Estava pensando aqui c/ meus botõezinhos... prá quê ficar plantada aqui no Rio de Janeiro, em busca de oportunidades se eu não sou uma planta?!
Eu sou uma cidadã do mundo. Não tenho raízes, nem asas, ainda sim posso voar.
Ontem, conversando c/ ela ao telefone, me dei conta que estou cada vez mais longe de atingir meus objetivos.
Sou sim, uma pessoa competente, esforçada, dedicada e apaixonada pelo que faço.
Se aqui não está progredindo, posso sair pelo mundo (claro pelo Brasil p/ começar) em busca de coisa melhor.
Posso passar a ser turista da minha cidade. Aproveitar o que o Rio de Janeiro tem de melhor... nas férias.
Posso me distanciar dos tiros entre Boréu e Casa Branca. Do Super-Traficante Vingador Paladino...
Posso fazer da minha casa, um lugar de aconchego à quem quiser me visitar longe daqui.
Não me importo.
Eu quero mesmo é ter meus filhos e poder colocá-los em contato c/ a educação e cultura, que é o que me alimentou durante a infância.
Foi o que de melhor Dona Engraçada me deixou (no tempo q ela era boa da cabeça! rssss).
As músicas que cantamos juntas, as peças de teatro onde na entrada, eu me sentava ao chão, me cagava de tinta e saía pintando aquela enorme folha de A1 junto daquelas outras crianças da mesma idade, antes da peça começar.
Idas sem fim ao Tívoli Park, onde a montanha russa me dava frio na espinha e ao terminar, me dava aquela sensação de que a aventura tinha valido a pena.
Depois, cinema, cinema, shows, Saltimbancos de Chico Buarque, espetáculos no Circo. O Grrannde circo Thyani!! Até meus avós foram.
Foi assim a minha infância. Rica em cultura.
E eu nunca mais esqueci.
Sentava à maquina de escrever, do alto dos meus 8 anos e me punha a escrever até os dedos doerem. Sim, eu fazia isso. E tudo aquilo se perdeu nas inúmeras mudanças.
E pro meu filho??
Os tempo são outros, mas eu fico c/ aquela sensação de que estou fazendo tão pouco...
Isso me dói. E ainda tenho aquela idéia fixa e louca de que preciso de mais crianças. Isso não me sai.
Mas aqui? Impossível. Ou mesmo muito difícil. Impossível não sei. Não sou Deus...
Aí nessa madrugada me imaginei vizinha de Ju no sol de Pernambuco.
Depois me vi vizinha de Ban e a loucura que é Salvador p/ eu morder a língua.
Para logo depois me ver caindo de pára-quedas em Manaus p/ comprar presunto com Sebástian e toda a galera Blogada.
Quando pisquei novamente, já me enxerguei em Brasília cozinhando c/ a Beecha. Claro, ela vendo o Vídeo Show e eu na cozinha!
Aí dei aquela boa respirada e quando dei por mim, estava em Curitiba, provando umas roupas super lindas p/ sair c/ a ajuda dele. A gente quase saía no tapa por causa do CD do Leonardo. Eu gritando p/ ele tirar aquela porcaria e ele cantando aos berros!
Aí me lembrei que tinha esquecido uma coisa em São Paulo. Esqueci que ela me esperava p/ trocarmos umas idéias para um livro que ambas queríamos escrever.
E pensei em infinitas possibilidades p/ o meu futuro.
Daí, adormeci sorrindo.
Vai dar tudo certo!
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