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sexta-feira, outubro 28, 2005

A CADA SESSÃO, UM MICÃO

Depois de muito batalhar por uma sessão de massagem no esquema 0800 da empresa, enfim consegui ser inserida na lista de privilegiados, que fariam shiatsu digrátis.
Prá quem não sabe, SHI-A-TSU é aquela técnica oriental, que aperta aqui, aperta ali, mas não acende agora Engraçadinha ela, né?!.
Vc sai levinho, achando que tudo é divino-maravilhoso, que no mundo não existe maldade e que nunca mais, vai sentir aquela dor de corno que lhe pesa nos ombros.
Ao contrário do que muitos pensam, dor de corno não é aquela que faz pender a cabeça, para frente ou para trás devido o peso do chifre.
Dor de corno, é aquela dor que todo trabalhador assalariado ou não, sente, que pega nuca e ombros. Aquela dorzinha sem-vergonha é tanta, que chega a arder o músculo. Em mim pelo menos, costuma ser assim.

E de conformidade com os últimos acontecimentos, o peso era tanto, que parecia q Oh Jesus!tinha emprestado a cruz dele prá mim. Blasfêmia purinha, né?! Não. Deixa O Homi quieto. O fato é q minha cruzinha inchou c/ tanta chuva nesse Rio de Janeiro e essa sessão salvaria meu dia, quem sabe, meu mês.

Muito que bem. Eu ainda ando com a imagem de mim mesma, refletida no que fui antes de ser mãe. De conformidade c/ a situação atual, não tenho comprado mais muitas roupas e as roupas que tenho lá em casa, são de outra mulher, não mais minhas. Pelo fato de a empresa ainda não permitir que a gente venha pelado (o frio do andar também não ajuda muito...), venho com o que tenho. E o que tenho fico esquisito, quando eu entro numa de variar.
Esqueci que era hoje a tal sessão e vim de vestidinho azul. Foi um vestido em outro tempo. Prá piorar, escolhi uma calcinha que dispensa comentários. Só quem é mulher sabe q a gente compra umas calcinhas nada haver, depois cisma de usar, só porque comprou e porque se comprou tem que usar, sabe?!
Ainda bem que existem pessoas solidárias no meu caminho. Solidárias e de bom senso, coisa que às vezes me foge.

Tive de ir no prédio da diretoria entregar um documento. Antes, dei aquela passadinha básica no banheiro, prá conferir o visu e bateu a dúvida. Com casaquinho, ou sem casaquinho? Passei na baia (detesto essa palavra, me sinto a verdadeira ÉGUA) dessa amiga solidária e de bom gosto, prá tirar a dúvida q me corroía o ser. Veja bem, eu encontraria o Diretor de Nananã. Não podia aparecer diante dele c/ dúvida.

AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Fala
EU - Com, ou sem casaquinho?
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Cadê a cinta??
EU - Não combina c/ esse vestido.
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - hum-hum...
EU - E a que combinaria me aperta as carnes do suvaco.
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Sei... Vamo lá no banheiro q eu tive uma idéia. Essa barriga não tá combinando c/ o vestido. Mais q o casaquinho. Deixa ele aí.

Ao chegar no banheiro, ela retira a cinta dela, q lembra uma bermuda colante, q pega desde a primeira costela de Eva, até acima do joelho. Deixa qualquer uma gostosa e sem barriga.

EU - Mas, mas...
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Toma! Pode vestir. Vc tá precisando mais q eu. E que calcinha é essa?? Vc usa umas calcinhas, Engraçadinha... Marca muito a' só?!
EU - Aaaahhhhhh! Pááááraaa. Eu sei lá porque peguei essa. Eu nem gosto de calcinha...
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Agora ficou muito melhor (puxando a calcinha por debaixo da bermuda).
EU - Puxa querida! Eu pensei q fosse só eu q passasse por isso.

Tanto trabalho por nada.
O tal diretor nem estava lá. Mas eu estava. Me sentindo mais segura de cinta.
Ao voltar p/ o andar, tentei devolver a cinta, mas ela não aceitou, alegando q eu estava precisando mais q ela e só depois do almoço quando soou o despertador, é que fui lembrar da pooooorrrra do Shiatsu.
Lá fui eu, rumo ao outro prédio, correndo em cima do salto.
Lá chegando, fui direto prá salinha de Cão, meu amigo querido. Trocamos dois dedinhos de prosa e voltei correndo prá fila de entrada. Tinha fila.
Chegando lá, me deparei c/ a visão do inferno! A sessão não era individual, tinha mais três pessoas lá dentro.
Foram disponibilizadas 2 macas e mais 2 cadeiras esquisitas com buraco para o rosto, q te deixam em posição completamente confortável p/ a massagem.

O rapaz que me recebeu, me mandou prá maca.
Ora bolas! Realizem: Eu de casaquinho, vestido meio curto prá sentar naquilo, salto alto e cinta. Daria certo?! Creio q não.
Ele pediu q eu tirasse a sandália e deitasse de bruçus.

EU - Não dá, moço. Vou ter q tirar a sandália mesmo? (O q me incomoda, é q eu transpiro muito no pé e ele suja c/ facilidade. Tá bom! Tá bom! Ele faz lama - por isso meu constrangimento!!!!)
MOÇO - ...
EU - Não dá pr'eu sentar na cadeira não?! Minha dor é mais na nuca meeesmo...
MOÇO - A senhora q sabe.
EU - (dando um pulo de ladinho da maca) Óóótimo!

Aí começou... Sentei na tal cadeira e ele começou a apertar a nuca, pressionou c/ a ponta dos dedos todos os ossinhos do pescoço, depois foi descendo de encontro às vértebras da coluna.
Aí eu pensei PUTAQUEOPÁÁÁRÉÉÉLHA!!!!
Cada vértebra mais embaixo me provocava duas reações: A de alívio e o quê devia estar passando pela cabeça do massagista:

CABEÇA DO MASSAGISTA:

Tá durinho aqui.
Nooooosssa, como essa mulé tá teeensa.
Caraca! Assim é melhor, deixa eu fazer mais pressão!
Aperta, aperta, aperta e desce...
OOooopa! Que calcinha enoooorrme.
Aperta, aperta, aperta e desce...
MeuDeus que calçola sem fim.
Prá q q mulher usa esses troços?
Deve ser prá esconder as celulites (ô massagista burro!! Celulite na costela?).
Tadinha... mó enganação.
Os hômi pensa q ela é gostosa e ela é mó morena falsificada.
Alá! De roupa é toda boa, mas quando deve tirá, deve ser soutien pr'um lado, esponjinha prá aumentar o peito pro outro, calçola, cinta, peruca, dentadura...


