A grande aposta desse primeiro final de semana estava nos grandes do Line Up, Beyoncé, David Guetta, Muse, 30 Secons to Mars, Alicia Keys e Justin Timberlake, não necessariamente nesta ordem. Então, vamos nos ater a eles.
Entre erros e acertos, como testemunha ocular do evento, vou descer a marreta que é minha especialidade. Esqueça tudo o que você viu pela TV. Ela, a telinha brilhante não representa a realidade. Lembre-se que é uma fábrica de gerar sonhos. O trabalho dela é esse, te hipnotizar e te deixar babando mesmo. E é exatamente assim que a gente fica.
Um aviso: Não procure ordem cronológica por aqui. Não é assim que a gente brinca!
BEYONCÉ KNOWLES
A abelha-rainha, Beyoncé deu as caras por aqui, mais precisamente em Fortaleza - CE antes mesmo do Rock in Rio começar, estragando nossa brincadeira. Desta feita, a gente já sabia que haveriam zilhões de trocas de roupa, gente dormindo no fundo da plateia, yada-yada-yada. Mas uma coisa é ler na imprensa, outra é testemunhar o ronco. E houveram vários ao longo do chão de grama sintética do evento.
A DIVA bate-cabelo mais famosa do mundo, foi protocolar e não surpreendeu. Levou seu ventilador velho de guerra e abusou do carão, do vozeirão, abusou das músicas da nova turnê, The Mrs. Cartier World Tour e o que considero o próprio tiro no pé pra plateias brasileiras, fazer versões praticamente irreconhecíveis, onde o povo não consegue acompanhar. Porque brasileiro é assim. Adora cantar junto e se não estiver ensaiadinho, a gente cansa, a gente dorme. Eu particularmente não dormi, fiquei em pé em 80% do show, no entanto, nem todos têm a mesma paixão que eu num show e entregam os pontos muito antes.
De maneira, que essa alteração gritante nas canções mais populares, além da troca excessiva de roupa, foi o modelo a não ser seguido dessa apresentação. Ela deixou a peteca cair diversas vezes, decepcionando do meio para trás da plateia. Muita gente sentada no gramado. E quando eu digo muita, é muita mesmo. Levou um piano, fez performance em cima dele trajando um belo macacão azul purpurinado, exibindo a exuberante forma de Barbie, mas isso não é o suficiente.
Eu bem havia perdido a esperança depois de ter ouvido o álbum B'Day (Deluxe Edition - 2007). Tenho consciência que nós, brasileiros, somos muito fãs até a página dois. Existem os incorrigíveis que não se abalam, ficam uma semana sem banho, aturando sol e poeira pra assistir a DIVA. Beyoncé aliás, não é chamada assim de bobeira. Ela o é. Sabe usar seu magnetismo como ninguém, exatamente por isso, se redimiu diversas vezes durante o show.
Ponto alto Love on Top, quando sobe a escala vocal ao cantar, brincando de maneira magistral as notas musicais sem esgoelar; introdução em homenagem a Witney Huston com I'll Always Love You para música Halo, sem contar com o funk brasileiro LE-LEK-LEK, que acordou até os cadáveres dos pontos de desova das redondezas do evento.
Por esse momento e poucos outros, ela merece os parabéns, mas sinto informar, a noite do primeiro dia foi do...
DAVID GUETTA
Antes de mais nada, é preciso destacar minha ingenuidade em termos desse artista. Apesar de acompanhar os hits, nunca comprei nada, nem baixei. Portanto, o que eu conheço do moço, é o que a grande maioria já ouviu.
Inegável reconhecer, a noite foi dele. Ele jantou com farinha quem veio antes e depois de sua performance.
Apesar de a noite do primeiro dia ter sido tomada pelos fãs da DIVA, David Guetta não deixou barato. De ponta a ponta, de lado a lado, o gramado completamente tomado pelos fãs, dançava e cantava nada mais, nada menos que todas as músicas do cara. Posso dizer de cadeira, porque coincidiu com a minha saída de turno.
Um trajeto que normalmente levaria 5min a 10min cortando caminho, ainda que estivesse cheio e com pessoas sentadas (como ocorreu com Beyoncé), no show do moço, levamos 30min para chegar. Pessoas de todas as idades, cores, tamanhos, credo, sexo e famílias, cantavam, pulavam e dançavam de ponta a ponta, totalmente ensandecidas e felizes.
O moço, uma simpatia. Baixava o som pra deixar a galera cantar, levando ao delírio uma multidão. Portanto, mesmo sem tentar comparar estilos, ele ganhou disparado como unanimidade da noite.
30 SECONDS TO MARS
Depois do fiasco que foi a apresentação de Jared Leto no Vivo Rio em 2010, que originou esse post ofendido, reconheço que tenho me esforçado para odiar esse homem.
