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segunda-feira, maio 24, 2004

A PESCARIA

Eu pegue ele numa dessa de novo!! É exatamente isso q farei. Hoje, né?! Naquela época, foi tudo diferente...

Bem, eu era cega, surda e burra! Típico sintoma de quem está apaixonado. Não enxerga um palmo diante do nariz, mas depois de alguns tocos em sábados bastante espassados comecei a ficar espertinha. Era uma sábado. Resolvi encontrar meu môzão na praia, no posto 6 onde se reunia a galera (Ah! Era Barra-eca). Pois é, mais um sintoma idiota da paixão, deixei de ir à Ipanema, pelo menos até os sábados q é mais tranquilo (domingo esquece! Só Barra-eca mesmo), dei muito beijo na boca, beijei muito, caímos na água algumas vezes, mas ele perto dos amigos não colava muito. Não sei se fazia parte de sua masculinidade, ou tinha medo de ter uma ereção... Naquela época eu tinha tudo na medida. Até chamava atenção. Bons tempos! De vez em quando, o grupo se dividia e meninos iam p/ um lado e garotas p/ o outro. Claro, a gente falando deles e eles, falando delas (as outras lógico!). Eu nem suspeitava q ia tomar um sorvetão na testa à noite.

Tudo ia bem, ele me deixou em casa e ficamos de nos ligar à noite p/ combinar o horário de irmos prá night. Era época de ensaio de escola de samba, verãozão, calorzão, fogão na bunda, aquelas coisas... Eu comecei a ter um pressentimento ao cair da noite q não o veria mais tarde. Mas não dei ouvidos. Depois dizem q mulher não tem sexto sentido. A coisa foi ficando tão gritante a ponto de me incomodar. Eu liguei fora do horário previsto só p/ me certificar de q tudo ficaria bem sem dar muito mole e ele confirmando q mais tarde nos veríamos. Eis q soa a 21ª badalada notúrnica e o telefone toca. Ele, o cara de pau liga dizendo q iria a uma pescaria com os caras, sábado a noite, garoando. Eu questionei, lógico! Àquela altura, meu findi já estaria perdido, mas ele sabia se defender muito bem e virou o jogo com um belo: "AH! SE NÃO QUISER ACREDITAR NÃO ACREDITA, EU ESTOU AVISANDO Q VOU PESCAR. PRÁ PESCAR NÃO PRECISA TER TEMPO BOM!!!!"

Sabe quando vc sabe q está sendo lesado, mas ama tanto q continua c/ o ebó? Pois então pensei. Vou chorar no Salgueiro q lá é lugar quente p/ chorar. E consegui marcar c/ uma amigassa minha q morava quase ao lado da quadra e não estava fazendo nada àquela noite.

Na época, do Rio Centro até a Tijuca, de ônibus era ter muuuuuuiiiita disposição e eu movida pelo óideo, fui.

Me vesti de sereia, com meus cabelos compridos, um vestido longo mas vaporoso q dava p/ ver tudo q e mais um pouco. Era meio transparente... Perfeito. Ao desembarcar na Tijuca, na esquina da casa dela, havia um carro que quase foi quebrado porque era igual ao dele, mas consegui me conter graças a um diferencial no vidro. Não tinha a inscrição "ADMINISTRAÇÃO É P/ ADMINISTRADOR - UVA". Antes mesmo de chegar na quadra, comecei a intuir um encontro no meio da multidão e movida por isso, dei três voltas antes de relaxar. Minha amiga me berrando no ouvido q ele não estaria lá e nem a bateria fervendo me fazia mudar de idéia de procurá-lo. Nada, relaxei.

Então vamos beber! Paramos no balcão e pedimos uma caipirinha radioativa, quando vem puxando o bonde do terror quem?? Ele o pescador malandro.

Adivinha quem tomou banho de caipirinha?????

Não é p/ cortar o pinto??
Pois é, eu casei!

Bj na bunnndaaaaa.

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