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quarta-feira, maio 09, 2007

Da série: EBÓS QUE NÓS AMAMOS

Eu estava conversando com ela outro dia e vcs sabem... quer dizer, quem lê o blog dela sabe, que relacionamentos amorosos não é bem seu forte!
Infelizmente, porque Lelê é uma pessoa inteligente, bem humorada, de bom coração e adora sexo!!
Não sei qual é o problema que os homens vêem em mulheres que adoram sexo.
Eu mesma já fui assim um dia.
Eu não tinha esse negócio de ficar fazendo doce Aaaaah, porque fulano é namorável, então eu não vou dar prá ele, enquanto ele não me der aquele anel de brilhantes... aaaah vai se foder!!
Eu nunca fui desse tipo.
Aliás eu era meio burra mesmo, porque se tivesse agido dessa maneira hj estaria...
anoréxica, linda, cheia de homens correndo atrás de mim, podre de rica, casada c/ um figurão contravensão, enfiando a napa em qualquer farelo branco pensando q era cocaína Iiiiiiiirrgh não!!

Eu era mais daquela q pensava q todos eram namoráveis potenciais, q quando o beijo era bom e a calcinha molhava, eu tinha q dar prá ele, porque... veja bem, não dá p/ ficar beijando muito tempo, enquanto sua deliciosa fica lá embaixo batendo palminha e vc c/ aquela cara blasé fingindo não tô tintindo dada! me poupe!
Pior ainda, é quando vc sente q o outro também está animadíssimo e pior ou melhor, ele é todo bom da cintura prá baixo!!

Well, nunca fui boa nisso.
Eu fiquei 17 anos da minha vida, levando uma vida monástica, puritana, comportadíssima, mas assim que me apresentaram às portas do paraíso, eu sinceramente, queria ir lá sempre q possível.
Então?!
Estávamos eu e Lelê falando merda, prá variar, daí todo bofe q ela comentava, eu dizia, Chuta q é macumba, despacha esse ebó mulher!!
E foi exatamente daí, q a gente teve a brilhante idéia sensacional e inovadora de criar a série:


EBÓS QUE NÓS AMAMOS - ODIAR! (o odiar acaba de ser por minha conta!)


Ela incluse, começou a publicar primeiro, mas eu como ando c/ baixa de estoque desse tipo de material, demorei mais um pouco, até que...
Sexta passada lembrei de uma boa.

Introdução grande essa não?!
Bem, é porque a história é curtinha, então tem q compensar...

Digamos q eu estivesse c/ um enooooorme hiatus de namorado.
Não significa q eu estivesse sem peguetes. Uma mulher nova, esbelta e de cabelão, nunca fica só na night!
Mas estava carecida de um grande amor, ou pequeno mesmo, q abalasse minhas estruturas, me deixasse enjoada sem vontade de comer e q me levasse à taquicardia assim q o visse.
Isso estava realmente difícil, tinha uns 2 anos por aí...
Aí fui numa casinha de reggae, bem em meio de semana q tinha lá em Jaca-city, fraquinha de gente, mais fraquinha ainda de gente pegável!
Eu sempre tive gosto p/ homem. Ainda mais naquela idade, q eu queria mais homem p/ exibir prás amigas do q aqueles legais de verdade, homens né?!
Sei lá... tinha 21? 22 anos?? Por aí. Cabeça de minhoca...

Nesse dia, estava mais vazio ainda e c/ mais gente esquisita ainda.
Tão esquisita q eu me destacava na multidão. Imaginem vcs...
Daí, estava euzinha lá, dançando só, no meio da pista e pensando se ia embora prá casa, ou não ia, até q resolvi tomar um refri.
É... naquela época eu não tomava cerveja. Era fina de fato, mas dura! Muito dura. Tão dura, q minha falecida vózinha ficava c/ pena e liberava a grana p/ eu pegar o ônibus e prá tomar 1 refri, já q a entrada p/ damas, era digrátis.

