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terça-feira, fevereiro 28, 2012

Carnaval Passou, Começa o Ano


Esse ano nem em janeiro fiz meus votos. Não decidi. E é sabido que quando a gente não decide,  a vida é quem decide por nós e essa decisão nem sempre é a que escolheríamos. Das coisas que eu quero definitivamente esse ano, é continuar me confrontando. Preciso melhorar como pessoa, preciso me acalmar sobretudo e enxergar as coisas com clareza sem me esquecer da grande lição que é me colocar no lugar do outro, não me importando se a recíproca é verdadeira. Sabe? Não é só pra ser palavras bonitas. Não precisamos disso, além do que, palavras, o vento leva. Eu quero ações. Quero mudanças, quero movimento na minha vida e um xô bem grande na ansiedade. Não custa.

E esse moço?
Esse moço continua levando a vida meio que de cabeça pra baixo! Ele nos deixa de cabeça pra baixo literalmente. É um poço sem fundo de ansiedade, mas já possui, desde muito cedo, o bichinho da auto-análise. Ele se analise tal como faz a mãe e sabe direitinho aonde está errando.
Vc lá pensando que ele não está dando atenção e não liga pros puxões de orelha que damos e daí a um tempo, ele solta a pérola, cheio de humildade, apontando no defeito a ser corrigido.
Um lindo, um amigo, uma dádiva. Daquele q diz que ama com lágrima nos olhos, com tão pouca idade. Pacotinho é daqueles que tem muito a ensinar, se vc estiver disposta a aprender. Eu que sou dada a certos ferros e fogos, ele aparece na hora H com seu mangueirão e apaga o incêndio, sempre com uma palavra amiga, que se traduz em relevância. Releve mãe. Como se não tivéssemos amanhã e relevar fosse o único remédio.
Não, não fui eu q ensinei assim! É ele quem está me ensinando.

 Esse carinha é o menino do meio. O meu mistério. É aquele q eu preciso ter atenção, porque coerência é seu nome do meio. O Sr. Cabeça de Bolinha, que esse ano fará 5 anos, é uma pessoa lúcida demais, madura até dizer chega, apesar de conservar toda a inocência de um menino de sua idade. Conhece sim, como ninguém o espírito humano, mas esse conhecimento ainda está encubado. Meu leião. É brabo sim. E ultimamente temos usado o recurso do puxão de orelha, mas daquele q não dói. Só pra chamar a atenção. Porque se deixar, ele só faz o que quer. Mas não se engane. O leião é o gatinho mais manhoso q eu conheço. Um poço gigantesco de carinho q vive lambendo, abraçando a dando muito beijo na gente. O lance, é que ele perdeu o posto de centro das atenções, então é um pouco complicado para um leonino não ser mais o umbigo do mundo. No entanto, estamos todos trabalhando com afinco para ele perceber que mesmo não sendo o centro, é das criaturas mais amadas que existem.
Sua voz, sua gargalhada, seu olhar, até seus ataques de esporro (na gente) são dignos, ouvidos e amados.

Essa sequência aí de baixo, poderia se transformar num Tumblr, segundo a minha querida Miss Moura. Eu não entendo muito bem o q significa essas coisas, mas seria muito legal ver, um bando de gente dos mais variados locais levantando suas squeezes, se posicionando no canto da imagem e desfocando o resto.
A ideia é mesmo muito boa, mas eu, Engraçadinha não sei se tenho saúde para administrar essa ideia. Tudo o que eu não preciso agora é de projetos não cumpridos. Preciso de constância!

Foi assim.
Pacotinho gostou tanto da foto do irmão, que pediu:

PACOTINHO PEDINDO - Mãããããããe! Faz uma de miiiiim?

Mas admito, do irmão ficou mais legal! Porque eu simplesmente não sabia q ele estava lá. Eu estava tirando a foto da folhagem dessa esquina q invadia a calçada, oferecendo perigo à noite para quem passa, já que não se trata de uma rua bem iluminada, nem de tráfego intenso. Daí, quando fui ver, voilá, Sr. Cabeça de Bolinha estava ali bebendo água. Morremos de rir claro, e eu decidi q ele seria o destaque da foto!

Carnaval em Jaconé foi um capítulo a parte né?
Trata-se de um lugar muito lindo, com a pior frequência q já vi na minha vida. Não sei se empata com Cabo Frio na festa de Momo. Não sei mesmo, fato é q meu pai tem casa lá, vamos andando à praia e chegamos muito antes de ficar infestado de gente feia por dentro e por fora. 
De qualquer forma, estar ali me dá paz. Porque a beleza de Jaconé recarrega as baterias e é isso o que importa! 
Um pirata e uma palhacinha na porta do Chalé.
Desesperados para ir atrás do bloco!
É hilária essa ansiedade. Ficam apressando a gente:

VAAAAMO MÃÃÃÃE! VAAAAAAMO PAAAI!

