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quarta-feira, junho 28, 2006

VITÓRIA-RÉGIA

Eu me lembro que num desses feriados, fomos ao Jardim Botânico.
E esse lugar, me traz tantas recordações...
Eu lembro que com uns 5 ou 6 anos de idade, era acordada numa manhã fria de sábado ou domingo, onde o hipotireodismo já presente, me fazia acreditar que o frio vinha de fora.
E era despertada ainda sonolenta, sem saber p/ onde ia. Ia p/ o Jardim Botânico!
E lá, era a perfeita visão do paraíso, assim que passava por baixo daquela abóboda.
Saía correndo como se tivessem acabado de abrir a porteira do curral.

Era igual a uma cabrita pulando, correndo, dando pinote... e me cansando. Achando aquele calor insuportável, procurando incessantemente pelos bebedouros esculpidos em ferro fundido... e saboreava, me molhava toda e só queria saber de parquinho.
Tinha uma coisa sim, que me deixava estática.
Ver o ofício do meu pai. Ele parado durante muitos minutos, que para mim eram intermináveis, fitando aquela coisa na água.
Era a vitória-régia.
Ele na certa procurava pelo melhor ângulo e tentava aplicar à prática, o que aprendera na teoria.

Eu era muito pequetucha. Não compreendia porque tanta demora!
O tempo passou e eu fui parar lá de novo, dessa vez levando meu filho pela mão.
Ele se comportou totalmente diferente apesar dos seus 3 anos.
Parece um lorde se comparado comigo c/ o dobro da idade.
Foi no seu velotrol, realizando sem querer um desejo meu que a falta de carro e de dinheiro tornaram inviável.
Pedalou sem pressa por todo o Jardim, olhando cada planta, cada árvore, vendo o céu de feriado c/ tanta admiração...

O Cristo de costas c/ os braços abertos... tudo era lindo.



Achamos uma árvore albina...




Pontes...


Palmeiras...


Garças...


Achamos o parquinho...






Cheiro de verde...



Por fim, me deparei c/ elas.
Curioso como havia esquecido.
Não senti a menor falta, mas quando as vi, meu coração bateu mais apressado q o normal. E elas surgiram exatamente do nada. Não chamei por elas na minha mente, não as invoquei, não lembrava que elas estariam ali e no entando, as vi.
E meu coração se despediu daqueles momentos de infância.
Uma felicidade indescritível inundou meu ser. Fiquei muito grata por estar vivia e com os 33 anos bem realizados. Não me arrependo de nada. Sou simplesmente grata.
Duas estavam abertas, o que eu considero difícil e acho q consegui reproduzir, uma das fotos q foi vencedora de um concurso de fotografia, ganho pelo Sr. Engraçado. Talvez em 1976, sem câmera digital.
Tenho certeza q Papai do Céu me deu de presente aquela cena...

A Vitória-Régia


quarta-feira, junho 21, 2006

MOURA'S FAKE

Moura.
É só um sobrenome.
E ao contrário do que muitos pensam, o meu não é Pracaramba, como aparece no Grande Caldeirão das Almas Perdidas com o paitrocíneo de Google.
Nãããão. É Moura mesmo.
Com muito orgulho.
Ou melhor, era.

Semana passada de feriadão, fiz um programa família e muito gostoso, digamos assim.
Hoje é gostoso voltar lá.
Fui visitar minha querida vozinha. Hoje, matriarca dos Moura.
Estou dando essa importância, justamente pela simplicidade da situação.

Vó, não é aquela vó rica. Rica sim, mas em sabedoria.
Minha vó paterna, não foi uma vó tão presente por causa da distância. Sempre morou muito longe de mim e eu dela.
Quando pequena, eu ficava à mercê de Dona Engraçada, porque Seu Engraçado nunca foi dado a visitas. É o jeito dele!
Depois de grande, fui fazendo o caminho de volta p/ através dele me conhecer melhor.

