Subscribe:

terça-feira, março 26, 2013

O BRASIL DO NOSSO UMBIGO

 
Aí vc vira pro lado e dorme. E o mundo está explodindo lá fora. Bem ali fora da sua janela.
A gente está acostumado a olhar só pro nosso umbigo, mas não somos uma ilha, somos uma conectividade.
Eu mesma, eu não olho pro lado. Eu olho pros meus. E sou tão egoísta quanto.
Será q esse mundo tem jeito dessa maneira?
Será q a gente vai continuar botando os "representantes" de maneira errada? Até quando? Quem é quem, dá pra saber?
 
Não por acaso, temos um presidente da comissão dos direitos humanos homofóbico, misógino e racista. Racista esse, que alisa cabelo, homofóbico esse, que posta fotos muito suspeitas sexualmente falando no Instagram, misógino esse, q nasceu de uma mulher (é... graças ao Cláudio Peixoto já sei o que é misógino)!
 
Não por acaso também, temos um presidente eleito na comissão do meio ambiente, cuja fortuna se deve gracas à derrubada da selva, ao sangue do verde, aos olhos de todos. Esse, é senão o maior produtor de soja do mundo. Do Brasil certamente.
 
E nessa hora eu olho pro meu umbigo e lamento não ter estado ali fora. É uma condição ficar aqui dentro, porque acreditamos q de dentro, a gente pode contribuir. No entanto, a nossa contribuição sempre acaba parando nas mãos erradas e essa máquina política q anda torta e paira sobre nossas cabeças, é tão só consequência das nossas escolhas equivocadas.
 
Até quando?
Nas redes sociais, divulga-se piadas de bom e mau gosto e nós, das nossas poltronas, somos canal propagador de lixo, q não acrescenta em nada, nem a ninguém. No máximo, a gente chora as nossas próprias pitangas.
 
Já vi acontecer. Às vezes um simples ato silencioso de vestir preto por uma ou outra causa, dá em nada. Um número minguante de idealistas vestem o preto pra tocar suas vidinhas (eu inclusa).
Nem isso. Uma camiseta preta básica, que poderia significar muito.
 
Enquanto isso, entra governo e sai governo, escolhido por nós mesmos, via de regra é baseado em roubalheira, corrupção e diversos sinônimos.
Péralá! Somos nós os culpados. Somos nós os responsáveis pela displiscência. Estamos anestesiados demais com a beleza do nosso próprio umbigo e "não me excluo fora dessa!"
E não se iluda pensando que eu talvez faça a minha parte como deveria. Eu também sou vc! Tenho lá meus valores e minhas éticas, mas não sou diferente.
 
Há anos atrás, rolou um princípio de barraco no metrô, onde uma senhora do tipo que viaja em pé todo dia pra ganhar seu pão, falou alto que se tivesse no poder, meteria a mão meeeismo, ajudaria sua família meeeeismo e q bobos somos nós q achamos q tem de ser diferente.
 
Fiquei horrorizada!
Achei de uma pobreza de espírito deselegante. Nem por um segundo perguntei qual a educação q ela teve ao longo da vida, se era uma senhora mesmo ou se estava carcumida pelo sacrifício, ou se sequer teve educação. Se ela fazia parte do joio ou do trigo. Meu umbigo de novo, meu ponto de vista outra vez, minha ótica, claro.
 
Eu sei q tem q mudar.
Não faço ideia do processo de como isso vai se dar, mas sei o princípio! Começa com união.
Pra se ter uma ideia, essa união de pessoas indignadas com nosso presidente da Comissão dos Direitos Humanos, atingiu aos influentes da cultura do país a reivindicarem a saída desse senhor. Se vai dar certo ou errado, pense, isso começou nas redes sociais. Com apenas um clique.
E esse clique serve ao menos pra mostrar que nosso mundo não é bagunça, mesmo que embrionariamente, só falta mais gente e mais pressão.
#Reflitão
 
*Post inspirado no blog da Eliza e no documentário Entre Muros e Favelas.

quarta-feira, março 20, 2013

O DIREITO DAS DOMÉRDIGAS

 
Repararam que eu estou tentando não falar de mim nem da minha família?
Eu sei q só tenho 5's leitores e sei que vcs também reparam nisso. Falar de mim é mole, agora falar do que está acontecendo no mundo é que é pauleira. E não é pra isso que eu estou estudando? Pois bem, aplausos serão permitidos quando eu conseguir falar de futebol, combinado?
 
