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quinta-feira, setembro 19, 2013

ROCK IN RIO - SEMANA 2


Pra você que comprou ingresso para a segunda semana de Rock in Rio e se viu em meio ao tempo nublado, em plena semana de rock pesado, não maldiga o tempo. 
Agradeça. Você será abençoado, porque o Senhor vai derramar o seu amor.

Cidade do Rock com aquele sol de racha côco, está mais para caldeirão do inferno que qualquer outra coisa. Se assim como eu, você detesta suar, amigo. Hoje é dia de comemorar.

Aqui em Jacarepaguá, pertinho do fim do mundo e da Cidade do Rock, o tempo está nublado, sem chuva, no máximo algo fininha e bem ocasionais. 
Deu no jornal que pro fim de semana, a temperatura máxima pode chegar aos 35°C, o que comprova a velha máxima de que alegria de pobre dura pouco. 

Leve sua camisinhha de algodão, além da de látex, vale bermuda rasgada, aquela cartucheira, que estava esquecida no canto do armário e você não encontrava utilidade, tá na hora de colocá-la pra fora. Ela super combina com Rock 'n Roll. 

Nessa hora todos ficariam felizes se eu sugerisse um coturno lindo, mas esqueça isso sem medo de parecer anti-fashion. Coturno é lindo pra quem tem a credencial azul, que te permite chegar de carro e estacionar ali na porta do Rock in Rio. 
Se você não tem todo esse poder, ponha o tênis e corra pro abraço!

Pode ser o velho tênis de corrida, com mola, modelo air, o que você tiver, de preferência que amorteça a passada. São kilômetros pra tudo. Pro banheiro, pra birita e pro ponto de ônibus mais próximo.

Sem contar, que a própria Cidade do Rock oferece brinquedos com filas kilométricas, que com chão molhado você não vai ousar sentar, vai aguentar nas pernas mesmo. Portanto, esqueça coturno.

Capa de chuva é o mais indicado, ou ainda, chuva na cabeça, caso você não se importe em ficar com cabelo encolhido.
O meu, por exemplo, tá pago e pode molhar a vontade. 

Guarda-chuvas, são terminantemente proibidos na Cidade do Rock, além de super difíceis de esconder na bolsa. A menos que você queira fazer caridade com o mendigo mais próximo doando o seu modelo, não leve em hipótese alguma guarda-chuvas! 

É impressionante, mas Murphy sempre pega a gente no erro. Pode não pegar os outros, mas os cagados de urubu, sempre se dão mal. De maneira que querer parecer esperto, achando que a segurança não vai pegar, é querer ter dor de cabeça à toa. A segurança pode não revistar mesmo, inclusive, eu nem posso discorrer sobre esse tema, já que entro pela ala de colaboradores e sou revistada todos os dias. 

A Cedae está distribuindo água para aqueles que ficam encostados nas grades. Não sei dizer se a mesma coisa acontece em outras localidades, mas é importante se hidratar tanto com sol, como com chuva. Entre uma cachaça e outra, abuse de água. Além de fazer bem, evita dor de cabeça para você e seus amigos. Ninguém quer ir pro Rock in Rio pra ficar ouvindo os shows da enfermaria. 
Vejo muita gente passando carregada e chorando por não ter aguentado ficar horas a fio em pé, próximo ao palco. Existem telões distribuídos por toda a Cidade do Rock transmitindo os principais shows. Não há o que temer. Beba muita água e curta o Rock 'n Roll. Nada de se matar.

Eu que estou em maratona cobrindo o evento, estou conseguindo me cuidar lá. Ainda que passe noites em claro, ou não durma o suficiente, a água é minha melhor amiga. Mais até que a Heineken, que está cobrando R$ 10,00 com os mochileiros e R$ 9,00 (santa diferença) nos stands.

Tenho visto muita gente portando máquinas fotográficas fodera, além de celulares sensacionais. Fica a dica. Escondam, maloquem ou evitem exibir. 
A segurança do evento encontrou uma ladra, com nada mais, nada menos que 40 celulares roubados na mochila. A assessoria do evento diz que será proibido entrar com equipamento de filmagem ou fotográfico, no entanto, tenho visto muitos. 
Evitem. Vocês poderão dançar e curtir muito mais, que ficando em estado de alerta permanente. E vamos combinar, ninguém fica em estado de alerta permanentemente. É justo nessa hora que os bandidos agem.
Todo o cuidado é pouco!

