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quarta-feira, fevereiro 27, 2013

O DESAFIO DE NÃO ENFORCAR OS FILHOS

 
Não vou mentir procês. Ando xoxadíssima.
Aquela pessoa animada, espoleta e cheia de gás não mora mais aqui. Aqui mora uma histérica, com pouca paciência, desorientada às vezes e louca pra sumir.
Calma gente, eu não sou bipolar e pode ser que a TPM que se aproxima (pré-TPM?) esteja maximizando os sentimentos.
 
Fato é, preciso me preparar para conviver com outra perereca além da minha. De modo não pacífico, quero dizer.
Quando vc é só mãe de menino, parece q vc é a novidade. Eles te respeitam até certo ponto, ou sob ameaça acabam fazendo o que vc manda. Já no caso da dualidade xerecal, ambas querem ser abelhas rainhas e tal qual como em Highlander, só pode haver UMA. Sei que Engraçadão ainda vai passar por isso, quando na adolescência terá de mostrar quem é o macho alfa.
 
Semana passada as coisas foram mais difíceis. Deixei de me exercitar desde novembro passado e me tornei novamente naquela pessoa exausta que odeio. Por outro lado, esse deveria ser o momento em que deveria estar lá na pracinha caminhando ao invés de postando. Acontece que entre as duas coisas, o que me motiva mais é escrever. Por outro lado, um futuro jornalista que não escreve é exatamente o que?
Por certo eu deveria estar escrevendo no mínimo dia sim, dia não. Mas assuntos burocráticos quase que diariamente têm me tirado o foco. Desde o reinício das aulas, eu tenho tido apenas 1 dia por semana pela manhã para estudar e sentar calmamente, ou me dar o luxo de ter inspirações.
 
Com toda essa pressão, a convivência com as crianças não está sendo das melhores. Vc precisa impôr uma rígida rotina, precisa que eles durmam (ao menos a galega), precisa descansar também, precisa estudar, procurar estágio, ajudar o mais velho com as lições e conter o do meio, que anda numa fase de rebeldia pedindo coça diariamente. Todavia eu me seguro forte para não arrebentar a carinha linda dele de anjo.
 
Sábado que passou tive uma crise histérica porque não pude dormir vários dias à tarde sem ser interrompida pelo Sr. Cabeça de Bolinha, que não respeita sono alheio. Então eram muitas brigas intermináveis entre nós dois.
Ele esquece e perdoa fácil, o que só faz aumentar minha culpa. Ainda sim, está de castigo de vídeogame. Também vinha de uma rotina sem marido nos finais de semana, que só fez contribuir para esse nível de stress. Não, não taquem pedras ainda, ele estava trabalhando. De qualquer forma, é estafante.
 
Ontem, depois de matar meu leão do dia, botando o Sr. Cabeça de Bolinha pra cama  mais cedo debaixo de berro (dele e meu), porque ele estava impossível acertando o irmão a todo momento, foi a vez da Dona Miúda.
 
Dona Miúda, com sua beleza, inteligência e desenvoltura, tem um gênio do cão. É a personificação da teimosia quando quer. Fora esses rompantes, ela é sensível, companheira e linda. Só que por ter consciência de tudo isso, pensa que pode fazer o que quer.
 
Quando o fazer o que quer não implica em algo sério, eu até deixo ela ter suas vontades, porque representam a maioria. No entanto, ultimamente, ela deu pra implicar com o prendedor de chupeta. E volta e meia, a chupeta some. A chupeta rosa. A danada da chupeta rosa, que tira nosso sossego, porque ela só quer aquela! Então, tirando do prendedor, fica muito mais difícil encontrá-la.
Cheguei ao meu limite então. Posso afirmar que fui muito acima da média, em termos de tolerância. Geralmente corto o mal pela raíz, mas nesse caso fui deixando. Errei?
 
