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segunda-feira, novembro 28, 2005

JÁ ERA TEMPO!

Nada demais aconteceu nesse fim de semana.
Nada demais aconteceu na semana passada.
Eu apenas continuo esperando o dia 30 chegar. Prá ter um pouco mais de dignidade e resolver coisinhas pendentes.

Quanto ao post anterior, sinto muito por quem não leu. Eu posso até mandar por e-mail, prá quem quiser, mas por ora, é melhor não expor.
Engraçadão sabe das coisas.

Semana passada, eu estava meio sem vontade de escrever e me dediquei bastante a arrumar a bagunça que estava minha mesa de trabalho.
Qualquer dia fotografo. Espero que esse qualquer dia não volte a chegar tão cedo!
Eu odeio bagunça, confusão, por outro lado, detesto guardar papel, arrumar papelada, arquivar... embora, sinta um alívio maravilhoso quando termino essa tarefa.

Mas aconteceu uma coisa ontem, que me motivou escrever.
Vcs sabem q eu não nasci de chocadeira, embora muitos acreditem o contrário.
E ontem, fui à casa de Dona Engraçada.
Não sei se foi a distância que provocou isso, apesar de eu estar distante há 5 anos aproximadamente, mas ontem, percebi uma boa vontade por parte dela, espontânea em me fazer sentir bem dentro daquela casa que eu já vivi...

Eu pude falar as besteiras que costumo sem ser censurada.
Eu pude ouvir o som alto e as músicas que gosto.
Eu pude levar a trouxa de roupa do Pacotinho prá passar (Acreditem! É trouxa de roupa intinerante. Ela vai aonde eu for, nos findis!).
Eu pude desorganizar as coisas dela e aparelhos eletrônicos, fazendo uma salada entre som, TV e DVD, sem que ela desse piti; lógico que puz tudo de volta no lugar, mas antes, isso era impensável.
Nós dançamos juntas aquela música da Rita Lee, pela voz de Maria Rita, q diz:
"... nem toda Brasileira é bunda, meu peito não é de silicone. Sou mais macho que muito hômi!"
E dançamos na sala e berramos a música juntas a plenos pulmões, sabe?!

Ontem, foi como se minha mãe se permitisse levar o MEU jeito de vida, por algumas horas.
Depois de cantarmos o refrão, eu a abracei e disse q aprendi com ela.
É verdade. Ela me ensinou a ser batalhadora e independente, mesmo que por pouco dinheiro.
Não importa. Todo trabalho é edificante.
E foi ótimo vê-la se soltar. Dançar, cantar alto.
Por alguns instantes, eu me senti filha daquela mulher linda da minha infância.
Aquela, que ainda habita minha lembrança, quando lembro da palavra mãe.
Eu lembro, que quando ela voltava do trabalho, ou me pegava na escola, mesmo estando quase de noite, iluminava meu dia. Como um solzinho.
Depois ela foi perdendo o brilho...
Então, ontem, ela brilhou de novo.
Minha irmã, estava no quarto fazendo trabalho de faculdade. E o DVD do The Smiths, estava ligado no som.
Bicho, eu dançando e cantando todas as músicas na sala. Sabe, minha mãe poderia ter dito pr'eu baixar o volume, por causa da minha irmã, além do mais, é a casa dela, mas não. Ela deixou.

Vocês não têm idéia do avanço que isso representa.
Por isso hoje, eu estou c/ esse sorriso de cantinho de boca.
Lembrando do dia de ontem, das conversas, das gargalhadas e da dança, e do canto, depois do abraço.
Juro, que quando ela for lá em casa, eu vou deixar que ela veja todas as novelas, q ela tiver vontade.
Nem q eu me tranque no banheiro, mas dessa vez eu deixo!
Ela merece, só pela tentativa.
Ah... foi lindo!!

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