Bem, chega de interpretar essa anta.
Eu tiro esse bando de apetrecho e ele no mínimo, desatarracha o pau!

Já pro fim da massagem, eu estava c/ os olhos revirados e c/ um fio de baba prestes a escorrer, quando o moço mandou eu levantar.
Sem q eu me desse conta, ele já tinha apertado nuca, coluna, quadris, braços e mãos; passado óleo na nuca e a sensação de torpor dá de 10 num baseado bem apertado!

Saí de lá a passos apressados, super disposta a mais um ano de batalha, na boa!!
Espero q eles acatem a idéia de implementar o shiatsu aqui.
Serão 40 min. de sessão individual.

Sem cinta!
Se Deus quiser...

Grande bj na bunda.

quinta-feira, outubro 27, 2005

UM TANTINHO ASSIM Ó!

Eu saí na calada da noite, a passos leves, sorrateiramente falando... peguei todos de surpresa e saí de cena.
Aprendam. O suicida quando quer se matar, se mata.
O verdadeiro suicida...

Não é o meu caso. Óbvio. Eu nunca pensei em me matar.
Bem... pelo menos tem uns 20 anos que não penso isso e nem quero isso prá mim.
Acabar c/ o blog muito menos. Por isso não avisei. Mudei.
E agora, aqueles que são queridos ao meu coração, têm esse endereço. Os queridos c/ e-mail, não é?!
Porque tem os queridos cujos e-mails não possuo, aí complica. E c/ essa falta de tempo q acomete a mulher moderna-escrava-sexual-do lar... devagarinho vou arrumando tempo p/ avisar esses queridos.

Eu sei. Estou enrolando, enrolando para não dizer os porquês.
Os porquês são os mesmos.
Nesses mais de 30 anos de existência, eu ainda não aprendi a ser previnida, a desconfiar das pessoas. Eu nunca desconfio. Eu sempre acho q todos são meus amigos, todos me adoram, assim como eu os adoro, q todos vão me proteger e vão se lembrar que nessa vida, eu ainda tenho a torcida contra. Acontece q as pessoas têm seus problemas prá resolver e não têm tempo (nem tem q ter) prá se lembrar de mim. De ter cuidado comigo.
É óbvio! Quem tem q ter cuidado comigo sou eu. Até aí, chovi no molhado. Disse o óbvio.
E foi justo assim, que num descuido, aquele meu dissabor mais recente viu um post dedicado inteirinho a sua pessoa, pela máquina de alguém.
Suponho q ele não deva ter gostado muito.
Bem...
...
...
...
..
.
FODA-SE!!!
Ooops! Eu disse de novo! É q é mais forte do que eu.
Mentira. Eu adoro essa palavra. A sonoridade, o motivo e destino que damos a ela. Diria eu q beira a perfeição.

FULANO - Engraçadinha, eu vi seu blog.
EU - Hã...
FULANO - E vc falava mal de mim.
EU - E...
FULANO - E eu vou mexer meus pauzinhos prá acabar c/ a sua paz!
EU - FODA-SE!

É perfeito.
Bem... eu nunca o tratei desse jeito. Mas nem precisa. Quando a gente se encontra no hall ou no elevador, ele lê na minha testa q tem um FODA-SE bem grande dando tchauzinho prá ele.

Eu adorava o outro endereço. Todo mundo reclamava da quantidade de "iiiis", que o nome era difícil, complicado... por isso eu comecei a mandar links q ficava mais fácil.
Foi uma época bacana.
Eu abandonando definitivamente qualquer resquício de infância. Tendo que assumir a maternidade, um lar...
Vou sentir saudades.
Mas mudei e pronto.
Coisas que a gente faz, que não dá prá voltar atrás.

Engraçadão e outros queridos, me pediram prá eu moderar a língua. Para me preservar meeeeiismo. Por amor a mim. Por responsabilidade até.
Mas me digam?? Como ser assim, sem me perder de mim mesma? Ainda é impossível.
Eu sou essa aí.
Que fala o foda-se, que esgota o assunto, até ele morrer. Até deixar de ser ferida.
Vejam bem, eu não tenho dinheiro prá pagar terapia, nem prá viver dançando, nem prá encontrar comigo sozinha de vez em quando.
Eu estou sempre vestida na personagem do meu dia-a-dia e isso é muito puxado!
A Flávia de vez em quando tem que vir a superfície para respirar.
E agora como nunca antes, estou sentindo tanta, mas tanta necessidade de mim. De estar c/ meu eixo.
Às vezes eu descentralizo. Mer perco no meio do caminho e fico doida a me procurar. A me resgatar.
Eu fico desesperada lutando pela minha essência. E agora é a hora.
Estou assim. Me querendo.
Por isso, preferi mudar.
Mudar, para me encontrar.

Um ósculo nas vossas nádegas! Amplexo não.

terça-feira, outubro 25, 2005

REESTRUTURA

Resolvi olhar pro meu umbigo.
Afinal, o meu aniversário está chegando, vou ficar mais velhinha e tenho q ficar preparada p/ o nada.

O nada, é aquela coisa que vem depois de uma grande tempestade.
É quando vc não está bem, mas também não está mal.
Quando tudo funciona, mas nada acontece.
Deve ser esse período entre a instabilidade emocional e a sanidade mental.
Quando a gente quer voltar ao normal a qualquer custo, resgatar pedaços da gente, que ficaram na poeira.

Então, conversando com minha amiga Oráculo, fui aconselhada a não mexer em nada até o final dos acontecimentos, principalmente no cabelo.
O ciclo já se fechou. Pelo menos prá mim.
Daí eu resolvi começar pela cabeça.
Meu cabelo como todos sabem, é um ninho de marfagarfo disfarçado.
Chegou num ponto, em que eu não conseguia mais me olhar no espelho sem proferir um palavrão mental.

Por sorte, o espelho lá de casa é reforçado, senão, seria 1 por dia.
Apesar de só eu enxergar tamanha monstruosidade diante do espelho, o povo do trabalho pelo menos, dizia q eu andava um tanto quanto sauvage.
Eu não chamaria disso. Chamaria de cabeção, mafuá, cabeça de abajur, samambaia ou qualquer coisa q o valha.
Não sei se era elogio ou escárnio mesmo.
De qualquer forma, fiz o q deu na cabeça.

E deu uma mecha caramelo por todo o cabelo, prá disfarçar os branquinhos q já aparecem. Um aqui, outro muuuito acolá...
Ah! Uns dizem "q nada!", outros q eu estou inventando...
O fato é q o bicho do sexo feminino é cobrado sempre.
Cobrado a ser magra, a ser linda a ser loura, cobrada a não ter cabelos brancos nem rugas na cara, cobrada a ser sempre jovem e de corpo firme!
Não! Não me olhem c/ essa cara. Não estou falando nenhuma exagero.
A mulher quando segue à risca esses precedentes é taxada de vaidosa ao extremo, fashion victm, fashionista e aquela q não segue e resolve levar um jeito natureba de ser, ",inhas rugas - minha história" é taxada de relaxada. Querem um exemplo? Cássia Kiss.