Devo ter errado sim. Como há muito não se via, Miúda ontem ficou com o capeta no corpo e eu também. Costumo ser boa disciplinadora. Não é qualquer grito, escândalo ou demonstração de raiva que me assusta. Posso conviver pacificamente com choros intermináveis por horas, mesmo na minha idade. Mas o que se viu, foram explosões de ira. Primeiro não tinha a chupeta, então dei de outra cor, o que fomentou a ira. Depois ela não queria pegar de jeito nenhum. Como estava muito atacada, eu a coloquei debaixo do chuveiro para acalmá-la, o que funcionou por alguns minutos.
Pacotinho foi até o play procurar pelo rosa, pois tinham descido há pouco tempo para brincar e lá estava a bendita. Pronto, foi aí que o inferno recomeçou. Troquei o prendedor para a chupeta rosa e eu realmente não sei o motivo da rejeição da Miúda, se ela acha anti-fashion, anti-prático, anti-pático, o fato é que ela fez aloka hurrando de raiva, querendo de todo modo tirar o prendedor. Mas eu já a havia prevenido que dali por diante, só com prendedor. Eu não voltaria atrás.
Então a coloquei no castigo, porque berrava, pedia papai, tentava se arranhar de tanto ódio e ganhava um tapinha na mão para que não fizesse isso. Não dos tapinhas q dóem, mas do que tiram a mão de cima da perna.
 
Quando o pai chegou, eu não deixei que ele a tirasse do castigo. Contudo, a lenga-lenga se esticou, pois ela começou a sair antes do término. Pedi q ele entrasse no chuveiro que eu a entregaria em seguida. Ela aos berros, pirraça no chão, tentativas de se arranhar toda, rosto vermelho, se cospindo, cospindo no chão e esfregando a mão (a bicha joga sujo, literalmente) e aquela garganta potente que sacode os pilares do prédio, se debatendo toda. Eu deixei que ela soubesse que sairia assim que se acalmasse e lógico, isso durou muito mais que 2 minutos. Ela custou a baixar o tom do escândalo e foi nessa brecha que eu a peguei, fiz com que pedisse desculpas e fosse até o pai tomar banho.
 
No entanto, ao dizer porquê a estava tirando do castigo, já não era a mesma fortaleza. A voz já me ia embargada, as lágrimas já não me obedeciam e ela ao me ver assim, chorava, mas foi serenando. Nos abraçamos, peguei-a no colo e levei pro papai, que concordou que ela não tomasse outro banho, porém passou-lhe outro sermão sobre a chupeta e o prendedor. E adivinha? Ela acatou ainda choramingando, mas acatou. BITCH!
Em seguida, ele a colocou pra dormir.
 
Para quem está no fim da fila perguntando porqueraios eu não tiro a porra da chupeta, eu peço calma. A chupeta irá embora aos 3 anos. Mais precisamente em maio e eu não faço a menor ideia de como isso vai acontecer.
Não adianta ter três filhos e já ter vivido essa experiência duas vezes! São 3 indivíduos completamente diferentes. Cada um com sua porção e história pessoais. Então eu sempre tranco o cu quando o assunto é tirar chupeta, mesmo que na prática, a coisa se resolva tranquilamente (eu espero). Tô com mais medo do que ela... sempre fico.
 
O superpediatra recomenda que se troque por uma besteirinha. Que vc a pegue pela mão, faça com que ela jogue a chupeta fora e depois lhe compre um presente qualquer. Pensei num vestido, já que ela se tornou aloka do cu do vestido, assim como a mãe é aloka do cu do Foursquare! O que talvez ele não se dê conta, é que o presente qualquer não substitui o conforto da chupeta à noite. Infelizmente, chupeta também é muleta paterna. Já disse isso anos atrás e a galega, pior que os meninos, não entrou ainda no esquema de usar somente à noite.
Eu estou muito cansada para debater hoje de novo, a fim de implementar essa nova regra, já que ela também dorme de dia.
Portanto, ainda não sei dizer qual será a cena do próximo capítulo.
Improvisemos então.