Acaso eles desconhecem que ao chegar na rua dá sede, dá tudo? Q pra sair com criança a gente praticamente leva a barraca nas costas? Olha, nem me lembre desse episódio, porque sair de casa com criança... vou te contar!

Aaah meu companheiro!
Guerreiro de tantas lutas. Esse q tem um orelhão só! Acho q a outra caiu de tanto q eu falo no ouvido dele.
Se vc for observar Engraçadão de perto, vai ver q apesar de ele ser bem ranzinza, eu sou um pé no saco. Não éramos. Tivemos tão bons momentos juntos na solteirice... tínhamos absoluta certeza de que viveríamos num mar de rosas... mas não tínhamos ideia de que formaríamos uma família bastante numerosa e que só haveria trabalho como divertimento.
É vc sentar o rabo numa bomba-relógio o tempo todo, q só se desliga à noite. Viver sob pressão. E é nessas horas, q nossos nervos são postos à prova o tempo todo, que muitas vezes o nosso pior sobressai.
Perdoa amor e eu te perdoo também. Porque afinal, não temos culpa de nada. Mas não se iluda. Na próxima semana muito provavelmente estarei enchendo seu saco de novo! É inevitável e não significa que o amor q eu sinto por vc não seja imenso.

Uma cena hilária desse carnaval, foi na volta de um dos blocos. Passou um caminhão cheio de peão ou coisa parecida e eu vinha na frente em fila indiana, de mãos dadas com Sr. Cabeça de Bolinha. Dona Miúda vinha atrás no colo do pai e Pacotinho solto.
Notem meus chifrinhos.

Pois bem, um dos caras começou a gritar q queria morrer e ir pro inferno! Foi muito engraçado.
Se esguelando q queria ir pro inferno, capeta me abraça e tal.
Bem, o bichinho era tão feio, mas tão feio, q se isso for requisito pra entrar no inferno, ele não vai precisar da minha ajuda!


 Nesse final de semana, mais uma vez na praia da Barra, os pequenos se esbaldaram na beira-mar.
Caçaram tesouros, correram pela areia e o prêmio máximo foi encontrar tatuís.

Esse bichinho pequenininho, que luta ligeiro fazendo cosquinha nos outros, a fim de se livrar da morte quase certa.

Nas mãos de Pacotinho e do Sr. Cabeça de Bolinha.
E essa dona?
Só sei dizer q tem o gênio do pai. Extremamente doce por um lado e braba até doer por outro.
Mas é altamente sedutora, carinhosa, companheira e amável.
Foi com ela q tive aquele sonho cabeludo e justamente lá em Jaconé.
De lá pra cá, está bem.
Voltamos a nos ver num pedacinho da manhã e num pedacinho da noite.
É tão pouco eu sei e ela fica tão dependente desses pedacinhos, q eu sinto pena de ter vida própria e ficar sem ela.


Está com saúde, está divina, fala pelos cotovelos, canta tudo o q sabe e até o q não sabe e tem um pescoço que de todas as partes, acho q é a q eu mais amo.


É um pescoço cheiroso, fofinho, gordinho, daqueles gostosos até sem banho.

E como ela cuida! Tão pequenininha e já cuida. Já arruma, já ama vestidos e sapatos, ama um bom drama, porque vive fazendo e é nessa hora q a gente ri, porque depois de dois filhos homens, impossível cair no drama feminino... ela é... tudo.

Tudinho.

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

E NESSE CARNAVAL: SONHO COM FILHO, QUEM NUNCA?




Eu ainda lembro quando a minha mãe dizia que tinha tinha uns sonhos sinistros comigo. Eram sempre sonhos terroristas: Eu morrendo; eu sendo atropelada; eu indo com bandidos; eu me drogando; eu sendo estuprada, etc.


Não sou dessas. Não faço a linha paranoica com filhos, porque não adianta. O que tiver q ser, será, invariavelmente e penso que os fantasmas nesse caso não ajudam em nada. Quando me vem um pensamento peludo, eu paro, avalio e espanto, sempre que percebo incoerência. Deixo pra me descabelar diante dos fatos. Aí eu me descabelo com tudo o q tenho direito.


Então nesse carnaval, em pleno chalé em Jaconé, eu tive um daqueles sonhos peludos. Daqueles q vc grita mas não grita, chora, mas lágrima não sai. A garganta sufoca, o coração quase para. 


Foi com a Dona Miúda.
Ela era minha filha de fato, mas não de direito. Era filha de uma mãe q não sei se existia, mas o pai eu conhecia bem. Era o Marco Pigossi, namorada da Amália de Fina Estampa (a essa hora meus queridos 5's leitores começam a me chamar de maluca, eu sei.). Isso não me impediu de amamentá-la e ela já tinha a idade q tem hoje. Já era linda, loura e mandava em geral! Ainda sim, com todo aquele gênio, era amada por mim.