Vovó Engraçadinha está com 80 anos e me recordo que outro dia no telefone, me disse que beijar na boca é muito bom. E que todo mundo precisa de um colinho de vez em quando. Que chamego, faz bem pra saúde do coração. É assim.
Vovó Engraçadinha sabe das coisas e não tem medo de revelar. Sua mãe já era assim também. Tanto que meu sonho é escrever sobre a vida da mãe de Vó. Daria pano prá manga. Seria um daqueles bafões imperdíveis.
Mulheres das décadas de 20, que já naquela época eram livres. Devem ter pago altos preços aos olhos da nossa sociedade, mas sempre foram livres. Isso, eu admiro e nisso me encontro.

Nessas visitas, a gente sempre fica conhecendo histórias sobre a família. Histórias recheadas da inocência daquele tempo e malícia implícitos. E eu viajando em todas as maioneses, vendo na minha super tela mental, o filminho tal qual se passava.
Minha tia, me contando sobre o marido da minha bisa, acabou desvendando um mistério impensado:

EU - Pois é tia, tava eu tentando fazer minha árvore genealógica num site cujo link foi passado pela minha irmã e acaba que não sei o nome completo da bisa, nem do biso. Queria saber mais sobre os Moura...
MINHA TIA (soltando uma sonora gargalhada!) - Os Moura????

EU - Sim tia! Entrei até no Orkut na comunidade dos Moura, mas não encontrei ninguém! É tanta gente, uma salada... uma zona!! Ninguém se entende e da família mesmo... uns dizem que vieram de Portugal, outros da Espanha... outros até da África do Norte...
MINHA TIA - Iiiih. Vc tá por fora hein?! Não foi nada disso. Vc não ia achar ninguém lá mesmo...

EU - Explica isso direito! É por isso q eu preciso da ajuda de vcs.
MINHA TIA (Ainda gargalhando!!) - Quem me contou foi sua avó e por coincidência semana passada! Esse negócio de apelido é uma merda mesmo! Sua bisa quando casou c/ seu biso era analfabeta e ele jogava futebol lá em Minas num campinho de várzea. E que-ri-daaa! O nome dele nunca teve Moura!

EU (Só piscando os olhinhos sem parar) - ???? (e repetidamente umas 8 vezes seguidas - é... - só c/ os olhinhos...)

Aaaah !!!! E Miss Moura!! Por favor, não morra agora, Ok?!

MINHA TIA (gargalhando quase q histéricamente da minha cara de pasma!) - É isso mesmo. Nun-caaaaa!

EU (Sem ar e sentindo as primeiras palpitações que precedem um infarto do miocárdio... talvez!) - Hã???????? (eu só consegui dizer Hã???????)
MINHA TIA - Hãããããã??? (Minha tia me arremedando c/ cara de boboca - igual a minha provavelmente!) É minha filha. Não era Moura. É isso mesmo. Moura, era apelido do seu biso.

EU - Mas tipo assim... como assim... (piscando as 8 vezes, gagejando e c/ as palpitações tudo junto) ... então... então.... nããããããããããoooooooo!
MINHA TIA - Siiiiiiiiimmmmm, querida! Siiiimmmmm. Sua bisa registrou os meninos c/ Moura, porque na hora de fazer o óbito dele, só sabia q chamavam ele de Moura, mas Moura mesmo não era. É a-pe-liii-doooo! Sua bisa era analfabeta, né...?!

EU (De queixo, zóio e tudo caído) - Como assim apelidoooooo?? Quer dizer então que eu sou uma farsa?? Somos todos Moura fake??
MINHA TIA - Sim meu bem. Todos Fake. É que naquele tempo, esse negócio de certidão não funcionava direito. As pessoas registravam filhos já tudo grande e quando tinha um infeliz que era mais famoso pelo apelido, quando casava ou quando morria é q botava o nome certo. Certo vírgula, né?! Aaaai... eu já ri tanto c/ essa história...