Claro, ele se redimiu nos vocais, mas cometeu uns errinhos para um festival dessa magnitude. Escolheu pra baixar o tom, levando músicas pro acústico, que naturalmente levaria os fãs ao delírio. Isso não se faz. Mas antes assim, que chegar afônico pra cantar. Aí não pode.
Parece que o moço aprendeu a lição, tomou melzinho com limão três vezes ao dia para caprichar na voz, mas esqueça as notas altas. Esse papo de notas altas fica para o público cantar e é exclusividade do estúdio.
Echelon, que seria uma música para arrebatar a plateia ficou de fora do set list e cantar The Kill no acústico, mesmo que do alto da Tirolesa, não é estratégico, é fanfarronice.
Ainda que ele tenha cativado ao descer no brinquedo, nesse momento (a única boa imagem captada nesse momento, foi do aluno da Estácio, o cinegrafista Paulo Prazeres, portanto se você ver em algum canal - a em close, é dele).
Echelon, que seria uma música para arrebatar a plateia ficou de fora do set list e cantar The Kill no acústico, mesmo que do alto da Tirolesa, não é estratégico, é fanfarronice.
Ainda que ele tenha cativado ao descer no brinquedo, nesse momento (a única boa imagem captada nesse momento, foi do aluno da Estácio, o cinegrafista Paulo Prazeres, portanto se você ver em algum canal - a em close, é dele).
O 30 Seconds é uma banda para um público muito específico. Eu já fui tão fã, quanto sou hoje do Muse, mas a mágoa que ficou foi tão gigante, que esqueci até as letras das músicas, ainda que possamos considerar que eles tenham se redimido.
MUSE
Para tudo!
Mathew Bellamy e sua turma só se compara aos grandes não é à toa.
Fez um show tecnicamente perfeito, arrancando lágrimas até de quem não conhecia a banda, caso de Cláudia Rocha, vocalista da banda Heavenside, que só conhecia alguns hits.
De formação clássica, o Muse, desconhecido de boa parte dos brasileiros, num primeiro momento podia não merecer o posto de banda da noite, no entanto, esse rótulo cheio de preconceitos caiu por terra por diversas vezes durante o show.
Foi uma performance cheia de energia, vigor, simpatia, afinação e contato direto com o público, com direito a bandeira do Brasil cobrindo seu rosto inteiro enquanto cantava. Absolutamente todas as músicas que eu jurava que ele não cantaria num show desse porte, ele cantou, além dos hits de praxe, Madness (música usada em um dos meus trabalhos), Uprising, Hysteria (que me deixou literalmente histérica - Ok, fiquei em todas), entre outras.
Daquelas que jurávamos não ouvir e que surpreendeu todo mundo, inclua Feeling Good e Knights fechando o show. Apesar de Knights ser uma música bem executada em suas performances ao vivo, por não se tratar de uma faixa do último álbum, achei que ficaria de fora, contudo, foi executada e bem conduzida pela massa e encaixa como uma luva em grandes festivais.
Ponto pra eles!
Ponto pra eles!
Não teve vacilo nesse show, não teve o que falar mal. Foi de chorar de emoção mesmo. A técnica e perfeição do Muse pode e deve ser comparada às bandas do porte de Radiohead em apresentações ao vivo e System of A Down (melhor show da edição de 2011, irreparável).
Favor não confundir essa resenha com apelo de fã. O Muse tem 20 anos de estrada e merece todos os louvores pelo que é capaz de fazer em cima de um palco. Até o baterista pegou o microfone para agradecer a plateia. Simples assim.
ALICIA KEYS
Vamos combinar, Alicia Keys é uma super fofa de mamãe. Te ganha na simpatia, mas não é nem de longe amada pela plateia repleta de fãs de Justin Timberlake.
Ela é maravilhosa e eu ouso dizer que concorre ao posto de Diva. Muito mais Diva do que muitas consideradas como tal, no entanto requer um ouvido mais apurado e sofisticado do que da maioria dos presentes.
Artista completa, ganhou pela simpatia, mas arrisco dizer que não levantou da metade pra trás do público que ali estava, já que se percebia a cara de desânimo dos que nas laterais se posicionavam.
Mas ela tem passe livre e fica o convite pra tomar um cafezinho lá em casa. Só não vai caber o piano, uma vez que o apartamento é pequeno, mesmo assim, ela mora no meu coração, infelizmente, não da maioria.
Rolou até a pegadinha da Alicia, quando brincou com Streets of New York e Empire States of Mind usando-as apenas como introdução.
Ai dela que não cantasse! Ia levar uma surra de vara de capim da multidão que curte, se ousasse sair de lá sem levá-las na íntegra. O que, claro, ficou pro final, já que a moça é novinha, mas não é bobinha.
Palmas pra Alicia Keys que ela merece só por ser quem é.