Estas são as dicas de ouro pra essa nova semana de Rock in Rio.
Brinquem na paz!

terça-feira, setembro 17, 2013

ROCK IN RIO 2013 - OS TRÊS PRIMEIROS DIAS


A grande aposta desse primeiro final de semana estava nos grandes do Line Up, Beyoncé, David Guetta, Muse, 30 Secons to Mars, Alicia Keys e Justin Timberlake, não necessariamente nesta ordem. Então, vamos nos ater a eles. 

Entre erros e acertos, como testemunha ocular do evento, vou descer a marreta que é minha especialidade. Esqueça tudo o que você viu pela TV. Ela, a telinha brilhante não representa a realidade. Lembre-se que é uma fábrica de gerar sonhos. O trabalho dela é esse, te hipnotizar e te deixar babando mesmo. E é exatamente assim que a gente fica.
Um aviso: Não procure ordem cronológica por aqui. Não é assim que a gente brinca!

BEYONCÉ KNOWLES

A abelha-rainha, Beyoncé deu as caras por aqui, mais precisamente em Fortaleza - CE antes mesmo do Rock in Rio começar, estragando nossa brincadeira. Desta feita, a gente já sabia que haveriam zilhões de trocas de roupa, gente dormindo no fundo da plateia, yada-yada-yada. Mas uma coisa é ler na imprensa, outra é testemunhar o ronco. E houveram vários ao longo do chão de grama sintética do evento. 

A DIVA bate-cabelo mais famosa do mundo, foi protocolar e não surpreendeu. Levou seu ventilador velho de guerra e abusou do carão, do vozeirão, abusou das músicas da nova turnê, The Mrs. Cartier World Tour e o que considero o próprio tiro no pé pra plateias brasileiras, fazer versões praticamente irreconhecíveis, onde o povo não consegue acompanhar. Porque brasileiro é assim. Adora cantar junto e se não estiver ensaiadinho, a gente cansa, a gente dorme. Eu particularmente não dormi, fiquei em pé em 80% do show, no entanto, nem todos têm a mesma paixão que eu num show e entregam os pontos muito antes. 

De maneira, que essa alteração gritante nas canções mais populares, além da troca excessiva de roupa, foi o modelo a não ser seguido dessa apresentação. Ela deixou a peteca cair diversas vezes, decepcionando do meio para trás da plateia. Muita gente sentada no gramado. E quando eu digo muita, é muita mesmo. Levou um piano, fez performance em cima dele trajando um belo macacão azul purpurinado, exibindo a exuberante forma de Barbie, mas isso não é o suficiente. 

Eu bem havia perdido a esperança depois de ter ouvido o álbum B'Day (Deluxe Edition - 2007). Tenho consciência que nós, brasileiros, somos muito fãs até a página dois. Existem os incorrigíveis que não se abalam, ficam uma semana sem banho, aturando sol e poeira pra assistir a DIVA. Beyoncé aliás, não é chamada assim de bobeira. Ela o é. Sabe usar seu magnetismo como ninguém, exatamente por isso, se redimiu diversas vezes durante o show.

Ponto alto Love on Top, quando sobe a escala vocal ao cantar, brincando de maneira magistral as notas musicais sem esgoelar; introdução em homenagem a Witney Huston com I'll Always Love You para música Halo, sem contar com o funk brasileiro LE-LEK-LEK, que acordou até os cadáveres dos pontos de desova das redondezas do evento. 
Por esse momento e poucos outros, ela merece os parabéns, mas sinto informar, a noite do primeiro dia foi do...

DAVID GUETTA

Antes de mais nada, é preciso destacar minha ingenuidade em termos desse artista. Apesar de acompanhar os hits, nunca comprei nada, nem baixei. Portanto, o que eu conheço do moço, é o que a grande maioria já ouviu. 

Inegável reconhecer, a noite foi dele. Ele jantou com farinha quem veio antes e depois de sua performance. 

Apesar de a noite do primeiro dia ter sido tomada pelos fãs da DIVA, David Guetta não deixou barato. De ponta a ponta, de lado a lado, o gramado completamente tomado pelos fãs, dançava e cantava nada mais, nada menos que todas as músicas do cara. Posso dizer de cadeira, porque coincidiu com a minha saída de turno. 

Um trajeto que normalmente levaria 5min a 10min cortando caminho, ainda que estivesse cheio e com pessoas sentadas (como ocorreu com Beyoncé), no show do moço, levamos 30min para chegar. Pessoas de todas as idades, cores, tamanhos, credo, sexo e famílias, cantavam, pulavam e dançavam de ponta a ponta, totalmente ensandecidas e felizes. 

O moço, uma simpatia. Baixava o som pra deixar a galera cantar, levando ao delírio uma multidão. Portanto, mesmo sem tentar comparar estilos, ele ganhou disparado como unanimidade da noite.

