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quarta-feira, dezembro 28, 2005

A PAGA-LÍNGUA

Eu lembro q estava em casa num domingo esmerilhando os blogs alheios.
Tava olhando o da Endie e lá vi um link escrito "De tudo um pouco, muito pouco" e resolvi entrar.
Lá me deparei c/ uma menina, q põe sotaque na escrita.
Até aí tudo bem. Eu também ponho.
Eu escrevo "mermão", "péraê", "é o caraaalho"... expressões típicamente cariocas, só q com os cariocas, todo mundo já está acostumado.
Taí o jornal nacional e as novelas, de escola do como se deve falar corretamente.
A diferença, ou seria a diférença, é q ela é baiana (todo mundo sabe da minha aversão a baianos); baiana de Guanambi, q gosta e sente cheiro de mato mesmo estando em Salvador.

Automáticamente, me sentia transportada pro meio do mato, prá poesia dos sotaques e do jeito simples e rico de vida, q remetia tanto a minha infância.
Devorei todos os posts dela e fiquei até c/ medo. Lembro q dei um tempo de entrar, porque estava viciada pelo jeito dela de escrever.
Mesmo sem entender muita coisa, às vezes, era poesia o jeito tão diferente.
E foi assim, q começamos a amizade.
Não tem nem tanto tempo assim. E a essa hora amanhã, ela estará dentro do avião vindo prá minha casa.

Tô tão feliz q não me agüento.
E já disse prá ela:
QUERO O CHÃO BRILHANDO, AS ROUPAS NO VARAL, A TROUXA DE ROUPA QUERO PASSADINHA E A COMIDA QUENTINHA ME ESPERANDO.
Ahuahauhauhauhauhauha!

Gwen, seja bem vinda.

Pô, não ia falar nada disso.
Ia fazer o post das calcinhas, mas como Gwen está na minha mente, não pude evitar.
E o post das calcinhas vai ficando... ficando... ficando...




terça-feira, dezembro 27, 2005

Tava olhando meus votos para 2005 e pude observar que 75% deles se concretizaram.
Faltou pouquíssimas coisas.
Bem que eu falei que esse troço dá certo, vcs não levam fé...

Bem... vou fazer os votos p/ 2006 mas não quero muita coisa esse ano, não. Vou deixar para fazê-los na quinta feira.
Quanto ao Natal, eu não sei... tem anos que eu não me animo c/ o Natal.
Tava falando c/ meu pai ontem, via e-mail e ele me perguntou como foi.
Foi estranho.
Eu queria muito um dia reunir minha família na minha casa. Ando meio cansada de ir todo ano prá casa de outras pessoas.
Tudo bem, q a trabalheira será completa, mas prá que vc querer juntar tanta coisa, ajeitar tanto sua casa, se nas datas importantes vc sai de lá?!
Não vejo muita coerência nisso não!

Se bem que talvez nem isso traga minha alegria dos Natais de volta.
Minha avó não mais está entre a gente, meu pai, prioriza seus filhos menores, minha mãe, sempre vai badalar na casa de parentes distantes e o que me resta, é a casa da minha sogra. Com os parentes novos q ganhei com meu casamento.
Desanimada eu??? Quê isso! Impressão apenas.
(convenci agora??)

Ainda bem que o Ano Novo promete, aliás, estou depositando todas as minhas expectativas nisso!
Estar entre amigos, entre pessoas de astral legal, entre o amor de Engraçadão e Pacotinho...
Estar em Jaconé e poder curtir a night pré-reveillon... Hummm. Só de pensar o sorriso já brota.

Prometo que tirarei muuuiitas fotos prá ilustrar esse finzinho.
Mas por hora, vcs ficam c/ as fotos do Natal.
Tá no flickr.

Bjs na bunda e aguardem os acontecimentos!

OBS: Por que certas pessoas ao invés de assumirem suas amarguras, ficam alfinetando outras que momentâneamente (ou quem sabe permanentemente) parecem estar em vantagem??
Por q as pessoas se vestem de boazinhas e adultas, quando na verdade são tão infantis q não conseguem enxergar um palmo diante do nariz???
Ufa, quase gozei agora... eu tinha q perguntar!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

DELÍRIOS NOTURNOS

O sujeito sabe que está no erro.
Aí, ele acorda e a primeira frase que ouve do pai é q esta noite, ele irá dormir no berço!
Olha prá baixo, tenta em vão não encarar a cara zangada do pai. Mas não adianta.
Ele teve a sorte de encarnar numa família que não dá a mínima prá idade.
Apesar de seus três anos de vida, já é considerado consciente o bastante prá levar um esporro daqueles. E leva!

Mais tarde, vem a mãe.
Coitado, já deve estar de saco cheio de tanto ouvir a mesma história.
Sabe lavagem cerebral?! Pois é isso.
Ela reclama, ele faz que entende.
Ela pergunta se promete e ele jura que cumpre.
Hoje não tem desculpa, tudo vai começar no berço.




Mas o que ele não sabe, é que os pais não têm a mínima idéia de como isso vai ser.
A mãe até vislumbra o momento de pô-lo na cama, contando histórias, fazendo carinho em sua fronte até ele adormecer, mas... subitamente ela acorda do sonho. Esse definitvamente não é o filho dela. Não como aquelas crianças q a gente vê no cinema. Nããããão. Hum-hum
O filho dela, é de verdade, de carne e osso.
Enquanto ela começa a contar a história, ele já está interrogando sobre quem é cada personagem q aparece nas ilustrações.
É um "por quê?" seguido de outro, até que ela se irrita, pega ele pelo pescoço e sacode até... bem, novamente ela acorda e pede com toda a paciência que só as mães amorosas tem:

ENGRAÇADINHA - Poooorrra Pacotinho!!! Vc quer ouvir história ou vai ficar falando?? Caramba! (era CARALHOO!!!) Essa é a coruja, esse é o bambi, esse outro é tambor, essa é a mãe do bambi, essa é a prima, aquele o caçador e essa porra aqui é o q fode ele! essa coisa é a arma. Sabe do que mais?! Acabou, vai dormir. Na-ni-nha!

Doce ilusão. Até parece q acabaria assim.
Ele ficaria gritando de luz apagada, chamando pela mãe, chorando e ela completamente agoniada, mas fazendo o habitual ouvido de mercador. Não cederia, quando se dá por conta, q o pai já está lá. Afagando, acalmando, dando beijo e prometendo que vai ficar lá a noite toda.
Até q ele dorme.

Mentira. Tudo mentira.
Sabe como foi a primeira noite? Não foi.
Teve o aniversário da Joaninha lá no play. Fomos os três.
Na volta, a festa ficou lá no mesmo lugar e o som dentro do quarto do Pacotinho.
Ele não queria dormir e nem que quisesse, aquela barulheira não deixaria.
Aí, a gente trancou tudo; porta do quarto dele, porta da sala, do banheiro e fomos p/ minha cama fazê-lo dormir até a festa acabar.
Sim, dizendo insistentemente que ele dormiria no berço depois.

Até que deu certo, ele dormiu o resto da noite no berço.
Essa noite não dormimos em casa, mas ninguém dormiu grudado pelo menos.
Deixei ele lá em casa de Oráculo por conta das férias.
Essa noite será um grande desafio.

Alguém aí sabe, por que as calcinhas teimam em entrar na bunda??

terça-feira, dezembro 20, 2005

TÁ DE SACANAGEM, NÉ?!

Não sei se eu já falei que a-mo dormir...
Eu amo dormir.
Bem, agora já falei.
Ano passado, existia aquela rixa chata (rixachata - fala rápido = rixoxota) entre os comandos das comunidades, q viviam soltando fogos de 2 da manhã em diante.
Nem com reza forte tinha jeito d'eles sossegarem ou me deixar dormir.
Esse ano inteiro, contadas foram as vezes que eles me perturbaram c/ tiroteio/ foguetório.

Mas o inimigo mora ao lado. Na verdade, ele mora lá em casa.
Inimigo, porque qualquer ser vivente que me tire do meu sono sagrado, é considerado inimigo.
Esse trocinho, está pretendendo dormir na minha cama, entre eu e Engraçadão. TODAS AS NOITES!
O problema, é q ele está crescendo à vera. E distribui bofetadas e pernadas em dois seres escravos do trabalho.

Sim, estou me referindo ao Sr. Pacotinho.
Que deu prá acordar e ficar berrando lá do berço:

PACOTINHO - Ô paaaaaai! Vem cááááá. Paaaaaiiiê, me tira daquiii! Mããããããe, ôôôôôôôôôôô mãe! Maaaanhêêêêêêêêêêêêêêêêêêê!

É muito topetudo esse moleque.
Briguei, esperneei, falei até palavrão e ele lá no berço chorando. Aí chamou o pai e o pai resolveu a questão. Levou ele prá nossa cama, sob o pretexto d'ele não ficar gritando àquela altura da madrugada.
Tudo bem. Às 4h não tinha muito jeito mesmo. Mas hoje?
Já avisei, vai dormir no berço prá começar.
Não vai ter esse papo de chamego, de pegar no sono na minha cama.
Agora ou vai ou racha.
E eu vou ter q aturar esse meu humor até a noite.
Legal, né?!

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Alívio

Valeeeeeeeeeeu.
Thanks, Namastê, I love you, I need you, I say thank you all e tudo o mais.
G., S., Tio Gu, Meu amigo Cão, Drª. Dani, todos vcs, e o resto do resto (já q vcs hão de me sacanear mesmo por isso ...) dos meus 5's leitores que aqui freqüentam, não vou mais ficar botando link p/ me referir a essas pessoas, porque eu de-tes-to gente repetitiva e pior, detesto ser repetitiva.
A deprê foi embora junto c/ sangue e à base de muuuuiiiito papo.
Sr. meu amigo Cão q o diga!

Então, vamos falar de amor enquanto isso!

1. O amor é lindo, o q mata é a falsidade. (Errr, brincadeirinha. Só quis abrir o quadro c/ uma frase de pára-choque de caminhão, p/ ver a cara de vcs. Como não vou poder mesmo ver...)
2. Tem um casal lindo, gostoso, sensacional, espetacular, c/ sotaque esquisito, q vai acampar por 1 semana lá em casa entre Natal e Ano Novo.
3. Eu quero q esse casal dê certo. Mesmo a distância. Eu acredito no amor.
4. Bem, esse casal vai ter q dividir os cômodos comigo na hora do sexo, ou estabelecer turnos, porque lá em casa se trepa. (E muito ultimamente!)

Não basta só amar.
Falar que ama, que gosta, sentir a química fluindo pelos corpos e se redescobrir dentro desse amor. Isso é mole.
Eu quero ver é vc homem, enquanto é bombardeado pela mídia, a desfilar c/ uma modelo perfeita do lado, ver de perto a metamorfose da sua mulher boa-toda-boa em um ser comum (e caído!), com o avançar da idade.

Eu quero ver vc continuar amando-a, mesmo c/ aqueles peitos muxibinha nas mãos (ou na boca) na hora do sexo.
Quero ver também, quando ela estiver cavalgando em vc e além de tudo estar cavalgando junto (leia-se peito, bunda, etc), a cara q vc vai fazer diante daquela visão de barriga dobrando, umbigo sorrindo. Vcs sabiam q umbigo sorri??? Principalmente depois dos 30!

Eu citei tudo isso, porque...
Não sei se vcs já repararam, mas toda vez que uma fase triste minha passa, eu só consigo pensar e falar em sexo depois. Já repararam isso??
Pois bem, estou no meio dela.

Mas retomando, eu citei isso, porque outro dia, tava eu e Engraçadão, fazendo uma bela de uma finalização lá na sala, apoiados na mesa, quase de frente p/ a janela q dava pro quarto da vizinha.
Complicado?? Não, foi isso mesmo q vcs pensaram.
E quando vc está naquele estado pré-gozo, vc quer mais é q o mundo se foda e se tiver gente vendo, tanto melhor.
Foi do caralho e c/ caralho, inclusive!

Acabado tudo isso.
Desci da personagem cachorra-encontrada-na-esquina e voltei p/ o corpo q me pertence, aí ficamos deitados na cama por um tempo e me senti completamente amada e diria sortuda.
Engraçadão fez algo lindo. Talvez prá ele, pareça bobeira, afinal, eu também tenho meus momentos de cuidar dele, mas isso já é natural na mulher.