Cabe a nós mulheres encontrarmos um meio termo.
Mas como saber o q é de bom tom ou o q beira o exagero?! Sim porque são muitas as q perdem a medida. Querem sempre mais.
Definitivamente não é o meu caso.
Eu tento me olhar no espelho e me agradar c/ o reflexo. E não adianta X ou Y dizer q está bom, se EU não achar que esteja.

Baseado nisso e insipirado no querido amigo, lindo, maravilhoso, poposudo, fashion; o Garoto SC mais chique da Zona Sul - Adam.
E homenagiando aquela q é a dona das privadas mais chiques desse espaço blogueiro, minha querida amiga Érica Bah, é que se seguem as fotos a seguir do antes de depois.
Minha transformação.

*Mas antes c/ o oferecimento das pílulas MICROVLAR (tomou, pariu), esse patrocinador que vos fala, pede encarecidamente, q os ouvintes-leitores desse espaço gorduroso, que tomem seus valiums para q o susto não seja grande demais.
E outra: Esse espaço não se responsabiliza pelos efeitos colaterais que possam aparecer no futuro, por conta das cenas chocantes a seguir!
Cuidado ao clicar...
Bem aqui!

sexta-feira, outubro 21, 2005

SERÁ Q FALTA MAIS ALGUMA COISA???

Essa não é a melhor maneira de se terminar uma semana, contando uma história triste... mas ela tem que ser contada.
Primeiro porque eu disse que contaria e segundo, porque apesar de ter passado pela goela, preciso ainda digerí-la e entender o q talvez não tenha explicação.
Tudo começou quando na empresa, alguém percebeu algum talento meu. Talento esse que nem sei onde fica. Deve ficar espalhado em algum lugar pelo meu ser.
Anywayzzzzzzzzzz, quando fiz hum ano de empresa, um francesinho pequetucho da Informática, sismou em me ajudar a ser promovida. Achou que eu dava prá coisa! Que eu poderia ser a Coordenadora das Secretárias de Projeto, função essa, que só existe em Paris; inclusive ele tinha planos para me levar p/ lá p/ aprender a função e adequar os processos de lá c/ os daqui.
A princípio, eu não ficaria subordinada à Informática, porque o número de budget estava estourado, contudo iria p/ a documentação (aquele setor q o chefe era o cão chupando manga, lembram?!).

Eu fiquei boladíssima c/ a idéia. Nada prá mim é dado de mão beijada, apesar de eu ter o fator sorte muitas vezes a meu favor... Todo mundo falava muito mal dele e ele próprio se mostrou bem fechado. Eu, logo euzinha, a pessoa mais cara-de-pau q existe, mais maluca e extrovertida, teria q encarar mais esse desafio p/ discutir salário. Isso, porque eu vinha sonhando c/ uma soma de uns R$ 5.000,00 p/ ser a tal Coordenadora.
A diretoria vetou o novo cargo. Porque estão em final de Projeto (P-52), estavam mandando gente embora... só mesmo o Francês pequetucho prá pensar q seria um bom momento p'ráquilo. Eu não tinha esperanças, mas já pensava na grana.
Acabou não rolando.
Só q o Pequetucho tinha um trunfo. Estaria levando uma Analista de Documentação p/ França por 1 ano e sugeriu à Diretoria q eu a substituísse. Eles toparam.

Depois veio a Negociação q vcs acompanharam.
Tudo certo. Eu dava expediente em dois setores, chegava em casa às 21:30 quase todo dia, mas c/ sorriso de orelha a orelho, já q a função de Coordenadora seria questão de + 1 ano.
Fui acompanhando a via crucis das assinaturas de Diretoria, RH e a porra toda. A minha sorte, é q nesses quase 2 anos de Projeto, conheci muita gente e sempre falei de igual prá igual c/ eles. Então, alguns caras q eram apenas Engenheiros e hoje viraram Diretores, me apoiaram 100% e ainda falavam bem de mim junto à Diretoria Geral. Estava que nem pinto no lixo, c/ a bola toda. só a conta corrente q ainda não acompanhava.

Aos 44/5 do 2º tempo, quando já havia inclusive um processo seletivo p/ me substituir, soube q a transferência havia sido cancelada.
Como assim Batman????
Cancelada.



E foi aí q eu corri atrás de toda a podridão q havia embaixo do tapete.
Um cara que ao me ver me abraçava, falava palavras bonitas e se mostrava amigo o tempo todo, articulou contra minha pessoa junto a um peixe da Diretoria. Esse peixe, só entrou de gaiato na história. Tratava-se de um peixe simpatizante, prá minha desventura.
O cara tramou e se deu bem, de lambuja ainda faturou minha vaga.
Como? Dizendo que eu era extremamente arrogante, q humilhava as pessoas, q não havia a menor condição de eu ir prá lá, q TODOS do setor estavam reclamando (e não só daquele projeto) e ninguém entendia porque fui eu a escolhida.
A diretoria p/ acabar c/ o bate-boca, cancelou a promoção e me jogou em outro processo.
Processo esse q eu não tinha a menor chance, a não ser q fosse uma empresa de caridade. Não passei, óbvio. Até porque, não estava concorrendo sozinha.

O grande articulador está lá ocupando aquela vaga, que eu sou grata por não ser minha. Eu ia ser atirada no covil e inclusive, podia ter sido sacaneada de outra maneira até mais vil. Poderia ter saído de lá c/ atestado de incompetência bem grande se eles tivessem aguardado, antes de botar no meu rabão de Charlene.
É nojo o q eu sinto por eles hoje. Por terem sido tão falsos, tão baixos, tão mentirosos.



Mas Deus tá vendo. E eu tento me resignar c/ isso.

A boa dessa história é q ganhei um amigo novo (a q preço!!!). É justamente o meu querido Cão-Chupando-Manga.
O temido e terrível, cruel, não digo odiado, porque aí seria demais.
A gente se aproximou e de vez em quando almoçamos juntos.
O legal, é q as aparências são enganadoras por demais.
Meu querido amigo Cão, é ex-professor de história, simpatizante do bom e velho rock 'n roll, apreciador de bons filmes e é um ser sensível e inteligentíssimo. Eu fico às vezes até envergonhada, porque sou um ser ignorante por demais (vide a gafe de ontem chamar Roma de país! Eu tava pensando no Vaticano) com memória curta e chamuscada. Ainda bem q ele ainda não entrou no assunto da filosofia, porque senão não ia ter assunto. Só monólogo.
Eu não faço parte totalmente do senso comum, não ando c/ a maioria, definitivamente não! Mas esbarro neles. Minha inteligência só vai logo ali. E ponto.