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

SHORT CUTS



Bloco Toca Raul com Miss Moura e os meninos
  • ALALALAÔÔÔÔÔÔÔ, o carnaval passo-ooo-ooo-u! E pra fala a verdade, nada está como antes. Fiquei dois dias deitada depois de sair no bloco. A velha dentro de mim está me agarrando e me puxando pra cama. Tem cura fora das drogas? 
Os capeta
  • Algo inusitado: Pessoas diferentes pegaram dois dos meus filhos e só devolveram na quarta feira de cinzas. Então o Sr. Cabeça de Bolinha ficou tirando onda de filho único e se comportou muito bem, NA RUA!
Superman
  • Infortúnios (?) de carnaval - Saímos com um casal de amigos gays e mesmo não rolando agarramento entre os dois, Sr. Cabeça de Bolinha criva um deles de perguntas do tipo: "Vocês são namorados?" enquanto um deles me olha de olhos esbugalhados, eu o encorajo a contar a verdade, afinal, estamos dentro de um mundo onde as barreiras do preconceito tem de ser derrubadas mesmo aos 5 anos de idade. Ao ter a confirmação que esperava, Sr. Cabeça de Bolinha me sai com outra "Então vc é gay?", novos olhos esbugalhados me encaram. Nenhum de nós estávamos preparados para a cantoria do pequeno ao reagir com uma melodiosa trollada de "mulherziiinhaaa, mulherziiinhaaa!" diante da afirmativa, ao que foi imediatamente repreendido em nome do Senhor, graças à Deus! Conversei na hora, expliquei sua indelicadeza e ensinei a importância do respeito e não-discriminação. Imediatamente nosso pequeno apertou a mão do novo amigo, pediu desculpas e disse: "AMIGOS?". O que se viu a seguir, foi um carinho mútuo. Ambos pulando, brincando, levando o pequeno na corcunda e uma pacífica folia entre homos e héteros, graças à Deus! Viu? Não há o que temer!
  • Mais uma vez o horário inflexível de trabalho de marido está dificultando a vida acadêmica. Fui pro horário da noite, troquei de curso, ainda sim, 3 crianças que eu pus no mundo precisam ficar com alguém entre o horário da saída de marido e minha entrada na faculdade. E quem há de ficar? Ninguém né? Eu levo as quionça pra faculdade e ele sai voado do trabalho para pegá-los. Lá nos encontramos e eu saio correndo pra sala. Pra falar a verdade, eu só tive uma aula até agora e nem foi muito legal, já que o professor era substituto. Além de substituto, dispensou a turma mais cedo. Ok, q as pessoas do ano passado dizem que logo estarei fazendo novas amizades, mas eu não estou preocupada com isso. Nem tem turma direito ainda...
TV nova. Ainda não acostumei!
  • Em uma semana quebrou a TV da sala e o microondas. A gente não cozinha mesmo com o microondas. Só esquentamos comida, fazemos pipoca e esquentamos o leite das crianças. Já televisão, a gente come, bebe e respira, como qualquer família brasileira. De maneira que ficamos 3 dias sem ela, amontoando as crianças em nosso quarto, que é onde está a outra TV e com a maratona diária, Engraçadão chegava em casa sem encontrar aquela mulher disposta a tomar sequer uma cerva com ele. Problema resolvido: No final do terceiro dia a nossa nova TV de LED de 40" aterrisava na sala. Desta feita, o sexo volta com a sua programação normal!
 
Posto 3 na sexta, c/ banco de areia no meio
  • Pude presenciar os dois mais belos dias de praia da vida. Dia assim, no Rio de Janeiro, só quando eu tinha 8 anos em Ipanema, num dia em que minha mãe foi dar uma busca no reduto de surfistas onde meu pai frequentava, depois de ele ficar tipo uma semana sem dormir em casa. A busca pra ela, claro foi em vão, mas pra mim foi perfeito, porque eu pude pela primeira vez ficar dentro da água do mar sem medo! Reproduzimos esse dia na praia da Barra sexta-feira e domingo último.
Posto 6 com D. Miúda sozinha lá dentro
  • Já que passou posso contar. Aquele post passado foi eu me inscrevendo para uma vaga de estágio como repórter, concorrendo com um bando de gente. Não passei. Pois é, Deus não me daria um presente desses de bandeja justo na primeira oportunidade. Claro que não! Eu ficaria besta demais, me sentindo a rainha da cocada preta e isso não é bom para os negócios! Apesar de meu tempo urgir... O tempo de Deus é sempre outro para o nosso próprio bem e como o não eu já tinha, é com ele que estou agora. Até a próxima oportunidade, claro!
  • Eu deveria estar indo ao Juizado Especial, mas estou aqui fazendo feijão. Oh que lástima!

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

QUEM TEM MEDO DO LOBO MAU, VOCÊ?


O lobo mau muitas vezes pode ser a vida. Principalmente para os que estão envelhecendo.
Envelhecer para quem não sabe, ou tem medo, pode significar parar de sonhar, parar de ter coragem, simplesmente parar. E parar, entregar os pontos, significa morrer ou se deixar morrer aos poucos.