30 SECONDS TO MARS

Depois do fiasco que foi a apresentação de Jared Leto no Vivo Rio em 2010, que originou esse post ofendido, reconheço que tenho me esforçado para odiar esse homem. 

Claro, ele se redimiu nos vocais, mas cometeu uns errinhos para um festival dessa magnitude. Escolheu pra baixar o tom, levando músicas pro acústico, que naturalmente levaria os fãs ao delírio. Isso não se faz. Mas antes assim, que chegar afônico pra cantar. Aí não pode.

Parece que o moço aprendeu a lição, tomou melzinho com limão três vezes ao dia para caprichar na voz, mas esqueça as notas altas. Esse papo de notas altas fica para o público cantar e é exclusividade do estúdio. 

Echelon, que seria uma música para arrebatar a plateia ficou de fora do set list e cantar The Kill no acústico, mesmo que do alto da Tirolesa, não é estratégico, é fanfarronice. 
Ainda que ele tenha cativado ao descer no brinquedo, nesse momento (a única boa imagem captada nesse momento, foi do aluno da Estácio, o cinegrafista Paulo Prazeres, portanto se você ver em algum canal - a em close, é dele).

O 30 Seconds é uma banda para um público muito específico. Eu já fui tão fã, quanto sou hoje do Muse, mas a mágoa que ficou foi tão gigante, que esqueci até as letras das músicas, ainda que possamos considerar que eles tenham se redimido.

MUSE

Para tudo!
Mathew Bellamy e sua turma só se compara aos grandes não é à toa. 
Fez um show tecnicamente perfeito, arrancando lágrimas até de quem não conhecia a banda, caso de Cláudia Rocha, vocalista da banda Heavenside, que só conhecia alguns hits.

De formação clássica, o Muse, desconhecido de boa parte dos brasileiros, num primeiro momento podia não merecer o posto de banda da noite, no entanto, esse rótulo cheio de preconceitos caiu por terra por diversas vezes durante o show. 

Foi uma performance cheia de energia, vigor, simpatia, afinação e contato direto com o público, com direito a bandeira do Brasil cobrindo seu rosto inteiro enquanto cantava. Absolutamente todas as músicas que eu jurava que ele não cantaria num show desse porte, ele cantou, além dos hits de praxe, Madness (música usada em um dos meus trabalhos), Uprising, Hysteria (que me deixou literalmente histérica - Ok, fiquei em todas), entre outras.

Daquelas que jurávamos não ouvir e que surpreendeu todo mundo, inclua Feeling Good e Knights fechando o show. Apesar de Knights ser uma música bem executada em suas performances ao vivo, por não se tratar de uma faixa do último álbum, achei que ficaria de fora, contudo, foi executada e bem conduzida pela massa e encaixa como uma luva em grandes festivais. 
Ponto pra eles!

Não teve vacilo nesse show, não teve o que falar mal. Foi de chorar de emoção mesmo. A técnica e perfeição do Muse pode e deve ser comparada às bandas do porte de Radiohead em apresentações ao vivo e System of A Down (melhor show da edição de 2011, irreparável). 

Favor não confundir essa resenha com apelo de fã. O Muse tem 20 anos de estrada e merece todos os louvores pelo que é capaz de fazer em cima de um palco. Até o baterista pegou o microfone para agradecer a plateia. Simples assim.

ALICIA KEYS

Vamos combinar, Alicia Keys é uma super fofa de mamãe. Te ganha na simpatia, mas não é nem de longe amada pela plateia repleta de fãs de Justin Timberlake. 

Ela é maravilhosa e eu ouso dizer que concorre ao posto de Diva. Muito mais Diva do que muitas consideradas como tal, no entanto requer um ouvido mais apurado e sofisticado do que da maioria dos presentes.

Artista completa, ganhou pela simpatia, mas arrisco dizer que não levantou da metade pra trás do público que ali estava, já que se percebia a cara de desânimo dos que nas laterais se posicionavam. 

Mas ela tem passe livre e fica o convite pra tomar um cafezinho lá em casa. Só não vai caber o piano, uma vez que o apartamento é pequeno, mesmo assim, ela mora no meu coração, infelizmente, não da maioria. 

Rolou até a pegadinha da Alicia, quando brincou com Streets of New York e Empire States of Mind usando-as apenas como introdução. 
Ai dela que não cantasse! Ia levar uma surra de vara de capim da multidão que curte, se ousasse sair de lá sem levá-las na íntegra. O que, claro, ficou pro final, já que a moça é novinha, mas não é bobinha. 
Palmas pra Alicia Keys que ela merece só por ser quem é.

