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terça-feira, fevereiro 06, 2007

CAGADA DE MESTRE

Atire a primeira pedra quem nunca passou por isso. Mesmo no jardim de infância.
Numa das minhas últimas consultas com meu Super-Ginecologista, ele me informou que eu perderia o controle de algumas regiões do corpo.
Tipo, ao dormir ficar c/ as mãos dormentes, espirrar e se mijar toda, sentir beliscões por dentro da barriga... essas cositas corriqueiras.
Mas do cú??
Desse ele não mencionou.
E eu pensei que estava imune.

Mudando rádicalmente de alhos p/ caralhos:
Quando eu e Engraçadão andamos nos aventurando pela área do sexo de ré, eu sempre precavida, morria de medo, usando aquela velha desculpa q o "meu" só tem saída, contudo afoita p/ ser uma mulher completa de forno, fogão, cozinha, banheiro e cama - principalmente cama! - resolvi tentar.
Antes, podia soltar peidos emergenciais onde quer q fosse, sem ser ouvida. Daqueles q vc odeia soltar, mas se vê obrigada.
Era mestre nisso. Em casa mesmo, onde tinha liberdade p/ fazer todas aquelas porcarias q na rua a gente não tem coragem.
Era simples, comprimia, ele fazia aquele barulhinho ffffssssss e pronto. Alívio imediato. Uns fediam, mas a maioria não. Quando fedia, podia correr pro banheiro, q era cagada na certa!

Eu era simples assim.
Era.
Até começar c/ aquele treinamento intensivo p/ dar o cu. Afinal, já tinha casado e só faltava isso.
Dedinho daqui, dedinho de lá, 1, 2, 3, ai, ai, ai... o pau não! Tá doendo, tira, tira, tira!
Normalmente a aventura acabava aí.
Sei q c/ vcs, meus queridos 5's leitores, posso abrir meu coração, q vcs são de casa!
Não presto p/ essas coisas. Acho q até bêbada o meuzinho tem dono.
Mas foi uma danação.
Chegou a época de usar aquele artifício dos peidos emergenciais e o primeiro teste foi na rua. Não q eu quisesse. Foi sem querer.
Tava eu no trabalho, mais específicamente sentada na baia, falando ao telefone, quando senti aquela pressão, apertei o dito-cú-jo e pow!
Foi um esporro. Arregalei os olhos! Queria morrer ali mesmo.
Mas não morri. Levantei e corri pro banheiro até cair no esquecimento, caso alguém tivesse ouvido.
Dalí, anotei no caderninho deletar peidos emergenciais em locais públicos e privados definitivamente.

Entendi q era um caminho sem volta e que nunca mais poderia me aliviar, onde quer q fosse.
Dar o cu e controlar peido são coisas incompatíveis. Meu maior medo, quase se confirmara: achava antigamente, q quem dava a bunda, só de pensar no cocô já se cagava todo e quase acertei!

Bem, os anos passaram e como passaram!
Com o início da gravidez, meu intestino prendeu vertiginosamente. Deixei de ir ao banheiro c/ certa regularidade, mesmo porque sempre tive prisão de ventre. Esse sempre foi um problema p/ mim, mas ultimamente vinha me assustando, visto que quase não ia mais.
Tipo 10 dias sem ir. E quando ia, fazia aquele cocô-pedra. Um tiquinho de nada.
Aí, completei as benditas 12 semanas-milagrosas-da-gestação. Aquelas em q passa tudo. Passa enjôo, passa faniquito, passa piripaque, só não passa quem já morreu! E meu intestino voltou a plena atividade. Não me perguntem o por quê!

Todo dia, chegava dar orgulho, na mesma hora, no mesmo bat-local, lá ia eu contribuir c/ minha quota de poluição do Guandu. Se é q meu cocô vai prá lá.
(É o cúmulo da ignorância...)
De maneira que na sexta última, saí do trabalho e fui buscar meu Pacotinho, como de costume. Já tinha ido ao banheiro de manhã, de modo q nem pensava nisso. Engraçadão levou ele de carro e deixou o carro na creche p/ eu não ter que andar aqueles 3 quarteirões. Beleza.
Tava quase chegando no carro, quando senti minha barriga se comunicando de forma estrondosa c/ o intestino. Ô_ôôôôô! Isso não tá bom.

Falei pro pequeno:

EU - Vamo filho, entra logo no carro, q a mamãe vai ficar c/ dor de barriga já, já!
PACOTINHO - Vc quer fazer cocô mãe?
EU - Não sei, acho q sim... estou esquisita...

