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quarta-feira, novembro 19, 2014

BLOGAGEM COLETIVA: O QUE VOCÊ APRENDEU COM A MATERNIDADE?


A Alessandra Nunes do blog Da Fertilidade à Maternidade convidou o Ah, Manhê!!! para participar da blogagem coletiva com o tema aprendizado com a maternidade.

Acho que o mito de que nós sabemos muito mais só porque somos adultos está definitivamente caindo por terra, graças à Deus!

As minhas contemporâneas e gerações mais novas já se ligaram que a gente é capaz de aprender com tudo a nossa volta, ainda mais em se tratando de criança. Pra isso é preciso ser atenta e humilde.

Nesse post coletivo, você fica conhecendo outras mães, novos horizontes e opiniões.



Blog Da Fertilidade à Maternidade 
Autora Alessandra Nunes 

Bjs e boa leitura!

segunda-feira, novembro 17, 2014

PAIS QUE ANDAM PELADOS, FILHOS MAIS FELIZES?



Ao ler o texto da Rita Templeton para o Brasil Post (link no final desse post), Por que eu quero que meus filhos me vejam nua, acendeu uma luzinha aqui dentro da minha cabeça.

Em princípio, porque tive uma educação mais rígida e era incentivada a resguardar meu corpo por ser uma menina e ter a casa cheia de adultos das mais variadas idades, sei lá; depois por notar que havia uma malícia no olhar da minha progenitora, então tentei não reproduzir esse tipo de educação quando fosse mãe.

Havia o cerceamento provocado pelo pecado. O pecado era algo que estava bem ali na atmosfera ao alcance da mão. Eu não fazia ideia de como se contraía pecado, nem como isso era transmitido, só sabia que não deveria ficar nua dentro de casa. 

Já a minha avó, estabelecia um tipo de cumplicidade comigo, que me permitia tocar em seus seios, ver parte de sua bunda imensa (ela era gordinha) e através de todas as suas imperfeições, cheguei a conhecer um corpo feminino familiar. Essa cumplicidade era tão benéfica, que eu admirava o corpo da minha avó, a ponto de dizer que quando fosse vózinha, queria ser gordinha igual a ela. Da minha mãe nunca. No máximo um topless na penumbra e olhe lá. Seu jeito de ser, respeito.

Através das primas tinha acesso ao corpo jovem e durinho, quando elas tomavam banho lá em casa e me punham debaixo do chuveiro com elas. A cabeleira na perereca era algo que me despertava curiosidade, já que não tive acesso a outra perereca que não a minha, sem cabelo, claro.

Tudo isso me levou a crer, que quando fosse mãe, eliminaria o pecado dos moradores da minha casa. No meu caso, nem pensei exatamente na mensagem que estaria passando acerca das imperfeições do corpo feminino, apesar de já ter sido sabatinada por três crianças de idades variadas. Nesse ponto, a autora do artigo foi muito mais generosa e consciente que eu. Ok, cada um com seus motivos e o dela é realmente louvável. O meu não é? Hmmmm...

Pacotinho, de 12 anos, sempre levou na boa e achou normal. Pai e mãe ficavam pelados em casa, passando de um cômodo a outro, tomando banho junto com ele e apenas os tais pelos pubianos despertavam certa curiosidade.

Já o Sr. Cabeça de Bolinha sempre foi vidrado em peitos. Quando a gente tomava banho junto e eu ia enxugá-lo, pedia pra pegar, dar uma apertadinha e ao ser consentido, caía na gargalhada imediatamente. Coisa boba, curiosidade de criança e óbvio, eu ficava constrangida, mas fazia cara de poste, abrindo meu corpo pra pesquisa científica do mini gênio. Faz parte da primeira infância usar o tato para aprender, então vamos lá! Acaba logo com isso porr... Enfim, essa fase passou.

Já Dona Miúda quando tomava banho comigo ficava curiosa em saber quando seus peitos iriam crescer, se um dia teria cabelo na perereca e soltava um sonoro eeeca! Ao saber que sim, terá.

Não quero criar crianças encanadas com o corpo, ou com a própria sexualidade. Um dia, eles dividirão banheiros em vestiários coletivos em clubes, saunas, piscinas e tanto não passarão constrangimento com o corpo alheio, como também, não farão outros se sentirem constrangidos por olhares curiosos.

