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domingo, março 07, 2010

Um robô no casamento

APERTE O PLAY PRA COMEÇAR!


Sábado teve casamento na família. Família, família, cachorro, gato, galinha... não tem como viver sem.

Quando a gente casa, ou apenas junta os paninhos de bunda - como é o meu caso - a família é um acessório q não tem como descartar.

A minha família é super desgarrada. Os elos de ligação mais fortes do lado materno morreram e do lado paterno, é meio q cada um por si e Deus por todos. Não tem muita cobrança por visitas, nem aquela aporrinhação de ter q ligar sempre ou visitar. Então eu me acostumei a isso e pronto.

A família do Engraçadão não. São todos muito unidos. Eles são a típica versão família-família q está sempre junto, sempre q possível; quando têm problemas se ligam, visitam, compram barulho um do outro, barracos internos e muita união. Em suma, a síntese do que é família.

Só que eu... bem... eu continuo me comportando daquela maneira adolescente q valoriza mais a família q criei - seria trauma? - Ele, os meninos e agora minha Ervilhinha q vai chegar. Dou valor ao bem querer gratuito. Não acredito q frequência seja sinônimo de amor.
Não.
Acho q em se tratando de amor, ñ importa qto tempo vc não veja aquela pessoa, mas um belo dia, vc vai ligar ou aparecer só pra bater papo e não somente qdo está precisando de algo. Talvez por isso eu não visite tanto... Não vejo a família dele vindo muito aqui. A iniciativa é muito mais dele. E apesar de eu gostar muito deles, vejo q a iniciativa deles em vir aqui em casa, é 90% mais quando estão precisando de algo (mesmo q corriqueiro), ou então, quando nós estamos precisando de ajuda com os meninos e pedimos a presença de alguém. Eu não vejo membros da família dele ligando num sábado por exemplo, avisando q vêm nos ver no domingo e almoçar com a gente, como o Engraçadão costuma fazer.

Mas isso não diminui o carinho de ambos os lados. Todos nos gostamos e eu vou além! De repente, é uma forma de carinho por parte deles, requisitar-nos quando estão precisando de um conselho, ou de qualquer favorecimento. Eu sinto isso quando alguém casa e sempre nos convida pra sermos padrinhos. E nós claro, rejeitamos sempre, mas Pacotinho nunca escapa de ser Pagem. E dessa vez não foi diferente.

Se você colocar na ponta do lápis, ser pagem não sai tão caro. Caro, é ser pagem, bancar a montagem da madrinha de casamento e o padrinho; mais as contas de condomínio, creche, escola, luz, gás, TV a cabo, telefone fixo, celulares, alimentação...

Eu tinha o vestido e sapato felizmente, mas nessa brincadeira, só em cabelo e 1 soutien - eu disse 1 soutien - gastei quase 100bugs. Ainda tivemos que comprar um sapato dixavado pro Sr. Cabeça de Bolinha que só tinha tênis, aí meu filho, com certeza passou. Só que as pessoas não entendem isso. Na família, eu ouso dizer que nós, somos o núcleo que tem mais despesas. Por conta talvez do lugar que moramos, pelo fato de morarmos em apartamento ao invés de casa, por conta de termos filhos em creche e não com algum parente cuidando em meio período... então tudo isso influencia na nossa negativa em sermos padrinhos de casamento.

Passadas as explicações da vida de pobres da classe média adulta de um casal, vamos aos fatos de sábado.

Saí totalmente bicha montada, com cabelo feito e quase magra-esbelta em cima do salto e ao abrirmos a porta da garagem, nos deparamos com um rio na porta de casa. Sim, chovia. Sim, chovia pra caraaalho. Pra vcs terem uma idéia, eu nunca tinha visto um rio em frente de casa nesses quase 10 anos q moro aqui.

Como ainda não retoquei meu escovão na base da amônia, cabelo com escova tradicional não pode ver chuva do lado de fora do carro q encolhe no ato. Então não preciso citar q minha desglamourização começou já ali dentro mesmo com tudo fechado, sem ar condicionado neam?!

Fiz um videozinho do temporal em todas as ruas q passamos, diga-se de passagem A-LA-GA-DAS até chegarmos na Grajaú-Jacarepaguá, só q tem uns 6min então não vou cansar vcs. Claro que estávamos atrasados e felizmente estavam quase todos, inclusive a noiva.

Vamos dar um salto no tempo e chegar logo nessa porra, q meu osso do cóccix já estava doendo mesmo sem sair do carro. Seria muito sofrimento durante a cerimônia e ainda teria a festa pra enfrentar! Não adiantava alternar as bandas da bunda.

Todos estavam lindos brilhantes e glamourosos.

Mesmo tendo sido casamento em igreja evangélica, eu não vou entrar em detalhes acerca do discurso do ministro q é sempre longo, eu sou aquele ser esquisito q não emite opiniões. Quando eu falo q está tudo lindo, é porque fatalmente está. Se eu não proferi nenhum elogio, é porque não há o q ser elogiado, então aquelas pessoas q forçam geralmente se fodem, porque eu não sei mentiiiiiir.


Os noivos cantaram no início e no final da cerimônia, eu achei meio dispensável, já q o noivo era visivelmente desafinado; mas como são pessoas muuuito bem humoradas, eu acho q a agressão aos nossos ouvidos (por parte do noivo) fez parte da brincadeira.


