Esse ano nem em janeiro fiz meus votos. Não decidi. E é sabido que quando a gente não decide, a vida é quem decide por nós e essa decisão nem sempre é a que escolheríamos. Das coisas que eu quero definitivamente esse ano, é continuar me confrontando. Preciso melhorar como pessoa, preciso me acalmar sobretudo e enxergar as coisas com clareza sem me esquecer da grande lição que é me colocar no lugar do outro, não me importando se a recíproca é verdadeira. Sabe? Não é só pra ser palavras bonitas. Não precisamos disso, além do que, palavras, o vento leva. Eu quero ações. Quero mudanças, quero movimento na minha vida e um xô bem grande na ansiedade. Não custa.
E esse moço?
Esse moço continua levando a vida meio que de cabeça pra baixo! Ele nos deixa de cabeça pra baixo literalmente. É um poço sem fundo de ansiedade, mas já possui, desde muito cedo, o bichinho da auto-análise. Ele se analise tal como faz a mãe e sabe direitinho aonde está errando.
Vc lá pensando que ele não está dando atenção e não liga pros puxões de orelha que damos e daí a um tempo, ele solta a pérola, cheio de humildade, apontando no defeito a ser corrigido.
Um lindo, um amigo, uma dádiva. Daquele q diz que ama com lágrima nos olhos, com tão pouca idade. Pacotinho é daqueles que tem muito a ensinar, se vc estiver disposta a aprender. Eu que sou dada a certos ferros e fogos, ele aparece na hora H com seu mangueirão e apaga o incêndio, sempre com uma palavra amiga, que se traduz em relevância. Releve mãe. Como se não tivéssemos amanhã e relevar fosse o único remédio.
Não, não fui eu q ensinei assim! É ele quem está me ensinando.
Esse carinha é o menino do meio. O meu mistério. É aquele q eu preciso ter atenção, porque coerência é seu nome do meio. O Sr. Cabeça de Bolinha, que esse ano fará 5 anos, é uma pessoa lúcida demais, madura até dizer chega, apesar de conservar toda a inocência de um menino de sua idade. Conhece sim, como ninguém o espírito humano, mas esse conhecimento ainda está encubado. Meu leião. É brabo sim. E ultimamente temos usado o recurso do puxão de orelha, mas daquele q não dói. Só pra chamar a atenção. Porque se deixar, ele só faz o que quer. Mas não se engane. O leião é o gatinho mais manhoso q eu conheço. Um poço gigantesco de carinho q vive lambendo, abraçando a dando muito beijo na gente. O lance, é que ele perdeu o posto de centro das atenções, então é um pouco complicado para um leonino não ser mais o umbigo do mundo. No entanto, estamos todos trabalhando com afinco para ele perceber que mesmo não sendo o centro, é das criaturas mais amadas que existem.
Sua voz, sua gargalhada, seu olhar, até seus ataques de esporro (na gente) são dignos, ouvidos e amados.
Essa sequência aí de baixo, poderia se transformar num Tumblr, segundo a minha querida Miss Moura. Eu não entendo muito bem o q significa essas coisas, mas seria muito legal ver, um bando de gente dos mais variados locais levantando suas squeezes, se posicionando no canto da imagem e desfocando o resto.
A ideia é mesmo muito boa, mas eu, Engraçadinha não sei se tenho saúde para administrar essa ideia. Tudo o que eu não preciso agora é de projetos não cumpridos. Preciso de constância!
Pacotinho gostou tanto da foto do irmão, que pediu:
PACOTINHO PEDINDO - Mãããããããe! Faz uma de miiiiim?
Mas admito, do irmão ficou mais legal! Porque eu simplesmente não sabia q ele estava lá. Eu estava tirando a foto da folhagem dessa esquina q invadia a calçada, oferecendo perigo à noite para quem passa, já que não se trata de uma rua bem iluminada, nem de tráfego intenso. Daí, quando fui ver, voilá, Sr. Cabeça de Bolinha estava ali bebendo água. Morremos de rir claro, e eu decidi q ele seria o destaque da foto!