Eu tenho uma enoooooorme facilidade p/ ficar roxa. Qualquer pancadinha e eu já fico roxa.
E eu vivo me batendo, me machucando. Às vezes nem é nada sério, mas a marca q fica, parece coisa de atropelamento.
Pois bem. Estava eu lá na cama seminua ainda e ele pegou um gel q tira esse tipo de mancha da pele e ficou procurando cada uma daquelas manchinhas na minha perna e passando.
Vcs tinha q ver a carinha dele, super compenetrado, cuidando de mim, com aquela inclinação de quem estava fazendo a coisa mais importante do mundo.

Aí eu fiquei pensando como eu amo esse homem e como o amor dele é grande por mim.
Quando eu olho prá trás e lembro dos términos que tivemos, dos motivos, dos perdões e das escolhas, eu só tenho é que agradecer a Deus, por ter alguém q me ama tanto e desse jeito. Tão especial...



Então, viva o amor.
O beijo na boca, aquele beijo onde a língua não pede permissão, mas entra surpreendendo, macia, lambendo e molhando tudo, devagar, até ganhar intensidade e ficar irresistível continuar de roupa.
E viva o sexo de qualidade, lógico!

Bj na bonda!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

COMO ASSIM NADA?

Nada.
Absolutamente nada.
A segunda feira está chuvosa e com cara de nada.
Eu estou também absorta por esse nada e isso me invade de tal maneira, que me sufoca.
Aí eu me pergunto:

É dor? Não.
É algum problema grave? Não.
É saudade? Não.
Então por que eu fico chorando igual a uma idiota? Idiota que tem consciência, que fez tudo o que era possível fazer para consertar, progredir, melhorar mas...

Nada.
Falar sobre o grande e absurdo nada, é difícil.
Eu não gostaria nem de estar falando, porque não costumo me propor a ser melancólica.
Eu quero q as pessoas entrem aqui e sorriam.
Eu quero que de alguma forma, a vida delas se torne mais leve, mesmo por alguns parágrafos.

Mas a mágica não tem acontecido. Já tem uns dias q estou assim. Como um nada.
Pelo menos, tenho apenas 5 leitores.
Imaginem vcs, contaminar mais gente c/ esse nada?! Chato né?!

Eu prometo.
Amanhã não. Daqui a cinco minutos, vou expulsar isso de mim.
As lágrimas já secaram, já me conscientizei q é inútil me debater diante do nada.
Então... vou deixar ele passar.
Chô!

terça-feira, dezembro 06, 2005

CALA A BOCA ENGRAÇADINHA!

Eu ainda vou passar o e-mail p/ todos os meus amigos, sobre uma pedra que apareceu no meu caminho.
É que agora, assim como os presidiários q só têm direito a um banho de sol de 2 horas por dia, eu só tenho direito a internet aqui por duas horas, sendo q uma delas é na hora do almoço. Dããããããã!

Eu não sou de desistir tão fácil. Agora, mandarei os posts via e-mail.
Depois eu dou um jeito de publicá-los na página. Vou pedir aos queridos, q me mandem também seus posts via e-mail p/ q eu possa lhes acompanhar que nem novela e continuar comentando.

P/ não expor meu e-mail profi assim, eu entro em contato c/ aqueles q ainda não o possuem e fica tudo certo.

A festa??
Bem, já dizia minha vózinha que o capeta às vezes, nem é tão feio quanto pintam.
Naquele dia, choveu prá caralho e justo na hora da festa. Já fiquei feliz, porque o palco lá não é coberto e eu estava na torcida, para que os integrantes da banda de axé, fossem todos eletrocutados ficar enxarcados pela chuva, o que poderia abreviar o show.

Saí daqui, encontrei meu amigo e entramos os dois, mais a namorada dele que não ia a festa.
Daqui, rumamos prá Ipanema, carburando pelo caminho. Eu que ando afastada desse assunto, fiquei viajando em pouco tempo. Sorte que o engarrafamento que pegamos, contribuiu p/ q eu não chegasse babando na festa.
Cheguei foi c/ uma sede do caralho e como no ano passado, a gente tinha que dar banda nos garçons p/ pegar um choppinho. E foi assim q eu bebi até me empapuçar. Sim, porque início de festa, todos estão c/ sede, mas do meio prá lá, a fartura já está devidamente instalada.

A música era boa. Pensei q era efeito do baseado, mas não, era verdade.
Tocou house, dance, um pouco de hip-hop, Beyoncé... essas coisas. Gostei.
Tava tudo muito chique e as pessoas capricharam no visu. Levam a sério meeeeismo esse negócio de Iabadábadu.
Eu fiz a social, falei c/ Deus e o mundo, bebi c/ todo mundo e dancei um cadinho.
Aí veio a desgraceira.
A chuva parou, a banda entrou. Zumzumbaba.

Não, não entrou um cisco no seu olho, nem vc está enxergando tudo dobrado. O nome é esse.
A música de abertura dizia insistentemente: "É no jéjé, é no jéjé!"
Ao que prontamente eu fiquei repentindo: Só se for no dela, porque no meu, né não!
E aí, a galera do contra, liderada por mim, mais uma dúzia, ficava perguntando se era no jejé de quem.
Nos divertimos.

Depois teve sorteio.
Sorteio, vcs meus queridos 5's leitores, sabem muito bem q não é comigo.
Eu ando na fase, que nem esporro eu ganho. Engraçadão aposentou mesmo.
Aí, sortearam TV de 29", Discman, ar condicionado, almoço no Copacabana Palace, computador, viagem p/ Recife c/ direito a acompanhante e carro à disposição, passagem p/ Paris c/ escala no inferno, Home Theatre e microondas.
Chamaram meu nome com-ple-to.

Bicho, não deu tempo nem de ficar incrédula, ou me fazer de desentendida.
Na hora, eu que estava longe do palco, saí correndo, c/ as mãos prá cima, gritando "Sou eu! Sou eu!", como se tivesse ganho na sena sozinha.
...E de pernas bambas.
Eu não tinha microondas. Não tinha por opção. Eu gosto muito de cozinhar e c/ microondas, a gente vai poder comer mais pipoca e esquentar a comida mais rápido.

Eu não sou muito de comprar comida pronta/ congelada. Mas, quem sabe não resolvo experimentar só p/ variar um cadinho, né?!
Agora, as festinhas lá em casa, serão regadas a pipoca.
De bacon, de queijo, de pipoca, de queijo, de bacon... essas coisas.
E logo eu, que nem queria ir e que falei tão mal da festa.
Eu até esqueci a câmera.

Mas não faz mal.
A foto aí de baixo, foi tirada da máquina de uma querida daqui.
Bem, eu já estava careta na foto, porém meio bêbada.



Bj na booonda!

sexta-feira, dezembro 02, 2005

A bosta! Aaah bosta!!

Hoje tem festa.
Só que não é lá no meu apê (infelizmente!).
Vai ser uma festa de fim de ano, daquelas para confraternizar c/ os colegas, ou não, de trabalho.
Vai ser no mesmo espaço onde foi realizada a do ano passado. Legal, não fosse o tema.

UMA NOITE NA BAHIA!

Se eu não tivesse certeza que as organizadoras não me conhecem, diria que foi pessoal. Mas não foi.
Ao abrir o e-mail, quase gritei/ caí dura e preta da cadeira.
O convite, vai ser uma camisa (que eles chamam de ABADÁ), que vc pode customizar.
A equipe animadíssima, falando prá gente cortar, colocar brilho e lantejoulas, pois vai ter concurso no final pro abadá-sic! mais criativo.
E vcs, meus queridos 5's leitores, acham meeeiiismo que eu vou me prestar a um papel destes?!

Passei um e-mail para a galera do mal, combinando uma estratégia para no dia, ficarmos totalmente alheios ao que acontece a nossa volta, já que numa festa de Bahia, a última coisa que pode-se ouvir é o velho e bom Rock 'n Roll!
O bonde já está práticamente formado.
Vamos três cabeças, dentro de um carro completamente enfumaçado, em homenagem a todos os bagulhos que são plantados na Bahia.
Tenho certeza q ao chegarmos lá, aquela tosquice de "joga mãozinha, tchá, tchá! Balança a bundinha, vá, vá!" vai passar batido dos meus ouvidos.

É bem provável que eu escute outro som.
Só assim.

Ainda tentei protestar, porque veja bem, merda, por merda, por q não fazem uma celebração assim:

UMA NOITE NA FAVELA!!!

Tchanããããnnn.
Ia ser lindo! Com direito a muito funk, Táti Quebra Barraco e Deize Tigrona nas carrapetas (já q agora, o bordão é prá valer, né?! "Eu sou feia, mas tô na moda!") - Dizem que em Sampa, não se ouve outra coisa. Ahauhauahauahauha!!!
Ao invés de fogos de artifício no final, haveria muito tiroteio com direito bala perdida prá quem quisesse encontrar (de preferência, algum grupo de axé q estivesse perdido, tentando animar a festa errada...)!
Queima de arquiiivo...

Minha festa ia ser muito melhor tenho certeza.
Mas... como não tem tu, vai tu mesmo, já dizia o sábio.
Depois eu ponho as fotos por aqui.

Porra! Esqueci a câmera em casa...
Ufa!

Bj na bonda, felows!

quarta-feira, novembro 30, 2005

MEU ALTER-EGO PAPAI NOEL

Eu sou completamente contrária a idéia de Copy and Paste nos posts.
Esse pessoalzinho que tem mania de copiar as piadas recebidas em e-mails e publicá-los... detesto isso.

Acho que pessoas adeptas dessa prática, nem deveriam ter blog, mas na segunda, recebi uma piadinha sobre papai noel, até conhecida e me identifiquei de pronto.

Qualé? Até pessoa inteligente, criativa e humilde (principalmente) como eu, pode sucumbir de vez em quando. Não?!

Bem... se eu fosse Papai Noel, seria exatamente assim:

Cartas para Papai Noel...



Kerido Papai Noéu:
Eu queria ganhá um joginho espasiau de prezente de natau...
Tenho cido um boum minino neste ano.
Ti adoro,
Marco.

Querido Marco:
Sua ortografia é excelente!!!
Parece um índio escrevendo...
Definitivamente terá uma brilhante carreira na vida...
Como auxiliar de pedreiro!!!
Tem certeza que você não prefere um livro de português?
Quanto ao joguinho espacial, darei ao seu irmão, pelo menos ele sabe escrever!!!
Um abraço,
Papai Noel

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Querido Papai Noel:
Não sei se voce pode, mas gostaria de ver meus pais juntos outra vez este ano.
Com amor Julia

Querida Julia:
E o que você quer garota?
Que eu arruíne a relação de seu pai com a sua secretária?
Deixe ele se divertir com uns seios de verdade!!!
Melhor te dar uma Barbie...
Papai Noel

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Querido Papai Noel
Tenho sido uma boa menina este ano.
A única coisa que peço é paz e amor para o mundo...
Com amor, Sara

Querida Sara:
Você anda fumando maconha?
Papai Noel

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Querido Papai Noel:
Poxa, fazem 3 anos que venho pedindo um caminhãozinho de bombeiro e nada...
Por favor vê se desta vez você me traz um!!!
Obrigado, Luís

Querido Luís:
Seus pedidos já me encheram o saco!!!
Outra coisa ... não é "fazem 3 anos"... cacete, não aprendeu ainda?
Use sempre "faz 1 ano"; "faz 3 anos"; "faz 2.000 anos". O verbo fazer no sentido de tempo não vai no plural ... ah deixa prá lá ... Mas enfim, desculpe-me por favor.
Quando você estiver dormindo, incendiarei a sua casa.
Assim terá todos os caminhões de bombeiros que sempre desejou!!!
Papai Noel

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Querido Papai Noel:
Quero uma bike, um nintendo, um computador, uma caixa de lego, um cachorrinho, um pônei e uma guitarra.
Com carinho,
Tibúrcio

Querido "T I B Ú R C I O":
Mais alguma coisa???
Quem foi o infeliz que te deu esse nome?
HOHOHO!!!
Na verdade você não quer porra nenhuma não é mesmo?
Porém tenho uma sugestão...
Por que você não pede um nome novo?
Papai Noel

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Querido Papai Noel:
Deixei embaixo da árvore de natal umas empanadas para você e cenouras para as renas.
Um beijinho,
Susane

Querida Susane:
Empanadas me dão diarréia, e cenouras fazem minhas renas peidarem em minha cara... Quer me agradar sua puxa-saco? Ao invés de porcarias, ponha uma garrafa de Chivas, uns Toblerones e convença a sua mãe a se pôrcom aquela lingerie transparente que ela usa com o carpinteiro. Um beijão,
Papai Noel

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Querido Papai Noel:
Como diz aquela canção: "Venha velhinho, de noitinha, quando durmo meu soninho..."
Espero você Noelzinho!!!
Te adoro,
Jéssica

Querida Jéssica:
Como você é ingênua!!!
Bom saber, pois este ano vou assaltar a sua casa!!!
Papai Noel

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Querido Papai Noel
Por favor!!! Por favor!!! Por favor!!! Por favor!!!
Dá um cachorrinho pra mim!! !!
Por favor!!! Por favor!!! Por favor!!! Por favor!!!
Com imploração,
Juninho

Querido Juninho!!!
Esse tipo de imploração funciona melhor com os seus pais, já quevocê é adotado (ops falei!!! agora já era) e eles te toleram demais... Já comigo não funciona...Comigo o buraco é mais embaixo...
Pare de ser mala!!!
Vou te dar mais outro pijama!!!
Papai Noel (HOHOHO!!)

