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sexta-feira, agosto 31, 2012

REPÚDIO ÀS REDES SOCIAIS. PODE ISSO?

Gente, eu sei q vcs estão ávidos pra saber das novidades e tal e eu só estou enrolando aqui; que vcs estão doidos pra saber como foi o primeiro dia de aula e tals, mas eu resolvi não ficar sufocando vcs com o mesmo assunto não!
Acho chato pra cacete aquele pessoal q abraça a causa e vira canário de uma muda só. Quando tiver algo realmente interessante pra contar, daí eu conto.
Eu sei q esse diarinho está muito porco com poucas histórias, sem emofão praticamente e abandonado q só; q eu não ando visitanto ozamigo e azamiga, mas que fazer? Não é a primeira nem vai ser a última não é mesmo?
Então tudo bem na facool. Estou me ambientando e tentando não cagar no pau como foi no ensino médio. Estou levando com seriedade dessa vez. Quero ser um exemplo não só pra mim, como pros meus filhos e mais, a sensação de saber por mim mesma é maravilhosa e impagável.
Os que me acompanham q nem novela sabem q onde há Engraçadinha, há bafão, há barraco, histeria e gritaria. E na facool, primeiro período, instintos acalorados, isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, certo?
Pois bem.
Estou eu lá linda, loura, feliz e quase CDF sentada bem debaixo dos peitos da fessora de Introdução às Profissões de Comunicação (nome grande né?). Cria da casa, trabalhou em quase todos os jornais que eu, é coordenadora de curso, conhece a universidade de cabeça pra baixo e adora falar. A aula dela é agradável, tem horas q dá pra dar risada, outras nos faz refletir.
O meu diferencial é q eu não estou chegando com visão crua do ensino médio, nem sem experiênca de vida, então meu olhar é outro, só q quase ninguém sabe disso e provavelmente nem vai saber, porque eu quero mudar de turno.
Então ela pede que cada um fale um pouco de si e como chegou à opção do curso q escolheu. Sim, tem profissionais em sala de aula, mesmo no turno da manhã que carregam tanta bagagem quanto eu. E óbvio, opiniões diferentes q claro vão se chocar. Faculdade é pra isso. É pra expor e debater opiniões diferentes, sobretudo aprender com elas. Mas tem uma coisa num curso de comunicação, certos conceitos, que são inerentes ao q chamamos de vontade.
Exemplo:
Eu faço comunicação com habilitação em Jornalismo e sou uma pessoa toda certinha que sonha em trabalhar numa empresa jornalística com horário de entrada e de saída.
Vejam q na frase acima tem algo errado. Descubra onde se for capaz!
Claro, óbvio, evidente que se ele aspira ser jornalista nunca, never, fucking ever ele vai conseguir realizar essa utopia de entrar e sair no horário certinho. Talvez ele conseguisse isso sendo secretária de consultório médico. Não numa empresa jornalística, capice?
O mesmo se dá com o advento das redes sociais.
É possível um estudante de comunicação ter ódio de redes sociais e não possuir perfil em nenhuma? Mais, além de não possuir, arrotar uma imagem totalmente equivocada acerca do que acontece nas redes sociais? Isso é postura de um profissional de comunicação?
Claaaaaaaaroquidão!
Assim como o médico, é sabido que o Jornalista ou profissional de comunicação vai viver estudando, lendo, se informando, navegando na crista da onda pelo resto da vida. Ou é assim, ou não é um profissional de comunicação.
Está acontecendo um movimento curioso com o advento das redes sociais, q eu apesar de nunca ter entrado no tema, já tenho observado não é de hoje!
Nós os twitteiros e facebookistas estamos criando informação e isso tende a se intensificar com o passar do tempo. O movimento de divulgação dessa informação inverteu.
A grande mídia (jornais, TVs e rádios), q detinham a informação e o fazem até hoje, são escravos das empresas q pagam seu funcionamento. Não é a novela q paga o salário de quem está dentro da telinha, mas o anunciante que sustenta o veículo. Assim o é para tudo o quanto é programação.
Aí vc vai me dizer q todo mundo sabe disso. Sabe? Então por q engole? Por que entubamos, não nos manifestamos e tudo fica na mesma? Rabinho entre as pernas, é como nos comportamos. Aceitem.
Com o advento das redes sociais e da globalização, a informação deixou de ser comprada. Nós, os cuzões que estamos atrás de um teclado, conseguimos saber os bafónds muitas vezes antes dos meios de comunicação e o buzuzu (ou buzz) que geramos à partir desse meio, acaba indo parar nos meios de comunicação convencionais.
Claro, ainda não sabemos usar nossa força. A gente tem por hábito falar muita merda e por essas e outras, Luiza voltou do Canadá e foi parar no Jornal Hoje queimando lindamente nosso filme; o ex-BBB não lembro o nome foi expulso do programa sob suspeita de estupro por pressão no twitter direto no tóba da rede bobo; a net pira PARA NUOOOOSSA ALEGRIIIAAAA! Fora o resto q não lembro.
Estamos exercitando ainda. Somos poderosos mas não deixamos os cueiros por enquanto. De qualquer forma, temos uma ferramenta única nas mãos e espero em Deus, q cheguemos à maturidade para usá-la com sabedoria e cobrar tudo que precisarmos através dela. Podemos fazer barulho, sabia?Temos foto, video e informação tudo interligado!
Daí, um dos alunos em sala diz a seguinte frase:
"Eu odeio redes sociais, não tenho twitter, não tenho facebook, ali só se fala besteira, bando de gente alienada..."
Mashein?
Mônica Waldvogel é alienada? Arthur Xexéo é alienado? Barak Obama é alienado? Ashton Kutcher é alienado? Não, esse não vale! Fora os profissionais de mídia q muitas vezes informam muito mais q eles todos os dias!
Óbvio q eu quiquei e levantei a bandeira da nossa força em sala de aula e sim, a fessora cagou lindamente qdo viu q o bicho ia pegar, conduzindo a turma para outro assunto.
Enfim, pode mesmo um futuro profissional de comunicação ter essa mentalidade?
Será que esse um não está precisando de um cicerone de twitter? Não. Acho q não.
Ele está precisando de uma pistola de água carregada pra usar na cabeça.
Porque o não querer conhecer é terminantemente proibido para um aspirante a profissional de comunicação.
Melhor, é muito provável q lá na frente ele desista da faculdade e abra uma banquinha de lanches na esquina da facool.
Ainda sim, se ele tiver uma conta no twitter há muito mais chance de ele dar um upgrade nas vendas!
Basta ele saber e querer usar.

