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sexta-feira, setembro 26, 2014

HANGOUT: BIRRAS E LIMITES ENTRE OS 2 E 4 ANOS


Na terça feira passada foi dia de Hangout e a questão levantada foi justamente as birras que as crianças entre 2 e 4 anos fazem. 

Como eu já discursei sobre o assunto nesse post, que é um dos mais visitados dos últimos dois anos, achei pertinente postar aqui esse assunto, que quem é mãe, invariavelmente vai passar ou passa.

Crianças nessa idade fazem birra e muitas vezes, em se tratando de filhos menores, muitas vezes os pais acabam cedendo a esse tipo de manha, defendendo os menores em detrimento dos filhos maiores.

Nós pais e educadores, não raro costumamos ceder aos encantos dos pequenos. Por quê? Geralmente porque julgamos que sejam indefesos, dependentes demais, criando assim uma ditadura dentro de casa em torno dos pequenos.

Um alerta: agir dessa forma é uma maneira de deseducar. Se você na boa intenção, pensa que está protegendo, na verdade está criando um futuro mimadinho, acostumado ao mando dentro de casa e sejamos francos, isso é legal? Acho que não.

A Aline Kelly, presenciou uma cena no metrô, o que gerou a iniciativa do hangout. Ela viu uma família com três meninas, onde a pequena de dois anos, agitada, saía do assento e ao ser "detida" pelas irmãs maiores, tascou uma mordida daquelas, deixando a irmã mais velha chorando, ao que os pais ao invés de discipliná-la, acolheu a caçula, deixando a maior chorando sem se importar com a péssima conduta da pequena. 

Notem, filhos são filhos e como futuros adultos, precisam de limites. É sabido que na idade dos dois anos, os pequenos usam a mordida para se defender. Daí a acatar esse tipo de comportamento e aceitá-lo consiste em grande erro dos pais.

É isso que foi discutido nesse hangout. Como passar valores para crianças tão pequenas? Até onde essa disciplina é eficaz? Usando um pouco do meu exemplo, eu que dessa vez não participei do hangout, todos aqui tiveram a mesma educação, respeitando os encantos e diferenças de cada um. Dona Miúda, que é a caçula, nunca mordeu os irmãos, mas ao menor sinal de desrespeito, é motivo de castigo. 

Aquela máxima de que é de pequenino que se torce o pepino, é muito válida aqui em casa e eles já entenderam. Não que não teimem, ou que não ultrapassem certos limites. É natural das crianças desafiar os adultos, porém é da natureza dos pais e obrigação, educar e ensinar o certo. E respeito ao próximo, é algo que precisa ser ensinado desde cedo.

São os nossos exemplos principalmente, que vão moldar o caráter dos nossos filhos. Portanto, repitam incansavelmente, insistam, eduquem e persistam até do túmulo! Nossa voz será ouvida e respeitada por eles, pois somos seus pais com todo o peso que essa palavra representa.

Bom hangout pra vocês!

 

segunda-feira, setembro 22, 2014

CASA DE FESTA? NÃO, OBRIGADA! - PIZZA PARTY


Não que eu queira declarar guerra às casas de festa. Não é bem isso. É que Pacotinho vai fazer 12 anos e agora passou o tempo. Não que eu ache que casa de festas tenha exatamente uma idade para acabar. Sonho em secretamente fazer uma festa de adultos em casa de festas, com muita música eletrônica, champagne, brinquedos um pouco mais radicais para ver azamigue perdendo a linha na piscina de bolinha. Perdoem, eu tenho umas viagens loucas.  

Nem sou radicalmente contra casas de festas. Para quem não entende a coisa do regionalismo, explico. O carioca é festeiro por natureza. Alguns chegam a se endividar para fazer a festa dos sonhos e o negócio de casa de festas virou febre e se multiplicou. Claro, é muito mais prático você pagar, ainda que parcelado e ir para festa do seu filho como convidado, que perder tempo, dinheiro e pernas, andando por aí para montar uma festa por conta própria. Só que meio que virou ostentação. Tem que ser em casa de festa sempre? Parece a ditadura da casa de festa e não satisfeitos com o pacote oferecido, pais e mães ainda compram coisas por fora. Nada contra, repito. Mas é impessoal demais. Você entra e sai sem conhecer a pessoa, sem ser acolhido. É um oi, depois um tchau, ao contrário de quando é em casa ou no prédio onde mora a criança. Ainda que você não consiga atenção exclusiva dos pais, porque não dá mesmo, você acaba se aproximando mais das pessoas e formando laços. Não sei em outros lugares, mas nas casas de festas daqui, meu melhor amigo costuma ser o quibe. Ainda mais eu, que sou esquisita.

Ontem mesmo fui a uma. Não sei se é porque a mãe da criança trabalha fora e não conhece os amiguinhos da escola da filha, mas me chocou que na hora do parabéns quase somente os funcionários cantavam, fazendo aquelas evoluções, né? Fora eu, marido e mais um casal. É o que parecia. Então você paga uma fortuna, nego vai à festa, a molecada pira e na hora do parabéns o povo não canta? Imagina se essa moda pega!

Acontece que eu sou dos anos 1970. Naquela época e o que ficou na minha memória até hoje, era acordar e sentir a casa num clima diferente. Minha avó tendo ido dormir bem tarde na noite anterior enrolando brigadeiros e cajuzinhos ao lado da minha mãe. Depois do café da manhã ver a família chegando para ajudar no almoço, enchendo as bolas, preparando a pista que era a sala com os móveis todos fora do lugar para dar espaço para quem quisesse dançar... Hoje não se vê nada disso.

Quero deixar no imaginário dos meus filhos, essa sensação de magia em seus aniversários. Apesar de eu ter proibido, Pacotinho continua crescendo todo dia e comemorar na idade dele é bastante peculiar, já que não é mais um menininho e precisa de certa autonomia e liberdade com os amigos. Em tempos de economia, aqui em casa a gente vai fazer o que dá. Claro, se eu pudesse, daria a festinha no play, chamaria os amigos da escola dele, os amigos mais antigos, os familiares mais próximos e daríamos uma festinha com música alta, decoração moderninha, espalharíamos alguns brinquedos que despertassem a atenção dos adolescentes... sei lá, colocaria uns joguinhos tipo Uno, Banco Imobiliário, Imagem e Ação e Twister a disposição, faríamos a brincadeira da salada mista mais pro final, teríamos muitas selfies, eles dançariam até cansar e tudo seria mega compartilhado no facebook. Seria memorável.

