Vamos falar de coisas boas então!
Pacotinho está crescendo e se tornando tudo o que eu sonhei antes mesmo de pensar em ser mãe. Já está indo sozinho pra escola à pé, que é pertinho, na volta eu passo o bonde pego geral e ele vem junto; vai sozinho de ônibus até o futebol e volta; é amigo, companheiro, querido por todos e ótimo aluno. As fessoras que encontro no fim da aula, sempre o olham com aquele ar de ternura. Afinal, quem não se derrete por Pacotinho levanta o braço!
Já se apaixona e é fiel por enquanto. Como não deixar?
Eu fui criada assim: Primeiro os estudos! Era sumariamente cortada ao tentar falar em coisas do coração. Vi na prática o quanto isso não funciona. Ele é ótimo nos estudos, mas seu entrar numa de proibí-lo de falar de amor, ele não vai simplesmente deletar o sentimento do coração, então eu deixo e oriento. É o que tem pra hoje. O pai felizmente também. A gente só toma o cuidado para que ele não faça merda tentando agarrar geral na escola, porque né, escola é lugar pra estudar. Mesmo assim, lá é o celeiro onde ele paquera e arruma as namoradinhas.
Namoradinhas essas que nem sempre estão prontas para um namoro idealizado por ele. Ele já quer beijar na boca, claro. Esse ano vai fazer 11 anos e não é de hoje que está ligado. Só que o legal é que a própria vida se encarrega de pôr as travas. A gente não precisa proibir. As meninas apesar de mais maduras, têm certo medo de ousar, felizmenta as de seu círculo de amizades.
E como nos dias de hoje educar um filho pondo amarras? Não tem como. Educar na minha concepção vai além. É ouvir, tratar a criança como ser humano que ela é, respeitando e ensinando o certo, mesmo que ele venha a errar. Porque eu, vc e os adultos sabemos que os erros muitas vezes ensinam mais que os pais pondo vários limites.
É a prática. A prática que doi e também educa pela dor.
Esse menino felizmente tem bom coração. Quer trilhar o caminho certo. Tem valores que sempre foram deles. É carinhoso, atencioso, competitivo sim, mas de uma maneira bacana que não fura o olho do outro. Defende as meninas e a honra delas quando vê algo errado, por isso é tão querido e cobiçado. Não passa aperto.
Um dia me disse que ia terminar com a namoradinha da escola. Por quê? Porque no recreio, depois de aceitar o namoro, ela pouco ficava perto dele. Então ele percebeu que aquilo não era namoro. Terminou, mesmo gostando dela, porque namoro não é isso. Sem dramas. Aliás, já está flertando com outra., porque essa sim, dá atenção.
Eu argumentei que talvez ela não estivesse pronta. Porque as meninas são assim. Não querem perder aquele gato da escola, mas ficam sem jeito de levar um namoro diante da turma. Por vergonha, por medo, por pressão... as meninas têm medo sim. E eu me sinto abençoada por ver as meninas que o cercam irem na contramão da atualidade, das meninas que com 11, 12 anos já pensam em sexo. Isso me deixa verdadeiramente feliz. Tem tempo pra tudo, não precisa ter pressa.
E o Pacotinho irmão de uma menina, é outra delícia de observar. Ele vira capacho da dona Miúda. Literalmente deita no chão pra ela pisar. Porque Miúda nasceu com aquele talento de dominadora. Se deixar, ela pisa mesmo e feliz. Ele vai lá, brinca com ela quando ela acorda do soninho da tarde, faz cosquinha e para tudo pra ajudar a irmã no que for preciso, arrancando ciúmes do irmão do meio. Sim, porque o irmão do meio teve a sorte ou não de nascer leonino, o centro do mundo!
Mas ele explica: Agora é a vez dela. Já te dei atenção a tarde toda, deixa eu brincar com ela um pouquinho!
Eu fico emocionada por ver esses três.
Me dão um trabalho da porra, me enlouquecem de tanto mããe, mããe a toda hora, mas eles nem chegam perto de serem crianças chatas ou insuportáveis. Todos a sua maneira são interessantes e basta ter ouvidos de ouvir, olhos de ver, para constatar que são agradáveis e tudo gente boa.
Meus 3 filhos com Engraçadão.
Aquele homem maravilhoso que além de meu grande amor, é o pai que eu nunca tive.
2 comentários:
Educar com liberdade. Esse é o lema! Aqui em casa, para minha felicidade ainda não se fala de amor e pra minha loucura, também não se fala de escola, exceto pelo desejo de que um atentado terrorista a ponha no chão. Ieeennn... Nem tanto. =)
Engraçadinha,
Acho fundamental ter essa conversa com Pacotinho nesse processo de pré-adolescência. São os primeiros amores e um bom relacionamento com os pais, dá a segurança para seu filho se tornar um adulto maduro.
big beijos
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