Me dirigi ao bar e lá estavam eles.
Dois amigos me observando. Um era nerd de fato. Até meio gordinho c/ sorriso débil. ESSE NEM FODENDO!
O outro... bem o outro tinha uma característica peculiar. Ele era bonito do nariz prá cima e do queixo prá baixo.
Okay, eu explico.




Ele tinha os quatro dentes da arcada superior totalmente prá fora.
Fora esse pequeno detalhe, o cabelo era bonito, o olhar, o corpo... apesar d'ele não ser muito alto... ele também era cheiroso.
Não lembro como foi o aproach, mas lembro q dei meu telefone e ele ficou de ligar p/ sairmos no fim de semana.
Lógico q eu tinha esperança de encontrar algo melhor até sexta e p/ isso tinha dois dias p/ me empenhar, procurando nas latas de lixo, nos pontos de ônibus, nas filas de banco... o q acabou não acontecendo!

E... verdade seja dita, todo feio é sincero. Quer dizer, ele não era completamente feio já disse.
Então sexta, sem falta ele liga.
O cara tinha uma moto.
É... porque p/ namorar alguém q nem eu, morando lá no cu do judas, tinha q ter algum veículo próprio. Isso também era um impecílio de certa forma!

O cara era feio, mas era fino! Quer dizer, ele não era completamente feio já disse.
Me levou de moto no Nau Catrineta cuja especialidade era fondue.
Putaquepariu!! Eu fico besta c/ esses caras novos q querem impressionar as mulheres erradas, p/ compensar a falta de pinto ou coisa q o valha!
Primeiro: Eu nem sabia q fondue existia - hellooouuu - pobre, preta e morava maaaaaaaaaaaaallllllllll!!
Segundo: Quem já foi lá, sabe q é caro, tem fila na porta, é apertado, todos comem fondue ao mesmo tempo, é abafado e fica na Barra (eca!).
Terceiro: Vc sai fedendo a gordura de lá.

É óbvio q na ocasião me senti uma lady. Mas toda vez q olhava bem p/ a cara do sujeito, nem tão lady assim.
Ele usava aparelho, de modo q eu ficava meio q rezando baixinho p/ ele me procurar daqui há uns 3 anos...
Comi a porra do fondue, tomei a merda do vinho, conversamos bastante, pedimos a conta e fomos pro meu abatedouro, né?!
É... tudo 0800, ele teria de ter alguma compensação.
Durante todo o trajeto de volta, um frio da porra naquela moto, comendo os mosquitos q vinham na nossa direção ali no autódromo, q hj insistem em chamar de Barra, eu já vinha pensando como seria o beijo do sujeito.

Debaixo do meu prédio, tinha a parte de trás q vivia aberta.
Aqueles reservados do térreo onde vc faz festinha, churrascos e afins?! Arrastei o boooofe prá lá e me encostei na parede, já me sentindo a vítima, c/ aquela cara de ... pode beijar agora.
Com os olhos meio abertos, meio fechados, vi aqueles dentões se aproximando. APERTEI OS OLHOS!!
E ele veio.



Bem...

Ai... bem...

Sabe aquele beijo que cola??
Não é bem um beijo babado não. É um tipo de saliva q cola.
Eu beijava e queria parar. Parava, abraçava ele e sentia aquele cheirinho tão bom do pescoço e passava a mãos nos cabelos lisos e dava vontade de beijar de novo, daí quando eu beijava, eu me arrependia.
Ai cara... q tristeza.
O bichinho era bãozinho comigo, me tratava tão bem, me levava prá sair, mas a parte do beijo se tornou uma tortura.

De maneira q o encontro foi até o dia seguinte, porque já no domingo eu dei meu grito de guerra:
CHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUTA Q É MACUUUUUUUUUUUMMMMBAAAAAAAAAAAA!!!

E despachei o ebó.



Toco Sozinho: Homens - Manu Chao

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