Infelizmente isso não será possível, então peguei uma ideia super bacana com a Samegui semana passada. Ela deu uma ideia que já aplicou em casa e eu vou testar aqui, que é a tarde da pizza ou pizza party. A gente compra massa pronta, ingredientes e os meninos é que vão se virar para fazer a pizza. Basicamente será isso. Eles farão a pizza, todos comeremos e à noite, por volta de umas sete, cortaremos o bolo. 

Será bem interessante ver os moleques se aventurando na cozinha e tenho certeza que isso fará a alegria de Pacotinho. Chamei umas mães bacaninhas por fora, claro, tem que ter a ala dazamigue pra ninguém ficar desfalcado. Uma tem filho na idade do Sr. Cabeça de Bolinha, outras duas com filhas contemporâneas da Dona Miúda e assim vamos. 

Para essa ideia dar certo será preciso:

  • Duas formas de pizza redondas;
  • Muzzarela, catupiry, presunto, salaminho, pepperoni,  tomate, cebola, azeitonas pretas em rodela; azeitonas verdes em rodela, champignon, molho de tomate, orégano, queijos diversos, palmito;
  • Refrigerantes, sucos, água;
  • Alcoólicos para os pais (opcional);
  • Bolo; 
  • Brigadeiro;
  • Música que os adolescentes gostam;
  • Videogame e outros jogos;
E aí? Gostaram da ideia?

sexta-feira, setembro 19, 2014

O SPA CLUBE VEIO AQUI


A internet é o máximo, não é? Imagina que estava eu em meu lugar,  vivendo a minha vidinha, estreitando laços com azamigue que já trabalharam comigo via facebook, porque tem certas amigue que eu não quero perder nesta vida e descobri que uma delas abriu um negócio muito bacana, daqueles que a gente sente orgulho alheio sabe como?

A ideia não é nova, no entanto, é daquele tipo que nunca sai de moda. E mulher que é mulher, pode bater no peito, dizer que não, mas atire a primeira pedra aquela que quando sai de um salão de beleza não se sente mais leve, rejuvenescida, poderosa e com a autoestima lá em cima? Vou além, quem é que não gosta de ser cuidada ou paparicada? 

Lembro de quando era pheena e bancava serviço de manicure todo final de semana, e quando eu furava o agendamento e ficar mais de uma semana sem as unhas bem feitas era a treva. 

Eu saía do salão me comendo, a verdade é essa. Ficava admirando minhas unhas, meu pé de mulherzinha, coisa que sem uma boa manicure não existe e quando fazia o cabelo, me sentia a mais poderosa de todas. E isso é ótimo, é saudável antes de tudo. Para as que tem filhas, passa uma ótima mensagem, desde que sem exageros. A brasileira é vaidosa, fato conhecido mundialmente e passar para as filhas que a gente se cuida, é mostrar um pouco de amor próprio desde já. Coisa tão importante em tempos de mulheres com baixa autoestima.

A parte chata do salão fica por conta dos agendamentos. Nem sempre conseguia agendar em cima da hora e era praticamente impossível conseguir com a minha manicure preferida um tempo em finais de semana. Só se agendasse com muita antecedência. Então parti para a arte de manicurar sozinha. Só que o pé... ah, o pé! Tem que ser contorcionista de circo e quem já se aventurou sabe que nunca fica igualzinho.

Daí que eu me lembrei da amigue, aquela que trabalhou comigo e entrei em contato. Já tinha feito uma vez, mas nem deu tempo de registrar. Dessa vez foi diferente. Como sempre pontualíssimas, a menina que veio me atender foi a Viviane, devidamente identificada com crachá e foto, trouxe sua maletinha com todos os produtos, inclusive esmalte, coisa que eu tenho aqui, mas fiz questão usar o dela para variar um pouco; toalhas, acessórios, spray para molhar o pé, tudo elas trazem. Alicate só de inox e devidamente esterilizado. Passei uma tarde agradável, fazendo a unha no sofá de casa, batendo um papo gostoso, ouvindo a música que EU gosto e curtindo a tarde como há muito não fazia.

Simples. 
Um contato quase de véspera e estava tudo resolvido. Essa simplicidade e a praticidade é que faz valer a pena. Outra, a qualidade do serviço é inconteste. Minha unha ficou tão linda, ou seja, os produtos que elas usam, também são de qualidade (e olha que sou chata!), porque as monas todas da faculdade elogiaram. 

Pra gente que tem filhos então, é uma mão na roda. Dá tempo de fazer enquanto os filhos estão na escola, ou ainda nos finais de semana. Uma informação privilegiada, as meninas disseram que justo nos finais de semana, o movimento é mais fraco, ou seja, isso aponta uma tendência. As clientes SPA Clube estão aproveitando para fazer as unhas durante a semana e nos finais de semana, reservam tempo para a família, para se divertir e resolver outras coisas. Fica a dica para as mamães que trabalham fora e disputam a tapa a manicure que sobra no salão (quando sobra!).

O SPA Clube tem um site bacana, além de uma fanpage no facebook. Basta ligar e marcar, ou deixar o contato na página, que eles retornam pra você. Vai conferir, vai!

quinta-feira, setembro 18, 2014

HANGOUT: E se o seu filho pedisse para ser modelo? O que você faria?



Taí um post que rendeu. 
O assunto sobre modelagem infantil no grupo Mães e Pais com Filhos deu o que falar e aí, foi aberta a discussão sobre o tema com outras mães.

No vídeo abaixo, vocês podem conferir tudo o que aconteceu e dar seguimento à discussão.
Esse hangout teve a participação da Sam Shiraishi, moderadora do grupo, Samantha Vicentini, ex-celebridade mirim, além de publicitária; Aline Kelly, Nívia Gonçalves, psicóloga e eu. Todas blogueiras e mães. 

Algumas das integrantes militam pela causa sem #trabalhoinfantil, onde está aberto um forum sobre o tema.

Participar desse hangout foi muito importante pra mim, já que pude observar outros pontos de vista, além de me dar conta que se minha filha deslanchar nessa carreira, isso pode sim, ser considerado uma forma de trabalho infantil. Talvez um pouco diferente do que viveu a Samantha, ainda sim, trabalho infantil. 

Assitam a esse debate, opinem e antes de qualquer pré-julgamento, ouçam.