Engraçadão não tinha. Só os meninos e sonho é sonho, vai entender porquê. O inevitável aconteceu. Ele chegou em casa, com um bandihomem encapuzado e chegou com uma cara de "eu entendo o q vc tá sentindo, mas eu sou o pai" e mesmo sem trocarmos palavras, com o olhar apenas, respondi "ela é minha e só passando por cima do meu cadáver"!



Então eles passaram.
Me pegaram, encostaram alguma coisa no meu nariz, mais numa mulher q não sei quem era e que me ajudava com a meninada, daí apagamos.
Ao acordarmos, ela já se tinha ido. Nem vestígio da Miúda.
Não existia mais trio e eu não me conformava mais com uma simples dupla. A primeira coisa q pensei, foi em como seria a minha vida sem essa menina? 


Agora. dos meus queridos 5's leitores, quero q as mães q me lêem, se pronunciem nos comentários. Imaginem uma situação dessas em sonho. Aonde o grito não grita, o choro não tem som, a garganta fecha. Agonia pura e cristalina define.


O vazio, a agonia, as lembranças. Eu desmembrada. Sem aquela q tanto relutei em ter e q agora, sem a qual minha vida não teria mais sentido.
Lágrimas nos olhos. 
Ela é o sentido da minha existência e se ela me faltar, eu morro.
Aliás, se esse sonho fosse com qualquer um deles, a sensação seria a mesma. Perder qualquer membro do corpo, me doeria menos.


Perder um filho, é anti-natural. Na concepção daquele q ama, isso não existe.
E esse sonho de merda, q eu tive, não serviu pra porra nenhuma. 
Claro, eu não chorei. As crianças não me dão tempo. A gente acordava no chalé mal pulando,  nem espreguiçando direito, já cuidávamos delas todas e íamos pro dia de Momo. Era assim.
Mas para não acontecer, eu precisava botar tudo isso pra fora. 
Não pra evitar a má sorte, simplesmente para eu vomitá-lo aqui, porque é o q me cabe.


Bj na bunda.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

CARTA ABERTA À TUTTI

Se vc me perguntar como foi que eu conheci a Tutti, como foi a primeira vez que a vi, muito provavelmente não saberia dizer.
Ou saberia, agora tenho uma vaga lembrança... coisa dos meus já cansados neurônios!

Eu trabalhava ainda com o Português da Padaria, nos idos de 2006 e muito provavelmente toparia com a minha primeira proposta técnica por preparar. Alguém muito provavelmente já cansado de me explicar o processo de  maneira clara e eficiente, de forma que eu entendesse, me mandou falar com a Tutti, que fazia tal processo de olhos fechados. E foi assim que muito provavelmente eu liguei pra ela, ou fui lá em seu andar entender do riscado.

A Tutti é baixinha, ruiva, tem olhos lindos, um sorriso espontâneo e blábláblá, não dê atenção a nada disso! O que me fez querer ficar grudada na Tutti é a sua voz. A Tutti tem a voz dos contadores de história e coincidência ou não, ela é uma excelente contadora de histórias. Coisa que só fui descobrir mais tarde.

Sabe, eu sempre quis fazer um post sobre ela, porque não foi uma, nem duas, nem dez vezes que ela me ouviu, que trocamos histórias, almoços regados a risadas e tal. E eu me sinto tão imensamente próxima a ela e ela tem um magnetismo tão forte, que até Engraçadão sabe que ela é ela, mesmo a tendo visto apenas uma vez! Na vez em que fomos visitar a empresa com Dona Miúda.

Aliás, Miúda, foi uma homenagem que fiz pra Tutti. Ela teve uma gatinha chamada Miúda, que era uma verdadeira jaguatirica (não raro minha amiga aparecia no trabalho toda arranhada) e como a galega era pequetucha quando nasceu, então aproveitei para pegar o nick emprestado por tempo indeterminado. A Miúda original, está no céu dos gatinhos, a minha Miúda, ainda é baixotinha, mas gigante no meu coração.

Mas voltando à Tutti, não me perguntem como foi nosso primeiro diálogo. Nem qual a impressão que eu tive dela, porque eu não lembro. Lembro de ela falando pra eu ler umas normas que eu nunca li, achava aquilo tão chato e complicado, q anotei o q pude e depois fui fazendo. Mas sei que pegamos intimidade rápido, principalmente porque um dia ela me mandou um email dizendo que adorava gente que sabia falar palavrão. =B

Outros segredos foram revelados aos poucos. Ela tem livros publicados e ama escrever tanto quanto eu, ou até mais! E trocamos textos e risadas... tanto que a incentivei a escrever um blog para facilitar o intercâmbio, que mesmo eu demorando a aparecer, leio por empreitada. E não dá vontade de parar, porque ela junta crônicas, fotos, poesia e até algumas músicas.