Vai dizer que não?!

segunda-feira, novembro 28, 2005

JÁ ERA TEMPO!

Nada demais aconteceu nesse fim de semana.
Nada demais aconteceu na semana passada.
Eu apenas continuo esperando o dia 30 chegar. Prá ter um pouco mais de dignidade e resolver coisinhas pendentes.

Quanto ao post anterior, sinto muito por quem não leu. Eu posso até mandar por e-mail, prá quem quiser, mas por ora, é melhor não expor.
Engraçadão sabe das coisas.

Semana passada, eu estava meio sem vontade de escrever e me dediquei bastante a arrumar a bagunça que estava minha mesa de trabalho.
Qualquer dia fotografo. Espero que esse qualquer dia não volte a chegar tão cedo!
Eu odeio bagunça, confusão, por outro lado, detesto guardar papel, arrumar papelada, arquivar... embora, sinta um alívio maravilhoso quando termino essa tarefa.

Mas aconteceu uma coisa ontem, que me motivou escrever.
Vcs sabem q eu não nasci de chocadeira, embora muitos acreditem o contrário.
E ontem, fui à casa de Dona Engraçada.
Não sei se foi a distância que provocou isso, apesar de eu estar distante há 5 anos aproximadamente, mas ontem, percebi uma boa vontade por parte dela, espontânea em me fazer sentir bem dentro daquela casa que eu já vivi...

Eu pude falar as besteiras que costumo sem ser censurada.
Eu pude ouvir o som alto e as músicas que gosto.
Eu pude levar a trouxa de roupa do Pacotinho prá passar (Acreditem! É trouxa de roupa intinerante. Ela vai aonde eu for, nos findis!).
Eu pude desorganizar as coisas dela e aparelhos eletrônicos, fazendo uma salada entre som, TV e DVD, sem que ela desse piti; lógico que puz tudo de volta no lugar, mas antes, isso era impensável.
Nós dançamos juntas aquela música da Rita Lee, pela voz de Maria Rita, q diz:
"... nem toda Brasileira é bunda, meu peito não é de silicone. Sou mais macho que muito hômi!"
E dançamos na sala e berramos a música juntas a plenos pulmões, sabe?!

Ontem, foi como se minha mãe se permitisse levar o MEU jeito de vida, por algumas horas.
Depois de cantarmos o refrão, eu a abracei e disse q aprendi com ela.
É verdade. Ela me ensinou a ser batalhadora e independente, mesmo que por pouco dinheiro.
Não importa. Todo trabalho é edificante.
E foi ótimo vê-la se soltar. Dançar, cantar alto.
Por alguns instantes, eu me senti filha daquela mulher linda da minha infância.
Aquela, que ainda habita minha lembrança, quando lembro da palavra mãe.
Eu lembro, que quando ela voltava do trabalho, ou me pegava na escola, mesmo estando quase de noite, iluminava meu dia. Como um solzinho.
Depois ela foi perdendo o brilho...
Então, ontem, ela brilhou de novo.
Minha irmã, estava no quarto fazendo trabalho de faculdade. E o DVD do The Smiths, estava ligado no som.
Bicho, eu dançando e cantando todas as músicas na sala. Sabe, minha mãe poderia ter dito pr'eu baixar o volume, por causa da minha irmã, além do mais, é a casa dela, mas não. Ela deixou.

Vocês não têm idéia do avanço que isso representa.
Por isso hoje, eu estou c/ esse sorriso de cantinho de boca.
Lembrando do dia de ontem, das conversas, das gargalhadas e da dança, e do canto, depois do abraço.
Juro, que quando ela for lá em casa, eu vou deixar que ela veja todas as novelas, q ela tiver vontade.
Nem q eu me tranque no banheiro, mas dessa vez eu deixo!
Ela merece, só pela tentativa.
Ah... foi lindo!!

terça-feira, novembro 22, 2005

CONTOS DE UMA CAROCHINHA JUSTICEIRA

Não se preocupem.
Após o desabafo, medidas de segurança se fazem necessárias!

sexta-feira, novembro 18, 2005

Da série: ANÁLISE MUSICAL

Atendendo a pedidos, eu resolvi esculhambar a letra de uma música conhecida, de uma cantora infeliz e ídem, que muito mal faz aos meus ouvidos e em nada acrescenta na minha vida e na de muitas pessoas que conheço.
Pessoas essas, que sofrem do mesmo bom gosto que eu e que buscam conteúdo nas letras e melodias das músicas.
Não esse troço nonsense que está aí embaixo.

Se eu pudesse, trancaria essa desinfeliz num quarto e daria doses cavalares de:
Tom Jobim, João Gilberto, Vinícius de Moraes, Pink Floyd (esse na veia), Yes, Marillion, Coldplay, System of a Down, Marcelo D2, Negra Lee, Rita Lee, Incubus, Maria Rita, Marisa Monte, Djavan, Nando Reis, Titãs, Tereza Cristina, Ultraje a Rigor, Plebe Rude, Capital Inicial (e por q não?!), Cazuza, Barão Vermelho, O Rappa e outros!
E dava muita tortada na cara, assim além de comer, ela vestir a camisa de palhaça na marra!!!! (essa foi péssima, eu reconheço!)

Bj na bunda e não esqueçam do Válium antes de continuar a ler!

Pererê
Ivete Sangalo

Composição: Indisponível
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê Provavelmente isso é linguagem de um rito macumbalístico
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê ou coisa q o valha. Ninguém que começa uma música
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê desse jeito merece meu crédito!
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê

Perere saiu na capa do jornal (Tá! Vamos embarcar na viagem...) Se Pererê é um
fumando cachimbo em pleno carnaval
índio, ele fumaria charuto cubano?? Dããããã

Perere não gosta de sorvete quente Sorvete quente??? @grdtre#%hu
Perere pula carnaval com agente
Graças à Deus!!

Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê Sem comentários.
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê

Perere não gosta de fumar cigarro
Foda-se!
Perere não bebe quando sai de carro Até isso essa vaca fez de ruim! Ensinou o pobre do índio a

dirigir.Morte a Sangalo!!!
Perere não faz amor sem camisinha Isso é porque as vagabas das suas amigas vão prá aldeia.

O coitado é indio, mas não é burro!!
Perere não come nada sem farinha
"Pobrema dele!"

Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê
Hunf!
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê
Pê Pê Rê Rê Rê Rê Pê Pê

Quando vira índio Ah! Então ele não era índio. Já sei! Era um hóspede permanente

da Colônia Juliano Moreira q sofre de esquizofrenia e múltiplas
Ele fica nú personalidades?! Agora q vc explicou, ficou mais fácil. Dãããã!
Na salada dele

tem tomate crú Foda-se!

Perere é o mais querido do brasil Só se for na sua família!
Perere só quer pular atras do trio É como eu sempre digo, gosto é igual a cúú!!!

Vai perere x6

quarta-feira, novembro 16, 2005

LADOS

Eu tenho um ladinho feio.. feinho que dói.
Detesto mal gosto e não gosto de dividir o mesmo espaço com gente assim.
Embora minha aparência esteja bem distante dos catálogos de moda de Marie Claire, até porque eu sou de carne e osso/ gentem como a gentem, eu preferia mil vezes ter que conviver com gente que povoa aquele espaço de revista, do que com aquelas pessoas de ontem.

Explico.
Já disse muitas vezes que não gosto nem um pouco da Barra da Tijuca.
Acho a Barra algo parecido com os subúrbios do Rio se tivessem praia.
Ok. Podem me apedrejar, mas fazer o quê se lá, salvo raríssimas exceções, reina o mal gosto.

Engraçadão em termos de praia, é categórico. Barra da Tijuca.
E eu, se tivesse escolha, Ipanema ganharia disparado.
Acontece que mulher apaixonada e casada, não tem escolha, principalmente fins de semanas e feriados prolongados.

Aí, eles construíram a Linha Amarela, que liga desde a Avenida Brasil, na altura de Bonsucesso até a Barra.
Não preciso dizer mais nada, né?!

As razões:

De Engraçadão.
Ele foi criado em jacarepaguá e cresceu freqüentando a praia da Barra, desde o tempo em que lá só tinha mar e capim, desde o tempo em que éramos os dois só pele e osso. (É... houve esse tempo!)
Naquela época, a Barra era freqüentada por gente da Barra, da Tijuca (q é onde a gente mora) e de Jacarepaguá.
Como tudo lá é longe, a praia tinha ares de praia particular, portanto, o pessoal levava seu esopôrsinho, não sujava a praia e tudo saía dentro dos conformes. Inclusive, quando a Barra começou a crescer, existia uma forte campanha de preservação do meio ambiente/ pró-limpeza da praia.

Engraçadão tinha um point lá. Próximo do posto 6, quando ainda nem existia posto na Barra (isso veio depois), que se reunia a galera da rua que ele morava e que inclusive, a mãe de um deles, vendia coisas prá comer e beber.
O tempo passou, o point persiste, a galera ainda se reúne, mas tudo que está em volta...

Minhas razões:

Ipanema é cartão postal e eu cresci freqüentando essa praia, onde tem espaço prá tudo.
Tem espaço pros ripongas, pros sarados, pros gays, pros bonitos, prá galera do morro, prá galera do apito, prás putas, pros gringos e o problema é que em finais de semana e feriados, fica tudo misturado... tudo ao mesmo tempo agora.
É um tanto quanto perigoso até.
Por isso, Ipanema é bom, se vc trabalha só 6 horas por dia e pode se dar ao luxo de ir lá nos dias de semana.
Aí sim, vc vai respirar o verdadeiro ar de Ipanema.
Não importando se tem celulite, se é feia, se é gorda, pobre ou rica.
Lá, a gente tem uma impressão automática, de conhecer todo mundo.
Os camelôs, a galera q joga vôlei ou futvôlei e deixa vc tomar banho no chuveirinho se o mar estiver muito brabo ou muito gelado...
Ipanema é assim. Democrática...

Lembro que freqüentando pouquíssimos meses antes de Pacotinho nascer, me encontrei numa galera q vendia sanduba natural. Eu chegava sozinha ou acompanhada de um livro e os caras já traziam cadeira, a barraca, eram simpatissíssimos e ainda apareciam os freqüentadores, q socializavam o fininho.
Mas naquela época, por não conhecer a galera direito, não me sentia confortável p/ fumar c/ eles.
Detalhe: Uma vez, um deles (já corôa) ofereceu um tapa prá minha mãe. Que de tão natural que lhe pareceu a situação, negou c/ um sorriso.
Como se convivesse a vida inteira c/ aquilo.

Ipanema é impraticável nos feriadões. A galera do morro desce em peso, e às vezes o bicho pega.
E eu não querendo me expor, nem à minha família, acabo cedendo. E vou prá Barra.