Foi bom realmente que tudo isso acontecesse. Eu ainda tenho esperança q algo se defina prá mim.
Continuo tendo bons relacionamentos na empresa e sendo querida (acho) q pela maioria. A maioria q olha dentro dos meus olhos.
Ando ouvindo System of a Down o tempo todo... deve ser esse momento. No último volume, quase.
O que me entristece, é que as pessoas articularam prá uma pessoa que não é sozinha. Eu nem coloco o mérito das contas.
Eu coloco o mérito, de essa sujeirada toda, influir diretamente na vida do meu filho.
Ele é lindo e cheio de talento. É louco prá fazer capoeira, natação... porque às vezes se assemelha a um pato... e agora, isso acabou. Pelo menos por enquanto, né?! Meu maior sofrimento era esse. Quando eu pensava nele.

Mas gente! Vamos levantar esse astral?
Eu não tô morta ainda. E tenho muito o que viver nessa empresa ainda. Afinal, c/ pouco mais de um ano eu apareci. Ainda não cresci, mas apareci e isso já significa alguma coisa, né?!
Me aguardem.
Eu tô dura, mas não tô morta!

Um ótimo fim de semana prá vcs e um bj bem grande no meio da bunda de vcs todos.
No cu não, chega esse beijo pro ladinho, tá?!

quinta-feira, outubro 20, 2005

QUESTÕES DEVERAS IMPORTANTES

Aí vão algumas perguntinhas prá ver se vcs entendem desse mal q acomete o cidadão fumadão!

Quanto ao refereeeindo, eu quero mais é q o refereeeeindo se foda meiiissssmo de verde e amarelo.

Eu optei pela alternativa que condiz mais c/ a nossa realidade. Se fossemos um país de primeiro mundo, miudico, como uma Roma um Vaticano da vida ou um país de Gales qualquer, vá lá, mas p/ um Brasil mal resolvido e terceirizado como o nosso (e não precisava, mas é!), não dá ainda p/ se proceder como se fôssemos todos pequetuchos, se é q vcs me enteeeeiiindem.

Vou continuar cumprindo minha missão bloguística q eu ganho mais, q é falar merda prá vcs meterem a marreta depois.

Então. Respondam vcs o que significa isso:


Qual o nome que se dá a uma tigela de sopa, contendo uma sopa amarela (tipo creme), pedaços de gorgonzola DERRETIDOS, azeite português e biscoito cream cracker por cima??
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LARICA


Qual o nome que se dá a outra tigela de sopa, contendo metade de uma sopa amarela, com pedaços de gorgonzola derretidos, azeite português e BATATA PALHA, muuuuuuiiita batata palha???
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MUITA LARICA


Qual o nome que se dá, depois disso tudo, prá um cara que fica c/ o umbigo encostado na pia da cozinha, exatamente na frente de um pacote de biscoito cream cracker (olha ele aí de novo!!!) e de um copo de requeijão de ervas - Quem olha de longe, vê que ele não está fazendo nada, mas ao se aproximar, percebe-se q ele está de boca cheia - Então? Como se chama isso??
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UMA PORRA DE UMA LARICA DO CARAAAAALHO QUE NÃO PASSA NEM FODENDO!

Preciso dar nomes??

segunda-feira, outubro 17, 2005

PAPO CABEÇA

EU - Vc sabe q quando eu entrei prá NET meu apelido era Charlene, não é?!
CABEÇA - Claro. Era o peso da bunda.
EU - Eu andava remando, mas só pude observar q o apelido era válido, depois q a bunda diminuiu.
CABEÇA - Bem colocado. Virou filet e engravidou!
EU - Isso é esporro ou idéia??
CABEÇA - Só uma observação.
EU - Cheia de ironia, por sinal. Saqualé?! Eu estou entrando naquela fase de lentidão de novo. Ando me arrastando, enchendo a cara... Nem tô comendo o tanto q justifique, mas dizem q o álcool incha, né?!
CABEÇA - !!!
EU - Pois então? Estou voltando a ser Charlene. De roupa tô batendo um bolão, mas pelada...
CABEÇA - !!!
EU - E eu não estou agüentando esse marasmo, a idade avança... essa idéia de fazer outro Pacote não sei quando... Imagina só eu c/ o peso q estou agora e depois q o Pacote II sair? Vou ficar uma monstra. Acho q vou malhar... não sei.
CABEÇA - ??????
EU - Ué? Qualé o espanto?? Eu não posso querer fazer um bem p/ minha saúde? Antes mesmo de motivos estéticos?
CABEÇA - Pode. Ninguém disse o contrário. É q eu pensei... q vc não gostasse... na verdade abominasse...
EU - Mas é claro q vc tem q pensar. Vc existe prá isso. Só poderia ser mais minha amiga e me dar uns toques retais de vez em quando. Não q eu goste de ser cutucada no reto, mas... sei lá, me fazer enxergar certas verdades.
CABEÇA - Mas e o seu tempo de entendimento?? Vc está esquecendo isso?
EU - É.
CABEÇA - E a sua inércia? Acomodação? Falta de dinheiro? Seu sedentarismo convicto? Preguiça sem fim??
EU - Tá! Tá! Tá porra já sei.
CABEÇA - Então?!
EU - Não estão me levando a porra de lugar nenhum...
CABEÇA - E aquela história q povo de academia é tudo imbecil? E aquela mulherada cheirando a suor, quando se junta no banheiro depois da aula?? E o cabelo c/ escova q não pode molhar?? E os sentimentos de ódio que surgem a medida que o suor começa a brotar na sua testa???
EU - Pááááára caralho! Vc não acha q eu já pensei nessa porra toda?? Aquela mulherada c/ barriga de tanquinho q mais parece uns travecos se olhando e se medindo p/ ver quem tem a perna mais dura e eu lá tomando banho (e pelada!) c/ minhas celulites gritando... e as conversas??? E os pesos durante a aula, como são pesados aqueles troços?? quanto a escova já desisti. Com prancha em casa fica mais fácil, mas eu tô dando um tempo de alisar. Os sentimentos vão continuar brotando. Mas não é possível q a preguiça vá me vencer. É isso. Me dei conta. Eu TENHO q ser mais forte q a preguiça.
CABEÇA - E se vc caminhar??
EU - Difícil.
CABEÇA - Patinar?
EU - No...p!
CABEÇA - Nadar??
EU - Hum-hum.
CABEÇA - É... vc quer ir pelo caminho mais difícil, né?!
EU - Cala a boca! Eu tenho q fazer a merda de trabalho aeróbico. Eu tenho q botar as toxinas prá fora e de preferência usar aquele tampão de cavalo p/ não enxergar nada q estiver ao meu lado.
Alguém tem algum dinheiro aê?!

quinta-feira, outubro 13, 2005

DIA DAS CRIONÇAS

Sim. Crionças.