Grande abraço.

terça-feira, setembro 16, 2014

CHUPETA: USE COM MODERAÇÃO


No post passado falei sobre alimentação e muito fugazmente toquei no assunto da chupeta como forma de auxiliar na introdução de novos alimentos na vida do bebê.

Como mãe de primeira viagem, nos idos de 2002, tinha a certeza que amamentaria, se assim o universo permitisse e me desse leite. Era certo que amamentaria até antes dos dois anos do bebê, não tinha certeza absoluta quanto ao uso da chupeta. E creiam, estava mais inclinada a não usá-la.

Já mencionei o Superpediatra e o quanto ele foi importante na minha vida e na da minha família. O mais bacana dessa relação, é que cortou o cordão umbilical dos três, deu dicas preciosas presencialmente ou por telefone, apoiou nossa família até quando estava de férias e sempre nos mostrou um lado prático e menos dramático da vida. Eu optei por ser uma mãe mais easy going, que uma mãe neurótica, dramática... minhas neuroses estão mais ligadas à educação e obediência, do que o estado de saúde deles, que graças à Deus, posso me considerar abençoada.

Segundo fonoaudiólogos, o mito da chupeta não é simplesmente um mito. A maioria esmagadora é contra o uso da chupeta por um período prolongado, tanto no que diz respeito ao tempo em que a criança usa diariamente, quanto aos anos de uso. Criança que chupa a chupeta mais que o devido, usa a sucção de forma indevida. Coisa que a amamentação é a grande responsável em proporcionar (não a chupeta), estimulando músculos faciais, responsáveis pela mastigação, desenvolvimento da fala e respiração.

Voltando a minha experiência pessoal, fui apresentada à chupeta tão logo me vi com um recém nascido nos braços. Na verdade, ganhamos algumas já no chá de bebê, coisa que na época, dei uma olhada com certo desdém... Nada como aquele período de terror, chamado adaptação, quando o bebê vem pra casa e a gente pensa que vai enlouquecer, para mudarmos alguns valores.

Superpediatra ao saber que Pacotinho pretendia ficar agarrado no peito quase o tempo todo, sem dar tempo pro meu peito encher de novo, mandou que eu desse a chupeta. Diante dos gritos histéricos do recém-nascido, sugando dois seios murchos praticamente secos, não vi outra alternativa, a não ser empurrar a chupeta.

Cardíacos saiam da sala, peguem seus remédios, calem as entidades protetoras dos direitos dos bebês. Cenas fortes virão nas linhas abaixo.
Pacotinho ODIOU a chupeta. Ele cuspia, eu dava de novo, ele cuspia, eu dava de novo e assim foi. Confesso, segurava uns segundinhos em sua boca, evitando que ele cuspisse ou chorasse, até que ele desistiu e ficou com ela na boca.

Verdade, fiz tudo isso com o coração apertado, com a consciência apontando seu dedo inquisidor na minha cara, me sentindo até uma mãe escrota. Por fim, joguei a culpa de lado. Eu não daria outro leite que não fosse o meu, água era dispensável, e olha que apelei para a água na chuca e ele rejeitou da mesma forma, por fim, a chupeta foi a grande salvadora da pátria. Pacotinho era aquele tipo de bebê que mamaria até vomitar, engasgar, ou ficar pendurado ali para sempre. Ele não dava a chance de me recompor, de o peito encher. Literalmente, ele teria gostado de fazer meu peito de chupeta e isso é muito comum em bebês que não a usam (fazer o peito da mãe de chupeta, ao invés de mamar quando tem fome - comigo não, violão!). 
Acontece que já ali comecei a discipliná-lo, portanto segui algumas regrinhas:

  • Enquanto bebezinho, a chupeta só era usada quando o bebê a procurava, se mostrava irritadiço ou com sono. Nunca substituí mamadas nos horários certos, carinho, afago ou colinho pela chupeta;
  • Na hora de dormir, todos os meus filhos cuspiam a chupeta quando entravam em estágio de sono profundo;
  • Quando maiores, a chupeta só era usada na hora do soninho da tarde e da noite. Como foram cedo para a creche, a instituição também estimulava atividades sem chupeta para somente usar este recurso na hora da soneca;
  • Desde pequenos, meus filhos usavam uma chupeta por vez, embora tivéssemos outra guardada para o caso de perder a primeira. Dona Miúda chegou a ter seis chupetas de uma vez, porque não raro fazia o truque do desaparecimento, então ao encontrarmos, a guardávamos sem que ela soubesse da existência das outras cinco;
  • O mesmo Superpediatra nos deu uma meta para tirarmos a chupeta da criança, que aos três anos, nenhum deles poderia estar portando uma chupeta, ou seja, todos pararam de chupar antes dos três anos. Seguimos à risca.

Ainda que tenha tido experiências felizes com a chupeta na criação dos meus filhos, reconheço que se trata de um vício paterno e em alguns casos, um sofrimento na hora do afastamento. 

Pacotinho deixou a chupeta prestas a completar três anos e como meninos não são dados ao drama, usei do recurso da falta de dinheiro para não comprar a chupeta que perdeu. Conforme foi perdendo, não repúnhamos o estoque e justo no dia da última, eu me recusei a pagar R$ 5,00 (ou menos) com cartão de crédito. Pacotinho reclamou e choramingou por cerca de duas noites, quando geralmente ele pedia a chupeta. Já ficava o dia todo sem ela nessa idade. A creche também ajudou encorajando-o a contar sua experiência aos outros coleguinhas, o que o incentivou a bancar o corajoso, bater no peito e dizer: EU NÃO CHUPO MAIS CHUPETA! Realmente, ele passou para outro nível social em sua vidinha.

O Sr. Cabeça de Bolinha foi o mais guerreiro dos três. Estava doentinho na ocasião e tinha o péssimo hábito de morder as chupetas até rasgá-las. Ele começou a fazer isso bem depois dos dois anos e a frequência com que comprávamos chupetas começou a aumentar drasticamente. Não estava nos nossos planos investir na Bolsa de Valores, muito menos em chupetas. Então demos um ultimato que caso ele mordesse a próxima, ficaria sem chupeta. Não lembro bem, mas acho que ele ou estava para completar três anos ou tinha acabado de completar. Fato é que ele mordeu a chupeta, se deu conta do rombo e tomou a iniciativa de jogá-la fora por conta própria. Segurou a onda legal, não chorou, não pediu mais e contava todo orgulhoso pra geral de seu grande feito. Esse também entrou para o grupo seleto dos que largaram a chupeta com orgulho.