domingo, agosto 26, 2012

E assim caminha a humanidade

 
Para resumir, as coisas andam desse jeito:
 
  • As caminhadas acabaram, a não ser até o Banco do Brasil pra pedir financiamento estudantil;
  • Ver meus filmes é algo que não sei se continuarei conseguindo. Só nas brechas. Quais?
  • Filhos e afazeres domésticos são uma prioridade, mas não é garantia de eficácia;
  • O blog está muito às moscas, haja visto que postar de celular é impossível pra mim;
  • Marido continua tendo atenção só nos finais de semana, porque em dias úteis somos podres corpos acabados em cima de uma cama;
  • As crianças ao mesmo tempo que me esgotam, me reenergizam. Até quando?
  • O estudos acontecem nos horários mais improváveis possíveis, mesmo assim, minha irmã jura que vai piorar!
 
Com tudo isso, ando feliz da vida.
Estou conhecendo um admirável mundo novo, tenho escrito menos merda e infelizmente, não pra vcs, meus queridos 5's leitores, haja visto que só meus professores os lêem (coitados!), ainda sim, não me lembro de ter me sentido tão bem há muito tempo.
 
A moça que cuidava da minha cabeça devia saber que estou sendo desafiada diariamente, sinto a Terra girar abaixo dos meus pés e me sinto parte do mundo. Tudo isso justifica minhas ações esse ano. Foi por isso, que eu rompi com os padrões e fui em busca dos meus sonhos. Mas não posso esquecer nunca, Engraçadão é o grande realizador. Sem ele, eu jamais conseguiria.

segunda-feira, agosto 20, 2012

PRIMEIRO DIA DE AULA


Ainda não tenho uma opinião formada disso aqui. Estou postando de celular, porque semana passada não deu. Fico inspirada só depois do café, lembram? E depois do q foi a maratona pra pegar financiamento estudantil e q ainda não teve um final feliz, posso dizer q foi mais q falta de tempo!

Me atrevi a levar as crianças hoje e esse foi o momento fail do dia! Larguei D. Miúda berrando nos braços da professora e saí c apenas dez, eu disse DEZ minuos de distância entre o trajeto, engarrafamento, falta de estacionamento e a minha aula! Tudo isso sem café da manhã.