No tocante a imperfeições, quem me conhece a mais tempo sabe que passei por um procedimento cirúrgico anos depois que o Sr. Cabeça de Bolinha nasceu. Fiz uma abdominoplastia antes de a galega nascer (motivo inclusive de seu nascimento – fiquei gostosa demais!) e isso sim, foi motivo de curiosidade de Pacotinho. Deixei claro pra ele, que eu gostaria de ter meu corpo mais harmônico com o meu rosto, já que aparento menos idade que tenho realmente. Sobretudo, queria me sentir confortável com a minha aparência. Não estava. Sabe, eu não ligo pra estrias (até tenho algumas), não ligo pra varizes, ou celulites, que acredito ser sinônimo de gostosura, só que a minha barriga estava tão horrenda, que mesmo depois de ter operado e passado por outro parto, hoje ela está melhor do que estava antes. E ele sabe que a mãe não é a neurótica da cirurgia plástica. Foi realmente um corretivo e já tá bom.


A gente deve se preocupar com o bem estar dos filhos, claro, em todos os aspectos. Se alimentar bem, cuidar da saúde, se exercitar (tô em dívida), da cabeça e dos estudos. Os exemplos que nós pais damos, é o que norteia a vida deles, é isso o que vai ficar e felizmente na minha casa, os pelados estão ensinando que o corpo é um templo onde a gente abriga o espírito e que ele tem de estar funcionando bem para nos levar vida afora, não importa que forma ele tenha. 

Fonte: Brasil Post - Por que eu quero que meus filhos me vejam nua, por Rita Templeton

quinta-feira, novembro 13, 2014

DAS RELAÇÕES ENTRE MÃES E FILHAS



Se os pais têm maturidade psíquica para reconhecer no filho um outro, diferente deles mesmos, as fronteiras psíquicas entre pais e filhos podem desempenhar uma importante função na qualidade desse relacionamento.Mariana Ribeiro, (Psicanalista, professora do curso "Entrelaces psíquicos entre mães e filhas" no Instituto Sedes Sapientiae; autora do livro Infertilidade e reprodução assistida - Desejando filhos na família contemporânea (Casa do Psicólogo, 2004), mestre e doutoranda em Psicologia Clínica pela PUC-SP, membro efetivo do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae) 
Falamos sobre quase tudo, menos das relações entre mães e filhas. Pode parecer óbvio para a grande maioria das mães, que se trata de um contato quase cercado de magia. A magia do amor. A mágica e simbiótica relação mãe - filha. Apesar de parecer óbvio para um multidão de mulheres, para mim essa relação teve data de validade.

Claro, vivenciei aquele primeiro amor da infância, onde filhas são apaixonadas, do tipo, quatro pneus arriados pelas mães. Admirava profundamente minha mãe, era louca por ela, achava-a a pessoa mais linda do mundo, fazia juras de amor eterno diariamente em seu nome. Era o tipo de fidelidade canina que só se vê entre mães e filhas, ou seria entre filhas e mães? Isso perpetuou até a chegada da adolescência, quando o véu da inocência definitivamente se rompe.

Em contato com outras amigas, a gente fica sabendo que os pais transam, a gente descobre que sexo é bom e que inclusive nossas mães praticam com gosto. Mesmo ignorando o fato de que pra eu nascer ela teria de ter se deitado com meu pai, naquela época isso tirou um pouco a aura de santidade que havia em torno da minha mãe. Depois vieram os conflitos acerca de uma separação pré-anunciada, mas que nunca chegava às vias de fato, bagunçando a cabeça materna e desviando o foco da adolescência de sua única filha: eu.
Conto isso para ilustrar que a própria vida se encarrega de promover o afastamento entre mães e filhas, seja lá por qual motivo.

Eu penso que a maternidade não é pra todas. É imprescindível que mães prestem atenção nesse amor inicial que constitui a essência da criança. Para que esse elo entre mães e filhas não se quebre prematuramente. E não me refiro a mimar sua filha e atendê-la em todos os seus caprichos – isso criará um monstrinho – mas a perpetuar esse elo, alimentar esse amor e ainda que sua filha discorde de você, é ela quem decide qual caminho seguir, que aprendizados prefere ter. Ainda que discorde do seu modus operandi, sua filha tem esse direito. O que você pode fazer é orientá-la e abrir os braços para que se eventualmente venha a cair, o carinho, o conforto, o colinho e a orientação estarão de braços abertos para recebê-la de volta. É simples assim. No entanto o egoísmo e aquela mania de autoridade que a gente tem, acaba nos afastando delas.