Ali, nesse blog, a alma da Tutti se revela e só me acrescenta. E eu vejo como sou abençoada por ter alguém assim tão perto de mim. É mais uma das amigas que não perde uma boa piada. Até os palavrões cabeludos q eu solto sem querer, ela consegue transformar em motivo para mais gargalhada.

E a gargalhada sonora, lá de dentro da Tutti...? Pessoas que sabem rir assim, vc pode confiar de olhos fechados! São pessoas que não camuflam, que se importam, que não escondem sentimentos e são pau pra toda obra. Às vezes trazem certo sofrimento na bagagem, mas estes lhes foram necessários para moldar sua personalidade e vitórias. A Tutti? Tem muito mais vitórias a contar.

Ela é aquela mãe que ia trabalhar fora e deixava o filho sozinho em casa, porque ou era assim, ou era assim que se sobrevivia. Foi só ela e ele. Passando muitas vezes por privações e outras tantas, por conquistas indizíveis.

O filho é um bem suscedido cartoonista (estou simplificando ao máximo e ela pode me corrigir pelo amor de Deus!), casado e pai daquele cotoquinho lindo de gente com nome de anjo. Aquele que a Tutti tentou rasgar papel para testar sua reação, inspirada pela propaganda de um certo banco, mas que o anjo, apenas ficou olhando pra ela, como que dizendo:
Tá louca vó?

A Tutti é criativa até dizer chega. Tem 32 primas. Tem olhos verdes ou azuis, uma voz linda e me fez chorar contando a saga de sua avó durante um horário de almoço. Ela não tem ideia do tamanho do rio que eu tive vontade de chorar aquele dia. Ela não deixou o rio transbordar, porque se deixasse, muito provavelmente voltaríamos de barquinho pra casa.

E eu sou é grata morrendo de medo. Porque um dia ela aposenta, ou eu saio por aquela porta sem mais voltar. Morro de medo, porque sei o que a vida caprichosa faz com certas amizades. A areia da ampulheta acaba e vai cada um pra sua estrada dourada.

Então eu peço à Deus, que mesmo que percamos a convivência diária, me permita ainda conviver com a Tutti. Ela é das poucas do time de amigas que quero manter até o fim dos meus dias.
























quinta-feira, fevereiro 16, 2012

POST RECLAMATIVO


A vida está boa sim, mas eu confesso que estou de saco cheio de certos pensamentos meus!

De me sentir explorada;

De me sentir ingrata;

De ver pessoas se dando bem e eu aqui estagnada;

De achar q a grama do quintal de um monte de vizinhos menos brilhantes é mais verde;

De estar ansiosa por saber quais planos Deus esconde pra mim embaixo de sua túnica;

De ver que muita gente segue sua vida conformada com o que tem e que esse bichinho do progresso continua me roendo:

De me questionar todo santo dia: O q foi q eu fiz de errado.

É carnaval eu sei, mas eu tô pouco me fodendo pra isso. Já vivi 39 carnavais e é sempre a mesma coisa, sabe? Eu não esqueço os outros 362 dias (ano bissexto)!

Meu nariz não está com aquele bolão vermelho de palhaço para me conformar só porque é tempo de folia!

Tenho meus sonhos ainda, quero conhecer tanta coisa e simplesmente estou de saco cheio de não ter direito a tudo isso!

Não estou triste, não estou deprê, nem cortando meus pulsos, estou vivendo um dia de cada vez, mas mesmo não falando sobre isso com ninguém e evitando falar até pra mim, minha alma não se resigna.

Gira, gira terra, gira, gira mundo e faz a minha vida progredir assim como a minha alma é progresso!

É isso.














segunda-feira, fevereiro 13, 2012

CAMINHADA: VANTAGENS E DESVANTAGENS

 
Sim eu poderia falar do Grammy, do BBB12 e de uma série de outras notícias bombásticas que nos atingiram essa semana, como a morte do Wando e da Witney Huston, que claro, mudarão radicalmente as nossas vidas, mas não. Vou falar de algo que vai mexer eternamente com o coração, a mente, os neurônios e sim, manipulará o pensamento dos meus queridos 5's leitores daqui por diante:
Pça Xavier de Brito
Caminhada.

Sei, vcs devem estar piscando repetidamente diante de computador, pasmos, diante de tanta eloquência, não é mesmo? Pois é, eu provoco isso nas pessoas...