JUSTIN TIMBERLAKE

Chegamos ao todo, todo, que dispensa apresentações, Justin Timberlake. 
Não em vão, ele foi premiado no VMA com o prêmio Michael Jackson pelo conjunto da obra.

O mais aguardado, esgoelado e dançado da noite, foi capaz de sacudir o esqueleto de nomes como Didi Wagner (ex-VJ MTv), Simoninha, Alexia Dechamps (por favor, alguém a avisa que ela já morreu? E mais, apresentem a X-Tenso de L'Oréal Paris pra dar um jeito naquele cabelo?) e assistido discretamente por Andreas Kisser, líder do Sepultura.

Nem é preciso detalhar tanto o show de Justin, uma vez que quase todo o mundo viu o que aconteceu. Só preciso rechaçar que ele dominou a noite, esbanjou simpatia, homenageou com grandiosidade, INXS (I Need You Tonight) e Jackson 5 (Shake Your Body, devidamente reconhecido por mim e mais 5 cabeças apenas). 

Antes de mais nada, o artista merece respeito, por trazer de maneira respeitosa aos brasileiros, um show sofisticado, já que dizem as más línguas que por aqui, os grupos estrangeiros têm o hábito de trazer a raspa do tacho. Eu discordo dessa máxima até hoje e o moço-delícia mostrou que eu estou certa.

Ele dançou, interagiu lindamente, conduziu a plateia, fez dos brasileiros um gigante coral e foi o segundo do final de semana, depois do Muse a inaugurar os fogos de encerramento. Com a diferença, que o Muse usou os fogos como ponto alto pra finalizar seu show, ficando no palco e agradecendo nesse momento. Justin não teve essa sacada e quando os fogos pipocaram, ele já estava fazendo o xixizinho básico.

Portanto gente, guardadas as devidas categorias e proporções, o Muse ainda é o líder desse final de semana, seguido páreo a páreo por Justin Timberlake, coladinho com David Guetta. 
Vale lembrar, que como diz o coro popular, gosto é igual a c... mas essa máxima não está sendo considerada aqui. Única e exclusivamente, o conjunto da obra, perfomance, técnica e domínio do público/ palco.

Na próxima semana eu volto para comentar a segunda semana de Rock in Rio, não sei se num único post ou dividido em blocos. 
Mas fica a dica, leia o blog e saiba por quem entende de música.

sexta-feira, setembro 13, 2013

Cidade do Rock - Pré-Estreia - Dia 12/09

Quem me acompanha que nem novela está careca de saber que eu sou mau caráter, boca suja e que prestar, não presto. Ooops, I did it again! Prometi levar a retrospectiva até o fim, mas menti deslavadamente.

Não dá gente. Preciso contar a emoção que foi ontem.
Nos estertores, nossa fada-madrinha Patrícia Cupello, que é professora nas horas vagas, destacou eu e Kadu Monteiro para fazermos uma espécie de making off da edição, usando uma liguagem mais descontraída, de brincar mesmo.

O intuito era se misturar no povo, fazer piadas com eles, entrevistá-los por fim, mas usando e abusando do meu jeitim que é bem parecido ao do Kadu. 

A emoção de entrar um dia antes do início do Rock in Rio, com aquela cidade vazia, em termos, não dá pra descrever em linhas. Não dá. 
Imaginar que há pouco mais de um ano atrás, eu estava deitada na cama da minha irmã aos soluços, questionando o que estava fazendo da minha vida e onde eu tinha errado, realmente passa aquele famoso filminho na cabeça. Pisar lá, é a concretização de que eu tomei a decisão certa e estou dentro da tchurma. Meu sonho se realizando.

Então, seremos uma espécie de VJ eu e Kadu. Chegamos dando tchau pro povo de apoio, pras meninas da faxina, pra galera que pega no pesado. Ledo engano, nos pegaram pelo braço e nos tacaram no Palco Mundo para entrevistar a galera que ensaiava para o Tributo ao Cazuza. 

E nem adianta vocês me cobrarem as fotos, porque foi tanto artista que entrevistamos, que as meninas da produção não sabiam se tiravam fotos ou se limpavam a baba. Na dúvida, ficaram babando e esqueceram das fotos.

Eu não tinha condições de entrevistar e me auto-fotografar ao mesmo tempo. Sou palhaça, mas palhaçada tem limite. De qualquer forma, começamos com Ney Matogrosso, depois pegamos Gabriela Di Pagliano, repórter do RJ TV, então veio Rogério Flausino do Jota Quest, que é um mega fofo, simpaticíssimo... Daí que o impossível aconteceu! Pegamos Roberto Medina pelo braço, o pai do evento e ele nos concedeu "a entrevista", sendo um querido. 

