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terça-feira, outubro 30, 2012

21 PASSOS PARA UMA DEPRESSÃO BEM SUSCEDIDA

 
  1. Pense que o talento que Deus te deu não serve pra nada! Sempre haverá gente mais nova, com  mais tempo e com disponibilidade que chegará na sua frente;
  2. Pense que a vida não vai te aliviar ou ter pena de vc só porque vc tem 3 filhos;
  3. Sinta-se extremamente perdido porque a todo momento vc quer algo diferente, ao passo que a imensa maioria que te cerca tem foco e vai atrás do que quer;
  4. Nunca, jamais, em tempo algum saiba responder a clássica: O QUE VC QUER SER QUANDO CRESCER;
  5. Comece a se sentir um merda e a ter pena de si próprio;
  6. Comece a temer pelo seu futuro;
  7. Sinta seu peito oprimido e as lágrimas querendo descer, mas não deixe. Segure mais um pouco;
  8. Despeje sua frustração quando seu filho quebrar uma taça de sobremesa cheia de sorvete, daquele conjunto que vc sentia orgulho. Ponha-o de castigo e vá limpar a sujeira sentindo as lágrimas vindo;
  9. Dê aquele esporro bonito no moleque, destacando o quanto ele não se importa pelo fato de não te ajudar e bagunçar muito;
  10. Faça ALOKA do cu quando perceber que esse mesmo moleque está deitado em cima da roupa limpa para passar;
  11. Tranque-se no banheiro e deixe as lágrimas rolarem do seu rosto com vigor;
  12. CHORE, CHORE, CHORE MUITO, em frente ao espelho, sentanda no vaso, debaixo do chuveiro (frio de preferência) e pense em que puta enrascada vc se meteu desde o dia que nasceu;
  13. Pense que todas as pessoas que te cercam já resolveram sua vida profissional menos vc. Mesmo aquelas que estão num empreguinho de merda são mais felizes e chore mais um pouco;
  14. Pense que seus pais não tiveram que ralar metade e se deram bem na vida, enquanto vc não consegue sequer arrumar um rumo pra sua;
  15. Volte a questionar a porra do talento que vc tem e que não serve pra porra nenhuma;
  16. Agora pense no dinheiro que vai parar de cair daqui há 3 meses e chore mais ainda;
  17. Saia do chuveiro quando começar a assustar seus filhos;
  18. Perceba que a depressão começa a se instalar no seu corpo e peça a um dos seus filhos para ficar em casa, pois a rua é o pior lugar pra se estar quando se tem depressão;
  19. Encontre sua melhor amiga, a cama, em dias de depressão, só ela pode te abraçar;
  20. Chore, chore, chore mais ainda e converse com Deus. Já que vc é muito covarde para cometer suicídio, peça um acidente leve, ou que ele te leve durante o sono;
  21. Por fim, se dê conta de como vc é egoísta e que certamente faria algumas pessoas sofrer. Se chame de otária pra baixo e tire uma soneca, porque ao menos ela não resolve, mas cura a dor da alma.
Parabéns!
Você conseguiu ficar deprimido, deprimir quem está a sua volta e me deixar deprimido também!

quarta-feira, outubro 17, 2012

TOLERÂNCIA ZERO

 
Esse momento chegaria mais cedo ou mais tarde. Afinal, são três contra um! Mas tem horas que não dá pra manter a sanidade. Infelizmente é assim que é.
 
Minha maior dificuldade tem sido com um tal leonino, Sr. Cabeça de Bolinha, o de número dois, a coluna do meio, o explosivo e temperamental gatinho que se acha o umbigo do mundo e foi mesmo, até o nascimento de dona Miúda.
 
Eu que derramei muitas lágrimas no tempo do aleitamento, antevendo as dificuldades que viriam, por achá-lo muito novo, por saber que estava sendo arrancado do seio do chamego sem estar preparado pra isso com tão pouca idade, sem um prévio amadurecimento e tals... aquelas lágrimas tinham razão de ser.
 
Hoje, o Sr. Cabeça de Bolinha oscila entre o extremo carinho e a agressividade. A agressividade e explosões de raiva, são por conta do leião que vive dentro dele e que claro, sabe como ninguém seduzir e ser gatinho na mesma proporção.
 
Coisas mínimas, como mudar a letra de uma música que ele curte, pegar um brinquedo sem sua autorização, dar-lhe uma zoada básica, porque nessa família todo mundo zoa e é supernormal ser zoado, desde que não se falte respeito... nuoossa, vai tentar! O tempo fecha. Não pode zoar, mas ele adora botar pilha nos outros.
 
E eu ando por um lado feliz por estar lidando desde junho com os 3 e estar conseguindo não matá-los de porrada, ou simplesmente esganá-los e por outro lado estou triste, porque dos puxões de orelha e palmadas na bunda, o campeão é o Sr. Cabeça de Bolinha.
 
Você diz: "Não faz isso!" Ele vai lá e faz. "Não pula aí!" Ele vai lá e pula. "Fala baixo que eu quero estudar ou seu irmão tá estudando!" Ele canta, grita, fala alto... E você fala uma, fala duas, fala três e na quarta você já está berrando e na quinta totalmente possuída, já está quase arrancando a orelha dele e o conduzindo até o castigo. Caraaaaaalhoooo!
 