Homem seu menino, eu já fui classe média um dia. Hoje sou fake, admito!
Lembro que tínhamos uma série de domérdigas em casa. Não ao mesmo tempo, claro.
Foram faxineiras, passadeiras, empregadas de fato, tudo isso porque minha vó linda sofria de Erisipela e devido a seu peso, ficava difícil não só cozinhar como também cuidar da casa, já que meus pais trabalhavam fora. Veja bem, em casa nunca se falou que ela tinha isso. Apenas quando ela foi internada e no dia de seu falecimento, um médico novinho mencionou esse nome.
 
Ok, nada disso é relevante pro nosso assunto. Fato, é que tínhamos empregada entrando e saindo e nem éramos ricos. Não mesmo. Era um apartamento grande, abrigando duas famílias. Com o orçamento também dividido, ficava fácil contratar alguém pra ajudar minha avó e que quase sempre se aproveitava do fato de ela não conseguir ficar coçando.
 
Hoje, isso não seria possível. Com certeza não.
Óbvio que tivemos muito mais faxineiras ou diaristas que empregada fixa. A empregada que ficava pra dormir era raridade, já que todos os quartos estavam ocupados e só restava dormir no meu, no colchonete. E colchonete a semana inteira depois de um dia inteiro de trabalho, não é digno.
 
Então foi aprovado pelo Senado brasileiro, a lei que iguala os direitos da empregada doméstica ao trabalhador comum. Direito esse, histórico e aviltado por anos. Não fosse isso, talvez elas estariam em estado de penúria. Muitas delas.
 
Essa lei dá conta, de que aquela que dormir no emprego, ganhará adicional noturno, fora o recolhimento de INSS, férias, 13º salário, fundo de garantia por tempo de serviço, hora extra e tudo o que um trabalhador regular tem de direito. Se ela tem direito? Claro q tem. Agora vc imagina como vai ficar essa conta! Afinal, nosso país é um país rico, desenvolvido, com o maior IDH do mundo, só que não né?!
 
Não, eu não sou contra garantirem os direitos do trabalhor, eu só fico pensando, nas famílias de classe média mesmo, as não-ricas, que hoje tem uma faxineira por exemplo, que está há anos naquela casa prestando serviço e que por algum motivo resolve sai, ou é saída. Realiza, se essa pessoa seja por ela mesma, ou influenciada por alguém de pouco caráter, resolve colocar seu antigo patrão na justiça, alegando vínculo empregatício, por exemplo. Já vi acontecer vááááárias vezes, inclusive um amigo de faculdade já está passando por isso. Imagina como esse patrão vai ficar?
Acertou a mosca ali de trás q levantou a asinha e respondeu NA MERDA.
 
Vai ficar na merda. E não é justo.
Essa pseudo-ilegalidade, ao contrário, não prejudica a doméstica. Porque se vc partir da premissa q apenas 10% dos brasileiros detém a riqueza do país, os outros 90% não terão condições de sustentar uma empregada doméstica. Radical eu? Então vc não mora no Rio de Janeiro, onde uma ida ao mercadinho não sai por menos de R$ 30,00 sem exageros.
Uma doméstica implica em mais comida, mais material de limpeza, mais luz, mais gás, mais água. Some-se a isso, mais encargos trabalhistas. E se vc resolver fechar negócio com alguém na ilegalidade pretendendo beneficiar a ambos, pode estar assinando sua sentença de morte, porque o sindicado das domésticas, é um sindicato muito forte, que funciona como poucos e pode te foder de verde e amarelo. A pica vai entrar rasgando e depois não adianta chorar. Vai ter q abrir a carteira (a sua e de quem puder te emprestar! Lógico, as lojas de empréstimo!)
 
Muitas vezes, é isso o q acontece. Vc pensa na sua necessidade e do outro lado, tem alguém também passando necessidade, precisando levar comida pros filhos. Sob esse pretexto, firma-se negócio. Ninguém assina papel e os dois lados saem gratos. Até a convivência e a rotina minarem esse sentimento de gratidão, até ela ver q a ninharia q ganha, só leva a comida pra casa e só comida não é o suficiente, afinal, a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. Somos humanos. E aí meu caro, vc se dará conta q foi ingênuo demais.
 