Por fim, entrevistamos Maria Gadu, uma pessoa poética no modo de falar, daquelas que você jura que veio de uma viagem de ácido, mas não, ela é desse jeito mesmo. Solta poesia pela boca, algo nada comum nos dias de hoje. E pra fechar, o todo lindo, todo bom, todo Titã, Paulo Miklos, meu preferido. Começamos os três ajoelhados enquanto ele amarrava o cadarço do tênis e depois levantamos, mesmo sem que eu sentisse minhas pernas. Paulo Miklos é um capítulo a parte. Agora que ele lidera um programa na Mix TV, pegou a famosa catimba, então nos abraçou, brincou com a gente, zuou todas e por fim, encerrou nosso set de entrevistas.

Dali, ficamos pra reunião do grupo, oração que derramou lágrimas de vários colegas e ilha de edição, pra trabalhar o material que tínhamos. Não é moleza! Toda essa agitação acontece dentro de um container, abrigando uns 8 macs, com um ar condicionado que mal dá vazão de dia e hoje, quando começará o Rock in Rio de fato, some-se a isso, zoeira dos palcos e gritaria na cabeça.

Todo o material que produzirmos deverá ser transmitido no telão entre um show e outro. 
São os alunos da Estácio fazendo diferença, ao lado da TV mundial. 
Não estou exagerando não! TV mundial. Todos estarão de olho em nós e eu pretendo sair desse evento com bons contatos debaixo do braço, se Deus quiser.

Galera, para acompanhar a cobertura fotográfica do evento pelo meu Instagram, acessem aqui.
Para acompanhar a cobertura OFF em vídeo, acessem meu Mob.li.

Meu facebook também está aberto pra jogo, então acompanhem por lá. Não postarei fotos hoje, porque vou lavar a shoshannah para ir pra Cidade do Rock, afinal HOJE É DIA DE ROCK, BEBÊ!

quarta-feira, setembro 11, 2013

RETROSPECTIVA ROCK IN RIO - #EuVou - DESAFIO #4 -

Baixada a poeira, finda a confusão da última apresentação, o grupo se reuniu ainda na porta do campus da Barra para deliberar o que seria o próximo programa. A apresentadora do último, junto com o amigo Jota, soltou que podíamos fazer um programa de rádio, simulando, é claro, o dia-a-dia de uma rádio.

Jota com seu jeito mansinho, mineiro, se chegou pro grupo e meio que ensaiou uma volta. Depois de tanto aplauso e vibração da turma inteira, ninguém queria saber de brigar com ele. Aliás, essa é uma grande dificuldade. O Jota é das pessoas mais humildes que eu conheço. Quando ele sabe que erra feio, não tem brios ao pedir desculpas. Reconhece apenas.

Eu estava aos pedaços, com os nervos abalados, triste pela discussão que rolou comigo após a apresentação, mal ouvia o que os outros diziam. Só sabia chorar. Mas, na segunda seguinte parte do grupo estava reunido, discutindo a pauta. As oposições ficaram de lado, o profissionalismo falou mais alto, apesar de eu e outra menina estarmos monossilábicas. Jota não foi, pois ainda estava forado grupo e a última âncora também não. Isso trouxe mais uma série de stress pro grupo, porque por falta de quórum, brigas e discussões acabavam respingando na hora de editar e partes importantes acabavam ficando de fora. As lições apesar de aprendidas, já estavam naufragando de novo.

Esse programa teve 9min. E-nooor-mee! Tivemos duas semanas para prepará-lo e depois de uma reunião, acatamos o Jota de volta no grupo, já que dessa vez ele participaria da edição, uma vez que perdeu o timing das gravações. 

Entrevistamos um profissional de saúde, que estaria na rádio simulando respostas ao vivo dos ouvintes, que faziam perguntas e pediam música. Inseríamos as músicas ao fundo e partíamos para a resposta, enquanto essa tocava. 
Num golpe de sorte, consegui entrevistar a Sandra do Vôlei, medalhista de ouro olímpica, que estuda lá no campus e foi uma simpatia, me explicando o nome gigantesco de seu título.
Meu cabelo estava um horror! 
No final, coroamos o trabalho com um Harlem Shake porque né? Não podia deixar de ser.