Mas quero contar o lado trágico da coisa. Caminhas tem provocado verdadeiras mutações no meu corpo, para o bem e para o mal. Vamos então à parte positiva. Sabe cansaço? Pois então, continuo me sentindo cansada, claro, tenho três filhos e 1 marido para atender, mesmo sendo carregada nas costas por ele, me sinto cansada demais. É um esgotamento físico que não dá vontade de me mover depois que chego em casa. A única brincadeira em que me dispunha até então, era brincar de mesa. Crianças em volta, eu sou a mesa.

Depois que comecei a caminhar, o cansaço ainda reside, mas de uma maneira diferente. O dia seguinte à caminhada, me sinto ativa, mesmo sentindo uma vontade de dormir, não incontrolável, claro! Mas mesmo me sentindo cansada, não me sinto empurrada para baixo. Não sinto o esgotamento. Só para citar um exemplo. Fui caminhar 4 vezes semana retrasada, quando comecei. 40 minutos diários e minha vida fluiu naturalmente. Me sentia cansada, mas tocava o barco. Não deu para sentir os efeitos positivos porque Engraçadão estava num finalzinho de férias. Ainda sim, consegui não passar de 20 minutos deitada depois que o despertador tocava, ao contrário da quase 1h de antes. Ainda não tinha notado nada disso.

Então semana passada, tivemos uma série de coisas a serem resolvidas. Compras de mês, na segunda, terça fiquei presa no trabalho até às 22h, quarta era o futebol do Engraçadão, somando-se sábado e domingo anteriores em que eu não caminhei, o resultado foi espantoso! Passei a semana esgotada. Simplesmente não tinha forças pra nada. Absolutamente nada. Vontade irresistível de deixar tudo pra lá. Além do intestino que prendeu. Pasmem! Por mais saladas, legumes e verduras que eu coma, demora ao menos 5 dias pra sair o produto da minha alimentação.

Então chegou a quinta feira e eu retornei à minha rotina de exercícios. Sexta também. A parte boa? Acordei antes de Engraçadão, fiz sexo com muito prazer e disposição do que era antes... Fato é, caminhar e dar aquelas corridinhas tímidas têm me ajudado. Até chegar o sábado!


Lembra que eu falei dos contras? E prisão de ventre? Pois então. Depois do café da manhã em família animadíssimo, quase ao meio dia de sábado, eu fui resolver as coisas do almoço. Tinha vários pit-stops pela frente, enquanto Egraçadão ficaria com os garotos. Peguei Dona Miúda e lá fomos nós ao programa mulherzinha. Começamos pela Drogaria Pacheco, onde eu teria de comprar uns apetrechos para geral lá de casa. Sebe-se que da minha casa à pé para a Pacheco mais próxima empurrando carrinho, dá uns 6 quarteirões. Nada demais para uma quase atleta que nem eu. Isso em Km não sei quanto dá, mas é um chãozinho. Talvez 2 Km, whatever... Fato é que já estávamos no finalzinho, a galega quietinha no carrinho, sem mexer em nada, o que poderia ser soninho batendo e aquele ambiente com ar condicionado era totalmente propício. Compreensível.

Eu num momento cocô

Estou eu lá e meu intestino começa a dar os sinais característicos: pele arrepiando, aquela pressão costumeira e o que era arrepio, passa a suor gelado brotando no rosto. Afff! Aqui nããão! Todavia quando a vontade bate, não tem o que prender. Sou dessas! Danei a ligar desesperadamente para Engraçadão e nada. Em casa nada, o celular dava fora de área (a TIM é o mááááximo!)... ousei ligar para a casa onde Pacotinho passaria o final de semana, porque certamente estariam lá. Nada!

Numa hora dessas o que vc faz? Olha pr'um lado, olha pro outro e chama o atendente mais próximo. E aí vai!

EU - Moça, boa tarde! Tem algum banheiro que eu possa usar? É, tô com uma puta vontade de cagar - Estava escrito na testa o que eu faria, dado o tamanho dos meus olhos esbugalhados.

Ela claro, me levou lá, com carrinho da galega e tudo, que a essa altura estava roncando. Tive ainda de esperar uma moça sair do toillete. Só cabia um no cubículo banheiro feminino. Então eu forrei tudim e apressadamente me aliviei-me. Até aí problema nenhuma. Ao contrário, solução. Acontece que a descarga - e sempre ela - era fraquinha que só. E o produto da minha caminhada não podia ficar ali. Horrível, humilhante e o q mais com agá seguido de u vcs queiram colocar. Maluco, a mulher que me encaminhou até lá, estava fazendo o leão de chácara próximo à porta, numa espécie de vestiário que tem ali. Daí q eu tive q me dirigir a ela pra pedir um balde! Porra, não dava pra ser menos péssimo não?