Dona Miúda já foi outra coisa. Mulher-> separações = drama. Quem orquestrou a separação da chupeta foi a madrinha dela, sem meu conhecimento. Elas haviam feito uma combinação secreta e quando fui pegá-la na casa da dinda, a galega já veio sem o acessório. O problema, é que minha filha quando vai para a madrinha quer se fazer de forte e quando desce, perto dos pais, não dá conta das próprias escolhas. Moral da história, fiquei duas semanas ouvindo choro e chorando MUITO, junto. A tormenta só passou, quando eu saí do estado de pena para o estado de mãe que faz o que tem que ser feito. 

Ela não tinha três anos ainda e faltava um bom tempo para fazê-lo e isso me dava muita dó. Sentia que ainda não era o momento, porque não fui eu quem conduziu a situação. Então seria mesmo pena da pequena, ou o choro era mais um inconformismo por saber que essa decisão deveria ter sido conjunta? Fato é que não voltei atrás. Não colocaria tudo a perder e quando finalmente me acalmei, depois de muito papo com a dinda me acalmando, pedindo forças, consegui deixar de drama e foi essa tranquilidade que fez minha filha parar de pedir pela chupeta na hora do soninho da tarde, ou quando se visse contrariada. Duas semanas depois.

Então eu recomendo sim o uso da chupeta, desde que se saiba administrá-la e ter a consciência de que seu uso é periódico, não permanente. 
Com chupeta a fórmula é simples: mais qualidade, menos quantidade.

Fonte: Sseção Vida e Saúde - Site Paran@shop

sexta-feira, setembro 12, 2014

SEU FILHO SE ALIMENTA BEM?


Esse post não é Publieditorial

O maior calcanhar de Aquiles de dez entre dez pais (que se importam...) é a preocupação com a alimentação dos filhos. De que forma fazê-los comer alimentos saudáveis e largar das gordices a que as crianças são tentadas todos os dias?

Alimentação também faz parte da educação, desde a mais tenra idade do bebê. É isso mesmo. Faz parte de uma boa educação alimentar, dar o peito nos primeiros momentos em que o bebê sai da barriga da mãe. O leite materno tem tudo o que um bebê precisa para se desenvolver física e emocionalmente, mata a sede, sacia a fome, estreita os laços com a mãe, além de ser muito prazeroso para ambos. Não é novidade.

Só que à partir do sexto mês de vida, outros alimentos devem ser apresentados à criança, ainda que ela esteja habituada a mamar no peito. E é aí que começa a saga para transformar aquele bebê, numa criança que se alimenta bem e que aceita toda uma variedade de alimentos que serão oferecidos. Cabe aos pais conduzir esse momento de forma a tornar a criança aberta a novas propostas. E de que maneira se faz isso? Simples, novamente a gente veste a capa da persistência e da força na peruca!

Depois do suquinho de laranja lima coado, a bananinha amassada será o passo natural. O suquinho geralmente vai bem. Eu que tive três filhos, não os vi recusando, já que a laranja lima é bem docinha, no entanto reconheço que cada caso é um caso. Deve haver algum bebê que odeie suco de laranja e ninguém melhor que o pediatra para orientar o que apresentar como substituto. 

No caso da banana, a persistência entra com tudo. Geralmente os bebês cospem. E aí vem aquela vontade de sair correndo e dar o peito (nesse caso, o caminho mais fácil), mas não. Tem que insistir. Amassar bem a bananinha com o garfo e ao introduzir a colher na boca da criança, antes que ela faça careta, a gente põe a chupeta. Esse método é infalível! Ah, mas seu filho não chupa chupeta... bem, apelando para a criatividade, compraria uma daquelas colheres emborrachadas que não machucam a gengiva do bebê e deixaria o objeto mais tempo na boca (por favor, não enfiem na garganta), para deixar o bebê saborear e sugar o alimento junto com a colher. Dali a dois ou três dias, o que se vê é o bebê abrindo um bocão sem tamanho para a banana. Ele acostuma. Depois de uma semana, virão outras novidades: maçã raspadinha, mamão amassado e pera, uma a cada semana, onde todo o processo deverá ser repetido. Não desespere! Persista, afinal, você já passou por isso antes.

Mais tarde, é chegada a hora do alimento de sal e aí vem o pulo do gato! Comida de sal, nunca, jamais em tempo algum, deverá ser passado no processador ou liquidificador. Nós mães, não devemos passar nossas neuras e nojinhos pros filhos. Ainda que a gente deteste cenoura, ou batata doce, nossos filhos têm o direito de conhecer e aprovar esses alimentos. De que maneira? Enquanto são pequenos, a sopa receitada pelo pediatra após cozida, será passada no espremedor de batatas. Isso fará com que os legumes fiquem em pequenos pedacinhos. Conforme os dentinhos comecem a aparecer, o espremedor será substituído pelo garfo, então a sopa será amassadinha, com pedacinhos maiores de legumes e seu filho terá a sensação da mastigação na boca. Vale a careta da mamãe ensinando a mastigar!

A persistência e a coerência devem ser as grandes aliadas na hora da alimentação. Se a criança recusar a comida, é proibido substituir alimentos por biscoitos, iogurtes ou doces. A mensagem que se passa quando se oferece esses substitutos, é que a criança está sendo recompensada por não comer e isso a gente não quer.

Aqui em casa, sempre deixamos claro, desde que eram bebês que se não comessem, ficariam com fome. Porque às vezes é normal a criança não estar a fim de comer. Isso acontece conosco que somos adultos, por que não haveria de acontecer com eles? No entanto, é importante deixá-las cientes de que a hora da refeição é sagrada e insubstituível, por isso, não é nada demais guardar a comida e oferecê-la mais tarde, tão logo a criança apresente sinal de fome. E funciona.

Quando maiores, na idade da manha, essa regra deve ser mantida, ainda que seu filho abale as estruturas do prédio aos berros, como se você o estivesse enforcando. Não se abale com escândalo. Deixe chorar e seja enfática (o): "Depois da comida eu te dou o biscoito. Agora é hora do almoço! Ou do jantar."