Pacotinho c/ aquela mania de pedir tudo choramingando está virando criOnça!


Mas não é prá falar dele q abordei esse tema.
Tem vários amigos blogueiros que estão contando um pouco das suas infâncias e me deu vontade de resumir.
Eu me lembro de algumas coisas dos meus três anos.

Lembro de um dia q eu tentei sair do berço sozinha, tinha cheirinho de café saído da cozinha e vozes vindas da varanda.
Eu queria mostrar prá minha mãe q eu podia me virar sozinha e de fato virei... de cara no chão e c/ um galo na cabeça.
Ela veio me buscar. Mas... minha mãe tinha uma aura tão tranqüila, era tão linda minha mãe... Me pegou no colo e me pôs sentadinha na mesa da copa, onde outras pessoas conversavam tomando cafézinho. Dentre elas minha vó. Aquela q eu tanto amo e sempre vou amar.

Lembro de ficar horas brincando sozinha (quando ainda era filha única) no tapete da sala, c/ aquelas bonequinhas de papel, q tinha roupinha, vestidinho e tudo era motivo p/ trocar de roupa. Elas trocavam de roupa mais do q respiravam (?!?! Boneca respira?!?!). As minhas sim.
Lembro que c/ uns cinco anos, minha vó tentava de tudo p/ me botar prá dormir. Já freqüentava escolinha e já lia e escrevia, mas à tarde nas férias, ela teimava q eu tinha q dormir. Minha vó botava um ventiladorzinho na frente da minha cama e saía do quarto na esperança q eu dormisse. Eu mudava de posição e ficava c/ a cara no vento, morrendo de pena do ventilador, porque ele parecia estar reclamando do esforço. E desligava. E ligava, por sentir calor. E desligava por sentir pena... tornava a ligar logo em seguida, depois caía exausta na cama por conta do dilema. Acabava dormindo.

Lembro q c/ uns sete prá oito anos, ficava me olhando no espelho e fazendo caras e bocas. Às vezes enfiava a calcinha toda na bunda e ficava olhando prá ver se parecia bonito.
Se alguém aparecia, baixava a saia e saía correndo.

Lembro das viagens a Caxambu, q eu ficava ansiosa prá ir prá piscina, a ponto de sentir náuseas e quando chegava lá, molhava só o dedão do pé, por puro ca-ga-ço mesmo! Havia os jogos de boliche... as flores... a discoteca q eu era proibida de ir, mas quando voltávamos pro Rio, ouvia minha mãe contar maravilhas do lugar prás visinhas, prá minha vó...

Eu tive uma infância excelente. Era Tívoli Park, Teatro, Cinema, Museus... Nós não éramos ricos, pelo contrário, meus pais trabalhavam muito. Todos dois. Minha vó foi quem me criou. Fez a parte dura. O trabalho sujo, por isso sou tão próxima dela. Quando morrer, é por ela q vou chamar um dia e espero dar aquele abraço apertaaaado (se tiver forças), aquele q eu afundava no peito dela.

Tive os momentos cabeludos também. Meu pai começou a aprontar nos meus 7 anos. Eu via minha mãe chorando de madrugada c/ a cama vazia no outro lado. Eu também não dormia por vê-la sofrer. Eu vivia tentando uma resposta para tal situação e vivia inquirindo meu pai em relação ao amor q ali existiu um dia. Mas não consegui consertar nada. Não havia conserto.

Lembro de tanta coisa... e o melhor disso tudo, é o esforço q estou fazendo, prá que meu filho tenha uma infância totalmente diferente. Apesar de ter sido boa, eu espero q ele não tenha q ver, nem viver certas coisas q eu vi e vivi. Eu e Engraçadão temos essa convicção e preocupação. Até porque, somos diferentes do q nossos pais foram. Nós já somos a evolução.


Bj na Bunda e q Maria Aparecida ilumine a todos nós.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Homenagem & Mistureba

Talvez vcs não saibam, mas comecei a fermentar na minha caixola a idéia de ter um blog, por causa da minha irmã e da minha prima.
Depois q vi my little syster escrever num blog, tão coerentemente, eu pensei c/ meus borbotones: "Bem, se ela pode, porque não eu?!"
Não é rixa de irmã mais velha, nem despeito. Eu fui uma das maiores incentivadoras da minha irmãzinha, no que tange a tem que ler, tem que falar/ escrever direito e ao vê-la produzir textos tão coerentes, prá mim foi motivo de orgulho. Minha prima não se encaixa nessa catiguria, porque faz Jornalismo e escrever certo é obrigação!

Eu já andava longe da escrita fazia muito tempo (gentem, tenho 32 anos). Sempre gostei de escrever e no auge dos meus 7 anos, me lembro de já escrever contos de fadas, historinhas que pareciam novelas, aos 9 uma peça de teatro... Aonde está tudo isso?? No lixo, uai!! Vcs esqueceram q eu tenho só dois neurônios (um preto e outro racista??)?? Isso tudo se perdeu, infelizmente. Minha santa mãesinha nunca deu importância prás coisas de escrita...
Às vezes lia, mas não comentava. Naquela época ela nem gostava de ler. Quem muito me incentivava c/ a leitura de qualidade era meu pai. Atochava no meu cu o livro "Fernão Capelo Gaivota" - não me perguntem de quem é, vcs até devem saber, eu é q não; apaguei da mente. Foi trauma mesmo. Imaginem dar esse livro lindo e complexo, p/ uma criança de 6 anos aprimorar a escrita/ leitura?! Não podia dar boa coisa. Eu lembro de tê-lo terminado aos 12 anos.

Bem, foi em 06 maio de 2004 q eu comecei o blog, completamente capenga sem jeito prá escrever, misturando crítica c/ vida pessoal. Não dava prá ser crítica de night, alguém que não sai e não tem $tempo$ prá sair. Imbecilidade total minha pretensão.
Com o tempo, fui tomando jeito. Conhecendo pessoas, me espelhando em algumas, admirando muitas e fortalecendo laços.

Consegui até a proeza de mudar de casa, já q o blig resolveu meter no meu cu sem vaselina.
Prá mim, postar e visitar os amigos funciona como uma boa terapia, já q eu não tenho grana p/ pagar uma. A gente conversa, a gente se ajuda, a gente se conhece e mesmo com toda a distância, às vezes a gente se encontra e enche os cornos juntos (
Vide meu encontro c/ Endie).