Felizmente consegui uma vaga rápida. Bingooo. Mais rápida q o trânsito. Pra que sala eu vou? Onde fica? Qual a grade? Trouxe caderno, lápis, caneta? E borracha veio?
Pois é, sou digna de bullying. Peguei um caderno velho de Pacotinho e materiais usados e vim voada.

Pegay a grade, já sei a sala e felizmente hj, não terei o primeiro tempo o q facilitou a parte da alimentação. Mas não posso viver disso. Sai caro e eu não recebo mais TR, lembram?

Felizmente o último tempo também não terei nesse semestre, o q não impactará na bora de buscar as crionças. Só posso concluir q Deus está do meu lado. Esperança...

Aqui tem muita gente de tênis. 
Já q a aula ainda não começou, essa foi a única percepção que eu tive.
Será q daqui a algum tempo eu vou virar Aloka do tênis também?

quinta-feira, agosto 09, 2012

As Minina e suas resoluções

 
 
 
 
 
Fato que a Dona Miúda ficou mexida com tanta mudança. Primeiro era cara nova em escola nova em piscina nova... é muito nova numa frase tão pequena, que dirá numa criança de 2 anos. Convenhamos, ela não é essa fortaleza toda, apesar de ela querer passar isso. ;-)
 
Então a bichinha sucumbiu.
A gente estava com saudade de Mãe 2. Todos estávamos. Ali tem um calor sabe? Uma ternura bem protegida por uma fotaleza, mas quem olhar bem, o carinho vai exalar! O amor, o cuidado, o esmero também. Então a gente vai ali correndo, mas não tem vontade de sair dali. Que dirá Miúda.
 
Deu aquele abraço apertado na Mãe 2, deu pulinhos, deu beijinho... deu tanto amor, que as lágrimas vêm aos olhos. Mas ela tem que saber que a vida é cíclica, que os laços de amor nunca se rompem, mesmo que haja certa distância ou distância nenhuma. E a gente não pensa em distância. A gente se fala, a gente se liga e conta as coisas. Hoje Miúda falou com Mãe 2 no telefone, tinha que ver que chique. Sugestão da Vó muito bem aceita pela mãe. Que bom!
 
Daí que ela teve uma febre.
Daquelas sem indício de resfriado, gozando de ótima saúde, ainda sim uma febre. Claro q eu fiquei boladona! E comia de tudo a danada! Sem parar. Ok... febre emocional, seria? Acontece né? E eu confesso, acredito nisso.
Então demos um tempo de tudo e ela pôde ver eu buscando os irmãos todos os dias em todos os lugares. Acalmou.
Começou a pedir a professora nov, a febre completou 48h e se foi.
 
E foi assim que ela entendeu que a mamãe sempre volta. E continuou pedindo pra ir à escola nova, hoje foi e não chorou o dia inteiro, comeu o lanche e brincou bastante com os novos amiguinhos.
Quando cheguei, ela estava sentada mais uma vez no colinho do Sr. Cabeça de Bolinha e ao me ver fez ALOKA de novo rastejando e ameaçando choro enquanto dizia melodramaticamente: MAMÃÃÃEEE!
 
Mandei parar logo de palhaçada, bora se recompor q a mamãe chegou e nós vambora!
Não desceu uma lágrima, ela entendeu q era demais e não chorou, ficou na boa.
 
O que eu mais adorei foi esse lado fênix da mulher, q tão logo entende, enfrenta. Nessa idade ainda é mais gostoso, porque não perde tempo com lamúrias. Sofre e levanta, pra cair logo ali, tudo bem. Mas sempre se levanta.
 
Quem diria eu, hein?!

sexta-feira, agosto 03, 2012

VOLTA PRA FACOOL - A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM!


Eu sei que meus amigos de verdade estavam na torcida. Eu estava na torcida! Não que eu tenha perfil de estudante de verdade. 
Eu já fui muito boa nos estudos em certa época na minha vida, mas essa pessoa se perdeu nos problemas alheios dos pais. Pois é... inevitavelmente eu não era cercada de taaaanto amor, carinho e atenção deles no meio dos meus 12, 13 anos e aí foi só ladeira abaixo. Eles atravessavam uma crise conjugal braba e eu estava mergulhada de cabeça nela. Tive uma melhora, depois relaxei.

Ainda sim terminei o ensino médio, alguns anos depois ingressei na faculdade com entusiasmo, mas outros problemas me afastaram. Compra de apartamento, filhos, agenda apertada, tudo isso me afastava do regresso! E eu agora me sinto madura o suficiente pra voltar. Todo o meu lado bom transborda e eu quero mesmo entender sobre esse admirável mundo novo que piloto instintivamente há 8 anos.