EU - Moça, a senhora tem um balde ou tanque aí para eu limpar... errr... a privada ficou suja...
No banheiro em que me encontrava, tinha uma pia, mas daquelas q mal cabem as duas mãos. Então o balde estacionado ali perto não tinha serventia, correto? A moça também não aliviou pro meu lado. Me mostrou o balde e o tanque perto dela, era tão inútil quanto a pia, de modo que eu tive que enchê-lo com chuveirinho próximo à privada. Dessa vez eu me superei e vou entrar pro Guiness como o record dos micos.

Fiquei ali uns 20 minutos, sem sacanagem, enchendo aquela porra e despejando na privada até ficar 89% limpo, porque naquele recanto a água não tinha força suficiente para encher uma caixa de privada, quiçá um balde de sei lá, uns 20l ou mais. Então, com muito custo, terminei meu serviço. Tenho horror a privada cagada! E a moça com seu sorriso no rosto e eu me justificando... aaaargh! Patético. E voltar pra loja? E imaginar que todos sabem q vc estava lá dentro cagando? Bom, eles podiam ao menos confundir com a Miúda trocando fraldas! Mas não... não levaria todo aquele tempo e claro, meu super-mico será compartilhado entre os funcionários. Ou vcs esqueceram q eu tinha um leão de chácara me escoltando?

Pois é. Agora todos ali me conhecem como a cagona da Pacheco e eu vou ter q aprender a conviver com isso.
Então anotem aí, mulheres de intestino preso, caminhar traz mais esse benefício - o de fazer o milagre que actívia promete - só não esqueçam de sair de fraldão no dia seguinte!

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Contaminando o Próximo.


É tão chato né, quando vc sai de casa, com o céu azul te abençoando, os passarinhos cantando, a brisa batendo em seu rosto e fazendo voar os seus cabelos. Ou então, quando vc é careca e a brisa te lembra que vc tem uma cabeça lustrosa e feliz.

Em dias assim, dá vontade de fazer a Cinderela e dar bom dia aos ratos, aos pombos, às pessoas, ao vento e de sair cantando no meio da rua. Impossível manter essa vibe durante todo o dia.

Se vc ler jornal, esquece; se vc topar com aquela vizinha fofoqueira ainda tem solução, porque vc pode usar o atraso como desculpa e voltar pra vibe de paz e harmonia. Mas isso não há de durar. A menos que vc seja um zen budista, ou seja muito disciplinado em seu ego.

No mundo corporativo, não raro vc esbarra com aquele tipo de gente negativa, que só fala tragédia e só reclama da vida, da situação, da comida servida, do cheiro do chefe. Não sou dessas e odeio esse tipo com todas as minhas forças. Mas será mesmo?
Infelizmente, por mais que se queira ver o lado positivo das coisas, existe sim uma sordidez no ar e possivelmente ela vai chegar até vc. Gerir uma empresa de grande porte, necessariamente requer certa sordidez. E quanto mais antigo vc é, mais está sujeito a topar com ela.

Eu fiz o agente nojento essa manhã.


Odeio fazer esse papel, mas minha insatisfação crescente com o que é sempre prometido e nunca cumprido... e até que eu consiga outro lugar pra ir, não quero despejar meu veneno em cima de ninguém, nem fazer o papel da que só reclama. Até porque, se não tivesse essa mentalidade tão capitalista, de transformar em escravo uns, em privilégio de outros (como em todo regime capitalista), seria um excelente lugar pra trabalhar.

E é, sabe?! De certa forma, estou super bem parada. Só tem um ponto que destoa, mas ainda sim, é um ótimo lugar para quem está chegando.
Toda empresa privada tem lá seus defeitos (nunca trabalhei numa pública) e seus métodos de exploração, umas mais, outras menos. O problema aqui, é q eu metida a besta como sou, deixei de fazer o q fazia e continuo ganhando como antes. E para mudar de cargo, existe uma série de desculpas esfarrapadas, que eu não engulo. Já vi acontecer muitas vezes. Gente muito boa saindo e a empresa querendo dar viagens para fora do país e até departamentos para que a pessoa fique. Não almejo nada disso. Só um salário compatível com o mercado e fim. E eu sei que de uma maneira ou de outra, isso vai acontecer (insira aqui um puta duplo sentido). Questão de tempo!


Mas como controlar minha ansiedade? Como não enlouquecer, como esquecer? Como ter paciência, como ser resignado quando se tem 3 filhos? Como não adoecer diante dessa estagnação que só saiu do papel na teoria e não no dia-a-dia?

Como não contaminar o próximo em certos momentos, como naqueles em q a pessoa tá toda lá alegrinha e vc fulo da vida e sem querer, ela solta uma frase ou mesmo uma perguntinha inocente que é o gatilho para vir abaixo o muro das lamentações?!

Eu não fiz esse papel exatamente.