Nunca entendi gente que se prende a uma época por exemplo e fica ali, estagnado. Olho pra trás e vejo gente do meu círculo social parando, se apegando ao que já foi e se permitindo envelhecer, morrendo aos poucos. Nas pequenas coisas. Nas músicas, nos hábitos, na chatice... é certo que o tempo não para e eu não vou começar a cantilena de Cazuza. Ainda sim, com esses pequenos gestos, vejo a perda do viço, da vontade de viver.

Radical eu? Será mesmo?
Não. Basta olhar a sua volta.

Hoje, eu passei por uma prova de fogo. E absolutamente tudo deveria me dar medo. A começar pelo que eu rompi ano passado. Uma pseudo estabilidade. Que estabilidade? Emprego é estabilidade? Não sei. Vc é feliz estável-mente? O que te faz feliz? O que te deixa feliz, o Pão de Açúcar?

Outra coisa é o que os outros falam. Aaah, os outros falam e como falam. Mas eles ajudam?
Já ouvi que estaria perdida, mas como assim vai largar tudo? Já ouvi que estarei competindo com gente muito mais nova e qualificada que eu... um convite a pensar duas vezes e sentir medo. Mas logo eu, ter medo? Eu não tenho esse direito! Aliás, se for pra ter essa passagem tendo medo, melhor não viver, né não?

Hoje eu fui topetuda o suficiente para aceitar um teste de estágio.
Digo topetuda, porque na minha idade, cheia de filho, velha para estar num ramo da indústria que te obriga a ser novo, jovial eu diria, esbanjar beleza e estar sempre atualizada, eu fui me meter.

Voltando de Guarapari me candidatei a uma vaga que no meu pensamento perfeito não teria concorrentes. Na minha cabeça cheia de sonho só estaria eu, o entrevistado e uma câmera na mão. Lá fui eu! Bem vestida, maquiada, com a cara e a coragem até ver que estavam dando doce na frente do local da entrevista.

Hoje eu fui assim
Caralhos voadores me piquem! Só eu mesmo.
Chegando lá, a gurizada fandangueira (ou quase isso) estava em peso concorrendo a mesma vaga. Meu mundo não chegou a cair, mas eu ri de tamanha ingenuidade a minha. Como eu podia pensar que não teria gente brigando pela vaga.
Aí parei, pensei:

EU PENSANDO - Porra Engraçadinha! Vc foi chamada, caralho! No teu currículo dizia 40 anos e vc foi chamada. Para de putaria e encara esse bagulho!

Minha consciência envelhece e carinhosamente me sacode como sempre! Ti lindo!
Meu currículo não levei, porque afinal, estou velha pra essas coisas (anotar no caderninho vermelho pra levar uns duzentos da próxima vez). Felizmente não fez diferença. A parte boa do Jornalismo é que tem um bando de gente sequelada que faz tudo ao mesmo tempo agora e não se prende a certos detalhes.
A entrevista foi sei lá... bem? Como saber? Sempre parece que foi.
O teste também pareceu bem, mas é aquilo... sei lá, sempre parece que foi mas vai saber.

Fato é, eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando e eu poderia estar vivendo com medo, ou não vivendo, mas isso, foi suprimido do meu DNA. Sou lenta, admito, mas pego no tranco e quando pego, me agarro no meu potencial e não adianta vir A + B dizer que eu tenho que ter cuidado, que eu posso perder, porque aí é que está o X da questão! EU NÃO POSSO PERDER!

Podem me chamar de escrota nesse momento, adjetivo aliás que sempre combinou comigo, mas eu entendo o Yuri ex-ex-BBB. Quando ele disse que ia ganhar essa edição, ele sabia exatamente que era capaz. E era! Não fosse os invejosos de plantão. As pessoas não querem ouvir que existe um vencedor à distância do seu braço. Elas preferem os falso-moralistas, os pseudo-humildes. As pessoas gostam de ser enganadas para terem uma falsa sensação de que têm o poder de decidir tudo. Têm porra nenhuma! 
O mundo, é dos que não desistem.