Mas só uma mãe q ama sabe o quanto doi cada puxão de orelha ou palmada. A sensação nunca é boa. Doi muito na gente, deixa um rastro de raiva por estarmos tomando tal atitude. Abala nosso âmago, traz uma infelicidade e mais, eu fico puta por horas quando tenho que recorrer.
E sabe o que é pior? No caso do Sr. Cabeça de Bolinha, dá pra notar que ele não faz por mal, nem por afronta. Isso é que faz doer muito mais quando tenho que puní-lo. Ele não é como algumas crianças que eu pude conhecer, que talvez por problemas familiares, usam do artifício negativo para obter atenção dos pais. Bolinha não é assim. Ele esquece q não pode pular ali, esquece que não pode falar alto e esquece que não pode fazer isso ou aquilo. E se vc perguntar por quê, ele responde que não sabe ou que fez porque quis.
 
Hoje conversei com ele antes de tirá-lo do castigo e chamei sua atenção pro fato de que só ele ganha puxão de orelha, só ele ganha palmada na bunda. Que os irmãos dele não são criados dessa maneira, apesar de cometerem erros também.
Ele ficou me olhando, com aqueles olhos lindos, me pediu desculpas, deu um beijo e me abraçou como se nada estivesse acontecendo. E eu ali, com aquela dor, com os dedos queimando pelo puxão de orelha e aquela raiva de mim sem tamanho, que me fez ficar emburrada até agora, com essa dor aqui dentro.
 
Estou com essa raiva de mim, com essa dor remoendo e uma vontade de derramar litros de lágrimas que não descem. Por causa disso, fui ríspida com os outros, perdi a paciência com Dona Miúda que estava uma chata de galocha e ainda consegui ser grosseira com Pacotinho que estava tentando me ajudar perguntando o que estava rolando.
Engraçadão foi pro futebol e eu fiquei aqui com esse nó na garganta. Com esse dilema e essa pergunta que paira no ar:
 
Será que eu estou exagerando e sendo escrota com um menino de 5 anos q vive dentro de um apartamento de 60m2 e tem energia de sobra? Será que eu deveria ser mais tolerante e aprender a contar até mil?

quinta-feira, outubro 04, 2012

SEMANA DE PROVAS... DE FOGO


Morrendo de medo que essa semana chegasse. 
Dia de prova. 
Meu terror: Economia.
Não pela economia em si, mas por achar que sou burrinha.

Meu ensino médio quando ainda era segundo grau foi tenebroso. Me envolvi demais naquele turbilhão conjugal q nem era meu e por raiva, tristeza e revolta fui de mal a pior. 
Repeti de ano três vezes, não queria estudar simplesmente, não entendia muita coisa e isso eu carreguei comigo. 
Sempre fui ótima repetidora e esforçada, mas inteligente mesmo, tinha um bom tempo que não me sentia assim.

Nisso a empresa a qual fiquei por mais tempo foi boa, porque ali eu percebi que tinha sim uma pontinha de inteligência, jogo de cintura e outras qualidades e isso me deu coragem pra romper com tudo e voltar pro banco escolar. Olha aí as coisas fazendo sentido! ;-)

Só q semana de prova, três filhos e eu burrinha...? Ai... seinão.
Então veio a primeira.
Estudar, estudei como Deus quis. Entre gritarias, correrias, bolas na sala, louça na pia, chão sujo e tudo espalhado. Abandonei a culinária e mesmo encarando um fim de mês com pouca comida na dispensa, eu priorizei os estudos e esbanjei criatividade nas refeições. 
Tudo como Deus quis.

Então a primeira prova foi de Sociologia. Ainda não sei a nota mas lá no íntimo, sei que acertei bastante. Saí de lá com as pernas bambas de tensão.
Análise Textual foi outra peleja q me dediquei bastante no início do período, mas depois larguei de mão,  vindo pegar só na véspera. Esta, uma prova virtual cheia de múltipla escolha, eu também fiquei com aquela sensação de ter acertado mais da metade. 
Dois trabalhos transitam nesse campo: Fotografia e Introdução às profissões em comunicação e eu rebolando na boquinha da garrafa tendo que não dispersar e estudar pra Economia. Felizmente essa prova teve muito de interpretação de texto, além do que, numa tacada de sorte, caiu exatamente o que eu estudei (ontem!). 

Não faço ideia de qual nota vou tirar, mas saí de lá com aquela pontinha de orgulho de que a burra que viveu comigo tanto tempo está se despedindo.
Tudo é uma questão de eu não fazer corpo mole.
É uma questão de eu não desistir e ignorar as tacadas de bola, a gritaria, a correria dentro de casa...

Outro ensinamento que estou usando para não distrair, é o treino do "ouvido de mercador". Fiz muito isso por longo tempo da minha vida, quando minha mãe enchia meu saco e falava horas a fio no meu ouvido, então minha mente viajava, ia para lugares distantes e incríveis. Estou usando essa técnica quando as crianças berram, brigam ou choram enquanto eu estudo. Se não estão se matando, eu permaneço sentada concentrada nos estudos. Se o bicho pega, então eu levanto, dou esporro em geral, pego algum pelo braço e ponho no cantinho do castigo até ler outro capítulo.

Não posso esquecer que Papai do Céu também está dando uma força. Claro, porque sem Ele...
Mas e nas próximas avaliações, como há de ser?
Há de ser então, né?

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