Juntamos o making off do desafio anterior com esse e fizemos um só. Rolou uma brincadeira, para mexer com a professora. Iniciamos com Feel This Moment só pra galera se manifestar, porque ninguém aguentava mais essa música e interrompemos para dar lugar ao Show das Poderosas de Anitta. Pois é.

Entre uma semana e outra, fui convidada pela professora a participar da Ação Lixo no Lixo, Rio no Coração na praia do Arpoador. Eu faria o trabalho de produtora, integrando uma equipe de 9 pessoas ao todo. Três repórteres e três produtores, com mais 30 voltuntários no total. A minha repórter coincidentemente, foi a âncora do desafio passado, a Bia, também âncora desse programa. Esse foi nosso desafio 5, que será postado em breve, encerrando a retrospectiva.

Agora era cruzar os dedos e aguardar quem seriam os eleitos. 
Felizmente, vocês já sabem que eu fui eleita, mais uma vez, integrando a produção. Coisa que não é minha praia, mas quem sabe, teremos boas novidades por aí.

Comentem o trabalho, tá?



sábado, setembro 07, 2013

RETROSPECTIVA ROCK IN RIO - #EuVou - DESAFIO 3

Esse vídeo muita gente já viu. Ele foi o primeiro a ser autorizado pela equipe de professores, porque realmente operamos maravilhas juntos.
Foi um trabalho que marcou o encontro de duas equipes muito criativas, do mesmo campus.

Eu e Jota fizemos o caminho de volta para nossa casa, de certa forma felizes e aliviados. Isso significaria menos tempo no trânsito, menos gasto com gasolina, mas não menos stress.
Trabalho de edição é stress e não adianta querer fugir disso. Amigo vira inimigo, irmão vira estranho e não fuja ainda. Faz parte. 
Quando todos querem o melhor e ainda sim, divergem, a porrada vai estancar, mesmo que mais tarde tudo volte ao normal. Bem, isso vai depender da maturidade de cada um e dá pano pra manga para um post sobre comportamento. 
Não é esse o tema hoje.

O trabalho que fizemos, foi ideia do casal 20 que integrava nosso grupo, Antônio e Marília. Eles idealizaram a matéria de revirarmos os arquivos do Núcleo de Comunicação (NUCOM) do nosso Campus, em busca da galera que hoje nos dá aula.
O grupo todo acatou, claro. Afinal, eles foram alunos do nosso campus. Portanto, antes de tudo, esse trabalho foi fruto de um trabalho forte de deles e de pesquisa nossa. Eles nos antecederam, tinha que ser!

Em primeiro lugar fizemos uma reunião de pauta para discutirmos a linha que nosso trabalho seguiria, que se resume em abertura, clipe com os repórteres do passado, entre eles, nossos professores, sonora (entrevistas) do nosso professor e coordenador de Jornalismo mais o coordenador do Núcleo de Comunicação, que reponde pelas produções de hoje e por fim, as produções que estão rolando, dentre eles, o Vai Vendo, do qual faço parte, com alguns alunos de oficina. 

Esse trabalho foi muito sofrido. Muito mesmo. Teve um tempo extenso, 5'43", foi editado debaixo de muita briga, porque partes deveriam ser cortadas, mesmo aquelas importantes, imagens de apoio importantíssimas sumiram, meu amigo e parceiro de criação Jota não apareceu nos dois dias de edição e por conta disso, foi meio que limado do grupo. Até porquê, durante sua participação, a dupla de apresentadores se demorou muito na gravação, tirando a paciência dos demais, que estavam acostumados com outro ritmo (um ritmo mais sério em termos de postura dos envolvidos e mais rápido). Eu fui a primeira a brigar com meu amigo. Aquele que tirou leite de pedra ao meu lado. O que me frustrava, era o fato de ninguém conhecer o quanto ele era bom. Mas, o tempo... sempre o tempo.


Apesar das insatisfações, porque houveram, nosso vídeo foi ovacionado. Maneiro lembrar que eles tiveram a mesma reação que tivemos, ao se derapararem com nosso professores ainda alunos. Foi mágico.
Houve babado, gritaria e confusão. Eles gritaram, nós de mãos dadas gritamos de novo! A fessora Patrícia Cupello ameaçou choro, pra logo depois me tornar al-vo de cha-co-ta. 
Ela me chama carinhosamente de modesta! Essa sacana tem tanto senso de humor quanto eu e é das que perde o amigo, mas não perde a piada. Adoro gente assim. 
Adoro essa mulher e posso dizer de que certa forma, me inspiro muito nela. Muita responsa.