O primoroso texto da psicanalista Mariana Ribeiro para o portal Ciência e Vida, aborda a dificuldade de as mães administrarem e reconhecer nas próprias filhas mundos diferentes, o que seria responsável por verdadeiros desastres na relação. Geralmente, ignorar seus próprios medos, traumas, frustrações ou até fetiches e empurrá-los para debaixo do tapete, acaba por provocar uma espécie de transferência psíquica nas gerações seguintes. Filhas absorvem, filhas reproduzem e ao expor para suas mães as feridas escondidas se instalaria aí o conflito. Outra dificuldade é quando as mães enxergam nas filhas extensões de si mesmas. Preciso completar a frase?

Foi o que me deixou traumatizada e morrendo de medo de ter uma menina: a famigerada competitividade entre mães e filhas; certo tipo de mãe que tem o hábito de minar a autoestima da filha de pouquinho em pouquinho, todos os dias. E isso acontecia debaixo de diversos tetos além do meu. Tem mãe que adora dizer pra filha o quanto ela está gorda, quando a própria não representa modelo de magreza; tem mãe que parece sentir prazer em dizer que sua filha é uma vagabunda se esta não se mantém casta até o casamento (e olha que isso ainda acontece hoje em dia!); existem aquelas que parecem sentir ódio, ao invés de orgulho das filhas que estudaram, que chegaram a algum lugar, que conseguiram um diploma, ao invés de sentirem orgulho de ver o sucesso de suas crias e tantas outras que profetizam o quanto suas filhas são e serão fracassadas, antes de dar um voto de confiança, ou tentar ouvir uma nova ideia que pode ser bem sucedida amanhã. Recusam-se a ouvir suas crias simplesmente por não confiarem nelas próprias, afinal se a própria mãe morre de preguiça de lutar, de sair do lugar, como suas filhas têm esse poder? Também conhecida como inveja.

Por tudo isso, eu morria de medo de ter meninas. Eu vi a transformação acontecer comigo, vi acontecendo com amigas minhas, salvo raras exceções. Foi uma geração filha da ditadura que não sei que tipo de defeito deu. Danou a competir e descontar nas próprias filhas suas próprias frustrações. Eu tinha medo que acontecesse comigo. Tinha medo de sofrer algum dano cerebral, que minasse meu amor por ela. Talvez por isso tenha passado quase nove meses de mau humor, deprimida, chorando por qualquer motivo, morrendo de medo dela.

Claro, esse medo se desfez assim que pus os olhos na galega. A galega personifica esteticamente a mulher que eu sempre quis ser, mas nem por isso vou chama-la de feia por inveja. Sua beleza é tão reluzente, seu jeito de ser despachado, toca a qualquer pessoa; ela é meio maluquinha e fala as coisas assim, na lata, como uma taurina deve ser sem perder a docilidade (coisa que não sei fazer); faz caretas hilárias que eu passei a reproduzir sem querer (quem imita quem? Provavelmente eu a imito); ela é companheira para todas as horas e já dá pra notar um mulherão ali dentro, preso num corpitcho de criança – Dona Miúda é mais mulher que eu e têm me ensinado muito sobre feminilidade - , é das que perde o amigo, mas não perde a piada (também) e é caprichosa com as coisas que faz; adora ajudar; é fashionista toda vida desde que nasceu e melhor, quando me olha nos olhos, eu enxergo aqueles coraçõezinhos que eu tinha no olhar. A galega me põe num pedestal do qual há muito tempo caí.

Sei que sou a pessoa mais importante na vida dela, quer dizer, das mais importantes. E eu prometo ficar atenta. Ainda que discorde de algumas questões, eu já faço o exercício de deixá-la dar seus próprios passos, ainda que saiba que alguns não darão certo. É o amor com liberdade. É amor.
Um dia, uma antiga funcionária que já mora na companhia de Deus vendo meu desespero ao estar grávida de uma menina (tinha 4 filhos e 1 filha) me disse que filha é pra vida toda e em sua simplicidade falou assim:
- Você vai ver! Com menina a parada é diferente!


Só posso concluir que ela estava certíssima! Com menina, a parada é mesmo diferente. É ver para crer e para amar infinitamente.

domingo, novembro 09, 2014

BLOGAGEM COLETIVA: UM BRASIL MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS



Na primeira semana após as eleições, o blog Mãe Vaidosa da Andreia, propôs uma blogagem coletiva com o tema Um Brasil melhor para os nossos filhos. Eu perco a memória, mas nunca a oportunidade de participar de um evento que pode tocar outras pessoas e abrir a discussão sobre melhorias para o nosso país, né?