Carnaval em Jaconé foi um capítulo a parte né?
Trata-se de um lugar muito lindo, com a pior frequência q já vi na minha vida. Não sei se empata com Cabo Frio na festa de Momo. Não sei mesmo, fato é q meu pai tem casa lá, vamos andando à praia e chegamos muito antes de ficar infestado de gente feia por dentro e por fora.
De qualquer forma, estar ali me dá paz. Porque a beleza de Jaconé recarrega as baterias e é isso o que importa!
Um pirata e uma palhacinha na porta do Chalé.
Desesperados para ir atrás do bloco!
É hilária essa ansiedade. Ficam apressando a gente:
VAAAAMO MÃÃÃÃE! VAAAAAAMO PAAAI!
Acaso eles desconhecem que ao chegar na rua dá sede, dá tudo? Q pra sair com criança a gente praticamente leva a barraca nas costas? Olha, nem me lembre desse episódio, porque sair de casa com criança... vou te contar!
Aaah meu companheiro!
Guerreiro de tantas lutas. Esse q tem um orelhão só! Acho q a outra caiu de tanto q eu falo no ouvido dele.
Se vc for observar Engraçadão de perto, vai ver q apesar de ele ser bem ranzinza, eu sou um pé no saco. Não éramos. Tivemos tão bons momentos juntos na solteirice... tínhamos absoluta certeza de que viveríamos num mar de rosas... mas não tínhamos ideia de que formaríamos uma família bastante numerosa e que só haveria trabalho como divertimento.
É vc sentar o rabo numa bomba-relógio o tempo todo, q só se desliga à noite. Viver sob pressão. E é nessas horas, q nossos nervos são postos à prova o tempo todo, que muitas vezes o nosso pior sobressai.
Perdoa amor e eu te perdoo também. Porque afinal, não temos culpa de nada. Mas não se iluda. Na próxima semana muito provavelmente estarei enchendo seu saco de novo! É inevitável e não significa que o amor q eu sinto por vc não seja imenso.
Uma cena hilária desse carnaval, foi na volta de um dos blocos. Passou um caminhão cheio de peão ou coisa parecida e eu vinha na frente em fila indiana, de mãos dadas com Sr. Cabeça de Bolinha. Dona Miúda vinha atrás no colo do pai e Pacotinho solto.
Notem meus chifrinhos.
Pois bem, um dos caras começou a gritar q queria morrer e ir pro inferno! Foi muito engraçado.
Se esguelando q queria ir pro inferno, capeta me abraça e tal.
Bem, o bichinho era tão feio, mas tão feio, q se isso for requisito pra entrar no inferno, ele não vai precisar da minha ajuda!
Nesse final de semana, mais uma vez na praia da Barra, os pequenos se esbaldaram na beira-mar.
Caçaram tesouros, correram pela areia e o prêmio máximo foi encontrar tatuís.
Esse bichinho pequenininho, que luta ligeiro fazendo cosquinha nos outros, a fim de se livrar da morte quase certa.
Nas mãos de Pacotinho e do Sr. Cabeça de Bolinha.
Só sei dizer q tem o gênio do pai. Extremamente doce por um lado e braba até doer por outro.
Mas é altamente sedutora, carinhosa, companheira e amável.
Foi com ela q tive aquele sonho cabeludo e justamente lá em Jaconé.
De lá pra cá, está bem.
Voltamos a nos ver num pedacinho da manhã e num pedacinho da noite.
É tão pouco eu sei e ela fica tão dependente desses pedacinhos, q eu sinto pena de ter vida própria e ficar sem ela.
Está com saúde, está divina, fala pelos cotovelos, canta tudo o q sabe e até o q não sabe e tem um pescoço que de todas as partes, acho q é a q eu mais amo.
É um pescoço cheiroso, fofinho, gordinho, daqueles gostosos até sem banho.
E como ela cuida! Tão pequenininha e já cuida. Já arruma, já ama vestidos e sapatos, ama um bom drama, porque vive fazendo e é nessa hora q a gente ri, porque depois de dois filhos homens, impossível cair no drama feminino... ela é... tudo.
Tudinho.