Ela não. Ela é afinadinha e quando só ela cantava, a homenagem ao amor se tornava tocante.


Pacotinho de pagem deu um siricutico na entrada com tanta gente olhando e sorrindo pra ele mais aquela big câmera nas fuças, ele começou a coçar olho, nariz, boca, ouvidos... segundo ele, foi uma estratégia para jogar a timidez pro alto. O câmera não gostou muito. Tanto q quando passou por mim, eu fiz sinal pra ele parar com o coça-coça e ficou tudo bem.

O Sr. Cabeça de Bolinha ficou sem sossego, lógico. Ele só tem 2 anos e 7 meses, natural q não aguentasse quieto. Engraçadão coitado, foi obrigado a ficar atrás o tempo todo. Só q lá pro fim da cerimônia ele ligou o foda-se e deixou o moleque se enfiar no meio da família no altar, o q foi muito bem recebido, mesmo não estando trajado de smoking. É... ninguém resiste aos encantos desse garoto. Sedutor safado...

Aí saltamos novamente no tempo e chegamos na festa. Muita gente não foi por conta do temporal e nós pudemos ficar na mesa do irmão q nos é mais afim.


A esposa desse irmão é um caso à parte q um dia eu explico melhor. Mas em suma, ela cometeu um erro grave: Ela perguntou o q eu achei do cabelo dela.
Bom... minha co-cunhada é morena e achou de fazer mecha no cabelo. Até aí nada. Mas sabe aquela pessoa q nunca teve tempo-condições de cuidar muito da beleza? Ou melhor, aquela pessoa q tem uma realidade q não permite isso? Q não é antenada com a moda? Muito bem, ela agora está num momento profissional q a está levando do trabalho braçal para o mais burocrático. Ela é uma pessoa humilde e está experimentando o reino do consumo. Segundo ela própria, as amigas de trabalho exigiram q ela fizesse alguma coisa com aquele cabelo e ela fez mecha. Muito provavelmente num salão qualquer, pois parecia reflexo e estava verde. E segue o diálogo:

ELA - Poooxa Engraçadinha, vc nem falou nada do meu cabelo!!
EU - Q q tem seu cabelo? (Tentando escapar da minha própria sinceridade...)
ELA - Vc nem falou o q q vc achou...
EU - Eu achei q está verde.
ELA - Ahauahua! É... pq eu peguei praia e piscina, mas o q q vc achou?
EU (Caceta...) - Então? Eu achei q está verde!

Ela desistiu.
O que q eu ia dizer? Q estava horrível? Não podia. Nem a minha sinceridade permite.
E tem gente q é preferível vc se calar, porque mesmo q vc tente explicar o por q do porquê, elas não vão entender. Então deixa quieto.

Comi um prato cheio de salgadinhos sozinha, tomei dois refrigerantes, comi meio prato de kibes e pedi pra sair 02 à francesa mesmo, porque doía tudo. Infelizmente nem me despedi dessa cunhada, porque quando resolvi jogar a toalha, ela tinha saído da mesa e ontem, não estava em casa, pois trabalharia de plantão na loja. Mas de hj não passa. Hei de ligar e agradecer a atenção q ela me deu, mesmo munida de cabelo verde.

Não despedi de ninguém. Só dos q eu conhecia e estavam em volta. Na verdade, eu nem deveria ter saído de casa. Aliás, se meu médico soubesse, me achataria no chão que nem barata, então eu me dou um desconto!

É... só sei q foi assim.

7 comentários:

Jôka P. disse...

ARRASOU, bee! \☺/

Alice Voll disse...

às vezes a gente quer escapar de falar algo, mas a pessoa fica perguntando é de lascar! sajnsajinsjian

Jota Abreu disse...

Festa em família, se não há TOTAL harmonia com eles, se torna um "programão". Cheio de pérolas.
Neste ultimo fds, faleceu uma tia muito querida minha. Logo que o caixão chegou ao velório, parei diante dele e fiquei fazendo aquela contemplação de luto e inconformismo diante da saudade que já tomava conta do coração.
Aí me chega uma senhora, que nunca tinha visto antes na vida, me toca no ombro e me olha com olhos esbugalhados e expressão de dó, sem falar nenhuma palavra durante uns 8 segundos. Me segurei pra não rir... rs
Acontece...

Dani Antunes disse...

E não é que o cabelo da doida ficou verde mesmo?! huahauhauhauhauahuah
PQP! Soltei um risinho escondido aqui agora, vaca.

A noiva ficou lindinha mesmo. Não sabia que ela cantava?!

Eu vi foi as fotos de nosso mancebo de terno... [/Prefiro não comentar!]

la la la la...

Unknown disse...

Jota como eu andei frequentando uns enterros na fase adulta, percebi q existem pessoas q são viciadas nisso. Não conhecem o defunto, mas não podem ver um cortejo. Sim, isso existe.

Dani ele agora ganhou um carro. Se vc soubesse as merdas q ele me falou sobre álcool e direção... dá vontade de matar de porrada.

Ma Albergarias disse...

Ah mas vcs estavam LIIIIIIIIIIIIIIndos..., segura que a sinceridade as vezes deveira ser muda!

Wallace disse...

Nem o Chimbinha conseguiria deixar o cabelo nessa tonalidade de verde rs...

Bjo

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