosso relacionamento e sentimento sim (porque não admitir?) pelos nossos maridos, namorados, caras-metade, aqueles que deram início a tudo, ou melhor, que estavam ao nosso lado desde o princípio.

Eu e Engraçadão já vamos para 22 anos de relacionamento. Demoramos quase oito anos para engravidar e de surpresa. Naquela época, sexo era todo dia, com oportunidade, várias vezes ao dia! Mas essa rotina foi drasticamente alterada com a chegada de um, dois, três filhos. Na verdade, prum casal que sonhava muito mais com outro tipo de bens, foi o fato de ele ser guerreiro, a ambição, os projetos e sonhos de vida das principais características que me atraíram. O caráter, o senso de humor, a amizade, cumplicidade, o jeito com que ele se envolvia na família e o carinho com que tratava sua mãe e as pessoas que o cercavam, o que mais me fez apaixonar e sonhar com uma união duradoura a seu lado. 

A seguir, as mães contam como elas se viram nesse quesito e o que viram de especial nesse homem chamado papai!

Janis Souza - Blog Dedicação de Mãe

Conheci meu marido em 2011 e começamos a namorar, até eu dar um fora nele. Ficamos separados um pouco mais de um ano, nesse meio tempo existiram outras pessoas, tanto na minha vida quanto na dele, em dezembro de 2012 os dois ficaram solteiros e o amor falou mais forte e ele começou a me procurar, ficamos, mas nada sério. Até que eu resolvi fazer uma surpresa pra ele e o pedi em namoro em janeiro de 2013. Voltamos a namorar e dois meses depois ele me pediu em casamento. Hahaha!

Mas vamos para a parte do namoro! Quando fomos morar juntos, a Lara estava com quase 5 anos. E isso foi algo com que tivemos que nos acostumar, até hoje nossa melhor técnica é usar o chuveiro, sim, boto a pequena pra tomar banho, deixo a bacia dela encher e ela fica brincando, mas sempre acontece dela chamar, bem naqueles momentos mais ahhh – se é que me entendem kkkk – e já estou pensando quando forem dois kkkk!

Blog Dedicação de Mãe - Descrição:

Dedicação de Mãe é um blog que relata a caminhada de uma mãe, na superação de uma perda gestacional, a criação de uma filha, abordando temas como comportamento, alimentação, dificuldades enfrentadas no meio do caminho, conquistas, superações e a gestação do terceiro bebê.
 
Palavra chave: Lara  


Mi Gobbato - Espaço das Mamães

Quando temos filhos nossa rotina toda muda, inclusive a rotina para "namorar" nossos maridos, no começo nos sentimos cansadas, devido as horas que ficamos acordadas para amamentar, trocar fraldas, fazer eles dormirem, sem contar quando ele tem cólicas, que aí fica mais difícil, mas também não podemos nos esquecer do marido e de nós também, mas com o tempo vamos aprendendo a lidar com essa nova vida, até porque os filhos chegam para acrescentar as nossas vidas e não para diminuir, certo?!
Aqui mesmo com o Gui junto, quando estamos vendo filmes, desenho, ficamos abraçados, juntos e para ter um momento só nosso, aproveitamos a hora que ele está dormindo, às vezes no meio da noite ou quando acordamos mais cedo que ele, e de um tempo para cá ele tem passado o dia na casa da vó, dos padrinhos, ai também aproveitamos para ter um momento só nosso, sem correr o risco de ouvir um "mãe" no meio.
A única coisa que ainda não fizemos (mas por opção nossa) é sairmos a noite para um jantar, um cinema sozinhos, estamos esperando ele ficar maior.
 
Espaço das Mamães - Descrição:

Conheça o Blog Espaço das Mamães, onde você encontra um pouco mais sobre o nosso universo materno, com dicas de passeios, receitas, brincadeiras, jogos. 

Gisele Cirolini - Sou Mãe.Org 

Então, aqui em casa não temos muito "problemas" para conseguir namorar, além da canseira do dia a dia... A Isabela tem rotina e dorme no quarto dela desde que tinha 20 dias... e desde que passou a dormir a noite inteira, (com 4 meses) hoje ela está com 1 ano e 7 meses, sempre as 20:30 começa a rotina da hora de dormir, banho, leite, história e cama, e assim ela vai para a cama dela as 21h e temos o resto da noite para a gente, que pode ser namorar, ver filmes, jogar ou apenas ficar conversando, mas é o nosso momento de casal! 

SouMãe.Org - Descrição:

Meu blog é o SouMãe.org, com várias dicas de decoração de festas infantis, chá de bebê, organização e muitas dicas para facilitar a vida de mães e gestante! 


Raquel - Eu Dona de Casa

A dica que eu dou para namorar o marido se chama 'casa da vovó'! Só assim podemos ficar mais a vontade, sair para jantar a dois, curtir um cinema. Claro que nem sempre isso é possível e o jeitinho é esperar as meninas ferrarem no sono e mesmo assim namorar de orelha em pé e ficar esperto com qualquer barulho.  

Por que o Renato é o pai das minhas filhas? 
Simplesmente pq ele é e sempre será o amor da minha vida. O conheci pela internet há 11 anos atrás. Não foi amor à primeira vista. Nosso relacionamento nasceu de uma amizade sincera e foi construído assim... sem meias verdades, um aceitando o outro como realmente somos.
Eu Dona de Casa - Descrição:
O ‘Eu, dona de casa!(?)’ – EDC – está no ar desde 2010. Desde então, eu venho tratando de assuntos do meu cotidiano relacionados ao universo feminino: dicas para donas de casa, maternidade, atividades domésticas, culinária, cultura… tudo na visão de uma mulher comum igual a você.' 

Elaine - Mãe de Moleque

Olá pessoal me chamo Elaine e sou autora do blog Mãe de Moleque (www.maedemoleque.com ) hj vamos falar de truques para namorar o marido rsrs

Quando o moleque nasceu, optamos por ter cama compartilhada e foi a melhor coisa que fizemos...as noites foram tranquilas e voltamos as aventuras antigas de época de namoro. Nossa casa inteira virou ninho de amor rsrs. 

O moleque cresceu foi para o quarto dele e para nossa alegria dorme como uma pedra rsrs,  mas como amor não tem hora rsrs conversamos muito com ele.
Então sempre que a porta está fechada ele não pode interromper pois estamos namorando e queremos ficar sozinhos e não é que ele entende? 

Esse meu moleque é show, então não precisamos de malabarismo nenhum só vontade de estar juntos♡
E a gente curte muito, nas férias ainda vem o tio e leva o moleque pra casa dele, aí temos uma semana nossa... vamos jantar, cinema e namorar muito mais.
É isso, aqui o moleque teve um ciuminho básico qdo tinha um aninho, depois descobriu o qto é bom ver o pai e a mãe abraçados, se beijando e curtindo a vida a dois.
E se hj perguntarem pra ele se casamento e bom?
Ele vai responder meu pai e minha mãe gostam, então é bom ♡
Bj queridos, até mais.
 

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