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terça-feira, março 21, 2006

O PODER DE UM FODA-SE!

Nós brasileiros, somos alegres e apáticos ao mesmo tempo.
Vivemos a era do ser politicamente correto, de aceitar, de não reclamar porque é feio, até porque reclamar não resolve mesmo...
Estamos devidamente encoleirados e nem nos damos conta. Às vezes sim, mas dá tanto trabalho nadar contra a maré, que geralmente a gente olha ao redor, pensa que não vale a pena e volta a ser tocado junto c/ a boiada.

E assim os anos vão passando, a gente adoece até, porque vai somatizando... alguns enfartam, ou contraem câncer e a até benéfica explosão não ocorre.
Eu particularmente, sou uma dessas apáticas da vida, que com tantas coisa prá resolver, nesse admirável mundo adulto novo, até esqueço de brigar.
Minha briga ultimamente, tem sido política e diplomática.
Me tira do sério cada início de mês, quando aquelas incontáveis contas vão chegando e bate um desespero de não conseguir liquidar tudo que se tem... mas depois, vc se acostuma, passa a revolta, porque a revolta pura e simples, não adianta. Ela deve se tornar força motriz, p/ que vc siga em frente e continue lutando, fazendo bonito p/ que no momento exato, a mesa vire e vire ao seu favor.

Eu sou aquele tipo de pessoa, que não gosto de pedir, prá não ter que me comprometer. Estou farta de ter prazos e rotina, portanto eu faço o possível p/ não enfiar a corda no meu próprio pescoço. Tô lá na minha!
Inclusive esse fim de semana, foi corrido, louco, prazeroso e preguiçoso. Tudo ao mesmo tempo.
Teve festa de uma graaaaaande e querida amiga no meu playground. Eu dei aquela força de logística, porque a amo, mesmo sabendo que me cansaria.
Qual o problema? Eu me canso até quando não estou fazendo nada. Eu me canso só de pensar ultimamente. É mais cansaço mental, mas reconheço q também é fase. Estou dentro do olho de um furacão diferente, mas como todos os outros, ele passa.
De maneira que ontem (domingo), estava em casa quieta, muda, sozinha, matando meu cansaço com a coisa que mais gosto de fazer quando estou só. Ver filmes.

Aí toca o telefone. Mamãe. A Dona Engraçada.
Dona Engraçada, falando amenidades, me cobrando o por q de eu só ter ligado 1 vez no aniversário de minha irmã.
E mesmo não tendo conseguido falar com ela (ela estava dormindo às 09 e pouquinho da manhã de sexta feira), o por que de eu não ter insistido. Que isso nunca havia acontecido antes... (no mínimo elas devem ter cogitado que PORRO está acabando c/ meus neurônios!), blá, blá, blá.

Não, PORRO não está acabando c/ meus neurônios.
Eles parecem estar assumindo um a função do outro, porque apesar de ter dois apenas, eu ainda lembro e honro meus compromissos e procuro cumprir tudo q está programado no meu dia. Eu e Engraçadão.
É, eu só tenho ele. E ele só tem a mim. E nós: dois.
Só nós, damos conta de uma série de coisas e responsabilidades, que muitos outros casais c/ filho e sem grana dão. Normal! Mas não menos puxado.

Tem coisas prá mim que vêm perdendo o sentido depois q comecei a formar minha própria família, a q está sendo feita de nós dois. Eu sinto que existem pessoas que passam ou invariávelmente estarão na minha vida p/ sempre, que cobram cobram, mas não dão. Não é o caso da minha mãe. Mas sabe aquelas pessoas que vivem reclamando q a gente não liga, nem aparece, mas só fazem esse tipo de reclamação, porque VOCÊ tomou a iniciativa de ligar?!
Aquelas que sempre cobram, mas não dão retorno?! Eu ando meio sem paciência p/ isso.

Aí ontem, naquele mesmo telefonema, eu falando já com minha irmã, que tinha acabado de acordar às 19h, porque passou o dia, a madrugada sei lá, numa rave, comecei a ouvir coisas e reclamações acerca de um assunto que envolve nós duas. Eu apresentava as soluções, ela os problemas, era um acerto de contas onde eu a credora, oferecia a ela soluções e idéias p/ resolver os problemas e ela, como "devedora" na situação, me apontava problemas e excusas sem fim...

Cara, começou a me dar uma revolta daquela situação, sabe?!
Explodi, liguei a porra do foda-se. Gritei, falei umas verdades que ela se recusa a ouvir até da própria sombra...
Ela falou alguns palavrões e se posicionou como vítima (as usual) e eu algoz.
Cuma?! Cuma?!
Entrei c/ sarcasmo, gritos a plenos pulmões e vomitei um monte de coisas que vivem entaladas um tempão e q parece q só eu enxergo. O prédio?! P'rum domigo ao cair da noite, todos sem exceção, do 101 ao 505 devem ter ouvido, passando inclusive pela casa do porteiro.

FOOOOODAAA-SE!!!!

Botei a macaca q existe em mim, prá fora. Não sou otária, nem vou vestir tal fantasia.
Não existe vítima. Todos somos massacrados pela rotina e uma coisa, é vc ter essa mesma rotina puxada, somando-se casa, marido e filhos. Outra coisa, é vc ter compromissos profissionais e faculdade. E mamãe é do tipo q resolve mais do q cobra efetivamente! Tadinha da fulana - a frase mais ouvida nesses 22 anos. Deve ser culpa cármica.
Ninguém diz tadinha da Engraçadinha. E nem eu sinto pena de mim. Afinal, sou uma vencedora, me posiciono como tal.

Aaah! Estou pagando pelas minhas escolhas... é verdade. Estou é?!
Sim, estou feliz e orgulhosa, mais um motivo p/ não deixar nin-guém montar no meu lombo.
Afinal, sou pobre mas sou limpinha, honro meus compromissos, devo, não nego, não esqueço, pago quando puder, dou minha palavra e cumpro.
Sou faxineira, passadeira, lavadeira, dançarina, secretina, garota de programa do meu homem, amiga do meu filho e com tudo isso, não sobra tempo p/ coisas pequenas.

Explodi sim. Estou sob pressão. E gostei.
É uma merda confusão, desentendimento, brigas, ainda mais entre irmãs, entre pai/ filho ou mãe/ filho, mas as verdades de uma maneira ou de outra, têm de ser ditas. Prá passar a mão na cabeça, já tem gente demais.
E nesse ponto, eu estou c/ a vida.
Esta não passa a mão na cabeça de ninguém. NUNCA!
Muito menos na minha!




Bj na bunda.

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