Ontem, prá variar, fomos prá barraca da Tonha. Ali ali o caralho! no posto 6, perto do Oásis.
Encontramos alguns ex-vizinhos do Engraçadão. Até aí nada demais. O pessoal é maneiro, a gente aproveita prá por o papo em dia e matar a saudade de alguns momentos em comum.
Só que eu teimo em me deparar c/ o que está em volta. Tsc, tsc, tsc...

A gente é o típico quadro do casal c/ filho pequeno.
É bolsa térmica contendo danoninho, fruta, suco de fruta, cerveja, cerveja, cerveja, piscina de plástico, cadeira - guarda-sol não precisa, porque a Tonha fornece - cadeira de praia e até a gente armar todo esse circo, já deu 1 hora de praia... fora o engarrafamento. Me senti a própria paulista indo à praia em dia de feriadão.
Aí vc chega beija todo mundo, Engraçadão tá lá tentando estacionar.
Tira a roupa do Pacote, deixa ele de sunga, busunta de protetor fator 30 e Engraçadão tá lá tentando estacionar.
Aí, ele começa a pedir prá ir mergulhar, embora a água esteja um gelo. Vc enfrenta o frio e leva. Engraçadão talvez já tenha conseguido uma vaga!

Pacotinho volta da água e começa a perguntar do pai, quando vc o vê apontando lá de longe, trazendo a tranqueira toda.. piscina já cheia, cadeiras, bolsa e o resto que eu não consegui trazer sozinha.
O coitado não tem descanso. São várias idas e vindas c/ baldes cheios d'água e quando ele pensa que está bom, Pacotinho grita que quer mais água (ele pensa q está na piscina do clube!).
O pai não atende, e como ele se põe a chorar decepcionado, uma vizinha q não está acostumada c/ as artimanhas do Pacote, se propõe a buscar mais 1 balde. Mas deixa bem claro: "Só esse, hein?!"
Ele se contenta.
Daí, eu relaxo. E a praia começa.
E fatalmente eu olho pros lados.
Me deparo c/ gente esquisita de toda sorte. Umas, fazem da praia o banheiro de casa.
Se lambuzam de Blondor, com pincelzinho e tudo, pelas pernas, bunda, barriga, para os pêlos ficarem louros.
Não eram loiras esbeltas, nem branquelas distintas.
Eram umas negonas, umas saradas, outras gordonas. Tôdas cagadas de blondor em plena praia da Barra sem nenhuma culpa.

Prá mim, a verdadeira visão do inferno!
Aí, eu vejo aquilo, me calo e pergunto em pensamento: POR QUÊ MEUDEUS!
Nem dá pra reclamar tanto. Ipanema nesse mesmo dia, é humanamente impráticável.
Teríamos os mesmos problemas prá estacionar, talvez, nem teríamos espaço para armar nosso circo todo...
Então, eu tenho de me conformar e ficar na Barra mesmo.

Mas é tudo tão esquisito.
Aquele ponto que era familiar, que tinha gente normal, que não poluía nossa visão, agora é freqüentado pelas pessoas que não têm educação, que se comportam, como se estivessem no banheiro de casa, ou no seu próprio quintal.
Pelas pessoas que jogam latinha de cerveja na areia da praia, não importando que aquele latão da Comlurb esteja a cada metro e meio, com seu laranja gritante, tentando inutilmente chamar a atenção daquele bando de porcos. Coitados dos porcos, os animaizinhos não tomam cerveja, agora lembro!

Eu tenho esse lado feio, da intolerância c/ esse tipo de gente.
Dessa gente pobre. Mas é uma pobreza de espírito, daquelas que não adianta vc alertar, porque o nível de entendimento é aquém do seu. Mesmo sendo tão óbvio!
Eu falo do subúrbio, não porque tenha preconceito com esse lugar, mas falo de cadeira mesmo. Porque morei lá e sei do que estou falando.
Daquela gente que usa janela prá berrar o vizinho do lado, ao invés de tocar a campainha ou usar o interfone.
Daquela gente que no ônibus, passa sem pedir licença ou pede licença, quando já levou metade de vc, c/ alma junto.
Desse tipo de gente, que vai à praia e emporcalha tudo a sua volta.

Eu posso realmente estabelecer um paralelo, me sinto nesse direito, porque saí de um lugar de classe média (sic!) e fui jogada no meio do subúrbio e de lá, só pude sair quase 10 anos depois.
Então eu posso falar. Eu posso criticar, porque não é mero preconceito.
Infelizmente é uma constatação.
E exite gente boa no subúrbio. Gente educada, que não faz nada disso. O ruím é que esse tipo de suburbano não vai á praia.
Se vai, é para a Região dos Lagos, aonde tem sua casa de praia.

Ces't la vie...
O bom disso, é que ainda sim, preservei meu lado feio.
Esse que não me permite ser igual.
Eu NÃO me contaminei, felizmente...

Bj na bunda.



CLARIFICATIONS

Eu quero deixar claro uma coisa:
Não tenho absolutamente NADA contra Guilherme Arantes.

Um constatação: Não posso ler nada de Gwen ou Endie antes de postar.
Uma, que parece que elas me sugam. Perco toda inspiração.
Outra, que me sinto infinitamente medíocre.

Pronto, falei!

sexta-feira, novembro 11, 2005

ANÁLISE MUSICAL - PARTE I

UM DIA, UM ADEUS
(Guilherme Arantes)

Só vc,
prá dar a minha vida direção,
o tom, a cor,
me fez voltar a ver,
A luz, estrela no deserto a me guiar
Farol, no mar da incerteza. (O cara tá comendo apaixonado...)

Um dia, um adeus,
eu indo embora,
(Cansou, né?!)
Quanta loucura! (Iiih! A foda não foi muito boa...)
por tão pouca aventura (Ah! Agora é tão pouca, né?! Quando a cabeça de baixo tava no
comando não pensou nisso, né?!)

Agora entendo
Que andei perdido (Perdido??? Mudou de nome???)
O q é q eu faço? (Se mata, meu filho)
Prá vc me perdoar
(Se perdoar é burra!)

Ah! que bom,
seria se eu pudesse te abraçar, (Seria... seria... do verbo não vai ser mais!)
beijar,
sentir, (É rúim, hein?!)
como a primeira vez
(Sei...)
Te dar o carinho que vc merece ter
(Fez merda, né ô mané?! Agora quer voltar...)
E eu sei te amar,
Como ninguém mais!
(Cascata purinha! Só porque agora ela já deu prá + 10...)

Ninguém mais.
Como ninguém jamais te amou.
Ninguém jamais te amou, te amou,
(Que ninguém o caralho?!)

Ninguém mais.
Como ninguém jamais te amou.
(Fala sério! Isso é papo de quem tem pau pequeno!)
Ninguém jamais te amou, como eu
Como eu.
(Quê como eu, como eu! Desse jeito, tu não come mais ninguém... Hunf!)



Eu estava ontem no táxi voltando prá casa no bagaço, quando tocou na MPB FM essa música, que foi um grande sucesso de Guilherme Arantes nos anos 80.
Me lembrei de um monte de coisas do meu passado; da adolescência sentada na janela viajando na música...
Porém ontem ao ouví-la, foi q eu prestei atenção na letra, sem os ouvidos de uma apaixonada, daí que eu fui entender qual era a do cara!
E automáticamente, as respostas aos lamentos dele vieram.

Que o feriadão seja bem produtivo!

Bj na buuuuuunda!!!!

quarta-feira, novembro 09, 2005

PAPO CABEÇA - A SÉRIE

É algo mais ou menos assim:

Um ambiente escuro, uma única luz que pende do teto e ilumina a pessoa e um banquinho solitário no meio daquele lugar.
Esse ambiente lembra um palco, mas pode perfeitamente ser o céu.
E segue-se o diálogo:

- E então?
- Vou com eles.
- Você não quer nada, então?
- Não. Só as pessoas. Elas, são as únicas coisas que importam, porque são eternas. O resto é matéria. Moda, presentes, roupas, objetos... até o corpo vai se acabar... é matéria também. Mas as pessoas não. Elas ficam... ficam para sempre. Mesmo que com uma roupagem diferente. Vou com elas. Meus amigos.

E a luz se apagou.

terça-feira, novembro 08, 2005

Falta só 1 dia

Não estou com muita vontade de falar.
Não estou me sentindo mau por causo do meu aniversário amanhã, não.
É que amanhã, quero fazer um post decente, então...
Enquanto isso, vou enrolar contando a última da última do meu Pacotinho amado:

Ontem liguei pro Engraçadão afim de acordá-lo. De tanto andar comigo, está pegando meus maus hábitos!
Papo vai, papo vem...

Engraçadão - Quer falar c/ o Pacotinho?
Eu - Nãããão! Eu tê enroladona aqui...
Engraçadão - Fáááála. Fala um pouquinho c/ ele.
Eu - Tá bom. Vai dar mais saudade...
Pacotinho - Alô?
Eu - Bom diiiiia meu amor!
Pacotinho - ...
Eu - Oooi querido! Fala bom dia prá mamãe!
Pacotinho - ...
...
Pacotinho - Aqui, mãe, eu tô vendo desenho. Tchau! (Smack!)

E passou o telefone de volta pro pai.
Foi o corte mais encantador da minha vida.
E olha que ele só tem 3 anos, hein?!

Bj na bunda.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Flickr

This is a test post from flickr, a fancy photo sharing thing.

teste

testando 1, 2, 3, 4 e por aí vai...

asfaghgagahga!

sexta-feira, novembro 04, 2005

Efeitos de Porro. E quê efeitos!!!

Aquele sentimento de inconformismo está me acometendo de novo.
Olho o template, olho tudo, sinto uma vontade de dar uma carinha diferente ao blog, mais atual, mais haver comigo.
O pior, é que quando conseguir fazer tudo isso, há de se passar 1 ano e eu novamente vou querer mudar.
Como manter uma constância de mudanças (a frase por si só já é esdrúxula!!) se eu sou a própria toupeira em HTML?
Com meu manualzinho, não dá prá chegar muito longe...

Aí, eu tive q recorrer ao Mr. himSelph. Coitado. Tô c/ peninha dele...
Espero q depois de todo esse sacrifécil, vcs aprovem as mudanças.

Sexta passada, fomos a Angra.
Fomos, q eu digo, é eu e meia-dúzia de gatos pingados da empresa, afim de nos despedirmos de um cara muito bacana que ficou aqui por mais de 1 ano.
O cara é bacana à bessa é de Singapura, mas o mais bacana, foi ter ido e voltado de Doblô e ser deixada na porta de casa, completamente inteira e de quebra, dar um sapeca-iaiá no Engraçadão (Essa foi a melhor parte!!) antes de dormir.

Levei meu querido amigo e companheiro de todas as horas tediosas, Mr. Porro De Male e por sorte, encontrei uma amiga que também era chegada.
Foi curioso vê-la cambaleante e trocando as pernas pelo quarto, sem dizer coisa com coisa, para por fim proferir, após um dia de trabalho de cão, que não iria, porque a cama dela estava "tãããão legal aquiiii!!!"
Tudo bem! Eu estava chapada ídem, mas quem me vê, só estranha talvez, o fato de eu não estar falando pelos cotovelos.

É óbvio que eu paguei alguns micos, que não chegaram a gorilas, mas ainda sim, foi ridículo!
Eu e outra colega, a careta, nos sentamos à mesa, depois de mais de 1h de havermos chegado à festa. É q depois do Porro, tomei banho, me arrumei... e chapada como estava, tudo q eu queria, era abraçar aquela latinha de Skol e se possível, só ficar olhando os movimentos.
Tinha música ao vivo, mas no dia q uma banda de música ao vivo, numa convenção de hotel em Angra, tocar boa música, podem me chamar de mula q eu atendo. Por isso, tentamos nos isolar. Todavia, o contingente nesses eventos é 65% masculino e óbvio, não nos deixariam isoladas numa mesa.
Logo, nos obrigaram a dividir outra c/ uma galera q misturavam-se homens e mulheres.