Adotando essas regrinhas, consegui que meus 3 filhos se alimentassem apropriadamente. A Dona Miúda ama tomate, come salada, brócolis (pede pra cortar miudinho), todo o tipo de sopa, quiabo e o que mais oferecermos. Quando ela recusa algum alimento pela aparência, eu prometo a ela que se provar e não gostar, eu não forçarei a barra. E ela prova. Dificilmente recusa e quando isso acontece, sou obrigada a manter minha palavra, pois com quatro anos, ela já tem o direito de ter um paladar diferente do meu. Mas no geral, come de tudo. O Sr. Cabeça de Bolinha quando vê brócolis grita alto e bate palmas: BRÓCOLIIIIIS! Já Pacotinho que está crescendo e começando a apurar o paladar para comidas mais junkies, às vezes faz careta para legumes. Quando isso acontece, eu repito a célebre frase:

- Se não comer sua refeição, não vou te dar mais nada!

E ele come tudo. Ainda que me peça para colocar pouco. Ok, isso pode.

Quem me ensinou essas técnicas, foi o super pediatra deles. São regras simples e realmente funcionaram. Crio três crianças saudáveis que se alimentam bem, não correm o risco de obesidade, dificilmente adoecem (graças à Deus) e quase nunca ficam resfriados. 
O Super Pediatra, não é de hoje, vem me preparando para o dia em que eles não queiram comer nada. Ele diz que é normal ao menos um dia na vida da criança, ela não sentir fome. Felizmente, isso nunca acometeu nenhum dos três. 

É claro, no caso daquelas viroses brabas, onde a criança tem febre, fica prostrada, ou evacuando, essa rigidez deve ser posta de lado e o que ela comer está valendo, ainda que seja um biscoito ou iogurte. O que não vale são pais permissivos, com preguiça de ter  trabalho, fazer as vontades das crianças, transformando-as em filhos igualmente preguiçosos na hora de se alimentar e futuros mal acostumados, achando que estão no comando. 

Não tenha medo de ser rígido. A saúde dos nossos filhos não tem preço. É questão de educação, persistência e coerência. Não à toa, nós pais somos chamados de responsáveis e não o contrário.

quarta-feira, setembro 10, 2014

MINHA FILHA QUER SER MODELO, E AGORA?






Respondendo à pergunta acima, trata-se verdadeiramente de um dilema. Eu mesma não saberia o que fazer, mas posso ajudar às mamães que estão passando por isso com meu  exemplo de vida.

A Dona Miúda desde muito novinha, cresceu com lentes profissionais apontando pra ela. A bichinha ficava numa creche no alto da Comunidade do Borel, cuja filha da dona é fotógrafa e sendo refém  da gostosura da Miúda, quase que diariamente tirava fotos. 

Minha pequena foi pra lá aos 5 meses e todos os momentos foram registrados. Quando sentou-se, quando fazia mesversário, quando engatinhou, toda suja de bolo, andando, batendo palminhas e por aí foi.

Mais tarde, quando a Miúda já tinha certa consciência corporal, começou a fazer poses para as lentes e se recusava a ser fotografada com celular ou câmera pequena. Ela só queria as objetivas. Só faltava pedir tele-objetivas! Impossível essa minha filha. No entanto, eu nunca forcei nem corri atrás de uma agência de modelos, já que nos meus sonhos, eu é quem sustentava a família, não ao contrário. Era realmente conservadora nesse ponto. Até que...

No final do ano passado, ela foi descoberta pela Mega Models na saída da escola e convidada para fazer um book, bem como fechar um contrato de dois anos com a agência. Encurtando a história, até porque já a contei aqui no blog, fiz uma vaquinha entre amigos e familiares e fechamos com a agência. 

Dona Miúda ainda não fez nenhum trabalho significativo, mas já foi incluída em alguns castings, cujo destino está sempre na mão dos clientes, portanto, saber lidar com nãos é imprescindível. É uma carreira de nãos. Hoje, a própria agência está custeando um workshop para formar seus modelos, já que a gama de trabalhos está aumentando. 

Embasada nesse conhecimento, listo abaixo dicas importantes para os papais que pretendem iniciar seus filhos nessa carreira árdua, que é o mundo fashion:


  • Pontualidade - Modelos nasceram para esperar e muito embora crianças tenham um timing curto, ainda mais os pequenos, prepare seu filho para chegar nos lugares ao menos meia hora antes e se prepare para além do chá de cadeira, levar frutas, biscoitos, sucos, água e um brinquedinho. Vale levar livro de histórias para matar o tempo. Não esqueça de avisar ao pequeno previamente que demora mesmo. Eles (o cliente) podem atrasar o quanto quiserem, o modelo NUNCA, já que comportamento também é pré-requisito.
  • MAMÃE, DEIXE SUA ANSIEDADE EM CASA! - Crianças são verdadeiras antenas. Elas captam a ansiedade dos pais, portanto, de preferência não conte a elas sobre a fase eliminatória dos castings. Vida de modelo é feita de espera e nãos. Se você não sabe lidar com isso, então não coloque seu filho nessa vida. É um mundo extremamente cruel com modelos e mães. A dica é simples, quanto maior a criança, mais ela pode saber o que se passa. Se for pequenininha, não vale a gama de informações.
  • Investigue a agência - Antes de fechar negócio, é importante que se investigue aonde você está se metendo, já que charlatões estão usando o nome de agências sérias para ganhar dinheiro em cima dos desinformados. É normal exigirem um book quando se está começando a carreira, mas se a criança já possuir um, cujo material é de qualidade, então é possível negociar o uso desse material. As grandes agências costumam aceitar book de outras grandes. Use a internet e o telefone a seu favor, pesquise e ligue para a matriz. Se informar exaustivamente antes de fechar negócio pode poupar muita dor de cabeça depois.
  • Dê àdeus às gostosuras - Uma coisa que me chamou atenção nesse workshop, foi a forma como os organizadores se referiam a certos alimentos. Fiquei assustada, claro, mas ao reparar ao meu redor, a maioria das mães presentes estavam visivelmente bem acima do peso. Então foram categóricos quanto a hambúrgueres (só uma vez por mês), refrigerantes (só aos domingos) e biscoitos recheados ou chocolate (NUNCA, faz mal para a pele). Felizmente, já adoto essas medidas em casa, mas em relação ao chocolate e biscoitos, temos que ficar atentos, já que apesar de pouco, nunca para crianças na idade da Miúda é quase impossível. Adolescentes têm realmente que cortar chocolate do cardápio, para não aumentar a incidência de espinhas.
  • Seja realista e persistente - Olhe sua criança, ela tem chances reais de ser bem suscedida na carreira? Existem crianças que nasceram com o dom de desfilar e fotografar, sua criança é assim? Felizmente hoje em dia, as agências abrem um leque generoso que engloba negros, mestiços ou traços orientais, mas nem sempre foi assim. Quantos mais loirinho do olho azul, melhor, lembra? Hoje vale mais a branca com cabelo cacheado ou a negra com cabelo de índia, que um par de olhos claros, não que este não tenha sua vaga garantida. O que quero dizer, é que quanto mais eclético melhor. O mercado finalmente entendeu que moramos numa aldeia global, portanto, a mistura é bem vinda, graças à Deus!
  • Crianças multitarefa - Assim como o mercado demanda profissionais que fazem várias coisas ao mesmo tempo não é de hoje, o mundo fashion precisa de crianças multitarefa. Então se seu filho além de fotografar bem sabe desfilar, atuar, cantar ou representar, suas chances de ser aceito num casting são maiores. As emissoras de TV recorrem às grandes agências, por isso a necessidade de preparo. Não estou dizendo para você colocar seu filho em tudo que é aula de canto ou dança. Muitas vezes as próprias agências preparam seus modelos, só que se o seu filho já tiver algum talento extra, isso facilita as coisas. 
  • O Book é o seu melhor amigo - Em se tratando de modelos, o book é a extensão de seu corpo, ou seja, aonde quer que vá, leve o book consigo. Seja na própria agência, seja numa entrevista com o cliente ou casting, leve seu book. Em casos de modelos maiores, anote suas medidas (busto, comprimento, quadris, etc). Na indústria ganha mais credibilidade quem sabe mais. Mamães, fiquem atentas!
No mais, é lembrar aos maiorzinhos que já compreendem certos assuntos, que se trata de uma carreira árdua, que requer disciplina, persistência e muita paciência. Os nãos são normais e não significa que ele não é bom. Tenha isso em mente. Às vezes, o comportamento dos pais derruba os próprios filhos. A terrível pecha de "mãe de modelo" existe e destroi carreiras, portanto, saiba confiar e ter calma. Se seu filho for aceito, seu telefone vai tocar não importa onde você se encontre.