EU - Pois eu não tô achando graça nenhuma! Estou me sentindo nua. Pelada. Tanto respeito e carinho esse tempo todo por um sobrenome, prá quê?? Se eu sou fake...
MINHA TIA - Quer saber o nome verdadeiro??

Bom, essa parte nem se amarrada, nem sob tortura, nem fodendo mesmo eu não conto p/ ninguém.
Não adianta, que eu não conto. Só digo uma coisa:
Não é da Silva! Ufa!

E ponto final!!!

segunda-feira, junho 19, 2006

BRASIL 1 x CROÁCIA 0 (POST ATRASADO)

Que eu estou ficando velha, caquética e esquecida, todo mundo já sabe.
Mas eu venho me surpreendendo comigo mesma a cada ano que passa. E é nas épocas de copa do mundo, que fica mais fácil me auto-avaliar.
Quando eu era criança pequena lá em Barbacena, lembro bem, que lá em casa de mainha (essa homenagem p/ ela), o pessoal era animadérrimo!
Minha mãe comprava camisa temática p/ mim, geralmente c/ o nome do país a sediar a copa, prendia minhas maria-chiquinhas c/ fitas verde e amarelas e eu lá. Puta da vida, porque já naquela época, queria ter uma camisa oficial.
A minha era escrito México, Espanha e o caralho a 4.
Minha mãe NUN-CA tomava vergonha e me dava uma camisa direito. Era sempre a porra da temática.

Tá bom, era c/ a melhor das intenções. Tadinha, ela nem tinha como saber, porque eu nunca reclamei.
Eu, seqüelada do jeito que já era, também só me dava conta que não gostava da camisa, quando saía de casa e encontrava o pessal todo vestido de camisa oficial verde e amarela! Dããããã.
Então, nota-se que a seqüela era de família. Minha mãe, por teimar em fazer surpresa e eu por comer e não gostar, mas ficar de bico calado.
De que planeta eu vim, hein?!

What-ever and ever!
De uns tempos prá cá, eu além de não saber o nome dos convocados, nem quem vai jogar contra quem, não faço o mínimo esfoço p/ acompanhar porra nenhuma!
Aí, entro nos outros blogs e dou de cara c/ todo mundo festejando, mudando template, cantando hinos de louvor a seleção e eu aqui, c/ minha vidinha de marte, pensando nas minhas contas...
Ontem, foi o cúmulo!!!
Afinal de contas, eu tenho um Pacotinho p/ criar e é importante que ele seja empregnado por esse espírito de copa do mundo, certo?! Talvez.

Dona Engraçada não perdeu a mania de dar camisa, né?!
Dois meses antes da copa, ela presenteou o Pacotinho c/ 2, eu disse 2, sim vcs não estão cegos nem surdos! Eu disse du-a-sssssssssssssssss camisas do Brasil.
Dessa vez ela tomou um pouco mais de vergonha. Sim, porque ainda não é a oficial, mas era uma discretíssima camiseta verde c/ o nome BRASIL escrito em branco e outra azul de meia-manga c/ o mesmo nome.
Eu acho q quando Dona Engraçada estiver no leito de morte, ela vai esticar os braços c/ uma camisa oficial p/ me dar... não sei... mas tô c/ esse pressentimento...




Bem, daí, eu não tinha p/ onde ir, nem c/ quem ficar. Eu e Pacotinho jogados na sarjeta, já que Engraçadão trabalha no Jornal O Glóbulo e como jornais não costumam parar em tempo de nada, então ele veria os jogos de lá, munido de corneta e tudo!
Eu busquei o Pacotinho na creche e ele saiu todo linducho de lá, gritando:

PACOTINHO GRITANDO - COPAAA DOOO MUUUUNDOOOOOOOOO!
EU - Ooooooi meu amooooor, como vc tá lindoooo!
PACOTINHO GRITANDO - COPAAA DOOO MUUUUNDOOOOOOOOO!
EU - Nããããão meu amor! É Brasil que grita.
PACOTINHO GRITANDO - Brasiiiiiiiiuuuuuoooooooo!