E claro, não poderia falar de outra coisa senão educação. Porque a educação é o básico do básico. Sem isso, não se faz mais nada e desde o pós-ditatura, é fato que o trabalho dos militares foi muito bem feito, no sentido de minar a maior forma de enfrentamento que poderíamos ter contra um regime imundo como aquele: a inteligência  (haja vista ecos até hoje no facebook em tempos de eleições)Eles foram muito felizes na escolha (para a nossa infelicidade). Minando nossa forma de pensar, não teriam oponente a altura que os enfrentasse.

Infelizmente essa lição aprendida, foi usurpada pelos políticos pró-democracia. Até hoje eles não consertaram esse defeito deixado pela ditadura. É sabido, que alunos do ensino médio de outrora lutavam por seus direitos, tomavam a iniciativa, ao contrário dos de hoje em dia; a cesta básica daquela época, continha inclusive bacalhau. Vocês acreditam que se lutava por uma cesta básica que continha bacalhau? Quando um contemporâneo da minha avó me contou isso há anos atrás, não dimensionei o significado desse ítem. Hoje, se a nossa cesta básica tiver tomate, a gente dá graças à Deus.

Então, a leitura de hoje fala sobre educação e aponta as falhas do nosso sistema de ensino público em tempos de informação e tecnologia.

Boa leitura.


Blogagem Coletiva aqui.

sexta-feira, novembro 07, 2014

PARA PORTAR O ESPÍRITO MATERNIDADE


É sabido o tamanho da transformação que a chegada de um bebê causa na vida das mulheres. A descoberta desse novo amor revoluciona o nosso mundo. Muitas se comportam como se possuídas fossem por um espírito poderoso chamado “maternidade”, que passa a governar seus dias, sua rotina, suas horas, seus pensamentos, decisões, prioridades e uma vida inteira. Esse espírito se apossa sem cerimônia, toma conta e sem se dar conta, nós mães ficamos à mercê de seus mandos.

Algumas moças têm verdadeiro pavor de se tornar mães, porque ao ser mais observadoras, notam o quanto de demanda esse espírito exige e quantas de nós se abandonam à partir de tamanha exigência, a ponto de se esquecerem de quem eram em nome dessa novidade. Essas moças geralmente repudiam o espírito “maternidade”, levantando bandeiras e debates contra.

De certa forma, elas têm razão. Esse espírito é muito vigoroso e se apossa da gente. Muda nossa vida, nossos horizontes e faz a gente se esquecer de nós mesmas. A gente se abandona, ainda que as moças não reparem nosso sorriso de cantinho de boca e o brilho no olhar, apesar dos cabelos em pé, das unhas descascadas e dos lapsos de memória – qual mãe não sofre de lapsos de memória?

Por isso eu resolvi lembrá-las que para ser o “cavalo” do espírito maternidade, é preciso se reencontrar. É preciso dar a mão a si mesma, fazer as unhas, pentear os cabelos, se maquiar, sair com as amigas sozinha, ou curtir a sós uma sala de cinema no meio do riso ou silêncio do drama. É preciso viajar para visitar a irmã que agora mora em outro estado, ou perder algumas horas no trânsito em nome do chá com a mamãe ou o café com o papai que ainda estão vivos; é preciso ligar para a melhor amiga para contar as vitórias ou colher um outro ponto de vista, que evite as derrotas. Para portar tal espírito, é preciso reconhecer que nós “cavalos”, precisamos dar espaço para o nosso antigo eu.

É vital esse reencontro. É vital parar com tudo e se reconhecer naquela menina que nasceu há tantos anos atrás, filha de sua mãe, sua essência. Esses encontros nos põem nos eixos, no nosso centro, no cerne da vida, sobretudo nos põe de volta ao controle de nós mesmas. Pessoas únicas e exclusivas nesse universo.

Depois que a gente se reconhece, fica mais fácil abraçar o espírito “maternidade” de frente e de peito aberto. O grito dará espaço ao diálogo, as brigas por besteira cessarão em nome da compreensão assim de bom grado. Haverá paciência, saudade, carinho em abundância e melhor, ninguém vai morrer durante a pausa.

É importante nos darmos o direito à pausa, assim como aos nossos cônjuges, principalmente se eles chegarem junto e for cavalos do espírito “paternidade”. Afinal, muitos deles ralam tanto quanto nós, não é mesmo?

E que tal uma pausa conjunta? Que tal relembrar o tempo de namoro, só os dois, num programa namoradinho? Pode ser o cinema, pode ser o bar, pode ser a quadra da escola de samba, pode ser um motelzinho pros chegados... vale tudo em nome dessa individualidade quase perdida. O que não vale, é descontar frustração nos pequenos.
Acredite e aplique. É para o bem de todos.

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