A própria Dona Miúda é uma que ensaia, mas não estreia. Então estou tendo que aprender a lidar com a ansiedade de não vê-la entrando numa passarela por ser muito pequena e envergonhada. Dizem suas professoras da agência, que longe de mim ela tem muito potencial e faz tudo direitinho, portanto, eu não devo pressioná-la pedindo que desfile. Basta deixar o barco correr, que ela própria será autocrítica a ponto de querer fazer como os colegas.

Oremos.

sábado, setembro 06, 2014

SEU FILHO PRECISA DE TERAPIA? CONHEÇA LUDOTERAPIA

ESSE POST NÃO É PUBLIEDITORIAL!
 
Um dia, por causa da Psoríase que o Sr. Cabeça de Bolinha começou a apresentar no dedinho, eu me vi forçada a ler textos acadêmicos sobre terapia infantil e acabei descobrindo que se tratava de uma doença psicossomática. 

Você sabe o que é isso? 
A grosso modo, são doenças de fundo emocional. 
Uma grande verdade. Eu já havia tentado de quase tudo para fechar a ferida no dedinho que ora cicatrizava, ora voltava a abrir. Afinal, sabia que Psoríase não tem cura. Numa das passagens, constava que o tratamento da Psoríase deveria ser acompanhado de terapia, além do tratamento tópico, ou seja, cuidados no local do ferimento.  Assim começou a busca por um profissional que pudesse atendê-lo e com a ajuda da escola das crianças, consegui a indicação de uma Psicóloga cuja especialidade era Ludoterapia. Mas que raio é isso de Ludoterapia? 

Elementar meu caro Watson, se você quiser aprofundar, esse site aqui vai te ajudar, mas na minha linguagem for dummies é mais fácil. Te explico. É psicologia para crianças dos 03 aos 12 anos, no entanto, de forma lúdica (o nome vem daí). Através da brincadeira, com jogos, desenhos, colagens, pinturas, o psicólogo tem condições de avaliar a criança por meio de comportamento, sentimentos, bem como se há indicação para pais ou terapia familiar.

No nosso caso, Sr. Cabeça de Bolinha levava o irmão para a sessão por vontade própria e nossa querida terapeuta apontou a necessidade de Pacotinho fazer sessões individuais também. Sr. Cabeça de Bolinha nunca apresentou o desejo de levar a irmã mais nova, o que foi respeitado por nós. 

Na ocasião não colocamos Pacotinho de imediato, contudo, com a mudança radical das escolas, achamos apropriado ele também ter sessões. Como se trata de um pré-adolescente a sessão é um pouco diferenciada da do irmão menor. Inclui jogos, bate papo, leitura de livros e muito esclarecimento, já que Pacotinho está bem na fase dos questionamentos.

Existe uma coisa em terapia que é o enfrentamento, né? Geralmente é nessa hora que os pais correm. As pessoas querem que o terapeuta conserte seu filho, mas não querem ser consertados. 
Aqui não é bem assim que a banda toca. A gente enfrenta a cada quatro semanas aproximadamente. Já teve choradeira, tiro, porrada e bomba. Já teve conotações de terapia de casal, coisa que gente como eu, que odeia uma DR, evitava a todo custo. Mas é bom, sabia? Conhecimento é sempre bom. A gente se torna seres humanos melhores à medida que vai se conhecendo melhor, sem contar que eu e marido ficamos mais unidos desde então. 

Sem contar que a nossa querida terapeuta já me tirou de algumas sinucas de bico por telefone. Me orientou muito em situações de stress, onde me via com vontade de esganar as crianças (quem nunca?) e acabava ligando pra ela pedindo socorro. Foi ela, a Drª Rosana Turlão que me ensinou REPETIÇÃO, PACIÊNCIA E PERSISTÊNCIA (multiplica por 3, já posso me rasgar toda?). Palavras chave na tarefa de educar filhos.

Então qual o propósito de uma criança fazer terapia? No nosso caso, foi por meio da doença, depois por meio da dificuldade financeira. Mas morre aí? Claro que não.
Crianças que passam por problemas de separação; crianças que apresentam um baixo rendimento escolar; aquelas que têm um dos cônjuges muito ausente; as que são extremamente abastadas com uma realidade muito distante da maioria da população; as que têm contato com a fama muito cedo... as que sofrem abusos de todo tipo e infelizmente isso existe de sobra; as crianças que apresentam histórico de violência na escola; fora os problemas de ordem psicológica que são evidentes, dentre tantas outras indicações.