Quem acha q eu estou equivocada, sendo unilateral, se engana pois o que caracteriza o vínculo empregatício é a regularidade. Foi o que ferrou meu amigo de faculdade. Ao dispensar a faxineira, ele pagou tudo baseado na confiança que tinha na sua honesta ex-funcionária, sem tê-la feito assinar papel dando conta de que havia recebido sua indenização. Ela por sua vez, usou de esperteza, foi na justiça alegando que não tinha recebido nada e ganhou tudo de novo, mais os danos morais.
Meu amigo? É músico, preciso dizer mais? Não, não, ele não é o Caetano Velozo, nem faz parte do Titãs.
 
Os ricos, empresários bem suscedidos, os políticos, os artistas, os músicos famosos e consolidados, terão condições de continuar com suas empregadas domésticas.
Já os trabalhadores regulares, aqueles que levam o país nas costas e que já pagam uma conta absurda, terão de ler muito sobre a nova lei, se informar bastante antes de fechar contrato com um profissional dessa categoria, porque será o mesmo que andar na corda bamba. Confiar não existe mais. Ler é a palavra de ordem.
Acordem!
 
Para se informar mais, o site Doméstica Legal esclarece sobre os direitos e deveres tanto das domésticas, quanto dos empregadores.
 
Fonte - Site do Bom Dia Brasil.
 
Bj na bunda e boa leitura.
 

segunda-feira, março 11, 2013

PAU NO MIZAEL BISPO DE SOUZA - O CASO MÉRCIA


Acusado do assassinato de Mercia Nakashima em 2010 e preso há mais de 2 anos, hoje será transmitido ao vivo o julgamento de Mizael Bispo de Souza pela primeira vez na história desse país para rádio, TV e Internet via streaming. Só não sei em qual canal, haja visto que os meios de comunicação não divulgam como e onde! Eles dizem repetidas vezes, ao vivo para TV e internet. Enfim...
 
Ao olhar o histórico desse caso e a cara o réu, eu, que sou apenas uma dona de casa, sinto apenas repulsa por esse homem. Primeiro que a discrepância do casal é enorme. Vc olha pra ela e vê alguém radiante, ela inspira delicadeza e simpatia; ele ao contrário, inspira desconfiança. Ao falar, a gente imagina que ele mente. Não inspira verdade e digo isso não por conta de preconceito, mas sentia isso ao vê-lo articuladamente nas entrevistas passadas. É típico de psicopatas terem eloquência e frieza em meio a pressão. Enquanto a gente peida, eles brilham e Mizael brilha.
 
Foram várias derrapadas desse monstro.
Enquanto o irmão de Mércia depunha na delegacia e ninguém sabia ainda que o corpo havia sido encontrado, Mizael irrompeu na delegacia gritando e agredindo a todos, dizendo que era mentira, q não era culpado de nada. Oooops!
Foram encontradas mostras de algas procedentes da Represa Atibaia, local do assassinato, num dos sapatos de Mizael, além de sangue e vestígios de pólvora. Oooops!
Houve ainda uma testemunha, um pescador que viu um homem empurrando o carro de Mércia na represa. Um homem e não dois. Ooops!
Seu comparsa, Evandro, resolveu botar a boca no trombone, afirmando que se soubesse o que Mizael havia feito naquela noite, jamais teria concordado em encontrá-lo; sem contar a revelação de uma carta onde Mizael propunha a esposa de Evandro uma mesada (em dinheiro, não em madeira) caso o cúmplice mudasse o depoimento em sua defesa. Fucking ooooops!
 
Não é do meu feitio comentar esse tipo de notícia. Na ocasião do crime, eu estava de licença médica por conta do nascimento de Dona Miúda e admito, via o Datena às vezes, que não dava descanso ao acusado. Mas não sei, estava anestesiada.
Hoje, ao assistir a recapitulação do crime pela TV, me sensibilizei ao ver a mãe de Mércia (até então não a tinha visto), totalmente desesperada gritando FOI ELE, FOI ELE, AQUELE ASSASSINO, MIZAEL MATOU MINHA FILHA, EU QUERO JUSTIÇA!
 
