Ontem por meio do facebook de uma querida amiga, vi uma reportagem muito de relance, onde aparecia Brad Pitt e os filhos. Dentre eles, um lourinho de olhos azuis, lindo demais, trajando terninho assim como os outros irmãos na pré-estreia do filme Invencíveis, estrelado pela mamãe, Angelina Jolie.
Até fiz um comentário safadeenho no post da amiga, dizendo que a Dona Miúda ia beijar mooooito o filho em questão, quando me detive na legenda da foto e perplexa, li que se tratava de Shiloh Jolie-Pitt e não de um menino.
Hoje, papai Brad completa 51 anos e muito me deixa orgulhosa sua postura diante do figurino e da escolha da filha biológica. Sim, a verdade foi dita diante de todos. Shiloh não se reconhece menina e prefere ser chamada de John. Simples assim.
Que outra atitude um pai amoroso teria diante da imprensa inteira? Vergonha da própria filha? Esconderia e tentaria forçá-la a pôr um vestidinho para parecer menina diante da sociedade?
Não né? No amor não cabe isso. Apesar das pautas dando conta de que para ele foi difícil ver sua esposa jogando a preferência de sua filha em vestir roupas masculinas no ventilador, (sou capaz de entender ambos), o posicionamento de Angelina em entender e aceitar mais rápido, é típico das mães. Se fosse comigo, talvez fosse tão prática quanto.
E é admirável o quanto esse casal está sabendo colocar o amor, a sinceridade e a verdade na frente de tudo, não importando o que as más línguas hipócritas dirão. Elas não pagam as contas, elas não ajudam na criação de seus filhos e não limpam o bumbum das crianças entre uma refeição e outra. As más línguas só podem falar e destilar veneno, unicamente.
É um fenômeno e está acontecendo agora nas melhores famílias. Não se trata de pecado, não se trata de abuso sexual na infância, nem de perda da inocência. Tanto não se trata disso, que justamente por serem inocentes, as crianças têm a sinceridade de assumir suas identidades. É natural para eles como um tênis que está apertado no pé e não serve.
Assim como aqui em casa minha galega aos dois anos chorava muito diante da minha recusa, pois queria pôr um vestido rodado de festa ao chegar da escola para ficar em casa, imagino Shiloh reclamando que não queria usar vestidos na mesma idade. E se repararmos bem as fotos nos sites de notícia, a última ocasião em que trajava vestidinhos, data da época em que ainda andava no colo dos pais. Logo que cresce, não mais. Só shortinhos e bermudas, além do cabelo curto.
O que dirão os conservadores hipócritas? Que partiu do casal vestir a menina como menino? Que se trata de marketing? Que a garota está sendo forçada? Que será a nova Thammy? E se for? Ok que Gretchen sempre foi chegada a atenções da mídia, no entanto sempre deixou claro seu amor incondicional e apoio a filha, demonstrando com isso que cabe aos pais amar e desejar a felicidade do filho somente. Já existe toda uma sociedade para avacalhar e tacar pedras. Esse papel não pertence a nós pais. Portanto o amor que a gente sente, está acima de qualquer orgulho ou egoísmo diante dessa realidade. Nossa ética inclusive nos impele a apoiá-los em casos assim e isso não é feio ou pecado. É exemplo a ser seguido.
Fiz questão de nesse post não incluir nota de especialista algum para embasar minha opinião, nem psicólogo, nem advogado, nem terapeuta holístico, nem espírita ou protestante, porque se trata da minha opinião e felicidade em compartilhá-la com meus leitores. Eu penso desse jeito e acho importante mostrar que influenciadores como Brad Pitt e Angelina Jolie estejam dando um belo chute no preconceito e na homofobia.
Desde muito antes de termos filhos, Engraçadão e eu sempre concordamos em duas questões bastante polêmicas: o que faríamos em caso de uma gravidez inesperada ou se algum de nossos filhos fosse gay ou transsexual. Nos dois casos sempre fomos a favor da vida e do amor, independente de como viessem nossas crias.
Daí que no post de ontem, primeiro morri de vergonha, porque claro, meu fogo diante de um par de olhos azuis de cabelo louro me fez prometer minha filha para a criança em questão, que é linda. Depois de ler melhor o artigo, confesso que se Dona Miúda se encantasse por alguém do mesmo sexo, eu a apoiaria incondicionalmente desde que essa pessoa a amasse e respeitasse do mesmo jeito. E isso independe de gênero.
Por tudo isso, canto parabéns de pé para Brad Pitt, cinquentão suspirado por balzacas e pós-balzacas; homem esse que mostra ser lindo não só por fora como por dentro, paizão maravilhoso e acredito, marido idem. O fato de Angelina Jolie tê-lo escolhido como homem para dividir uma vida, além de ele ter tido a coragem de trocar uma vida fútil e vazia para assumir uma mulher de fibra e personalidade, só faz aumentar minha admiração pelos dois. Eles realmente se merecem.
Brad, parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades e muitos, muitos anos de vida.