Se o medo me governasse, eu responderia o email com um enredo diferente. 
Melhor, não me candidataria a vaga, porque afinal, era para alunos do 3º período e eu estou no 2º. 
Ou ainda ao chegar lá, teria uma bruta caganeira e sairia correndo. Era a única preta de 40 anos com a cara descascada do sol (apesar da maquiagem) e com a boca arrebendata pela herpes labial. Teria chance? Acho que não. Ainda sim, enfrentei, mostrei meu potencial e lancei os dados.

Não que esteja nas minhas mãos decidir meu futuro. Não está totalmente e isso eu aprendi com a chegada de Dona Miúda. No entanto, é imperativo que eu teime, que eu vá lá, que eu não desista, que eu acredite, que eu seja surda para frases pessimistas e que eu me mostre. Só e tão somente assim, o universo poderá conspirar a meu favor.

Acreditem, meus queridos 5's leitores! O NÃO a gente já tem.

domingo, fevereiro 03, 2013

FÉ NA ESTRADA: Guarapari - Parte Final


Na estrada e fotos no carro
Ahááá! Pensaram que eu não ia mais sossegar o rabo no Rio né? Pois se enganaram. Tudo que é bom dura pouco e essa série um dia ia ter que terminar, afinal, já estamos dentro de fevereiro e as aulas já começam na segunda-feira. Ademais, eu não sei se poderemos repetir este feito tão cedo, já que estou atrás de estágio e estágio, é um emprego sem direito a férias... eu acho...  

Nosso último roteiro de viagem com toda a família para coroar nossas férias era Guarapari, no Espírito Santo. De carro, como sempre. Infelizmente não temos condições de bancar cinco cabeças dentro de um avião. É muita grana. Pra lá de 5 Contos de Réis. É muita coisa! É impensável nas atuais condições, então graças ao bom Deus temos um carro para ir aonde quisermos. 

Mas é chão! Usando uma velocidade aproximada de 100Km/h, fizemos a ida em quase 7 horas e a volta em mais de 8h porque paramos para almoçar. A ida certamente foi mais confortável para ambos, haja visto que dirigimos em média 3h cada um. Mas a volta foi inteira de Engraçadão.

Crianças de molho na piscina da pousada e no SESC Guarapari
Como fiz as reservas há mais de um mês, não fazia ideia do que São Pedro nos reservaria, de modo que não me surpreendi muito quando dei uma olhada no clima tempo, na véspera da viagem e ele me mostrou chuva desde o dia em que chegaríamos, até a véspera de irmos embora. 
Isto, porque Murphy atuou de com força junto do véio! Isto, porque Guarapari assim como o Rio, é uma cidade litorânea cercada de inúmeras praias lindas, quase sem ondas, além da piscina linda da pousada que nos aguardaria. É como eu sempre digo: MURPHY É MAAARA!

Foi o primeiro roteiro em que seguindo o Google Maps, chegamos sem dificuldades. Sim, porque vcs lembram, Paraty foi um fiasco nesse quesito! 
As quionça também não deram trabalho dentro do carro (na ida). Trabalho mesmo foi ultrapassar os caminhões na BR101, conhecida como a estrada da morte. Aquilo sim é estrada e não é para os fracos! Agora, eu posso arranhar em dizer que sou uma motorista cagona de estrada. Aperto o cu, reduzo pra quarta e se ao longe no horizonte não tiver nenhuma espécie de veículo no campo de visão, eu ultrapasso rezando. 
A BR101 não tem via duplicada. Ela é mão e contra-mão, recheada de caminhões e de motoristas enlouquecidos, que não vão pensar duas vezes em te jogar pro acostamento para ultrapassar o caminhão da frente. E muitas vezes é assim que funciona. Vc está feliz no seu lado da mão, quando avista na outra pista vindo em sua direção um caminhão e um carro tentando a ultrapassagem, pronto para colidir. Ou vc se joga no acostamento, ou provavelmente morre. Woooow, that's a biiingooo! Bem vindo a BR101! 
Cheguei em Guarapari sem celulite nenhuma na bunda, de tanto que ela ficou apertada ao longo do trajeto. 
Farra no SESC Guarapari
A pousada é bem razoável, ainda sim, descobrimos algo chamado SESC Guarapari, que consiste no complexo de turismo de lá. Com uma estrutura hoteleira de mais de 700 quartos, permite café, almoço e jantar na diária e sai quase o que gastamos nessa pousada, com direito a café da manhã apenas. Sai um pouco mais caro, mas se iguala quando vc inclui as refeições. 
Passamos uma manhã lá conhecendo o lugar e as crianças se esbaldaram com o parquinho. Sim, aquilo não é um play, é um parquinho. Fora a piscina, q é quase um parque aquático (acertou quem disse q eu taquei minha cabeça na parede internamente!).

