Trabalho para disciplina de Introdução à Fotografia do 1º período de Publicidade e Propaganda mais Jornalismo. - 19/10/2012
Consistia em entrevistar ou escrever sobre a vida desse fotógrafo, apresentar para a turma e fazer um relatório sobre as impressões individuais de cada membro do grupo sobre esse personagem, no que ele veio a contribuir para a história da fotografia no Brasil ou no mundo.
O escolhido, foi William de Moura, fotojornalista que trabalhou no Infoglobo e Jornal O Dia, além de revistas ligadas ao Surf como Realce e The Best of Peace.
A apresentação para a turma se traduziu no vídeo a seguir:
Descritivo em duas laudas sobre as impressões do fotógrafo:
William
de Moura, começou sua carreira jornalística como aprendiz de laboratorista no
Jornal O Dia, quando ainda era apenas um estudante entusiasta da fotografia.
Ao vislumbrar aquele
admirável mundo novo do processo de revelação, luz, química, surgimento da
imagem, viu ali a possibilidade de transformar o trabalho do fotógrafo
imprimindo seu olhar sobre o material que era revelado. Ele limpava o cenário
das fotos e “despoluía” a imagem em laboratório, o que já denotava seu talento
ainda não descoberto.
Por fora e em decorrência de
sua amizade com pessoas ligadas ao surf, tinha a informação privilegiada de
onde apareceriam as melhores ondas e passava seu tempo livre atrás delas
registrando as manobras radicais de seus amigos numa época, em que os jornais
davam enfoque nenhum ao esporte; quando a prioridade era o futebol, o basquete,
o vôlei, quiçá o tênis.
Surgiu então o convite para
trabalhar no Jornal O Globo e a essa altura, William de Moura já atingira a
maioridade e tornara-se um profissional de laboratório.
Em O Globo, com autorização
do chefe de laboratório, podia usar recursos do jornal em seu tempo livre para
revelar as fotos dos campeonatos que clicava nos finais de semana. Revistas
como The Best of Peace, Fluir e Realce antecipadamente lhe haviam aberto as
portas como fotógrafo, editor de imagem e editor de fotografia.
Fazendo barulho fora do
jornal como fotógrafo renomado do mundo do Surf, o jornal começou a despertar
interesse por esse esporte, promovendo-o à função de Repórter Fotográfico, além
de comprar suas melhores fotos. Na verdade, era ele próprio quem informava
quando haveriam campeonatos de peso, quais teriam as melhores promessas do surf
e claro, onde estariam as melhores ondas.
Foi assim, que se abriu o
segmento do surf nesse jornal de grande circulação criando uma tendência nos
demais e hoje vemos inclusive cadernos dedicados ao esporte em época de
temporada.
Longe de se ater apenas ao
esporte aquático, William de Moura se mostrou um fotógrafo bastante versátil,
cobrindo matérias policiais, publicitárias, de moda ou futebol.
Ganhou inúmeras capas,
sempre se atualizou e por fim se destacou, pois para ele apenas o registro da
notícia não era o bastante. Para o fotógrafo, imprimir poesia e nos surpreender
com suas imagens era o principal objetivo.
Ao entrevistarmos esse
fotógrafo seu talento e genialidade nos pareceu indiscutíveis, uma vez que até
a foto de um copo de cerveja sobre uma mesa se diferencia das demais.
Concordamos que seu olhar é
outro, seu ponto de vista é apuradíssimo e ele realmente aplica seu aprendizado
a seu favor, fazendo com que suas fotos soem como obras de arte.
Não houve divergência de
opinião no grupo, sobre o trabalho de William de Moura.
*
Na foto de William de Moura à direita, Ayrton Senna flagrado mergulhando no mar
de Angra dos Reis (RJ). A foto foi feita com uma teleobjetiva e ganhou a capa
do Jornal O Globo quando Ayrton se destacava como campeão de Fórmula 1.
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