Mas o melhor ainda estaria por vir.
Hoje eu não tinha do que falar e o
Mago me salvou! Bem embaixo do perfil dele, tem uma caixa "Do Coração" e por fim "Homenagem da Semana". Essa que quase me fez enfartar.
Bicho, o cara não botou euzinha lá?!
E eu nunca, repito, nun-ca, tinha observado esse cantinho onde ele homenagea os amigos semanalmente (de repente nem sempre amigos, né?!).

Q leitora de merda q eu sou, não é mesmo?! Mas é sério, eu presto mais atenção é nos posts. A parte q muito me interessa. E quando me deparei c/ as coisas lindas q ele escreveu sobre a minha pessoa, a minha pessoa ficou c/ os olhos marejados e c/ um sorriso de orelha a orelha na face.

Agora vcs imaginem meus colegas de trabalho, me vendo c/ essa cara de otária, lágrimas nos olhos, sorriso de orelha a orelha, fone de ouvido e sacundindo a cabeça frenéticamente por conta de System of a Down nos ouvidos?! Cena no mínimo hilária, minha pessoa diria.

Aproveitando q os holofotes estão em cima de minha pessoa neste momento, gostaria de informá-los, que esse cantinho empoeirado, palavrudo, desbocado, desbundado, mais o q suas pessoas quiserem, atingiu a marca de
14.448 visitas em pouco mais de 1 ano.
Isso é bom ou ruim?
Isso é muito ou pouco??
Ah foda-se!!
O q importa é q o blogspot é de graça, vou continuar podendo escrever as besteiras q eu gosto, desabafando c/ vcs, visitando vcs, bebendo c/ vcs e pronto.

Aliás, eu fico bestificada quando vejo coisas assim, porque quando olho pros textos que faço, sempre me pergunto o q as pessoas enxergam quando vêm aqui. Eu acho tudo tão comum, normal... Tem tanta gente boa aí fora, q fala bem prá caralho sobre atualidade, política, artes, música e tudo. Ao contrário de mim, q só falo merda.

Bem... vai entender, né?! É melhor não mexer em time q está ganhando.
Deixa o povo gostar, sua aaaaanta!!
E por q Engraçadinha?? (Hoje eu estou jogando no ventilador meeeeeesmo!!) Prá variar é uma história idiota, como tudo q acontece na minha vida.
Eu entrava nos chats nos primórdios das salas de bate-papo como Caramelo. E sempre vinha aquela pergunta imbecil: Vc é homem ou mulher???

Aí eu tive a brilhante idéia de por Engraçadinha. Por causa do Nelson, porque ninguém que eu conheço se chama assim, porque a personagem envolve sensualidade, embora minha intenção não fosse de atrair p/ esse fim... era prá atrair atenção e só.
Depois q eu mudei, era só entrar nas salas p/ um montão querer falar comigo.
Aí eu alcançava meu objetivo de atrair atenção e fazia o q mais gostava: mandava todo mundo se foder e sacaneava todas aquelas conversas enfadonhas dos chats.

This is meeeeeee!

Bjs na bunda de todos!


Com muuuuiiito carinho e o coração cheio de gratitude
(parafraseando Lulu Santos no programa Pânico de 02/10 - É um imbecil, né?!)

sexta-feira, outubro 07, 2005

SE O VITOR FAZ ANUS, PORQUE NÃO MINHA MÃE?

E contrariando as expectativas, eu informo que tenho mãe sim!


Ano passado não disse nada a respeito dela, de seu aniversário, das conversas, dos risos, das rusgas. Mas esse ano decidi falar.
E não vou mentir.
Existe muito amor na nossa relação. Se eu fosse outra pessoa e olhasse lá de cima prá nós duas, eu diria que existe amor sim.
Mas aquele amor mais difícil de se conviver, mas que ainda sim, existe e persiste.

Nós não falamos a mesma linguagem, definitivamente! Ela diz alhos e eu entendo caralhos e vice-versa.
Temos idéias contrárias, discordamos em quase tudo, por isso mesmo insisto em dizer que é amor, porque em todo esse tempo de existência, nenhuma das duas desistiu.
Às vezes me sinto falhar.
Às vezes acho que me dedico muito mais a agradar as pessoas do que a minha própria mãe.
Sempre batendo de frente... sempre batendo de frente... sem entendimento.
Às vezes me pego ao telefone insistindo em entender seus argumentos, suas lamúrias, reclamações e dores, mas confesso. Prá mim é muito difícil.
Porque é da minha natureza ser prá cima. Ser positiva, ser alegre e fazer as pessoas alegres. Não ter pudores em falar meus caralhos e minhas bucetas. E daí se eu falo?? Por isso sou puta?? Não, acho q não.

Houve um tempo, em que acreditava que nunca casaria, que nunca teria filhos, que seria eternamente da farra, da música e da dança.
Me via inteiramente sozinha, porque o protótipo de esposa correta e reta e dedicada, estava lá sem seu marido.
E como? Me digam como?? Logo eu, a Srª Esculhambada daria certo e alcançaria esse sonho de família (nem sempre meu!)??
E estou aqui. E conquistei. E estou dando certo, com um filho liiiindo ao meu lado.
Eu sempre fui a ovelha negra e a errada.
Talvez por isso, nunca mencionei palavra sequer sobre ela. A minha genitora.
Aquela que não concorda, que não elogia, que apóia à maneira dela, não a minha.
Aquela que presenteia com 50% de críticas, porque tudo deve sair do jeito dela, do jeito q ela acha certo.

Minha amada mãe, é virginiana. Coisa q me fez ter pavor desse signo por muito tempo, até entender que cada pessoa é de um jeito.
Controladora, organizada ao extremo (perto do TOC* eu diria!!), dominadora, mas careeente, terna, amiiiiiga, sozinha.
Minha mãe, meu grande desafio, nasceu em 18 de setembro.
Não sei o que isso significa, mas vovó dizia que quando ela veio ao mundo, seu cabelo já era repartido do lado.
Contava também, que ela gostava muito de dormir e não gostava que ninguém ficasse mexendo muito nela, porque já naquela época, gostava de controlar. Tinha q ser do seu jeito, as pessoas é q não entendiam direito, oras!!!!

Lembro de uma foto, que está guardada lá em casa e quando a olho, tenho certeza que todos esses conflitos, só contribuem mesmo para o nosso crescimento. E mais, que não são em vão. Nunca são.
Mas essa foto, sintetiza a razão pela qual trilhamos os caminhos juntas, unidas e afastadas por um laço tão forte q é a maternidade.
Olho essa foto e sinto vontade de chorar, por dimensionar o tamanho do amor que ela sentia por mim, quando a foto foi tirada.
Sim. Ela me amou. E por mais que sua forma de amar não seja a ideal prá minha percepção, ainda sim, o amor existia ali. Beeeem nos primórdios.