Tadinho! Ele tinha berrado COPAAA DOOO MUUUUNDOOOOOOOOO! a manhã inteira p/ treinar e ninguém explicou a ele o que era certo de se gritar... daí gritar Brasil no início, foi meio complicado, mas depois ele acertou o berro.
A diretora da creche ia assistir ao jogo num barzinho na Tijuca chamado Estephanio's e nos convidou p/ se juntar ao grupo.
Eu não tinha mesmo p/ onde ir, resolvi acompanhar.

Chegando lá, cadê ela?
Só faces estranhas... eu, hein?!
Liguei pela ducentésima trigésima quinta vez e finalmente encontramos.
A Tia estava c/ filhote também, aliás, filho numa mão e copo de cevada na outra. Eu pensei de cara: "Essa é das minhas... coloquei ele na creche certa!" Afinal, somos todos normais e filhos de Deus, certo?! Talvez!



Aí, assisti àquela cena lamentável q foi o jogo de estréia do Brasil. Aliás, puta que los páril, fala-se tanto de tanta coisa...
Fala-se o tempo todo em quadrado mágico, que o hexa é nosso... será mesmo?
Vai vencer o melhor!
Em copa do mundo não tem disso. Qualquer um pode ser campeão. De preferência o que tem mais vontade e vamos combinar, vontade foi o que eu NÃO vina nossa seleção.

Por fim, meus neuvos estavam tão em frangalhos, que nem vi o Felômeno andando no campo, como se disse o resto da semana.
Apesar de estar em frente a TV, nem vi o gol de Kaká, porque já estava berrando e pulando frenéticamente que nem uma doooida, c/ Pacotinho no colo e mostrando a ele como se faz.
Ele aprendeu a pegar a camisa e balançá-la. Foi lindo.
Agora o Brasil mete gol e Pacotinho agarra a camisa, faz cara de mau e sacode a infeliz. Oooops. A dita.

Desculpem o atraso, tá?!
Mas meu Lentium só ressucitou mais precisamente neste sábado e esse texto ficou preso aqui no trabalho.
Prometo q esta semana, comparecerei a este recinto c/ mais afinco.
E vcs, façam o favor de vir e comentar, viu?!
Não é ficar me ignorando igual alguns têm feito não, viu?!
Tô numa fase carente de atenção e narcisística-umbiguista.
Façam a gentileza...

segunda-feira, junho 12, 2006

Todos os encontros de domingos, levam ao mesmo caminho. A Lagoa.
Pelo menos ontem, todos estavam lá: Contigo, Caras, Quem, até a extinta Bundas!! Mentira.
A gente foi parar na Lagoa, p/ uma voltinha de fim de tarde e com o nobre objetivo de gastar Pacotinho e encontrar sua Dinda.

A Dinda do Pacotinho é uma pessoa linda que eu admiro muito.
Nos tempos áureos da nossa pós-adolescência, éramos Pincky e Cérebro. Ela era cérebro.

Aquela pessoa questionadora, aquele ser pensante que pára, analisa, pesa 10 vezes as situações antes de mover um dedo.
Enquanto ela se ocupava c/ isso, eu já estava lá na frente e tinha feito e refeito as coisas.
Ela dizia p/ eu pensar mais e eu dizia a ela p/ agir mais.
Louco, mas todas as vezes que ela agia, eu ficava espantada. Como se aquela atitude não fosse permitida a ela.
Como se a ela, não fosse possível agir, só pensar; como se ela fosse de concreto armado e não uma massinha de modelar nas mãos do etéreo.