Partindo da premissa que nós pais não somos perfeitos, que erramos com eles muito embora tentemos o melhor diariamente, a terapia vai ajudar a criança a se conhecer melhor, a adquirir segurança, a entender as diferenças familiares e por fim se sentirem amadas, porque saberão que seus pais estão de mãos dadas lhes dando autonomia para caminhar. 

A terapia dá isso a criança. Por meio da brincadeira, eles aprendem coisas que nós simples pais mortais nem sempre conseguimos ensinar. O barato da terapia é a visão neutra sobre as coisas e diferentemente da sua ou da minha visão, é salutar, dentro de valores éticos e educacionais.

Mas não adianta fazer terapia e na reunião de feedback correr. Ou ainda, pai ou mãe não levar as crianças às sessões, delegando esse "fardo" a terceiros. Faz parte do tratamento, a criança sair da sala e ver um dos dois esperando por ela. Nesse momento, o sorrisão da criança mostra o quanto estar ali para ela é importante. Eles se sentem cuidados.

Depois de quase um ano e meio fazendo Ludoterapia e faltando a pouquíssimas sessões, a Psoríase do Sr. Cabeça de Bolinha deu um descanso. Descobrimos nesse meio tempo, que a culpa que eu sentia em relação ao nascimento da Dona Miúda acabava por passar insegurança a ele, no entanto, não era esse o problema central. Que nada! Esse problema era muito mais meu que dele! O que mais afetava esse menino era a mania de perfeição. É um extremado perfeccionista e levava a sério demais esse negócio de querer ser o melhor em tudo. 

As atividades físicas que ele fazia no SESC e que teve de parar, por conta da mudança na gestão esportiva, vieram também atrapalhar as coisas. Antes, ele nadava duas vezes por semana e com a mudança, crianças abaixo dos 7 anos ficaram a ver navios. Então, esse tempo ocioso prejudicou os sentimentos dele, ainda que de uma maneira inconsciente. Não fosse a terapia, jamais teríamos descoberto, afinal, a vida com sua rotina de rolo compressor nos atropela e a gente não se dá conta de certos detalhes.

Hoje, os meninos fazem atividades ao longo da semana, além da terapia. O Sr. Cabeça de Bolinha está numa escola bem grande, onde pode jogar futebol quase todos os dias e aos sábados, é conhecido como Jojô do Agogô na Bateria de Jovens Surdos patrocinada pela TIM, no Centro Municipal de Referência da Música Carioca, projeto esse que terei o grande prazer de mostrar pra vocês aqui no blog.

Por tudo isso, a Ludoterapia nos ajudou e eu sou uma defensora, pois acredito que amor e cuidado, vem de dentro para fora. No coração e na cabeça. 

Fonte:

Definição de Ludoterapia, site Psychs
Drª. Rosana Turlão - Ludoterapia e Psicoterapia - Tel.: (21) - 98181-8511
Posts sobre Psoríase Infantil neste blog: Post 1 e Post 2

quarta-feira, setembro 03, 2014

FILHOS E FOTOS: O PERIGO QUE AS REDES SOCIAIS REPRESENTAM


Para pais orgulhosos, nada mais gostoso do que postar fotos dos pimpolhos nas redes sociais, certo?

Eu então, não sou um bom exemplo. Sempre apaixonada por fotografia, com a chegada de Pacotinho tenho o costume exibir a tríade onde quer que estejam,  fazendo coisas simples ou complexas, desde o café da manhã no dia a dia, até nossos passeios bacanas ou viagens.

Saibam que esse comportamento exibicionista não é muito indicado. É que a gente está acostumado a acreditar que os seguidores a qual chamamos de amigos são amigos verdadeiros, mas a realidade é que nem sempre são amigos chegados vibrando a favor. Muitas vezes, são conhecidos sem laço afetivo ou mesmo, nem tão apaixonados por crianças. Em se tratando de pais zelosos, não necessariamente paranoicos, todo cuidado é pouco, já diziam nossas avós.

Por isso, posto a seguir alguns cuidados básicos for dummies, que devem ser levados em consideração a fim de expor com moderação nossos pequenos. 
Se é que isso é possível, em tempos de alta exibição da vida privada!

  • Foto e GPS - Muita gente esquece que hoje em dia, esse recurso disponível em nove entre dez smartphones muitas vezes está acionado e além da foto do pimpolho, você entrega de bandeja a localização de onde sua criança se encontra. Lembre-se, malucos e pedófilos estão sempre de olho, ainda que você não acredite! Portanto, desabilite sempre que for postar a foto no calor do momento. Aplicativos como o Foursquare ou Swarm entre outros, são uma pegadinha (eu inclusive) para os pais desavisados e heavy users;
  •  Meu filho é lindo até tomando banho - Pois é, com a chegada do primeiro filho, ainda mais em se tratando de meninos, cujos pais têm orgulho da ferramenta do pequeno (e acredite isso é comum), fatalmente pode-se cair nessa armadilha. Levando-se em consideração que existe gente ruim na rede mundial e boa em criar montagens, esse tipo de foto deve ser evitado a qualquer custo. Além de expor a criança, ninguém quer atrair a atenção dos pervertidos, certo?
  • Seu filho e os amiguinhos - A não ser que os pais dos amigos estejam de acordo, em se tratando de crianças bem pequenas, é importante que os pais saibam que você está fotografando e deseja postar nas redes sociais. Com o consentimento do responsável, você pode inclusive marcar o pai do amigo na rede social ou enviar uma cópia, caso este seja adepto apenas da vida real. Checar antes é imprescindível, afinal, ter dor de cabeça futura por descuido é totalmente dispensável.
  • Fotos engraçadas podem constranger - A gente às vezes pega um flagrante do filho num momento divertido, posta nas redes sociais e esquece que os amigos dele podem estar vendo e pior, podem constrangê-lo no ambiente escolar. O mais acertado é evitar. Se seu filho pede para não postar, ouça. Tem gente que só espera um bom motivo para fazer bullying na escola. Vamos ouvir o que nossos filhos pedem. 
  • Foto do seu filho em alta qualidade - Em tempos de viral e memes, qualquer foto fofinha do seu filho em alta, pode se transformar no próximo viral amanhã. A gente não se dá conta, mas estamos trafegando pela rede mundial de computadores. Uma vez lá, o termo "perdeu alemão" está valendo, por isso, é bom ficar alerta antes de tornar um arquivo desses público. 
Existem uma série de outros cuidados que devemos tomar ao criar um perfil nas redes sociais. Em caso de crianças maiores, cuja força gravitacional que a puxa para o Facebook é muitas vezes maior que o nosso desejo de deixá-las criar um perfil na rede, é válido criar esse perfil junto com ela e filtrar os acessos de amigos, assim como os de amigos de amigos. Vale também ensinar a postar para grupos restritos, bem como monitorá-la a cada postagem, marcando-a como seu melhor amigo.