Ah! Me matriculei na faculdade não contei?
Ano passado, prestei vestibular correndo pra Estácio e pra Veiga de Almeida. Inacreditavelmente passei nas duas. 
Na Estácio só não passa quem já morreu, então eu não me sentia verdadeiramente inteligente. Ao contrário da Veiga que cai todas as matérias na prova. Absolutamente todas! 

Me deparei com assuntos como lentes (vi isso em física há zilhões de anos atrás e tô cagando pra elas, desde que meus óculos funcionem...), biologia, matemática, além do bom e velho Português meu amigo de longa data! Teve redação... 
Eu sei que chegou uma hora, em que eu já marcava tudo respondendo foda-se. Ainda sim me classifiquei raspando! Não tenho coragem de dizer a nota, tá? Fiquem na curiosidade mesmo.

Depois começou meu dilema. Como ganhava mal pra caralho naquela empresa, não tinha condições de pagar uma facool. Então eu apelei pro SisFies e foi assim que começou meu calvário. Olha q essa história está rolando desde janeiro. E como tudo na minha vida, a resposta estava bem debaixo do meu nariz! Eu sou lenta e míope, já está escrito nos anais da minha vida... Eu não sabia do meu diploma, nem do meu histórico escolar do ensino médio. Aqui não estava.
Abri um processo junto ao MEC, porque a escola em que eu estudei foi pras cucuias. E processo no MEC amigo, é pior que subir de costas ajoelhado a escadaria da Penha. Se eu nem nunca subi andando...

Então chegou uma hora em q eu imaginei que essa papelada estivesse na EStácio, já que estudei lá em 1996 um dia! E danei a procurar, tentar retomar minha matrícula antiga e nada. Em outro momento eu questionei se teria mesmo de voltar a estudar. Talvez o universo me quisesse dona de casa, vai saber?!

Só na semana passada, quando veio a resposta da EStácio me dizendo que toda a documentação que entreguei foi cópia a solução apareceu, quando eu já estava prestes a jogar a toalha, bater com a cabeça na parede, essas coisas... Daí eu pensei (adivinha, eu uso tutano!): se eu entreguei a cópia do diploma mais histórico, os originais só poderiam estar num lugar!

MINHA MÃÃÃÃÃÃÃÃEEEE!

Foi então que corri, passei a mão no telefone e liguei pra ela. 
Ela tadinha, acabou procurando àquela hora da noite e encontrou a papelada. Me trouxe tudo já no dia seguinte e nesta última segunda feira fui à Estácio me matricular no curso de Publicidade e Propaganda. Inacreditável.
Então retomei minha inscrição no SisFies e semana que vem levarei a papelada exigida pra dar entrada no pedido de financiamento dos estudos.
Têm noção?

Aaah que belezaaaa!
Minha mãe me salvou! Eu procurando o bagulho há 6 meses e estava o tempo todo na casa dela.
Então passamos por outro obstáculo. Para eu ir pra facool, Engraçadão terá de estar em casa com as crianças certo? Pois se depender do chefe dele essa resposta está INCORRETA!

Ele simplesmente não quer adiantar em 1h o expediente do meu marido. Não conversei, nem caí no choro. Deus está comigo. Corri lá e pedi para trocarem  meu turno pro horário da manhã. Como a Estácio é linda e fofolésima, fez tudo sem demora. Claro, estou um pouco tristucha, porque eu sou da night. As coisas funcionam melhor em mim à noite, mas não será má ideia aproveitar esse tempo.

As aulas ainda não começarão segunda (06/08), mas acredita-se que liberem a grade ainda na próxima semana.
Estou muito feliz zentchi! Muito mesmo. 
O fato de não ficar parada me deixa em paz e me fortalece. Preciso de evolução em tudo o q faço, é da minha natureza. 

Estou pensando sériamente em trabalhar de atendente de telemarketing à noite para complementar a renda, que tal? 
Pensa só! Eu poderei estar estando esclarecendo dúvidas, além de poder estar estando atendendo algum de vcs, realizaram? O único problema é q eu não poderei estar estando fodendo, muito menos poderei estar estando ter vida social... 

quarta-feira, agosto 01, 2012

GALEGA VAI PRA ESCOLA, E AGORA?