Sentei ao lado de um amigo de setor q já estava lá há 2 dias para a convenção e confraternização. Eu não queria papo, definitivamente.
Concentrava todas as minhas forças naquele momento precioso: abrir minha terceira ou segunda latinha de Skol.
Ao meu lado, a amiga careta. Do outro lado, o colega querendo puxar assunto:

AMIGO DO SETOR - E aí?? Poxa, vc anda muito estranha.
EU - Eeeeeuuuu? Como assim estranha??
AMIGO DO SETOR - Anda relapsa, com os negócios.
EU - Q negócios???
AMIGO DO SETOR - Ah Engraçadinha! Vc sabe do q eu estou falando!!!
EU (Já apavorada, achando q o cara estava me assediando!) - Não estou entendendo o q vc está falando.
AMIGO DO SETOR - Ah! Está sim.
EU - Não. Não estou não!
AMIGO DO SETOR - Tá sim. Ao q me consta, vc pode ser tudo. Mas das qualidades q mais se sobressaem em vc, é sua agilidade de raciocínio. Vc pega as coisas no ar. Não preciso ficar falando...
EU (Apavorada e petrificada, achando q o cara tava me chamando de puta!) - Eu acho q vc está me subestimando. Meu raciocínio pode não ser tão rápido como vc está imaginando. Será q vc poderia falar claramente??
AMIGO DO SETOR - Mais claro do q isso?? Tá bom. A Agência (ele falava baixinho p/ não despertar a atenção de quem estava ao meu lado e eu a essa hora tinha certeza q ele me considerava uma garota de programa, mas por q????).
EU - Como???
AMIGO DO SETOR - A Agência. Vc não tem uma agência??
EU - ???? Desculpe, mas eu não estou te entendendo.
AMIGO DO SETOR - Q q houve?? Quem não tá te entendendo sou eu. (já irritado)
EU - !!!!!
AMIGO DO SETOR - Agora vc esqueceu que tem uma agência?! As meninas...
EU (Além de apavorada e petrificada, agora eu estava aterrorizada c/ a idéia q ele fazia de mim. Além de achar q eu era garota de programa, ainda pensava q eu era uma cafetina!) - Ôôô fulano! Tá parecendo papo de doido isso. Vc me explica logo o que vc quer, ou eu vou ficar aqui sem entender nada e pior, morrendo de sede de tomar outra Skol!
AMIGO DO SETOR (ele balançava a cabeça negativamente e insistentemente!) - Francamente... Pensei q vc fosse mais inteligente!! (E balançava a cabeça negativamente de novo!)

Eu estava apavorada, petrificada, c/ vergonha, c/ uma puta sede de cerveja, imaginando como aquele cara era safado, sem-vergonha e baixo. Muito baixo.
A essa altura, me senti encolhendo e com vontade de sumir dali. Por alguma razão, minha bunda continuava colada na cadeira. Eu tinha que tirar a prova dos nove e saber do q ele estava falando. E se fosse isso mesmo, o q faria? Iria processar?? O q q Engraçadão pensaria disso tudo?
Acreditaria em mim? Acreditaria q em nenhum momento dei mole, ou tive qualquer assunto que desse abertura p/ esse fulano desavergonhado??
E pior! Esse cara já me deu carona algumas vezes depois do trabalho, porque ele mora relativamente perto da minha casa. Quem acreditaria em mim?
Já estava achando a idéia de ter ido p/ Angra péssima...

AMIGO DO SETOR - E aí? Vc não sabe mesmo do que eu tô falando???
EU - Sinceramente não. Desculpe.
AMIGO DO SETOR - (balançava a cabeça negativamente, mais uma vez) Inacreditável, como vc está relapsa c/ seus negócios.
EU - Isso eu me lembro q vc já falou...
AMIGO DO SETOR - Vc não diz que tem uma agência de matrimônio?!

PUUUUUTAAAAQUEOPARÉÉÉÉÉLHA. VIXE!!!
Foi óóóóiiideo e alívio o que eu senti.
Eu esqueci completamente. E ainda dei o maior rombo (não foi furo), quando ele justificou o motivo de tanto suspense.
A colega careta q estava ao meu lado, era objeto de desejo dele!
Bicho! E eu no meio desse povo.
Caralho!

Tentei dar uma força pros dois, mas quando não tem q rolar, nem adianta.
O objeto dela é outro. E ele teve q se contentar.
Depois dessa, me mantive longe das conversas. Bem longe!
A amiga chapada desceu e ao me ver, sentou ao meu lado e ficamos conversando, papo de doido, q só doido entende, até dar a hora de ir embora.
Melhor assim!

Bj na boooonda e bom findi procês.

Ah! Hoje eu vou a festa Ploc 80's c/ Tio Gu e Engraçadão.
Depois eu conto como foi.

terça-feira, novembro 01, 2005

Adoro os fins de semana que fico sozinha contigo.
A princípio tenho medo, mas depois adoro.
Eu falo as coisas e vc entende tudo com clareza.
A gente ouve as músicas no volume que eu gosto e vc nunca reclama.
Pego os filmes e desenhos que não pude ver na infância...
Te encho de histórias e conto todas as lorotas que eu conheço só prá ouvir tua gargalhada que me alimenta.

Fico completamente derretida, quando vc sentado nas minhas pernas, pega meu rosto entre tuas mãosinhas e aperta minhas bochechas.
Quando vc me pede alguma coisa e fica passando a mão nas minhas costas, fazendo carinho distraídamente.
Teu carinho despreocupado, preenche uma lacuna da minha alma.
Lacuna essa, que estava reservada a vc e eu não sabia.

Aquelas dormidas gostosas depois do almoço, onde vc pergunta as coisas do mundo, só prá me enrolar e não dormir...
Já disse nesse segundo que vc é lindo?
Vc é lindo.
Teu sorriso, tua boa educação, tua voz, teu jeito.

Fico fascinada pelas tuas histórias inventadas.
Vc inventa cada uma mais louca que a outra e eu acredito e comento.
A gente troca.
A gente beija.
A gente cheira e morde a barriga.
A gente se ama.


Aquela tua cara de sapeca e teu olhar fingindo estar zangado...
Vc já é homem das artes, da poesia.
Vc já canta e é afinado.
E como me encanta.
E como manda?
Manda em mim,
no meu coração,
na minha vida.
Transforma tudo em razão prá eu seguir em frente todos os dias.
Com teu olhar de amor e de dengo.
Com teu jeito mulequinho e sedutor.

Tenho pena delas e também as admiro. A coragem!
Elas no futuro, hão de te possuir, mas antes, irão competir muito.
E eu estarei lá.
Aplaudindo aquela que tiver a nobreza de te conquistar.

Ao meu amor eterno e meu tudinho.
Meu filho, amigo, irmão e também paizinho.
Pedro Ignacio

sexta-feira, outubro 28, 2005

A CADA SESSÃO, UM MICÃO

Depois de muito batalhar por uma sessão de massagem no esquema 0800 da empresa, enfim consegui ser inserida na lista de privilegiados, que fariam shiatsu digrátis.
Prá quem não sabe, SHI-A-TSU é aquela técnica oriental, que aperta aqui, aperta ali, mas não acende agora Engraçadinha ela, né?!.
Vc sai levinho, achando que tudo é divino-maravilhoso, que no mundo não existe maldade e que nunca mais, vai sentir aquela dor de corno que lhe pesa nos ombros.
Ao contrário do que muitos pensam, dor de corno não é aquela que faz pender a cabeça, para frente ou para trás devido o peso do chifre.
Dor de corno, é aquela dor que todo trabalhador assalariado ou não, sente, que pega nuca e ombros. Aquela dorzinha sem-vergonha é tanta, que chega a arder o músculo. Em mim pelo menos, costuma ser assim.

E de conformidade com os últimos acontecimentos, o peso era tanto, que parecia q Oh Jesus!tinha emprestado a cruz dele prá mim. Blasfêmia purinha, né?! Não. Deixa O Homi quieto. O fato é q minha cruzinha inchou c/ tanta chuva nesse Rio de Janeiro e essa sessão salvaria meu dia, quem sabe, meu mês.

Muito que bem. Eu ainda ando com a imagem de mim mesma, refletida no que fui antes de ser mãe. De conformidade c/ a situação atual, não tenho comprado mais muitas roupas e as roupas que tenho lá em casa, são de outra mulher, não mais minhas. Pelo fato de a empresa ainda não permitir que a gente venha pelado (o frio do andar também não ajuda muito...), venho com o que tenho. E o que tenho fico esquisito, quando eu entro numa de variar.
Esqueci que era hoje a tal sessão e vim de vestidinho azul. Foi um vestido em outro tempo. Prá piorar, escolhi uma calcinha que dispensa comentários. Só quem é mulher sabe q a gente compra umas calcinhas nada haver, depois cisma de usar, só porque comprou e porque se comprou tem que usar, sabe?!
Ainda bem que existem pessoas solidárias no meu caminho. Solidárias e de bom senso, coisa que às vezes me foge.

Tive de ir no prédio da diretoria entregar um documento. Antes, dei aquela passadinha básica no banheiro, prá conferir o visu e bateu a dúvida. Com casaquinho, ou sem casaquinho? Passei na baia (detesto essa palavra, me sinto a verdadeira ÉGUA) dessa amiga solidária e de bom gosto, prá tirar a dúvida q me corroía o ser. Veja bem, eu encontraria o Diretor de Nananã. Não podia aparecer diante dele c/ dúvida.

AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Fala
EU - Com, ou sem casaquinho?
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Cadê a cinta??
EU - Não combina c/ esse vestido.
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - hum-hum...
EU - E a que combinaria me aperta as carnes do suvaco.
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Sei... Vamo lá no banheiro q eu tive uma idéia. Essa barriga não tá combinando c/ o vestido. Mais q o casaquinho. Deixa ele aí.

Ao chegar no banheiro, ela retira a cinta dela, q lembra uma bermuda colante, q pega desde a primeira costela de Eva, até acima do joelho. Deixa qualquer uma gostosa e sem barriga.

EU - Mas, mas...
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Toma! Pode vestir. Vc tá precisando mais q eu. E que calcinha é essa?? Vc usa umas calcinhas, Engraçadinha... Marca muito a' só?!
EU - Aaaahhhhhh! Pááááraaa. Eu sei lá porque peguei essa. Eu nem gosto de calcinha...
AMIGA SOLIDÁRIA E DE BOM GOSTO - Agora ficou muito melhor (puxando a calcinha por debaixo da bermuda).
EU - Puxa querida! Eu pensei q fosse só eu q passasse por isso.

Tanto trabalho por nada.
O tal diretor nem estava lá. Mas eu estava. Me sentindo mais segura de cinta.
Ao voltar p/ o andar, tentei devolver a cinta, mas ela não aceitou, alegando q eu estava precisando mais q ela e só depois do almoço quando soou o despertador, é que fui lembrar da pooooorrrra do Shiatsu.
Lá fui eu, rumo ao outro prédio, correndo em cima do salto.
Lá chegando, fui direto prá salinha de Cão, meu amigo querido. Trocamos dois dedinhos de prosa e voltei correndo prá fila de entrada. Tinha fila.
Chegando lá, me deparei c/ a visão do inferno! A sessão não era individual, tinha mais três pessoas lá dentro.
Foram disponibilizadas 2 macas e mais 2 cadeiras esquisitas com buraco para o rosto, q te deixam em posição completamente confortável p/ a massagem.

O rapaz que me recebeu, me mandou prá maca.
Ora bolas! Realizem: Eu de casaquinho, vestido meio curto prá sentar naquilo, salto alto e cinta. Daria certo?! Creio q não.
Ele pediu q eu tirasse a sandália e deitasse de bruçus.

EU - Não dá, moço. Vou ter q tirar a sandália mesmo? (O q me incomoda, é q eu transpiro muito no pé e ele suja c/ facilidade. Tá bom! Tá bom! Ele faz lama - por isso meu constrangimento!!!!)
MOÇO - ...
EU - Não dá pr'eu sentar na cadeira não?! Minha dor é mais na nuca meeesmo...
MOÇO - A senhora q sabe.
EU - (dando um pulo de ladinho da maca) Óóótimo!