Infelizmente depois desse trabalho, nosso grupo sofreu um racha por conta dos sentimentos à flor da pele, dos ressentimentos guardados por alguns, das frustrações de outros. 
Fato é, seguimos juntos, misturados e separados ao mesmo tempo. Isso, impactou no trabalho seguinte, mas não nos impediu de brilhar enquanto grupo, mesmo que desmantelando as amizades. 
Tem disso, infelizmente. Mas o tempo é sábio. Ele põe as coisas em ordem.

Galera, espero que vocês tenham curtido esse trabalho e possam nos comentários, expressar suas impressões.

Até.

quarta-feira, setembro 04, 2013

RETROSPECTIVA ROCK IN RIO #EuVou - DESAFIO 2

Era assim, momentos de tensão quando a gente chegava, alívio na exibição do trabalho proposto e desespero tão logo era anunciado o próximo desafio.
Sim, eram desafios.

Na primeira semana, eu com medo de me afastar do objetivo de estar repórter, acabei me afastando do grupo do meu campus. Fui me meter a ficar com a galera da Barra. Era uma estranha no ninho, com meu jeito de fazer piada de tudo, muito provavelmente encarada como maluca, claro. Essa é minha sina e hoje, já não mais me envergonho, uma vez que as piadas são inofensivas.

O trabalho dessa vez, consistia em duas tarefas. 
Preparar uma reportagem com gravação bruta de 20min na aula seguinte, mais um Making OFF clipado daquilo que gravamos, ao som de Feel This Moment da Cristina Aguilera & Pitt Bull.

Tivemos uma semana de coceba, para cair de cabeça na tensão e barracos do grupo. Sempre eles. 
Absorvemos um colega do meu campus, o Jota Almeida, que fez sozinho um trabalho genial, com a trilha sonorda de Ivete Sangalo, arrancando gargalhadas da turma inteira e como foi o último vídeo a ser exibido, ficou no looping. Nascia aí nossa parceria de criação e apoio mútuo.

Então no sábado seguinte, um membro do nosso grupo (produtor) viajou e desapareceu. Justo ele que deu a ideia de usarmos um fundo branco e tentar simular um Chroma Key, para ali inserirmos a logo da faculdade ou do Rock in Rio. Para quem não sabe, o Chroma Key, é aquele fundo azul ou verde, que possibilita transportarmos imagens e simular situações diversas. 

Esse tipo de efeito é impossível de criar num fundo branco, acontece que o nervosismo não nos deixou raciocinar, apesar dos apelos do Jota. Não só, ficou tão arraigado em nós, que acabamos por utilizar a parede branca e gravamos nela, ainda que debaixo dos protestos da professora.

E por falar nela, nesse dia visulmbramos a face má de um diretor de filmagem. Por conta dessa faceta, ficamos todos com o cu na mão, sem raciocinar, cedendo à pressão que ela colocava. Parecíamos bonecos apatetados, anestesiados, fazendo tudo mecanicamente. 
Jota que foi VJ, errou o texto, emendando e saindo de qualquer jeito. Eu, de repórter, não consegui fazer mais que a pergunta padrão, porque o cagaço tomava conta de mim.
Foi da professora-diretora, a ideia de mudar de cenário, porque eu nem sabia raciocinar e jogaria geral prum canto só. Patético sim, mas naquela época, nenhum de nós sonhávamos que deveria ser diferente.

A magia da edição, claro, nos salvaria. Tivemos apenas 6min de material bruto, entre reportagem e making off e o resultado foi esse. O roteiro foi meu e do Jota Alemida, que na época assinava como Federline. 
Chique né?



O making off foi um capítulo a parte. Esquecemos todos de conversar com a pessoa que seria responsável por filmá-lo. Tem noção? Você faz um making off e nem conversa com seu câmera? Pois foi o que fizemos. Deveríamos ter em média, para um vídeo de 2min, 20min de material bruto gravado. Tínhamos apenas 6min, já que caímos na pilha que a fessora tocou com geral. Por isso até, considero que esse foi um dos melhores trabalhos que fizemos. Sofrido até dizer chega. Mas o raciocínio usado por mim e Jota foi o certo, porque trabalhamos as partes onde nossa professora atacaria. 

A tática deu certo. Nosso vídeo foi muito aplaudido e gritado pela nossa turma, tanto o trabalho, quanto o making off. 
Foi a primeira vez, que a receita do humor com reportagem nos salvou, instaurando uma marca.