E tome peidos emergenciais e pior! Dos q fediam prá chuchú. E Pacotinho salvo pelo vento q entrava pelas janelas.
Mas não adiantava, eu sentia aquele cheiro horrível de enxofre. O q será q eu comi???
Podia ser qualquer coisa...
Chegamos em casa, acho q em menos de 1 minuto, porque meti o pé no acelerador. Dessa vez, não dei passagem p/ nenhum pedestre velhinho, nem prá mulheres c/ crianças de colo, muito menos prás gestantes. Sai da frente q eu quero cagar.
Sim. A dúvida se transformara em certeza!!
Já tinha cometido 4 tentativas de suicídio, dado a fedentina dentro do carro. Sorte Pacotinho não estar reclamando. É... porque ele não mede as palavras.

Já na garagem eu aos berros pedindo p/ ele chamar o elevador, enquanto fechava o carro.
Sorte ele já estar, quando me aproximei.
No elevador, outra pressão.
Mas antes, tenho q confessar meu delito. Naquele dia, fui trabalhar sem calcinha. Aperta a barriga, incomoda...
Daí, soltei o último, ignorando o hino do Casseta & Planeta (Não peide no elevador) totalmente, quando senti q não era bem um peido comum.

Engraçadão me perguntaria numa hora dessas: Engraçadinha, peido pesa? - Não. - Xiiii! Então caguei nas calças!!!

Eu não tinha calças, calcinhas ou calçolas. Estava de vestido.
Quando vi q vinha chumbo grosso, apertei a bunda, prá amassar a merda q saía, p/ não cair no chão. E assim, fazendo uma força descomunal p/ pressionar as duas bandas da bunda, entrei em casa esbaforida, direto p/ o banheiro à passinhos de formiguinha.
Ufa!
Deu tempo, eu pensei.

Mas...

PACOTINHO - Mãããããããe! Bota no desenho prá mim???
EU - Eu tô no banheiro, meu amor. Vem aqui.
PACOTINHO - Huuuuumm mãe, tá fedendo!!
EU - Claro q está! É por isso q eu fecho a porta. Porque fede. Pega o controle, aperta o botão vermelho, depois volta aqui q eu te explico como bota na Discovery Kids.

Daí, ele grita lá da sala:

PACOTINHO - Mãããããe! Já está na Discovery Kids!
EU - Ótimo!
PACOTINHO - Mãããããe?
EU - Oooooi!
PACOTINHO - Fecha a porta q a sala tá fedeeeendo.

Putaqueopariu, eu tinha q ouvir uma dessa ainda por cima.
Daí ele volta e pede p/ abrir a porta.

EU - Q q vc quer, meu filho? Eu vou demorar!!
PACOTINHO - Eu quero fazer xixi.
EU - Mas eu não vou poder levantar daqui agora. Faz no box, q eu limpo quando sair daqui. - E ele fez, mas ao sair...
PACOTINHO - Olha mããe!! Tem um cocozinho aqui no chão!! (c/ ares de quem descobriu a pólvora!!) É seu mããe!!!
EU (Morrendo de vergonha!) - É, mesmo. Caramba! E eu nem vi. Já tô acabando e vou limpar. Pódexá.

Ele volta p/ a sala p/ ver desenho e eu permaneço mais uns 10 minutos no mesmo lugar.
Depois de uns 20 minutos ali, finalmente levantei e fui limpar minha cagada.
Ao voltar do tanque e me dirigir p/ o quarto, ouço o grito.

PACOTINHO - Mãããããããããe, mãããããe! Achei outro cocô aqui na sala!!!

Eu só pude arregalar os olhos de estupefação. Tinha mesmo um cocô, mas tão miúdo, tão miúdo, q só os olhos de lince do Pacotinho poderiam enxergar.
Taca eu a limpar de novo.

30 minutos depois, eu já deitada na cama, me recuperando do pesado dia de labuta e do inchaço do corpo, escuto Pacotinho a brincar de carrinho no corredor entre nossos quartos. Mais uma vez ele grita:

PACOTINHO - Mãããããããããe, mãããããe! Achei outro cocô aqui no corredor!!!
EU - Ah não! Que porra é essa?? Deixei rastro??? Vamos procurar p/ ver se tem mais, q eu não agüento mais achar cocô pela casa!

Tinha mesmo um pedaço no corredor, maiorzinho q o anterior.
Danei a vasculhar tudo e não encontrei mais nada. Ele me ajudou a passar um scaner pela sala e também não viu.
Ufa! Ficamos livres. Nem acredito.

A noite chegou e a essa altura já havíamos lanchado, visto novela, assistido desenho animado...
Engraçadão chegou, brincou c/ o filho, fez aquela farra.
Pacotinho estava quase indo dormir, quando se aproxima e diz:

PACOTINHO - Manhê, achei outro cocô perto do sofá!!!

Que merda!

1 comentários:

Steve disse...

PQP vc nao existe ne? entao acho q essa foi a melhor ou maior historia e real que eu ja vi e li,nao é a toa q vc engraçadinha mesmo,parabens pelo blog continue assim
pq eu quero ler mais,haha

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