Queria ser como a menin@, como a , que ao falarem de suas mães, falam de mulheres que são amigas, que chegam junto, que dão colo, beijo, afeto até transbordar, que se anulam pela felicidade delas.
Bem, o amor q eu ganho é diferente. E o amor que eu dou, também não agrada muito minha mãe. Mas estamos aqui p/ aprender afinal. Ou não??
Dizem que mais se amam, os que mais batem de frente/ se enfrentam. Talvez seja uma forma egoísta de amar. Então não é amor??

Eu quero lembrar das coisas mais lindas dos momentos c/ minha mãe.
Dos cabelos dela, fartos, lisos, caindo pelos ombros, tal qual uma índia cosmopolita. Mais bonita até.
Gosto de lembrar da minha mãe dançando, de quando era cortejada na rua, mesmo na minha frente.
Quando ela se arrumava para ir trabalhar e passava maquiagem no rosto e eu ficava ali admirando-a e dizendo q ela, era a mãe mais linda do mundo.
Gosto de lembrar que eu dizia, q quando crescesse não a deixaria de lado, sozinha (infelizmente minha mãe não gosta de drogas pesadas q nem eu... essa não deu p/ cumprir!)
Gosto de recordar das vezes que ela deixava eu escolher uma roupa p/ ela na loja, sem ficar dando pitaco. E quando ela usava a roupa, por mais q não se sentisse bonita, todas as pessoas a elogiavam e diziam q ela caprichou.
Eu gosto quando ela concorda comigo, infelizmente é raro isso acontecer.
Gosto de pensar que um dia, a gente vai se olhar e ver que tentamos tudo e usamos do nosso melhor de uma para outra.
Quero que quando esse dia chegar, não hajam arrependimentos nem lamentações. Só concordância e compreensão.


Eu sei mãe, q vc não vai ler esse post. E sinceramente acho melhor assim. Vc não entenderia, julgaria mal.
Mas não é julgamento, o q eu faço aqui é mais um desabafo e uma conclusão precipitada. Não posso concluir o q não acabou.
Por isso, o beijo na bunda de hoje, é só seu.
Eu sei q vc vai ficar c/ nojo e dizer q eu sou desbocada, mas não se preocupe. Eu sou sua filha assim mesmo.
Sou parte de vc, mesmo não sendo aquilo que vc idealizou.

TOC* - Transtorno Obcessivo (não sei escrever essa porra!!) Compulsivo

quarta-feira, outubro 05, 2005

NO ESCURINHO QUE HÁ DENTRO DE MIM

Dentro de todo ser humano existe um escurinho.
E não. Não estou me referindo ao moleque pretinho que entrega coisas prá padaria ou pro mercadinho mais próximo da sua casa.
Estou me referindo ao escaninho escuro que existe dentro de todo ser humano.
Aquele que a gente finge que não existe. Onde estão escondidos os sentimentos mais pôdres que habitam na gente, mais sujos e feios.
Todos os temos. Por isso estamos caminhando juntos nessa escola que se chama Terra.
Caminhando como irmãos, sem sê-los.

Eu acredito nisso.
E também os possuo.
Embora tenha enchido alguns espaços de luz, outras partes permanecem no escuro escondidas de mim mesma.
Quando eu falo que quero que fulano morra atropelado, mas não atropelado de sofrer uma batida na cabeça e morrer, mas sim atropelado dos pedacinhos ficarem espalhados na estrada, sem q nenhum cirurgião gabaritado na Sorbone, possa colar c/ Super Bonder; estou dando vasão a um dos meus escaninhos escuros.
Estou dando vasão a um sentimento de vingança.
É... eu ainda sou vingativa.
Hoje, eu queria mesmo q o fulano fosse atropelado. Não do fundo do coração. Mas queria, da boca prá fora talvez!

Será que queria prá depois dizer que desse jeito foi fácil demais?!
Ou será que ia vibrar com o atropelamento?
Uma coisa eu tenho certeza: não iria ver os pedaços. Não, não. Isso de jeito nenhum.
Sentiria culpa? Não sei. Talvez.
Por isso desisti de ser vingativa. É muito complicado.
Ser vingativo, exige inteligência e saco.
Muuuuiiiito saco para perseguir esse objetivo e sinceramente? Tenho coisas mais importantes para fazer. Minha vida prá tocar, parcelar minhas contas, dar carinho ao Pacotinho, dar pro Engraçadão... São coisas mais importantes, do que ficar cultivando uma plantação mirrada no escaninho escuro do meu coração. Se ela já está fadada ao fracasso mesmo... prá quê então?

Eu sou uma escorpiana babaca. Porque TODOS sabem que os escorpianos não perdoam.
Eu sou escorpiana babaca, molenga, esquecida... eu não perdôo, eu mato dentro de mim.
Mato de tal maneira, que nem lembro que fulano existe. Outros fulanos, lógico!
Esse eu ainda quero que morra atropelado. HOJE ainda quero.

Mesmo sendo babaca, idiota, esquecida, não sou burra. Posso dizer que ignoro certos temas, mas burra de todo não sou.
Tanto, que já esta semana não perdi a oportunidade de tripudiar. Via de regra, não gosto de fazer isso. Acho um gesto pequeno, mas fiz, porque precisava respirar.
Quando todos dizem, cale-se, seja estratégica, não demonstre, um sapo gigantesco descia pela minha garganta a poder de muita água.
Lembro que há duas semanas, bebi água, como quem busca oxigênio.
Tudo para o sapão descer que nem Skol. E desceu. Não caguei ele ainda, mas esse dia chegará.
Pois bem, tive que calar. Isso doeu muito. Foi demais prá mim, que falo prá caralho.
Me encontrei com fulano aqui, depois que todo burburinho passou. Ele? Assumiu minha ex-futura vaga.
Mas a consciência é acusadora irredutível. Pronta prá nos trair quando nos encontramos em erro. E com ele não seria diferente.
Ele se traiu pelo gestual, pelas respostas, pelo olhar inquieto.
E eu, que não vim prá vida a passeio e sou uma boa duma filha da puta (quando quero), percebi q ele era realmente o grande culpado de tudo.
Tranqüilizei.
Eu sei que logo o atropelamento vai acontecer. Não só porque eu queira (e quero), mas porque ele não vai segurar a onda.