A parte de edição do clipe abaixo, foi dureza. Repetimos a dobradinha com o editor do trabalho anterior e ele não sabia muito trabalhar em grupo. Não se comunicava com a gente e nem dizia no que estava pensando. 
Por fim, tiramos a edição da matéria das mãos dele e deixamos só o making off, já que ele estava levando 2 dias (12 horas no total) para montar um clipe de 1min. Como a matéria seria de 2min, pegamos outro editor-aluno e seguimos sem ele. Infelizmente, sobrava talento no nosso editor antigo, o que faltava era comunicação e ouvido.

Conclusão, ao final desse trabalho que significou um alívio e a prova de nossa força enquanto dupla, eu e Jota voltamos pra galera do nosso Campus, que era outra das mais aplaudidas dos sábados.



Galera, espero seus comentários do que estão acompanhando.
Bj na bunda!

terça-feira, setembro 03, 2013

ESPECIAL ROCK IN RIO #EuVou

Foi uma grande conquista participar desse workshop que começou no final de Junho, todos os sábados, com chuva, sol, friaca, afastada da família, dos amigos, sem contato com o mundo.

Foi meio que uma espécie de Big Brother, sem as câmeras em casa, apenas na faculdade. 
Foi suado, foi muito sofrido, foi chorado, brigado, amado... 

Se antes, nós amantes de reality shows achávamos bobeira, aquele bando de sentimentos transbordando por gente que eles mal conheciam, mas já amavam, eu pude sentir um pedacinho do que é essa pressão de verdade.

Todo sábado era um trabalho novo, que pedia excelência, com poucos recursos tecnológicos, com uma família grande pra gerir, com a falta de dinheiro a ser administrada, com colegas de grupo que queriam tanto quanto eu, porém que com uma vida menos complicada e que não davam o sangue... egos para administrar, intrigas para ignorar.

Mesmo reconhecendo o próprio potencial, a gente fica cego. A gente não tem mais certeza de nada e basta alguém te olhar torto, ou falar algo enviesado que a dúvida se instala ali e você já era.
É ou não é um Big Brother?
De 140 alunos, a turma foi reduzida para 70 e desses 70, apenas 40 seriam classificados. É muita gente boa que ficaria de fora.

Então, sábado passado ficamos sabendo o que seria do nosso destino. Eu recebi o fatídico email de parabéns no início da semana, saí comemorando igual a uma louca no Facebook, mais até do que deveria, porque comemorei a primeira seletiva e depois a segunda, até que semana passada fiquei sabendo que não abraçaria a posição dos meus sonhos, que é a reportagem. Fui destacada para a produção, no horário das 17 às 23h para trabalhar no Rock in Rio.
Os sete dias.

Claro que isso é bom.
Vai me capacitar para o mercado e de lá, quero cair dentro de um estágio na área, o mais rápido possível e esquece jornal, meu lance é TV. Agora mais do que nunca!

Daqui pra frente, querido leitor, vou mostrar todos os vídeos que fizemos ao longo da oficina. 
Alguns vocês já terão visto, porque foram autorizados antes, no entanto, a grande maioria não.
Vai ser legal, porque dará para acompanhar a evolução durante o curso.

Pretendo também fazer a cobertura Rock in Rio pelo Blog, já que estarei na casa da minha mãe, com algum tempo para mostrar fotos, falar dos shows e o que mais pintar.
Vai ser muito bom, porque quem não puder ir, poderá acompanhar por aqui e pra mim, vou exercitar mais uma faceta jornalística, a de crítica de música (adoro).

O trabalho a seguir foi tenso. 
O breafing era compor um clipe, com uma música que será apresentada no Palco Mundo dessa edição do Rock in Rio e que não ultrapassasse 2min. O objetivo dos coordenadores, era ter uma noção da nossa visão de composição e edição de vídeo.

O grupo era composto por 5 pessoas, sendo três mais velhos que eu. Foi muito estressante, porque dois deles tinham personalidade muito forte, porém, só o cara que mexeria no vídeo daria a palavra final, já que usamos o Final Cut (apple) para edição e só ele sabia mexer. Esse cara dizia o tempo todo que tinha 25 anos como músico e yada yada yada e isso cansa, porque pra chegar num resultado, não adianta contar vantagem. 
O trabalho do editor, é absorver tudo o que lhe pedem e desse bando de ideia, traduzí-las em efeitos esbanjando o próprio talento de preferência. A palavra certa é adequar.

Resultado: Ficou bom, mas deu sono, se comparado aos outros. O ponto positivo, é que entre os outros grupos, a professora sempre interrompia os vídeos para comentar pontos fracos. O nosso não foi interrompido e nem comentado. 


Estas imagens foram captadas da própria oficina, durante o primeiro exercício de câmera.
Aceita-se comentários.

Bj na bunda e até a próxima, próxima mesmo. Acompanhem!

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