Era o meu primeiro dia na escola. Aos 3 anos, eu não aguentava mais ficar em casa de bobeira. Já havia pedido para ir, as vizinhas que brincavam comigo andavam naquele tal lugar, meus próprios pais, sabiam fazer aqueles desenhos com voltinhas, que seguiam uma linearidade enquanto eu... bem, tudo o que eu conseguia eram meros garranchos. Já estava cansada de não saber. O ócio diário também era algo que estava me dando no saco e foi assim que aos 3 anos pedi para mudar de horizontes. Estava na hora.

Não lembro exatamente como foi meu primeiro dia, lembro do parquinho, da ladeira que parecia imensa no Clube Helênico e de chegar ao parquinho sempre antes de entrar pra sala de aula. 
Nesse parquinho tinha muita areia, o que me dava certo desconforto entre o pé e o tênis, mas o balanço conseguia distrair a atenção.

Meu pai, Sr. Engraçado costumava me levar. 
Ele me ensinou a usar o balanço sozinha, incutiu em mim aquele espírito aventureira de cada vez mais querer voar mais alto e quando começavam a chamar, ele entrava comigo, sentava ao lado da mesa e fazia alguns desenhos. 

Dizem que na primeira semana eu fui na boa (sempre disse aqui que era lentinha!), que o problema começou à partir da segunda semana, quando a novidade se foi. Então eu não queria ficar, grudava nele para não me deixar e ele era obrigado a sair de fininho, fugido de lá. 

Eu tinha duas chupetas. Uma eu chupava a outra eu passava na ponta do nariz até secá-la. Isso, quando estava à vontade em casa, no conforto do meu lar. Na escola não. Na escola, nenhum dos meus amigos gostava de chupeta, além do mais, eu era tão censurada em casa por já ter 3 anos e ainda chupar chupeta, que na sala de aula eu me encolhia num canto, abaixava a cabeça entre os braços cruzados e chupava ali quando a fissura era muita. Era tanto trabalho chupar chupeta escondida, que o prazer ia embora. Com o tempo eu cansei de tanto constrangimento e comecei a deixá-las em casa. 

Nesse tempo eu já estava confortável na escola. Já curtia as sextas feiras de educação física, já sabia dar cambalhota no colchonete, me sentia imensamente feliz quando tinha piscina (era inflável, não se animem!) e eu podia desfilar cada dia um biquini diferente... nessa época eu me sentia imensamente feliz. Escovava os dentes sozinha depois da refeição, tomava tombos homéricos do balanço cada vez mais alto, fazia amigos, coisa que eu não era muito boa, já que minha companhia, brinquedos, papéis com desenhos eram suficientes pra mim. Foi na escolinha Minerva que eu aprendi a fazer a voltinha do E, coisa que na época era o cão! Ali foi o lugar onde eu aprendi a ler e escrever. Saí alfabetizada aos 5 anos. Falava Inglês também, mal e porcamente, claro, mas a pronúncia era ótima. 

Então chegou a vez da galega. 
Galega é uma pessoa desprovida de poesia na vida. É meio mulher marreta. Consegue na porrada, sabe como?
Toda linda foi pra escola dos meninos balançando a lancheira. Chegou lá, alcançou o parquinho, entrou na casinha de plástico, correu pro escorrega, invadiu a sala da ex-professora do Sr. Cabeça de Bolinha, viu a caixa de brinquedos, jogou um monte pra cima, saiu correndo, passou pela tia ensandecida e sentou na gangorra. Eu aproveitei o momento de euforia e me despedi. Ela me deu tchau e um beijo na bochecha.
Voltei pra casa sorridente e confiante.
Às 09:44h toca o telefone:

DA ESCOLA - É a mãe da Dona Miúda?
EU - Sim.
DA ESCOLA - Ela está chorando muito, vc pode vir buscar? Achamos que hoje já é o suficiente pra ela.
EU - =O

Ela ficou de 07:30h até quase 10:00h. 
Ainda está agitada, insegura e muito mais atentada que o normal, já que ela não é de dar trabalho. A rotina mudou muito desde que saiu da casa da mãe 2 e ela está sem a rede de proteção, que apesar de estar diante de seus olhos, ela ainda não consegue ver.

Ontem, foi crítico, porque ela grudou no meu pescoço e me agarrou com as pernas também. Chorou muito ao perceber que eu abandonava o recinto num momento seu de distração e eu cruzei o portal da escola debaixo dos berros dela, mas não voltei.
Ontem, ela ficou até o fim. Veremos no dia de hoje!

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