Ontem o telefone tocou e o imbecil do fulano, queria que eu fizesse um trabalho que é de responsabilidade dele.
Eu ri por dentro, mas bem por dentro com minhas entranhas e escaninhos; e usei minha voz mais macia. A Nº 3. Aquela que quando vc ouve, jura q eu sou a pessoa mais doce que vc conhece. Aquela, que crava na sua bunda e vc só vai sentir quando se sentar na frente da televisão da sua casa.
Respondi com toda docilidade que conheço, que não poderia ajudá-lo, pois não fazia mais parte do meu show aquele tipo de tarefa.
Aquela tarefa, é de responsabilidade da pessoa que vai substituir nossa amiga que está deixando o cargo (ele no caso!).
O fulano gaguejou, chamou Deus e o Diabo, pois não acreditava que eu estava falando sério. Mas eu estava.

Ué? Ele não quis os louros?? Não conseguiu??
Agora é hora d'ele rebolar na boquinha da garrafa. E se precisar de ajuda eu ajudo sim.
A empurrar a garrafa toda cu adentro, do gargalo ao fundo.
Mas atravessado!


segunda-feira, outubro 03, 2005

SE EU CONTAR, NINGUÉM ACREDITA!!!

Antes de mais nada, eu quero agradecer os comentários preocupados em relação ao post "Disseram de tudo...". Valeu pelo carinho, atenção, preocupação e amizade antes de tudo. Mesmo daqueles que eu nunca sequer apertei a mão, vale agradecer porque vcs são companheiros mesmo sem estar comigo, por isso mesmo, estão sempre no meu coração.
O que eu posso dizer sobre esse assunto, é que voltei a estaca zero. Nem tudo está perdido, mas nada foi ganho, além de experiência. Por isso, estou aguardando o desfecho, para contar a história na íntegra para vcs. Existe uma luz no fim do túnel, em outro setor.

PACOTINHO

O cara mais gostoso da minha vida, que mudou minha maneira de ver o mundo, as pessoas, as coisas, os aviões e as garças, está fazendo 3 anos no domingo. Amanhã, faremos um bolinho seguido de bagunça lá em casa com todos os amigos da creche, q são a verdadeira família dele eu e Engraçadão, somos a família do Paraguay.


Desenho.
Essa aí em cima sou eu. Fiquei emocionada, porque a cor da pele, os olhos e o tamanho da boca, são iguaizinhos a mim.
Esse menino vai longe!

O DIA MAIS LOUCO DA MINHA VIDA

Depois do abatimento, vem o tesão - Já dizia o famoso pastor, digo Bispo, Mentir Macêdo.
E foi justamente o que aconteceu comigo ontem. Saí de casa c/ um tesão danado, mas infelizmente devido a hora já apertada, não sacudi Engraçadão e pensei c/ minhas bolinhas, HOJE TEM!
Antes de chegar ao trabalho, eu e minha Uninho caída, abastecemos no Boneco do Posto, porque o fim de semana promete e eu não terei tempo p/ cuidar disso. Pedi ao frentista: "Transborda".

O bichinho levou à sério. Ele encheu o tanque até transbordar, calibrou os pneus, viu a água, o óleo, tudo isso antes das 8h. E eu ainda consegui chegar no horário e tirar onda c/ meu chefe, já q sairei cedo hoje e ele p/ concordar me lançou um desafio: Chegar no horário de segunda a quinta, com o agravante de sexta (hoje) chegar às 7h. Bingo!! Meta cumprida.

Passei o dia rebolando na cadeira, por conta das músicas de Destiny Child. Esse último CD delas, tá um tesão mesmo, então já fui criando o clima desde cedo. Consegui sair às 18h. O carrinho pegou bonitinho e me levou até o que seria um inferno de noite. A sorte é que eu ando meio anestesiada ainda...
No cruzamento da Praça da Bandeira, aquele largão que tem saída p/ São Cri-cri, subúrbio e viaduto do Maracanã?! Pois é, justo ali no sinal ele afogou.

SEU GUARDA (fazendo sinal c/ a cabeça, como quem pergunta q q tá pegando - eles agora se comunicam por sinais, não falam mais não!) - ???
EU - Afogou.
SEU GUARDA - Vou empurrar.

Empurrou e me largou na frente de um ponto final de ônibus, ainda em frente à estação do Metrô de São Cristóvão. Beleza. Pensei numa meia-dúzia de gente q poderia ligar chorando as pitangas, mas como nunca ligo mesmo p/ esse povo, por que ligaria numa situação difícil. Avisei ao Engraçadão, que se encarregou de pagar nosso Pacote na creche e depois viria me socorrer. O q fazer então, pensei eu?! Bem, dormir, ouvindo Appetite for destruction em K7 (alguém se lembra?? Pois é, eu tenho em fita K7 - Alguém se lembra o q q é isso???)
Comecei a fechar os zóinho, quando um moço bateu no vidro falando q eu estava empatando o trânsito e não deixava o ônibus sair. Era o motorista da linha. Eu falei, prá ele q era o Sr. Gualda q havia me largado ali e ele resolveu empurrar, acompanhado de mais dois coitados q aguardavam uma Kombi p/ não sei onde. Tentaram, tentaram... e depois de 10 a 0 Uno x Afobados Futebol Clube, desistiram. Ok.

O Sr. Gualda perguntou se eu não queria o serviço de um mecânico q rondava aquela área e eu perguntei se o tal mecânico era caridoso, pois eu não tinha uma moedinha sequer. Prá encurtar a história, ele teimou e chamou o mecânico-eletricista q junto c/ Engraçadão deram um jeito no carro. Pela minha cabeça só passava safadeza. Eu já estava incomodada c/ o avançar da hora "Será q ainda vai dá prá fudê hoje???"

E chegamos tarde em casa, doidos prá Pacotinho dormir p/ partirmos p/ os finalmente.
Não sei o q me deu. Depois de todo esse tumulto de problemas de empresa/ carro, ainda tive disposição p/ nocautear Engraçadão.
Eu simplesmente não conseguia parar. Ele preocupado c/ a hora e eu preocupada em matar o cara aos pouquinhos.
Foi uma das melhores noites q eu tive. Fomos dormir mais de 2h da manhã e no dia seguinte estava eu no batente, c/ sorriso de orelha a orelha, impreterívelmente às 7h. Na verdade 6:45h.

O saldo?? Engraçadão pegou uma virose e está de cama até quarta-feira.
Não vai poder trabalhar nem hoje, nem amanhã.
O aniversário do Pacotinho foi uma lou-cu-ra, ainda mais c/ Engraçadão doente.
Eu perguntei pro médico se excesso de porra disperdiçada faz mal (mentira meu povo!). Eu só estou esperando ele se recuperar direito prá partimos para nova fase de testes.
Devo estar superando o trauma de não ter sido promovida, definitivamente... mas como se pára esse fogo todo?? Alguém sabe onde fica o botão do Stop?

Bjs nas bundas alheias de vcs.


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