Na boa, eu sou muito baixo calão mesmo, porque eu não ia querer justiça, eu ia querer arrancar as bolas desse cara se ele tivesse encostado o dedo nos meus filhos.
Tinha que ter tortura diária prum monstro como esse.
A justiça brasileira é muito injusta. Ela protege o criminoso, quando atribui uma série de atenuantes em caso de réu primário.
Mizael já está preso há pelo menos 2 anos, se por acaso confessar o crime, coisa q ele se recusa e inclusive pretende usar o recurso da auto-defesa, todos os atenuantes possíveis e imagináveis entrarão e contribuirão q ele saia mais cedo. Não é justo.
 
Além do mais, ele é megalomaníaco. Motivo pelo qual, além do ciúme, tenha sido motivado a cometer o crime. Eles eram sócios no escritório de advocacia, Mércia decide terminar o namoro e não sei, talvez a sociedade. Ela deu o pontapé inicial. Ele se sentiu subjugado por essa mulher e não admitiu a derrota (o q numa pessoa normal seria encarado como perda), portanto decidiu assassiná-la.
Ele não admite o crime, apesar de todos os indícios apontarem para ele, inclusive chegou a se trair, ainda sim, quer passar a imagem de bom moço, seduzindo inclusive seu advogado de defesa Almir Haddad Junior que o descreve como "incapaz de matar alguém" - acorda Alice! O cara é ex-policial e advogado, né? Vamos combinar.
 
E sabe-se lá o que será q o juri vai decidir.
Eu acredito na culpa e condenação. Esse ladrão de quentinha de cadeia (é... rolou isso atrás das grades, além de algumas surras pois os presidiários não toleram folga - pena não ter sido estupro coletivo!), assassino e monstro não pode ficar solto. Ainda sim, não podemos soltar fogos, já que a justiça é cega, surda e tolerante demais nesse país. Ele certamente não ficará tempo suficiente.
 

sexta-feira, março 08, 2013

COM MULHER NEM O DIABO PODE! - HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Estabelecendo um paralelo entre o Dia Internacional da Mulher e minha atual situação com a minha filha, entendo agora muito do medo que eu tinha, de criar uma menina.
Se vc chegou agora, vai ter que se atualizar pelos arquivos de 2007 a 2009 para não ficar tão perdido. Eu me cagava de medo de ser mãe de mulher.
Tirando as neuras da minha história pessoal, hoje eu percebo o quanto é difícil criar uma menina, não porque é mais caro, mais complicado, mais TPM. É que as meninas além de adoráveis, são tão inteligentes e adoráveis e inteligentes, que esse amor que nos consome enquanto pais, nos faz de bobos facilmente.

Eu fui pega de calças arriadas com essa história da chupeta da Dona Miúda.
Meu lado  masculino que fica de quatro por ela, que sofre por ela e a compreende tanto, está tão de quatro, que não percebe o quão ardilosa a minha mini-mulher pode ser.

O superpediatra disse uma frase muito sábia na última consulta:
"A sua menina tem todo o direito de ser criada como princesa, desde que saiba que em casa existe uma rainha!"

E como vai essa rainha?
Ah, minhas fíleas, anda descabelada, chorando todos os dias, de olhos inchados desde que a pequena princesa foi afastada da chupeta. Ok, que ela fez um pacto na casa da dinda em largar a chupeta, se anteciparam as duas num projeto que a gente vinha tocando com calma e a conscientizando de que aos 3 aninhos, depois do parabéns, a chupeta seria jogada fora. De qualquer forma, eu nunca voltaria atrás da atitude que ela teve, de se despedir da chupeta e mais, de ter passado um final de semana inteiro sem ela, sem dar piti.
Aqui, os meus nervos, meu coração, tem sido dilascerado, esmiuçado, justo porquê eu tenho sido alvo de manipulação nesse jogo amoroso. 
Vc ama a mini-mulher q tem em casa e é só isso. A inteligência dela, seu encanto, suas atitudes, tudo isso é alvo de sedução e orgulho paternos. E nessa, vc cai numa armadilha. 