No caso do Facebook, fiz isso com Pacotinho e a cada postagem que ele faz eu sei o que ele anda disseminando, assim como dou conselhos para que não seja rude, preconceituoso na rede ou ofensivo. Faço questão de lembrá-lo que professores, amigos, parentes e conhecidos estão atentos ao que ele faz, portanto, nem toda piada é boa para ser compartilhada.

Caso vocês queiram se informar mais acerca dos cuidados com fotos e filhos, esse post aqui é bastante interessante e dá mais outras seis dicas sobre o tema. 

segunda-feira, setembro 01, 2014

SOBRE MENINOS E PALAVRÕES - PODE OU NÃO PODE?


A cena é típica. Você está em casa varrendo a sala, as crianças espalhadas pela casa naquela confusão habitual de casa com mais de dois filhos; de repente você bate o dedinho do pé na quina da cadeira de madeira, o coração aperta, os olhos se enchem de lágrimas,  o dedinho lateja tanto, que parece que vai sair do pé e antes mesmo de se dar conta, você solta um vigoroso "puta merda!" - ou similar. 

Alguns, como eu, pediriam desculpas, outros mais espertinhos deixariam passar batido, não despertando a atenção da criança para seu próprio mal feito. Tenho minhas razões. 

O tempo passa, você está no supermercado, seus filhos discutem por algo corriqueiro e o mais novo solta um vigoroso puta merda, velho conhecido seu. Na mesma hora, você corre os olhos pelo mercado, procurando o buraco mais próximo para se esconder. Não há tempo para isso. A culpa te faz sentir vergonha, ao passo que te lembra quem foi que iniciou todo esse processo e para não ficar mal diante da sociedade, claro, você chama atenção da criança, porque né? É seu papel educar. 

A maioria esmagadora das crianças não têm ideia do que significa os palavrões que a gente fala. E explicar o significado deles, mesmo para uma criança de 7 anos, dá arrepios na espinha dos pais. Então, como lidar com essa sinuca de bico?

Eu não fui criada com palavrões e assumo, assim que entrei na adolescência, desandei a falar como forma de me autoafirmar no meu grupo da escola, embora as meninas não fossem tão desbocadas quanto eu.

Ao nos tornarmos pais, tanto eu quanto Engraçadão combinamos de maneirar os xingamentos. Deu certo com Pacotinho, deu certo com Sr. Cabeça de Bolinha até a chegada de Dona Miúda. Digamos que nossa rotina familiar tenha ficado meio explosiva criando 3 filhos e com certas privações, de dois anos para cá. Então o meu controle com a boca suja, confesso de vez em quando deixa a desejar. Ainda assim, os meninos que são maiores, entendem que não devem falar palavrão em casa, nem na escola. Eles sabem que quando estão entre amigos, em seu grupinho sem adultos perto, um ou outro palavrão pode escapar. Mas nunca devem falar palavrões diante da professora, dos mais velhos ou mesmo diante de nós, pais, em sinal de respeito. Eles sabem que palavrão em boca de criança não é algo bonito de se ver.

Eles também são proibidos de se xingar, ou mesmo mandar um ao outro calar a boca. Aqui, os irmãos devem manter uma relação de respeito sempre. Nós exigimos isso, embora eles testem nossa paciência de vez em sempre.

Em caso de crianças menores, entre 2 e 4 anos é impensável deixar que se torne um hábito falar palavrão. Um dia Dona Miúda falou um que nem lembro qual foi e nós tivemos uma conversa franca.  Disse a ela que uma menina linda e educada como ela, não poderia falar palavras feias. Que isso não combinava com ela. 
Pois a Miúda pareceu entender. Pediu desculpas e prometeu não falar mais aquilo. De fato, ela nunca mais xingou.

O Sr. Cabeça de Bolinha por ser perfeccionista, prefere seguir à risca o que eu digo, portanto, mesmo quando me vê soltando um ou outro nome feio, me repreende. Daí o meu pedido de desculpas. Só que ficar pedindo desculpas sem mudar de atitude não cola. Crianças precisam de exemplos e que eles venham dos pais. Com o caráter em formação, não fica nada bem os pais pedirem uma coisa e fazerem outra. O exemplo nesse caso é tudo: Digo uma coisa e sempre faço outra, não vale!

Esse final de semana, os dois meninos foram comemorar o aniversário de um amigo de longa data. A mãe do aniversariante organizou uma festa do pijama em casa, onde juntou um total de 7 meninos, que ficariam sábado e domingo por lá. Como a faixa etária era entre 10 e 11 anos e o único mais novo era o Sr. Cabeça de Bolinha, é natural que falassem palavrões. A própria mãe do aniversariante só fez uma exigência, que era a de que não gritassem no apartamento e pelo que soube, os palavrões rolaram soltos. Nada muito descabelante. Só os clássicos. Mesmo assim, meu filho do meio ficou incomodado e frequentemente chamava atenção dos garotos para que não xingassem. 

Já em casa, conversei novamente com ele sobre o assunto. Que deveria respeitar os lugares onde estivessem pessoas mais velhas, seus pais ou professores e principalmente as regras da casa de alguém. Se a mãe do aniversariante não se sentiu incomodada com o comportamento dos meninos, ele deveria ter deixado pra lá. Expliquei que na idade de Pacotinho, é natural que os meninos xinguem de leve. Que inclusive na sua própria escola, os meninos de seu grupo se comportavam assim e ele assentiu. 

Acredito que educação vem de cada família. Umas acreditam ser inadmissível que seus filhos falem palavrão, outras, não acham grande coisa que seus filhos xinguem. 

Aqui, preferimos ser coerentes com a nossa maneira de ser, desde que os meninos aprendam a respeitar o ambiente em que se encontram, bem como as pessoas que os cercam. Não tenho direito de dizer que a educação que estou passando é a melhor, no entanto, tenho obrigação de ensinar o valor do respeito a cada um deles.

Fontes: Crescer em Família - http://crescer.globo.com/edic/ed75/03a04.htm
Uol Mulher - http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2014/03/19/falar-palavrao-pode-ser-forma-de-a-crianca-pedir-mais-atencao.htm

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