Eu fiz de uma outra maneira. Falando da minha condição, citei exemplos de gente que saiu e dei os porquês. Foi cunhado de sutileza o meu veneno. Depois corri pra cá e fiquei pensando, em como eu fui ardilosa. Porque tudo o q disse, foi formatado em minha história pessoal. Estava só citando exemplos. E a menina tadinha, é um doce, um amor; certeza q está feliz com sua situação, assim como eu estava há 8 anos atrás.


Há 8 anos atrás, eu estava exultante. Nada me aborrecia. Nada me perturbava e se eu topasse comigo mesma, diria que essa profissional que aí está, é uma amarga. Essa profissional não tem o direito de despejar todo o seu sutil veneno em mim que acabo de chegar. Fique com os seus problemas, eu pensaria.


Tola.
Mais cedo ou mais tarde, mesmo que minimamente, o véu da ilusão esgarça e vai saindo como um pedaço de seda, independente de ser vc ou não quem o puxe.

E a grande questão é, vc vai ou não vai querer espiar o que tem lá?

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

A VIZINHA


Com tanta coisa boa pra falar, eu resolvo falar logo da vizinha?
Mas é que a encontrei no elevador antes de ontem e claro, ficou um silêncio constrangedor entre nós. Eu, sem a menor vontade de dirigir palavra; ela muito provavelmente me xingando em pensamento de intrometida, filha da puta, dentre outras pérolas.
Não estou nem aí.
Acho mesmo que vai haver uma seleção e a humanidade seria separada que nem o joio do trigo em outras épocas. O cerumano é foda! Farinha pouca, meu pirão primeiro e a coletividade que se foda. Pois sim!

Tudo bem que escorpiano tem fama de egoísta, mas péralá! Já foi o tempo do provérbio acima. Esse tempo já passou, sabe? Mesmo que uns e outros teimem em conjugá-lo, essa época já passou. A humindade está se dando conta que somos uma grande coletividade, responsáveis uns pelos outros e que juntos, fazemos a máquina Terra andar. Fazemos parte dessa centelha e somos parte do elo. Simples e perfeito. Tudo é progresso e movimento. Assim o é. Então não cabe mais esse tipo de comportamento e pensamento tacanho.


Fato é, que Engraçadão deu pra ser síndico já tem 2 anos e claro, ele não sindica sozinho! Senão aquele prédio ia virar um não sei o quê! Porque o cara dá conta de filhos, mulher, emprego, faxina e tantas outras cositas, ainda tendo que levar um prédio nas costas? Não rola. Já teria enfartado!

Como eles montaram um conselho para assuntos administrativos, onde meu digníssimo é orientado, mas também é quem põe o pelagar lá no local da assinatura, os assuntos chatos nunca ficam por conta da vasta assessoria. Sobra pra ele mesmo. De maneira, que não raro, o interfone toca.

Lá no prédio, as vagas são escrituradas e cada unidade tem direito a sua. Daí que ninguém briga, certo? Errado!

A crasse mérdia anda nadando em dinheiro - essa é a impressão que me passa, porque tem um povo lá que possui mais de um carro e haja sustento pra isso né não? Os bunitos então, deram para pedir favores em termos de estacionamento, já que muito pra uns e nada pra outros continua como reza a lenda...


Então, se aproveitando das unidades que não possuem vagas, volta e meia o interfone lá de casa toca e do outro lado da linha pode-se ouvir algum pedido lamurioso, de posso estacionar aí? Só essa noite?

Eu tenho minha listinha particular do que seriam os pedidos aceitáveis. Apesar de não ser síndica e ser contra meu marido sê-lo... tipo:

a) Vc está recebendo UMA visita e eles têm carro e a rua está deserta e tem vaga sobrando. Porque tem vaga sobrando mesmo. Aí vc toca no síndico e pede. Resposta: Ok, beleza.

b) Sua mãe enferma vai te visitar porque vcs irão no médico dia seguinte e a garagem tem espaço e tals e aí vc pede para ela deixar o carro lá, só essa noite vai? Resposta: Ok, beleza (não quero ir pro inferno, vai que a velha tem um infarto só de raiva!)


Eu acho que não tem mais exemplos que eu poderia consentir estacionar na vaga alheia não...
Só que o povo NÃÃÃÃÃO TEEEEEM BOOOOM SEEENSOOO!

Tanto que rolou de um vizinho pedir pra irmã dele estacionar lá, só que dentro do seguinte contexto: Eles viajariam juntos. O carro dele ficaria na garagem, ela viria lá da pulta que a paríl, deixaria o carro dela só por 2 semaninhas e depois, todos ficariam felizes. Porra...

Porra.

Poorrra! Realiza?! Realiza essa porra!