Depois de aproximadamente 1h no SESC fomos conhecer as praias com tempo nublado e chuvas fininhas ocasionais. Passamos pela Praia da Areia Preta de carro e na verdade não pudemos ver a cor da areia. Depois praia das Castanheiras e essa sim, conseguimos ver sua exuberância lamentando o fato de estar nublado. Isso não foi impedimento para outras pessoas estarem dentro d'água. Por fim a praia dos Namorados. Só que no meu pensamento estava a tal praia das Virtudes que nem sinal, quintal da querida Yvonne, ex-blogueira que me lê desde que Pacotinho tinha uns 3 anos. 

Naquele mesmo dia tivemos o prazer de conhecer a blogueira Magui, a quem leio, que me lê desde muito tempo, tanto que nem sei precisar quanto. 
Ela é uma querida. Mineira de raiz, moradora do ES, engajada na causa feminina, inteligentíssima, eloquente, tudo de bom. Magui nos encontrou debaixo de chuva, como poucos fariam; foi até a pousada e dali partimos para o tão desejado açaí dos meninos. É a nova febre. Paramos num bar apertado, nos acomodamos e ali pudemos nos conhecer um pouco mais. Tudo o que eu já li, pude entender melhor acerca das coisas que ela escreve, o que me encheu de orgulho, saber q pessoa tão querida pôde enriquecer a vida de Guarapari, sobretudo melhorando a qualidade de vida das mulheres do lugar. Tanto, que muitas delas hoje abusam dos direitos que lhe foram concedidos. 
Magui é uma mulher de brios, sem perder a beleza e o cuidado consigo. Querida e admirável.

Panorâmica da Praia das Virtudes. Vista da areia. Um paraíso
Determinamos q no dia seguinte iríamos à praia da Yvonne de qualquer jeito. Com sol ou não, com ou sem chuva e assim fizemos. Ligamos pra Maridão (de Yvonne) que nos deu as coordenadas e assim descobrimos que a tal Praia das Virtudes é molinho de chegar. Basta seguir em frente pela praia dos Namorados que já é a próxima. Então chegamos rapidinho. 

Panorâmica da Praia das Virtudes. Vista de cima da pedra que limita a praia
Fiquei maravilhada e com vontade de me mudar agora, porque ela é pequetucha, água cristalina, tem uma vizinhança agradável, é mansa, te convida a nadar... não conheço praia igual aqui no Rio. Quer dizer, talvez a praia Vermelha se não estivesse tão suja certas vezes. As crianças piraram o cabeção, não queriam saber de sair da água. Só a galega q ainda se incomoda com o barulho das ondas, mesmo assim topou se molhar no colo sem reclamação.

Sentido horário: Yvonne e maridão, D. Miúda, piscina natural e nós
Por fim, eis que Yvonne chegou com maridão. E como são V.I.P.s por aquelas bandas, com eles chegou a mesinha com a primeira garrafa de cerveja. 
Aí mermão... teve mormaço, teve sol, teve eu mergulhando, teve a gente rindo pra caramba, contando aqueles casos que nem pra nossa mãe a gente conta, rindo das manias, rindo das coisas que tem que rir e rindo também do que não deveria ter graça.
Foi uma delícia passar esse dia com eles. É uma cariocada que optou por morar lá e eu entendo completamente isso, admiro, se pudesse e não fosse tão adepta do fervo, iria hoje mesmo como já disse. Mas por hora, nosso destino ainda está no Rio.

Por fim deixamos o quintal da Dona Yvonne, a Praia das Virtudes, aquele pedacinho de chão tão querido (já) para trás. Foram momentos deliciosos que só de lembrar aqui, já me dá saudade. 

Não tem aquela de dar um pulinho ali na Yvonne ou na Magui para bater um papo gostoso ou mesmo pra pedir conselho. São mais de 6h nos separando. De qualquer forma, meu coração está aberto e felizmente, os eletrônicos a toda para continuar nos mantendo juntas.

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