Postura egoísta a minha.
Nós sempre nos completamos. Por que não, tratá-la como um ser humano falhível?! É natural, não?! Não. P/ adolescentes tardias, nada é natural. É tudo muuuuuuuiiiiiito complicado... Mas ela me ensinou a descomplicar, mesmo complicando tudo! Ou quase tudo.
Ela sempre pensou por nós duas e me ensinou tantas coisas... me ensinou que amigos têm segredo sim, entre si (eu demorei muito a aprender discrição! Não por maldade.); me ensinou, que amigos tem que ter tempo para respirar, que amizade não é escravidão.
A Dinda me ensinou que amar alguém tão diferente de mim e tão complexo, é possível.
Eu sempre fui aquela brincalhona, que trazia leveza, então só c/ ela eu conseguia falar sério, pensar, formular idéias sadias. E como é bom olhar p/ trás e ver o quanto eu aprendi com essa querida irmã. Foi com ela q eu descobri o significado do D.R (Discutir Relação). Foi sempre c/ ela...

Sim. A Dinda do Pacotinho ainda é minha irmã.
Mesmo não se falando todo dia, mesmo com a distância das nossas casas, mesmo com os rumos distantes que tomaram nossa vida, a gente faz a viagem de volta e dá um jeito de ser ver e continuar c/ a nossa história.

Confesso que fui contrariada. P/ me tirar de casa aos domingos é um sacrifício, ainda mais ralando sem parar. Mas por amor a essa amiga, eu vou aonde quer que seja.
Como é bom vê-la crescendo como pessoa, se conhecendo e se superando.
Eu aprendo sempre junto c/ ela e a ver transpondo obstáculos imensos com tanta nobreza e dignidade, é exemplo não só p/ mim, mas p/ todos que a cercam.

Era p/ ser um post comum este.
Era p/ eu falar sobre a lua cheia que vimos nascer refletida na água, era p/ falar das crianças andando de bicicleta na ciclovia e aquela gente toda se divertindo. Como a Lagoa nos dá a impressão de que o mundo é perfeito?!
Por isso às vezes eu odeio a Lagoa. Aquilo não representa a realidade.
E eu sempre luto c/ esse sentimento, porque apesar de detestar aquele clima de perfeição eu sempre me faço promessas de voltar lá mais cedo e aproveitar tudo o que aquele visual pode proporcionar a mim e a minha família.


Eu sinto raiva de querer ir outro dia, p/ me sentar de novo no pier e ver as águas calmas da lagoa batendo na madeira e fazendo-as tremular.
Nesse dia, eu quero que meu filho ande c/ a gente naquelas bicicletas p/ família, onde todos pedalam. E a gente vai fazer muita bagunça.
Depois, a gente vai sair dali p/ almoçar em algum lugar perto... e a Dinda, vai ter de estar conosco.
Tenho raiva, mas deve ser inveja essa raiva.
Uma inveja sadia... por não fazer parte daquele mundo tão leve, tão tranqüilo... a vida de verdade, não é tranqüila! A vida de verdade tem aperto, dificuldades, conflitos e insatisfações... e ir pra lá, me faz entrar em sintonia c/ aquela placidez, mesmo sem querer.

Vc não fica na Lagoa, lembrando que seu crédito está no vermelho.
Vc não fica lembrando que sua menstruação não veio (Calma Engraçadão!! É ilustrativo!)
Vc vai p/ lá e se sente rico, feliz. Vc se comporta mesmo sem querer, como se sua vida fosse perfeita. E ao olhar ao redor nos minutos de silêncio, eu percebi que isso não acontece só comigo.
Não me recordo de ter ido caminhar lá uma vez sequer e ter ficado reclamando da vida.
Posso jurar que isso nunca aconteceu.
Por isso dá raiva.

Deve haver na Lagoa, um super bagulho pairando sobre nossas cabeças, que deixa todo mundo inebriado e esquecido de suas pobre mazelas.
É por isso que às vezes eu me ponho a resistir, quando o assunto é Lagoa.
Eu não tenho vontade de morar lá. Mesmo quando ganhar na Megasena acumulada (ainda que, sem ter apostado!!)
Se eu cagasse dinheiro, preferiria morar no Leblon do Manoel Carlos, ou no Humaitá, debaixo do sovaco do Cristo naquelas ruazinhas lindas.
Lagoa não!