Aí começou... Sentei na tal cadeira e ele começou a apertar a nuca, pressionou c/ a ponta dos dedos todos os ossinhos do pescoço, depois foi descendo de encontro às vértebras da coluna.
Aí eu pensei PUTAQUEOPÁÁÁRÉÉÉLHA!!!!
Cada vértebra mais embaixo me provocava duas reações: A de alívio e o quê devia estar passando pela cabeça do massagista:

CABEÇA DO MASSAGISTA:

Tá durinho aqui.
Nooooosssa, como essa mulé tá teeensa.
Caraca! Assim é melhor, deixa eu fazer mais pressão!
Aperta, aperta, aperta e desce...
OOooopa! Que calcinha enoooorrme.
Aperta, aperta, aperta e desce...
MeuDeus que calçola sem fim.
Prá q q mulher usa esses troços?
Deve ser prá esconder as celulites (ô massagista burro!! Celulite na costela?).
Tadinha... mó enganação.
Os hômi pensa q ela é gostosa e ela é mó morena falsificada.
Alá! De roupa é toda boa, mas quando deve tirá, deve ser soutien pr'um lado, esponjinha prá aumentar o peito pro outro, calçola, cinta, peruca, dentadura...


Bem, chega de interpretar essa anta.
Eu tiro esse bando de apetrecho e ele no mínimo, desatarracha o pau!

Já pro fim da massagem, eu estava c/ os olhos revirados e c/ um fio de baba prestes a escorrer, quando o moço mandou eu levantar.
Sem q eu me desse conta, ele já tinha apertado nuca, coluna, quadris, braços e mãos; passado óleo na nuca e a sensação de torpor dá de 10 num baseado bem apertado!

Saí de lá a passos apressados, super disposta a mais um ano de batalha, na boa!!
Espero q eles acatem a idéia de implementar o shiatsu aqui.
Serão 40 min. de sessão individual.

Sem cinta!
Se Deus quiser...

Grande bj na bunda.

quinta-feira, outubro 27, 2005

UM TANTINHO ASSIM Ó!

Eu saí na calada da noite, a passos leves, sorrateiramente falando... peguei todos de surpresa e saí de cena.
Aprendam. O suicida quando quer se matar, se mata.
O verdadeiro suicida...

Não é o meu caso. Óbvio. Eu nunca pensei em me matar.
Bem... pelo menos tem uns 20 anos que não penso isso e nem quero isso prá mim.
Acabar c/ o blog muito menos. Por isso não avisei. Mudei.
E agora, aqueles que são queridos ao meu coração, têm esse endereço. Os queridos c/ e-mail, não é?!
Porque tem os queridos cujos e-mails não possuo, aí complica. E c/ essa falta de tempo q acomete a mulher moderna-escrava-sexual-do lar... devagarinho vou arrumando tempo p/ avisar esses queridos.

Eu sei. Estou enrolando, enrolando para não dizer os porquês.
Os porquês são os mesmos.
Nesses mais de 30 anos de existência, eu ainda não aprendi a ser previnida, a desconfiar das pessoas. Eu nunca desconfio. Eu sempre acho q todos são meus amigos, todos me adoram, assim como eu os adoro, q todos vão me proteger e vão se lembrar que nessa vida, eu ainda tenho a torcida contra. Acontece q as pessoas têm seus problemas prá resolver e não têm tempo (nem tem q ter) prá se lembrar de mim. De ter cuidado comigo.
É óbvio! Quem tem q ter cuidado comigo sou eu. Até aí, chovi no molhado. Disse o óbvio.
E foi justo assim, que num descuido, aquele meu dissabor mais recente viu um post dedicado inteirinho a sua pessoa, pela máquina de alguém.
Suponho q ele não deva ter gostado muito.
Bem...
...
...
...
..
.
FODA-SE!!!
Ooops! Eu disse de novo! É q é mais forte do que eu.
Mentira. Eu adoro essa palavra. A sonoridade, o motivo e destino que damos a ela. Diria eu q beira a perfeição.

FULANO - Engraçadinha, eu vi seu blog.
EU - Hã...
FULANO - E vc falava mal de mim.
EU - E...
FULANO - E eu vou mexer meus pauzinhos prá acabar c/ a sua paz!
EU - FODA-SE!

É perfeito.
Bem... eu nunca o tratei desse jeito. Mas nem precisa. Quando a gente se encontra no hall ou no elevador, ele lê na minha testa q tem um FODA-SE bem grande dando tchauzinho prá ele.

Eu adorava o outro endereço. Todo mundo reclamava da quantidade de "iiiis", que o nome era difícil, complicado... por isso eu comecei a mandar links q ficava mais fácil.
Foi uma época bacana.
Eu abandonando definitivamente qualquer resquício de infância. Tendo que assumir a maternidade, um lar...
Vou sentir saudades.
Mas mudei e pronto.
Coisas que a gente faz, que não dá prá voltar atrás.

Engraçadão e outros queridos, me pediram prá eu moderar a língua. Para me preservar meeeeiismo. Por amor a mim. Por responsabilidade até.
Mas me digam?? Como ser assim, sem me perder de mim mesma? Ainda é impossível.
Eu sou essa aí.
Que fala o foda-se, que esgota o assunto, até ele morrer. Até deixar de ser ferida.
Vejam bem, eu não tenho dinheiro prá pagar terapia, nem prá viver dançando, nem prá encontrar comigo sozinha de vez em quando.
Eu estou sempre vestida na personagem do meu dia-a-dia e isso é muito puxado!
A Flávia de vez em quando tem que vir a superfície para respirar.
E agora como nunca antes, estou sentindo tanta, mas tanta necessidade de mim. De estar c/ meu eixo.
Às vezes eu descentralizo. Mer perco no meio do caminho e fico doida a me procurar. A me resgatar.
Eu fico desesperada lutando pela minha essência. E agora é a hora.
Estou assim. Me querendo.
Por isso, preferi mudar.
Mudar, para me encontrar.

Um ósculo nas vossas nádegas! Amplexo não.

terça-feira, outubro 25, 2005

REESTRUTURA

Resolvi olhar pro meu umbigo.
Afinal, o meu aniversário está chegando, vou ficar mais velhinha e tenho q ficar preparada p/ o nada.

O nada, é aquela coisa que vem depois de uma grande tempestade.
É quando vc não está bem, mas também não está mal.
Quando tudo funciona, mas nada acontece.
Deve ser esse período entre a instabilidade emocional e a sanidade mental.
Quando a gente quer voltar ao normal a qualquer custo, resgatar pedaços da gente, que ficaram na poeira.

Então, conversando com minha amiga Oráculo, fui aconselhada a não mexer em nada até o final dos acontecimentos, principalmente no cabelo.
O ciclo já se fechou. Pelo menos prá mim.
Daí eu resolvi começar pela cabeça.
Meu cabelo como todos sabem, é um ninho de marfagarfo disfarçado.
Chegou num ponto, em que eu não conseguia mais me olhar no espelho sem proferir um palavrão mental.

Por sorte, o espelho lá de casa é reforçado, senão, seria 1 por dia.
Apesar de só eu enxergar tamanha monstruosidade diante do espelho, o povo do trabalho pelo menos, dizia q eu andava um tanto quanto sauvage.
Eu não chamaria disso. Chamaria de cabeção, mafuá, cabeça de abajur, samambaia ou qualquer coisa q o valha.
Não sei se era elogio ou escárnio mesmo.
De qualquer forma, fiz o q deu na cabeça.

E deu uma mecha caramelo por todo o cabelo, prá disfarçar os branquinhos q já aparecem. Um aqui, outro muuuito acolá...
Ah! Uns dizem "q nada!", outros q eu estou inventando...
O fato é q o bicho do sexo feminino é cobrado sempre.
Cobrado a ser magra, a ser linda a ser loura, cobrada a não ter cabelos brancos nem rugas na cara, cobrada a ser sempre jovem e de corpo firme!
Não! Não me olhem c/ essa cara. Não estou falando nenhuma exagero.
A mulher quando segue à risca esses precedentes é taxada de vaidosa ao extremo, fashion victm, fashionista e aquela q não segue e resolve levar um jeito natureba de ser, ",inhas rugas - minha história" é taxada de relaxada. Querem um exemplo? Cássia Kiss.

Cabe a nós mulheres encontrarmos um meio termo.
Mas como saber o q é de bom tom ou o q beira o exagero?! Sim porque são muitas as q perdem a medida. Querem sempre mais.
Definitivamente não é o meu caso.
Eu tento me olhar no espelho e me agradar c/ o reflexo. E não adianta X ou Y dizer q está bom, se EU não achar que esteja.

Baseado nisso e insipirado no querido amigo, lindo, maravilhoso, poposudo, fashion; o Garoto SC mais chique da Zona Sul - Adam.
E homenagiando aquela q é a dona das privadas mais chiques desse espaço blogueiro, minha querida amiga Érica Bah, é que se seguem as fotos a seguir do antes de depois.
Minha transformação.

*Mas antes c/ o oferecimento das pílulas MICROVLAR (tomou, pariu), esse patrocinador que vos fala, pede encarecidamente, q os ouvintes-leitores desse espaço gorduroso, que tomem seus valiums para q o susto não seja grande demais.
E outra: Esse espaço não se responsabiliza pelos efeitos colaterais que possam aparecer no futuro, por conta das cenas chocantes a seguir!
Cuidado ao clicar...
Bem aqui!

sexta-feira, outubro 21, 2005

SERÁ Q FALTA MAIS ALGUMA COISA???

Essa não é a melhor maneira de se terminar uma semana, contando uma história triste... mas ela tem que ser contada.
Primeiro porque eu disse que contaria e segundo, porque apesar de ter passado pela goela, preciso ainda digerí-la e entender o q talvez não tenha explicação.
Tudo começou quando na empresa, alguém percebeu algum talento meu. Talento esse que nem sei onde fica. Deve ficar espalhado em algum lugar pelo meu ser.
Anywayzzzzzzzzzz, quando fiz hum ano de empresa, um francesinho pequetucho da Informática, sismou em me ajudar a ser promovida. Achou que eu dava prá coisa! Que eu poderia ser a Coordenadora das Secretárias de Projeto, função essa, que só existe em Paris; inclusive ele tinha planos para me levar p/ lá p/ aprender a função e adequar os processos de lá c/ os daqui.
A princípio, eu não ficaria subordinada à Informática, porque o número de budget estava estourado, contudo iria p/ a documentação (aquele setor q o chefe era o cão chupando manga, lembram?!).

Eu fiquei boladíssima c/ a idéia. Nada prá mim é dado de mão beijada, apesar de eu ter o fator sorte muitas vezes a meu favor... Todo mundo falava muito mal dele e ele próprio se mostrou bem fechado. Eu, logo euzinha, a pessoa mais cara-de-pau q existe, mais maluca e extrovertida, teria q encarar mais esse desafio p/ discutir salário. Isso, porque eu vinha sonhando c/ uma soma de uns R$ 5.000,00 p/ ser a tal Coordenadora.
A diretoria vetou o novo cargo. Porque estão em final de Projeto (P-52), estavam mandando gente embora... só mesmo o Francês pequetucho prá pensar q seria um bom momento p'ráquilo. Eu não tinha esperanças, mas já pensava na grana.
Acabou não rolando.
Só q o Pequetucho tinha um trunfo. Estaria levando uma Analista de Documentação p/ França por 1 ano e sugeriu à Diretoria q eu a substituísse. Eles toparam.

Depois veio a Negociação q vcs acompanharam.
Tudo certo. Eu dava expediente em dois setores, chegava em casa às 21:30 quase todo dia, mas c/ sorriso de orelha a orelho, já q a função de Coordenadora seria questão de + 1 ano.
Fui acompanhando a via crucis das assinaturas de Diretoria, RH e a porra toda. A minha sorte, é q nesses quase 2 anos de Projeto, conheci muita gente e sempre falei de igual prá igual c/ eles. Então, alguns caras q eram apenas Engenheiros e hoje viraram Diretores, me apoiaram 100% e ainda falavam bem de mim junto à Diretoria Geral. Estava que nem pinto no lixo, c/ a bola toda. só a conta corrente q ainda não acompanhava.

Aos 44/5 do 2º tempo, quando já havia inclusive um processo seletivo p/ me substituir, soube q a transferência havia sido cancelada.
Como assim Batman????
Cancelada.