Demos uma saia escolhida por ela, em homenagem ao seu gesto. Antes mesmo disso, ela havia ganho um pula-pula inflável e conseguiu passar bem... Pois a saia e o drama, viraram aliados firmes dessa minha galega.
Ela ficou rouca, ela tenta se punir fisicamente sabendo que vai me atingir e é aí que entra a frase, QUANDO UMA MULHER QUER ALGUMA COISA, NEM O DIABO PODE!

Mas péraí! Eu sou mulher. Eu sou insistente quando quero alguma coisa e posso ser muito ardilosa e safada também, por que não estou vendo os sinais?
Ah, me desculpe se não estou prestando tantas homenagens ao seu dia mulher, mas é que sua inteligência me intriga tanto, porque ela não é óbvia. Ela é muito mais sutil. E da mesma forma q fiz minha mãe chorar diversas vezes, estou tentando entender, por q doi tanto, se tudo não passa de manha?

E hoje, depois de receber o carinho de marido nos 30 minutos a sós que nos prometemos um ao outro, percebemos que é o modo mais ardiloso de manha que existe. A manipulação. E é aí que esse post se transforma em homenagem a mente feminina. 
Mulheres são altamente sagazes e sabem o ponto exato, não importando se têm 2 anos ou 80. Talvez não saibamos como nos defender de nós mesmas, ou até somos paralisadas pelo medo, ainda que travestidas de princesas, sabemos ser bruxas no momento exato. Sabemos manipular inclusive o momento do orgasmo, ainda que ele não exista.

Outra força importante que receb através do Facebook, além da de minha mãe, de Fernanda Nascimento, da Tati Izzo, da Advi, Yvonne, Hanna Julia e tantas outras, houve a Mel Masoni que foi muito mais fundo na questão. A da formação do caráter. Se eu regredir e entregar a chupeta agora, ainda que uma simples chupeta pruma menininha de 2 anos que jogou a sua outra fora, estarei mostrando que a vida é simples como um estalar de dedos. E quando que a vida faz isso com alguém?
Sabe, pra mim era muito fácil virar as costas pros meninos diante da manha, porque homem tem que ser homem afinal! Então beira tão ao ridículo vc ceder a manhas de homem, que sai no xixi. Mas meninas, as drama-queens da vida, a gente dá atenção. Por q a gente deve dar atenção? Afinal, a vida dará atenção a elas diante de uma manha q elas venham a fazer mais a frente?
Comigo nunca deu. Com a minha irmã também não e hoje ela aprende a duras penas, q não pode nem chorando, nem se deprimindo ter as coisas na hora q quer. 
Por q a minha filha deveria ser iludida a esse ponto?

Não gente. Chega.
Eu acordei.
Ainda q ela se arranhe toda, ainda q ela arranque os cabelos (e esse showzinho é um particular todo voltado a minha pessoa, devo admitir), quero uma mulher forte ao meu lado. Terna, mas ciente de que nada vem de graça, nada é fácil, q se consegue as coisas com luta quando não se nasce em berço de ouro e ainda q se nasça em berço de ouro, todos nós, homens e mulheres temos um caráter a ser formado, para que amanhã não nos tornemos pessoas descartáveis, em busca sonhos cada vez mais estéreis e impossíveis. O céu não é o limite, porque a vida não se trata de um programa de TV.
Que a mulher hoje e sempre, saiba acima de tudo ser honrada. E é esse tipo de ser humano que eu quero no mundo pra chamar de filha.
Sobretudo.

sábado, março 02, 2013

PARÁBOLA DA MULHER SUBJUGADA


Estou me recordando de uma história bem bizarra que aconteceu a zilhões de anos atrás, não comigo, graças à Deus,  mas veio afirmar uma teoria que desenvolvi acerca do caráter de certos homens ainda na infância, em comunhão com o temperamento de certas mulheres, que é, o agressor só escolhe aquela que está no papel da vítima.

Ainda adolescente vi amigas de escola que já namoravam, cujo namorado dizia 
"Não vai com essa roupa."
"Não quero que vc vá com essa amiga."
E por aí vai...