Só que eu hei de voltar. Eu sei.
E o dia que eu voltar lá, a Dinda vai comigo. Pacotinho e Engraçadão também. E Tio Gu.
Serão meus escudos, meus amores... meus amigos eternos.

Bj na bunda 4ever.

terça-feira, junho 06, 2006

COISAS QUE EU NÃO CONTEI


Eu não contei que estou me preparando p/ algo novo.
Algo que me possibilite ter uma visão de futuro.
É. Estou falando do profissional agora. Eu quero de todo o coração melhorar de vida. Eu preciso.
Eu preciso sair da situação em que me encontro hoje... contando dinheiro... chorando miséria... tô muito cansada.
Estamos muito cansados.

Eu não contei que fui fazer uma dinâmica na semana passada e que as pessoas eram medíocres.
Eu não contei que era na pavuna e que eu tive que ir de carro, morrendo de medo em meio ao nevoeiro que caiu sobre o Rio de Janeiro.
Eu não contei que cheguei lá c/ 1h de antecedência.
Não. Eu não contei que menti no trabalho p/ estar lá.
Nem contei que fiquei assistindo a Lost e Sex and the City p/ me preparar p/ o Inglês.
Eu não contei que não sei falar Inglês oficialmente.
Isso não contei p/ ninguém.

Também não contei que baixou um santo em mim, na hora de fazer a redação em Inglês e que eu saí c/ idéias e expressões que nem sabia que tinha.
Eu não contei, que quando entro no site
dela, entendo tudo, mas não consigo comentar nada, só por saber que ela sabe mais que eu.
Isso eu não contei...
Não contei que neste mesmo dia, fiquei quase o dia inteiro sem comer e em cima do salto.
Não contei que houve um encontro das Cachorras, mas isso... o Engraçadão já sabia!
Não contei que o encontro foi um fiasco. As cachorras mais divertidas deram bolo e as insossas compareceram em peso.
Eu não contei que saí de lá e tentei entrar no show do D2 sem sucesso.
Não contei também que o D2 agora faz parte da elite. Ele deixou, mas isso também todos já sabem...

Eu não contei que de lá fomos parar na Symbol, que é um antro de gente feia e esquisita.
Eu não contei que detesto estar no mesmo ambiente de gente esquisita.
Eu não contei que sou preconceituosa nesse quesito.
Eu não contei que tive que fazer um crucifixo c/ a mão antes que uns caras estranhos pegassem no meu braço...
Também não contei que sei me defender tão bem, que ninguém se atrevia.
Eu não contei que não sou cachorra o suficiente... pelo menos p/ a Symbol. O que é ótimo!!

Eu não contei que talvez as coisas dêem certo este ano.
Eu não contei que se tudo der certo, Pacotinho II - O Original virá.
Sim eu sei. Não contei esse tempo todo que sonho em engravidar de novo.
Não contei, porque nada ainda contribuiu p/ que isso aconteça.
Eu não contei, que Pacotinho fala do irmão (ã) como se ele(a) já estivesse vivo!
Eu não contei que se pudesse teria mais dois filhos, p/ desespero do Engraçadão.

Eu não contei que o melhor daquela quarta feira que passou, foi chegar em casa.
Eu realmente não contei, mas foi lindo atracar no meu porto seguro e na cozinha, encontrar meu grande amor c/ El Porro devidamente pronto, me esperando só p/ acender.
Eu não contei como tenho sorte de ter um homem como ele, que consegue ler meus pensamentos, sem invadir minha privacidade.
Privacidade?? Eu não contei que não a tenho? Não. Acho que não.
E nessa mesma noite, eu não contei, mas ele foi tão querido, lindo e compreensivo, que me deixou dormir, porque sabia que eu estava esgotada.

Muitas coisas ainda eu não contei... hoje por exemplo... aniversário de
mydog-friend...

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