E foi aí q eu corri atrás de toda a podridão q havia embaixo do tapete.
Um cara que ao me ver me abraçava, falava palavras bonitas e se mostrava amigo o tempo todo, articulou contra minha pessoa junto a um peixe da Diretoria. Esse peixe, só entrou de gaiato na história. Tratava-se de um peixe simpatizante, prá minha desventura.
O cara tramou e se deu bem, de lambuja ainda faturou minha vaga.
Como? Dizendo que eu era extremamente arrogante, q humilhava as pessoas, q não havia a menor condição de eu ir prá lá, q TODOS do setor estavam reclamando (e não só daquele projeto) e ninguém entendia porque fui eu a escolhida.
A diretoria p/ acabar c/ o bate-boca, cancelou a promoção e me jogou em outro processo.
Processo esse q eu não tinha a menor chance, a não ser q fosse uma empresa de caridade. Não passei, óbvio. Até porque, não estava concorrendo sozinha.

O grande articulador está lá ocupando aquela vaga, que eu sou grata por não ser minha. Eu ia ser atirada no covil e inclusive, podia ter sido sacaneada de outra maneira até mais vil. Poderia ter saído de lá c/ atestado de incompetência bem grande se eles tivessem aguardado, antes de botar no meu rabão de Charlene.
É nojo o q eu sinto por eles hoje. Por terem sido tão falsos, tão baixos, tão mentirosos.



Mas Deus tá vendo. E eu tento me resignar c/ isso.

A boa dessa história é q ganhei um amigo novo (a q preço!!!). É justamente o meu querido Cão-Chupando-Manga.
O temido e terrível, cruel, não digo odiado, porque aí seria demais.
A gente se aproximou e de vez em quando almoçamos juntos.
O legal, é q as aparências são enganadoras por demais.
Meu querido amigo Cão, é ex-professor de história, simpatizante do bom e velho rock 'n roll, apreciador de bons filmes e é um ser sensível e inteligentíssimo. Eu fico às vezes até envergonhada, porque sou um ser ignorante por demais (vide a gafe de ontem chamar Roma de país! Eu tava pensando no Vaticano) com memória curta e chamuscada. Ainda bem q ele ainda não entrou no assunto da filosofia, porque senão não ia ter assunto. Só monólogo.
Eu não faço parte totalmente do senso comum, não ando c/ a maioria, definitivamente não! Mas esbarro neles. Minha inteligência só vai logo ali. E ponto.

Foi bom realmente que tudo isso acontecesse. Eu ainda tenho esperança q algo se defina prá mim.
Continuo tendo bons relacionamentos na empresa e sendo querida (acho) q pela maioria. A maioria q olha dentro dos meus olhos.
Ando ouvindo System of a Down o tempo todo... deve ser esse momento. No último volume, quase.
O que me entristece, é que as pessoas articularam prá uma pessoa que não é sozinha. Eu nem coloco o mérito das contas.
Eu coloco o mérito, de essa sujeirada toda, influir diretamente na vida do meu filho.
Ele é lindo e cheio de talento. É louco prá fazer capoeira, natação... porque às vezes se assemelha a um pato... e agora, isso acabou. Pelo menos por enquanto, né?! Meu maior sofrimento era esse. Quando eu pensava nele.

Mas gente! Vamos levantar esse astral?
Eu não tô morta ainda. E tenho muito o que viver nessa empresa ainda. Afinal, c/ pouco mais de um ano eu apareci. Ainda não cresci, mas apareci e isso já significa alguma coisa, né?!
Me aguardem.
Eu tô dura, mas não tô morta!

Um ótimo fim de semana prá vcs e um bj bem grande no meio da bunda de vcs todos.
No cu não, chega esse beijo pro ladinho, tá?!

quinta-feira, outubro 20, 2005

QUESTÕES DEVERAS IMPORTANTES

Aí vão algumas perguntinhas prá ver se vcs entendem desse mal q acomete o cidadão fumadão!

Quanto ao refereeeindo, eu quero mais é q o refereeeeindo se foda meiiissssmo de verde e amarelo.

Eu optei pela alternativa que condiz mais c/ a nossa realidade. Se fossemos um país de primeiro mundo, miudico, como uma Roma um Vaticano da vida ou um país de Gales qualquer, vá lá, mas p/ um Brasil mal resolvido e terceirizado como o nosso (e não precisava, mas é!), não dá ainda p/ se proceder como se fôssemos todos pequetuchos, se é q vcs me enteeeeiiindem.

Vou continuar cumprindo minha missão bloguística q eu ganho mais, q é falar merda prá vcs meterem a marreta depois.

Então. Respondam vcs o que significa isso:


Qual o nome que se dá a uma tigela de sopa, contendo uma sopa amarela (tipo creme), pedaços de gorgonzola DERRETIDOS, azeite português e biscoito cream cracker por cima??
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LARICA


Qual o nome que se dá a outra tigela de sopa, contendo metade de uma sopa amarela, com pedaços de gorgonzola derretidos, azeite português e BATATA PALHA, muuuuuuiiita batata palha???
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MUITA LARICA


Qual o nome que se dá, depois disso tudo, prá um cara que fica c/ o umbigo encostado na pia da cozinha, exatamente na frente de um pacote de biscoito cream cracker (olha ele aí de novo!!!) e de um copo de requeijão de ervas - Quem olha de longe, vê que ele não está fazendo nada, mas ao se aproximar, percebe-se q ele está de boca cheia - Então? Como se chama isso??
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UMA PORRA DE UMA LARICA DO CARAAAAALHO QUE NÃO PASSA NEM FODENDO!

Preciso dar nomes??

segunda-feira, outubro 17, 2005

PAPO CABEÇA

EU - Vc sabe q quando eu entrei prá NET meu apelido era Charlene, não é?!
CABEÇA - Claro. Era o peso da bunda.
EU - Eu andava remando, mas só pude observar q o apelido era válido, depois q a bunda diminuiu.
CABEÇA - Bem colocado. Virou filet e engravidou!
EU - Isso é esporro ou idéia??
CABEÇA - Só uma observação.
EU - Cheia de ironia, por sinal. Saqualé?! Eu estou entrando naquela fase de lentidão de novo. Ando me arrastando, enchendo a cara... Nem tô comendo o tanto q justifique, mas dizem q o álcool incha, né?!
CABEÇA - !!!
EU - Pois então? Estou voltando a ser Charlene. De roupa tô batendo um bolão, mas pelada...
CABEÇA - !!!
EU - E eu não estou agüentando esse marasmo, a idade avança... essa idéia de fazer outro Pacote não sei quando... Imagina só eu c/ o peso q estou agora e depois q o Pacote II sair? Vou ficar uma monstra. Acho q vou malhar... não sei.
CABEÇA - ??????
EU - Ué? Qualé o espanto?? Eu não posso querer fazer um bem p/ minha saúde? Antes mesmo de motivos estéticos?
CABEÇA - Pode. Ninguém disse o contrário. É q eu pensei... q vc não gostasse... na verdade abominasse...
EU - Mas é claro q vc tem q pensar. Vc existe prá isso. Só poderia ser mais minha amiga e me dar uns toques retais de vez em quando. Não q eu goste de ser cutucada no reto, mas... sei lá, me fazer enxergar certas verdades.
CABEÇA - Mas e o seu tempo de entendimento?? Vc está esquecendo isso?
EU - É.
CABEÇA - E a sua inércia? Acomodação? Falta de dinheiro? Seu sedentarismo convicto? Preguiça sem fim??
EU - Tá! Tá! Tá porra já sei.
CABEÇA - Então?!
EU - Não estão me levando a porra de lugar nenhum...
CABEÇA - E aquela história q povo de academia é tudo imbecil? E aquela mulherada cheirando a suor, quando se junta no banheiro depois da aula?? E o cabelo c/ escova q não pode molhar?? E os sentimentos de ódio que surgem a medida que o suor começa a brotar na sua testa???
EU - Pááááára caralho! Vc não acha q eu já pensei nessa porra toda?? Aquela mulherada c/ barriga de tanquinho q mais parece uns travecos se olhando e se medindo p/ ver quem tem a perna mais dura e eu lá tomando banho (e pelada!) c/ minhas celulites gritando... e as conversas??? E os pesos durante a aula, como são pesados aqueles troços?? quanto a escova já desisti. Com prancha em casa fica mais fácil, mas eu tô dando um tempo de alisar. Os sentimentos vão continuar brotando. Mas não é possível q a preguiça vá me vencer. É isso. Me dei conta. Eu TENHO q ser mais forte q a preguiça.
CABEÇA - E se vc caminhar??
EU - Difícil.
CABEÇA - Patinar?
EU - No...p!
CABEÇA - Nadar??
EU - Hum-hum.
CABEÇA - É... vc quer ir pelo caminho mais difícil, né?!
EU - Cala a boca! Eu tenho q fazer a merda de trabalho aeróbico. Eu tenho q botar as toxinas prá fora e de preferência usar aquele tampão de cavalo p/ não enxergar nada q estiver ao meu lado.
Alguém tem algum dinheiro aê?!

quinta-feira, outubro 13, 2005

DIA DAS CRIONÇAS

Sim. Crionças.


Pacotinho c/ aquela mania de pedir tudo choramingando está virando criOnça!


Mas não é prá falar dele q abordei esse tema.
Tem vários amigos blogueiros que estão contando um pouco das suas infâncias e me deu vontade de resumir.
Eu me lembro de algumas coisas dos meus três anos.

Lembro de um dia q eu tentei sair do berço sozinha, tinha cheirinho de café saído da cozinha e vozes vindas da varanda.
Eu queria mostrar prá minha mãe q eu podia me virar sozinha e de fato virei... de cara no chão e c/ um galo na cabeça.
Ela veio me buscar. Mas... minha mãe tinha uma aura tão tranqüila, era tão linda minha mãe... Me pegou no colo e me pôs sentadinha na mesa da copa, onde outras pessoas conversavam tomando cafézinho. Dentre elas minha vó. Aquela q eu tanto amo e sempre vou amar.

Lembro de ficar horas brincando sozinha (quando ainda era filha única) no tapete da sala, c/ aquelas bonequinhas de papel, q tinha roupinha, vestidinho e tudo era motivo p/ trocar de roupa. Elas trocavam de roupa mais do q respiravam (?!?! Boneca respira?!?!). As minhas sim.
Lembro que c/ uns cinco anos, minha vó tentava de tudo p/ me botar prá dormir. Já freqüentava escolinha e já lia e escrevia, mas à tarde nas férias, ela teimava q eu tinha q dormir. Minha vó botava um ventiladorzinho na frente da minha cama e saía do quarto na esperança q eu dormisse. Eu mudava de posição e ficava c/ a cara no vento, morrendo de pena do ventilador, porque ele parecia estar reclamando do esforço. E desligava. E ligava, por sentir calor. E desligava por sentir pena... tornava a ligar logo em seguida, depois caía exausta na cama por conta do dilema. Acabava dormindo.

Lembro q c/ uns sete prá oito anos, ficava me olhando no espelho e fazendo caras e bocas. Às vezes enfiava a calcinha toda na bunda e ficava olhando prá ver se parecia bonito.
Se alguém aparecia, baixava a saia e saía correndo.

Lembro das viagens a Caxambu, q eu ficava ansiosa prá ir prá piscina, a ponto de sentir náuseas e quando chegava lá, molhava só o dedão do pé, por puro ca-ga-ço mesmo! Havia os jogos de boliche... as flores... a discoteca q eu era proibida de ir, mas quando voltávamos pro Rio, ouvia minha mãe contar maravilhas do lugar prás visinhas, prá minha vó...

Eu tive uma infância excelente. Era Tívoli Park, Teatro, Cinema, Museus... Nós não éramos ricos, pelo contrário, meus pais trabalhavam muito. Todos dois. Minha vó foi quem me criou. Fez a parte dura. O trabalho sujo, por isso sou tão próxima dela. Quando morrer, é por ela q vou chamar um dia e espero dar aquele abraço apertaaaado (se tiver forças), aquele q eu afundava no peito dela.

Tive os momentos cabeludos também. Meu pai começou a aprontar nos meus 7 anos. Eu via minha mãe chorando de madrugada c/ a cama vazia no outro lado. Eu também não dormia por vê-la sofrer. Eu vivia tentando uma resposta para tal situação e vivia inquirindo meu pai em relação ao amor q ali existiu um dia. Mas não consegui consertar nada. Não havia conserto.