Claro que Engraçadão não deixou mas é assim que funciona:

ENGRAÇADÃO - Eu seeei fulano, eu entendo fulano, é mas... nããão... sim eu entendo, mas... é... infelizmente... (bota aí 1 hora vc ouvindo ele dizer isso repetidamente, Ok?)

Aaah se fosse comigo!

COMIGO - Pessoa, eu entendo, mas não fode! Na caceta da escritura está escrito uma vaga só por morador, caralho! Vc é analfabeto? Eu não posso fazer nada porra! Não sabe q isso é anti-ético seu merda? E eu teria que abrir as pernas pra geral, não tô abrindo nem pro meu marido, caceta! Read my lips NÃÃÃÃÃÃÃÃO! Ah vc não tá vendo my lips daí...?
Duas semanas depois, estou eu lá negociando com a TIM o preço do meu IPhone 4S, quando toca o interfone e o porteiro que já tinha contado pro síndico o desejo da vizinha - e o que tinha sido veementemente negado - anuncia que ela estaria subindo para conversar com ele. Enquanto a TIM me fazia aguardar, eu prestava atenção em tudo.

Engraçadão abre a porta e a mocinha entra. Novinha, bonitinha.

Sr. Cabeça de Bolinha chega na sala de cueca e já vai fazendo todo um trabalho de sedução,  perguntando nome, dando a mão a ela, mostrando o brinquedo, etc, etc... (enquanto Pacotinho sai correndo e gritando porque também estava de cueca) e eu sentada na mesa ao telefone.

A menina começa:


VIZINHA - Pois é, é q meu namorado que trabalha viajando estará aqui essa semana e eu gostaria que ele estacionasse aqui. Sabe como é, é só uma semana, final das férias dele e como tem vaga sobrando, eu achei que não custava nada.
ENGRAÇADÃO - Mas vc já tem vaga no prédio.
VIZINHA - Sim, eu tenho, só que eu alugo minha vaga e eu fico assim de desfazer o negócio! (mas tem a cara de pau de vir aqui pedir o impedível, né não safada?)
ENGRAÇADÃO - Olha, ali na outra rua, logo na esquina, tem um estacionamento. Ele pode deixar o carro lá. (gente, eu tô resumindo tá? Claro q ele não respondeu isso logo de cara! Dãããã. Só depois de meia hora!)
VIZINHA - Mas é que aí eu vou ter despesa e aí seria ruim (ela é filha de judeu? Não tinha cara com aquele sotaque carregado pro Norte...) Pensa seu Engraçadão. É só uma semana, tá cheio de vaga e não custa o Sr. deixar. (E não custa vc levantar o seu rabo e levar sua cara de pau daqui! Hunf!)
ENGRAÇADÃO - Mas eu acabei de negar um pedido igual a esse 2 semanas atrás!

VIZINHA - Mas ninguém ia saber! Eu peço pros porteiros serem discretos. Estou aqui pedindo pro senhor... (Se ainda tivesse pagando... Me lembrem de nunca votar nessa mulher se ela se candidatar um dia!)

Aí eu já me coçando e pinicando toda, saio lá de trás da minha insignificância e...

EU - É muito complicado o que vc está pedindo. Imagine se vc é a outra pessoa, descobre que ele negou pra vc e deixou pra um outro. Vc ia gostar? Além do quê, o modelo de gestão tem de ser igual pra todos... (sifudê sua egoísta escrota, cara de aço, insistente, inconveniente. Sai da minha casa!)
Aí a piranha da TIM me atende justo na hora em q eu ia mandar a mulher largar de ser uma egoísta, fia d'ua égua.

Sem sacanagem, ela ficou insistindo com ele cerca de 1h. Pedindo, implorando, argumentando e praticamente chorando miséria, ao ser proposta a desfazer o negócio do aluguel da vaga. Tinha hora que rolava um silêncio pra lá de constrangedor, porque apesar de parecer mole, Engraçadão não cedia e nem ela. Eu disse parecer hein meu povo!

Ora, a mulher já tem a vaga alugada pra outra pessoa, acho q do prédio mesmo, existe um estacionamento na esquina, que ela se recusa a alugar (até parece q sairia do bolso dela) e ainda acha q Engraçadão é intransigente! (bote aqui uma cara de pasma!)

E não levantava do sofá nem por outro caralho! Deu vontade de perguntar se o namorado tinha quantas pirocas pra ela ser tão insistente assim! Me segurei, juro! Se eu não fosse casada ia lá conferir, porque né...?

Ficou o maior climão e ela só se levantou, quando Engraçadão propôs que ela conversasse com a vizinha de frente que não possui carro. Só assim ela se foi.

Quando ela entrou e segurou o elevador pra eu entrar, a única coisa que eu consegui dizer além do boa noite, foi cri-cri-cri-cri.
Aaah não sou obrigada! Pois sim...

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