JUSTIN TIMBERLAKE
Chegamos ao todo, todo, que dispensa apresentações, Justin Timberlake.
Não em vão, ele foi premiado no VMA com o prêmio Michael Jackson pelo conjunto da obra.
O mais aguardado, esgoelado e dançado da noite, foi capaz de sacudir o esqueleto de nomes como Didi Wagner (ex-VJ MTv), Simoninha, Alexia Dechamps (por favor, alguém a avisa que ela já morreu? E mais, apresentem a X-Tenso de L'Oréal Paris pra dar um jeito naquele cabelo?) e assistido discretamente por Andreas Kisser, líder do Sepultura.
Nem é preciso detalhar tanto o show de Justin, uma vez que quase todo o mundo viu o que aconteceu. Só preciso rechaçar que ele dominou a noite, esbanjou simpatia, homenageou com grandiosidade, INXS (I Need You Tonight) e Jackson 5 (Shake Your Body, devidamente reconhecido por mim e mais 5 cabeças apenas).
Antes de mais nada, o artista merece respeito, por trazer de maneira respeitosa aos brasileiros, um show sofisticado, já que dizem as más línguas que por aqui, os grupos estrangeiros têm o hábito de trazer a raspa do tacho. Eu discordo dessa máxima até hoje e o moço-delícia mostrou que eu estou certa.
Antes de mais nada, o artista merece respeito, por trazer de maneira respeitosa aos brasileiros, um show sofisticado, já que dizem as más línguas que por aqui, os grupos estrangeiros têm o hábito de trazer a raspa do tacho. Eu discordo dessa máxima até hoje e o moço-delícia mostrou que eu estou certa.
Ele dançou, interagiu lindamente, conduziu a plateia, fez dos brasileiros um gigante coral e foi o segundo do final de semana, depois do Muse a inaugurar os fogos de encerramento. Com a diferença, que o Muse usou os fogos como ponto alto pra finalizar seu show, ficando no palco e agradecendo nesse momento. Justin não teve essa sacada e quando os fogos pipocaram, ele já estava fazendo o xixizinho básico.
Portanto gente, guardadas as devidas categorias e proporções, o Muse ainda é o líder desse final de semana, seguido páreo a páreo por Justin Timberlake, coladinho com David Guetta.
Vale lembrar, que como diz o coro popular, gosto é igual a c... mas essa máxima não está sendo considerada aqui. Única e exclusivamente, o conjunto da obra, perfomance, técnica e domínio do público/ palco.
Na próxima semana eu volto para comentar a segunda semana de Rock in Rio, não sei se num único post ou dividido em blocos.
Mas fica a dica, leia o blog e saiba por quem entende de música.
2 comentários:
Vamos lá Engraçadinha, senta que o comentário é longo:
Beyoncé: Acompanhei o show dela e achei totalmente desnecessária tantas trocas de roupa, canta bem pacas mas fiquei frustrada em algumas músicas como If I were a Boy que é linda na versão original e ela floreou muito, em compensação fui às lágrimas qdo ela cantou Halo e foi pra galera.
David Guetta é duka. Amo o cara desde aquela música que ele gravou no Brasil e desde então acompanho a maioria dos hits dele e baixo no computador. Fez um show incrível e gostei dele baixando o som e ouvindo o povo cantar tá super emocionada e não é a toa que é o melhor dj do planeta. Te indico várias se quiser.
30 seconds to Mars, gosto de algumas músicas. A minha favorita é Closer to the edge que considero ponto alto do show. Tb foi divertido ver o maluco se jogar na tirolesa com microfone e boca lambuzada de açaí.
Muse foi o show.. os caras mandam muito bem ao vivo. Só colocaria no mesmo dia do David Guetta pra ficar perfeito
Alicia Keys > Amo a cantora. Ela manda bem ao vivo, porém deixou de fora vários hits da carreira o que poderia levantar a galera. Tb não gostei da roupa, só colocou o vestido bonito no fim.
Justin > é o principe do POP, canta muito, interage é um artista completo. Merece todo esse sucesso.
Big Beijoooooooooos bonita.
OIIIIIIII
Adorei seus comentários!
O povo confunde ouvir música no cd ou no Mp3 com o show
A tal Florence...no cd é maravilhoso...mas não curti o show dela (pode me xingar e bater...não ligo)
David Guetta não me faria dançar....pra mim é música de malhar e correr....hahaha
Eu vi a Alexia pra lá e pra cá...e vi o sobrinho do Bonner...que tá na Malhação sendo barrado!
O povo já é VIP e quer ficar na frente do palco...me poupe!
Alicia é linda,né..fez seu show...e ponto
Justin...arrasô!
Beyoncé tem auto estima em pícaras! Não adianta!
Hoje tô indo pro Rock
Parabéns pelo seu trabalho!
Qualquer coisa,grite!
Beijaum
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