Lembro de tanta coisa... e o melhor disso tudo, é o esforço q estou fazendo, prá que meu filho tenha uma infância totalmente diferente. Apesar de ter sido boa, eu espero q ele não tenha q ver, nem viver certas coisas q eu vi e vivi. Eu e Engraçadão temos essa convicção e preocupação. Até porque, somos diferentes do q nossos pais foram. Nós já somos a evolução.


Bj na Bunda e q Maria Aparecida ilumine a todos nós.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Homenagem & Mistureba

Talvez vcs não saibam, mas comecei a fermentar na minha caixola a idéia de ter um blog, por causa da minha irmã e da minha prima.
Depois q vi my little syster escrever num blog, tão coerentemente, eu pensei c/ meus borbotones: "Bem, se ela pode, porque não eu?!"
Não é rixa de irmã mais velha, nem despeito. Eu fui uma das maiores incentivadoras da minha irmãzinha, no que tange a tem que ler, tem que falar/ escrever direito e ao vê-la produzir textos tão coerentes, prá mim foi motivo de orgulho. Minha prima não se encaixa nessa catiguria, porque faz Jornalismo e escrever certo é obrigação!

Eu já andava longe da escrita fazia muito tempo (gentem, tenho 32 anos). Sempre gostei de escrever e no auge dos meus 7 anos, me lembro de já escrever contos de fadas, historinhas que pareciam novelas, aos 9 uma peça de teatro... Aonde está tudo isso?? No lixo, uai!! Vcs esqueceram q eu tenho só dois neurônios (um preto e outro racista??)?? Isso tudo se perdeu, infelizmente. Minha santa mãesinha nunca deu importância prás coisas de escrita...
Às vezes lia, mas não comentava. Naquela época ela nem gostava de ler. Quem muito me incentivava c/ a leitura de qualidade era meu pai. Atochava no meu cu o livro "Fernão Capelo Gaivota" - não me perguntem de quem é, vcs até devem saber, eu é q não; apaguei da mente. Foi trauma mesmo. Imaginem dar esse livro lindo e complexo, p/ uma criança de 6 anos aprimorar a escrita/ leitura?! Não podia dar boa coisa. Eu lembro de tê-lo terminado aos 12 anos.

Bem, foi em 06 maio de 2004 q eu comecei o blog, completamente capenga sem jeito prá escrever, misturando crítica c/ vida pessoal. Não dava prá ser crítica de night, alguém que não sai e não tem $tempo$ prá sair. Imbecilidade total minha pretensão.
Com o tempo, fui tomando jeito. Conhecendo pessoas, me espelhando em algumas, admirando muitas e fortalecendo laços.

Consegui até a proeza de mudar de casa, já q o blig resolveu meter no meu cu sem vaselina.
Prá mim, postar e visitar os amigos funciona como uma boa terapia, já q eu não tenho grana p/ pagar uma. A gente conversa, a gente se ajuda, a gente se conhece e mesmo com toda a distância, às vezes a gente se encontra e enche os cornos juntos (
Vide meu encontro c/ Endie).

Mas o melhor ainda estaria por vir.
Hoje eu não tinha do que falar e o
Mago me salvou! Bem embaixo do perfil dele, tem uma caixa "Do Coração" e por fim "Homenagem da Semana". Essa que quase me fez enfartar.
Bicho, o cara não botou euzinha lá?!
E eu nunca, repito, nun-ca, tinha observado esse cantinho onde ele homenagea os amigos semanalmente (de repente nem sempre amigos, né?!).

Q leitora de merda q eu sou, não é mesmo?! Mas é sério, eu presto mais atenção é nos posts. A parte q muito me interessa. E quando me deparei c/ as coisas lindas q ele escreveu sobre a minha pessoa, a minha pessoa ficou c/ os olhos marejados e c/ um sorriso de orelha a orelha na face.

Agora vcs imaginem meus colegas de trabalho, me vendo c/ essa cara de otária, lágrimas nos olhos, sorriso de orelha a orelha, fone de ouvido e sacundindo a cabeça frenéticamente por conta de System of a Down nos ouvidos?! Cena no mínimo hilária, minha pessoa diria.

Aproveitando q os holofotes estão em cima de minha pessoa neste momento, gostaria de informá-los, que esse cantinho empoeirado, palavrudo, desbocado, desbundado, mais o q suas pessoas quiserem, atingiu a marca de
14.448 visitas em pouco mais de 1 ano.
Isso é bom ou ruim?
Isso é muito ou pouco??
Ah foda-se!!
O q importa é q o blogspot é de graça, vou continuar podendo escrever as besteiras q eu gosto, desabafando c/ vcs, visitando vcs, bebendo c/ vcs e pronto.

Aliás, eu fico bestificada quando vejo coisas assim, porque quando olho pros textos que faço, sempre me pergunto o q as pessoas enxergam quando vêm aqui. Eu acho tudo tão comum, normal... Tem tanta gente boa aí fora, q fala bem prá caralho sobre atualidade, política, artes, música e tudo. Ao contrário de mim, q só falo merda.

Bem... vai entender, né?! É melhor não mexer em time q está ganhando.
Deixa o povo gostar, sua aaaaanta!!
E por q Engraçadinha?? (Hoje eu estou jogando no ventilador meeeeeesmo!!) Prá variar é uma história idiota, como tudo q acontece na minha vida.
Eu entrava nos chats nos primórdios das salas de bate-papo como Caramelo. E sempre vinha aquela pergunta imbecil: Vc é homem ou mulher???

Aí eu tive a brilhante idéia de por Engraçadinha. Por causa do Nelson, porque ninguém que eu conheço se chama assim, porque a personagem envolve sensualidade, embora minha intenção não fosse de atrair p/ esse fim... era prá atrair atenção e só.
Depois q eu mudei, era só entrar nas salas p/ um montão querer falar comigo.
Aí eu alcançava meu objetivo de atrair atenção e fazia o q mais gostava: mandava todo mundo se foder e sacaneava todas aquelas conversas enfadonhas dos chats.

This is meeeeeee!

Bjs na bunda de todos!


Com muuuuiiito carinho e o coração cheio de gratitude
(parafraseando Lulu Santos no programa Pânico de 02/10 - É um imbecil, né?!)

sexta-feira, outubro 07, 2005

SE O VITOR FAZ ANUS, PORQUE NÃO MINHA MÃE?

E contrariando as expectativas, eu informo que tenho mãe sim!


Ano passado não disse nada a respeito dela, de seu aniversário, das conversas, dos risos, das rusgas. Mas esse ano decidi falar.
E não vou mentir.
Existe muito amor na nossa relação. Se eu fosse outra pessoa e olhasse lá de cima prá nós duas, eu diria que existe amor sim.
Mas aquele amor mais difícil de se conviver, mas que ainda sim, existe e persiste.

Nós não falamos a mesma linguagem, definitivamente! Ela diz alhos e eu entendo caralhos e vice-versa.
Temos idéias contrárias, discordamos em quase tudo, por isso mesmo insisto em dizer que é amor, porque em todo esse tempo de existência, nenhuma das duas desistiu.
Às vezes me sinto falhar.
Às vezes acho que me dedico muito mais a agradar as pessoas do que a minha própria mãe.
Sempre batendo de frente... sempre batendo de frente... sem entendimento.
Às vezes me pego ao telefone insistindo em entender seus argumentos, suas lamúrias, reclamações e dores, mas confesso. Prá mim é muito difícil.
Porque é da minha natureza ser prá cima. Ser positiva, ser alegre e fazer as pessoas alegres. Não ter pudores em falar meus caralhos e minhas bucetas. E daí se eu falo?? Por isso sou puta?? Não, acho q não.

Houve um tempo, em que acreditava que nunca casaria, que nunca teria filhos, que seria eternamente da farra, da música e da dança.
Me via inteiramente sozinha, porque o protótipo de esposa correta e reta e dedicada, estava lá sem seu marido.
E como? Me digam como?? Logo eu, a Srª Esculhambada daria certo e alcançaria esse sonho de família (nem sempre meu!)??
E estou aqui. E conquistei. E estou dando certo, com um filho liiiindo ao meu lado.
Eu sempre fui a ovelha negra e a errada.
Talvez por isso, nunca mencionei palavra sequer sobre ela. A minha genitora.
Aquela que não concorda, que não elogia, que apóia à maneira dela, não a minha.
Aquela que presenteia com 50% de críticas, porque tudo deve sair do jeito dela, do jeito q ela acha certo.

Minha amada mãe, é virginiana. Coisa q me fez ter pavor desse signo por muito tempo, até entender que cada pessoa é de um jeito.
Controladora, organizada ao extremo (perto do TOC* eu diria!!), dominadora, mas careeente, terna, amiiiiiga, sozinha.
Minha mãe, meu grande desafio, nasceu em 18 de setembro.
Não sei o que isso significa, mas vovó dizia que quando ela veio ao mundo, seu cabelo já era repartido do lado.
Contava também, que ela gostava muito de dormir e não gostava que ninguém ficasse mexendo muito nela, porque já naquela época, gostava de controlar. Tinha q ser do seu jeito, as pessoas é q não entendiam direito, oras!!!!

Lembro de uma foto, que está guardada lá em casa e quando a olho, tenho certeza que todos esses conflitos, só contribuem mesmo para o nosso crescimento. E mais, que não são em vão. Nunca são.
Mas essa foto, sintetiza a razão pela qual trilhamos os caminhos juntas, unidas e afastadas por um laço tão forte q é a maternidade.
Olho essa foto e sinto vontade de chorar, por dimensionar o tamanho do amor que ela sentia por mim, quando a foto foi tirada.
Sim. Ela me amou. E por mais que sua forma de amar não seja a ideal prá minha percepção, ainda sim, o amor existia ali. Beeeem nos primórdios.

Queria ser como a menin@, como a , que ao falarem de suas mães, falam de mulheres que são amigas, que chegam junto, que dão colo, beijo, afeto até transbordar, que se anulam pela felicidade delas.
Bem, o amor q eu ganho é diferente. E o amor que eu dou, também não agrada muito minha mãe. Mas estamos aqui p/ aprender afinal. Ou não??
Dizem que mais se amam, os que mais batem de frente/ se enfrentam. Talvez seja uma forma egoísta de amar. Então não é amor??

Eu quero lembrar das coisas mais lindas dos momentos c/ minha mãe.
Dos cabelos dela, fartos, lisos, caindo pelos ombros, tal qual uma índia cosmopolita. Mais bonita até.
Gosto de lembrar da minha mãe dançando, de quando era cortejada na rua, mesmo na minha frente.
Quando ela se arrumava para ir trabalhar e passava maquiagem no rosto e eu ficava ali admirando-a e dizendo q ela, era a mãe mais linda do mundo.
Gosto de lembrar que eu dizia, q quando crescesse não a deixaria de lado, sozinha (infelizmente minha mãe não gosta de drogas pesadas q nem eu... essa não deu p/ cumprir!)
Gosto de recordar das vezes que ela deixava eu escolher uma roupa p/ ela na loja, sem ficar dando pitaco. E quando ela usava a roupa, por mais q não se sentisse bonita, todas as pessoas a elogiavam e diziam q ela caprichou.
Eu gosto quando ela concorda comigo, infelizmente é raro isso acontecer.
Gosto de pensar que um dia, a gente vai se olhar e ver que tentamos tudo e usamos do nosso melhor de uma para outra.
Quero que quando esse dia chegar, não hajam arrependimentos nem lamentações. Só concordância e compreensão.


Eu sei mãe, q vc não vai ler esse post. E sinceramente acho melhor assim. Vc não entenderia, julgaria mal.
Mas não é julgamento, o q eu faço aqui é mais um desabafo e uma conclusão precipitada. Não posso concluir o q não acabou.
Por isso, o beijo na bunda de hoje, é só seu.
Eu sei q vc vai ficar c/ nojo e dizer q eu sou desbocada, mas não se preocupe. Eu sou sua filha assim mesmo.
Sou parte de vc, mesmo não sendo aquilo que vc idealizou.

TOC* - Transtorno Obcessivo (não sei escrever essa porra!!) Compulsivo

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