Eu não me conformava em ver amigas se sujeitando a isso e me questionava, por quê essees homens não se afinizavam comigo?
Taí o MADA pra te explicar que existe uma relação de co-dependência viciosa entre ambos. O maníaco, precisa de alguém manipulável e a outra, sabe por que razões, sente prazer no papel de vítima. 
Isso tudo é muito cruel e injusto, na minha concepção. 
Às vezes eu fico pensando até que ponto eu sou controladora em querer que todas as pessoas sejam felizes.

Então aquela história antiga, se refere a uma mulher que viveu em cárcere privado por 18 anos tendo três filhos com seu agressor. Tinha uma boa família, era bem tratada, mas se apaixonou num dado momento por um cara altamente manipulador. 
De tipão manipulador, passou a marido, virando agressor e a afastou de todos. E de tudo. 
Vai saber até que ponto ela sentia vergonha de admitir pra família que tinha errado em sua escolha? Fato, é que os filhos vieram, relatos de abuso, surras, estupros e por fim, cárcere privado.
O terror psicológico reinou ali por 18 anos, sem contato dela com a família, apenas aos filhos era concedido o direito de visitar os avós, ainda sim, com hora marcada de retorno, caso contrário, o couro cantava forte em cada um deles. Havia o trabalho forçado também. Ele prestava serviços onde os filhos iam em seu lugar e o dinheiro, claro, sobrava pra ele.

Não vou entrar aqui em mais detalhes dessa história, porque além de ela ser muito sofrida, não me pertence. O ponto aqui, é o medo, a manipulação e suas consequências para todos.
A mãe se sujeitava a todo tipo de castigo com medo de que os filhos sofressem mais ainda. As filhas iam crescendo com o sonho de se livrarem daquele inferno, mas temiam em deixar a mãe sofrendo, ou correndo risco de morte. O filho morria de medo e pouco falava. Crescia uma enorme revolta dentro dele, que mal conseguia lidar. Ninguém tinha dinheiro, muito menos uma saída. Mas eles tinham família. Uma família que ansiava por notícias e pronta para ajudar a qualquer custo e que para o bem de todos, manteve distância.

Felizmente, o medo e período de inércia também passam. Estando ou não o medo presente, chega uma hora em que as pessoas não aguentam mais sofrer e tomam uma atitude para sair daquela situação. E foi o que aconteceu ali. 
Numa situação ideal, a sociedade idealizaria uma mãe fugindo com os filhos para bem longe, num momento de distração do marido agressor. Bem, nesse caso não foi bem assim. Dois dos filhos saíram num momento acalorado de discussão com o pai, enquanto este ia pegar o cinto para mais uma surra, o menino fugiu e conseguiu convencer a irmã. A filha mais velha ficou, para garantir a "integridade" da mãe.
Planejaram a fuga minuciosamente. A família já avisada, se movimentava para recebê-los e acomodá-los, mesmo vivendo com simplicidade. Nada poderia ser pior que aquele inferno. E assim foi feito! Conseguiram escapar de lá, com apoio familiar, direto para a polícia que agiu com mérito e rigor.

O que podemos tirar dessa lição, é que o medo está lá. 
As desculpas para permanecer sob o jugo do agressor eram muitas. Pra onde eu vou? E os meus filhos? Onde vão morar, como vão estudar, como vai ser, como eu vou viver? Tudo isso, assombrava a mente dessa mãe, óbvio. No entanto, aproveitar a oportunidade e apoiar os filhos, foi fundamental. Caso contrário, ela continuaria a definhar nas mãos daquele homem.

Existem milhares de mulheres que vivem com medo. Medo de não dar certo, medo de perecerem, medo de estar levando os filhos para uma situação ainda pior... nada disso justifica viver em sofrimento. 
As subjugadas, encontram um certo alento na inércia e nesse medo que as paralisam. Os agressores muitas vezes se escondem atrás de homens fragilizados e impotentes que fazem delas, sua tábua de salvação, conferindo um poder a mulher, que a faz-se sentir responsável por ele, a ponto de imaginarem sua morte.

Eu sou radicalmente contra o medo, apesar de racionalmente saber q ele está em mim e reconhecer seu poder. Ainda sim, mesmo sendo lentinha, jamais, me deixaria governar por ele. Já tive uma prova disso e a minha saúde esteve em jogo. Não quero repetir esse feito. 
Ainda que a passos lentos, o medo não ajuda. 
É a ação que move o universo.
Saiam do lugar.

Linkwithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...