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quinta-feira, novembro 16, 2006

EM BRIGA DE MARIDO E MULÉ...

Era uma manhã normal, daquelas em q não vai ter correria, não vai ter compromisso c/ o despertador e muito menos agenda.
Eles se levantaram como de costume separadamente. Ele foi até a padaria comprar o pão fresquinho da manhã, enquanto ela fez uma horinha a mais na cama, antes de se levantar p/ preparar o café.

Aquele cheirinho maravilhoso de café fresquinho, no ponto, aquele mesmo, q chega incomodar a vizinhança tal o aroma... anunciando um novo dia. Sim, porque antes do cafézinho, o dia não começa!
Ela toda prosa q teria um dia de descanso ao lado da família, ele provavelmente feliz, porque poria as coisas em ordem.
O café discorreu c/ normalidade.
Ambos conversando assuntos de trabalho animadamente, já fazendo planos pro fim de semana q viria.

Até q findo o café da manhã, cada qual foi prum canto abraçar suas tarefas!
Ela pra cozinha, ele prá faxina.
Sempre se entrosaram muito bem. Não havia brigas e a divisão de tarefas existia dentro daquela casa.
A única condição subentendida prá q tudo fluísse bem, era q algum aparelho estivesse ligado p/ distraí-los. Aí a diferença de gostos na hora da execução era algo... Um gostava muito de música. Muito de uma maneira q beirava a obssessão.
Já o outro curtia os dois, porém ali também existia uma relação obssessiva c/ os esportes televisivos.
Podia ser o jogo de futebol de Nova Zelândia x Zimbabue, que ele não perdia. Se ela deixasse, lógico!

Ela ajudou a desfazer a mesa e foi direto pro som, fazer a seleção do dia. Seria um mix Faxina c/ comida então cairia bem Destiny Child, passando por Black Eyed Peas até cair num rockzinho q poderia ser um Coldplay, um Keane ou um Pink Floyd da vida. Ainda não decidira...
Estava era roxa por ouvir Destiny, porque no trabalho, esse arquivo de música havia se perdido.
E rola o CD!
Lá pela faixa 08, ele liga a TV. Hum-hum! Nã-nã-não! Isso não é bom. Ela é obssessiva.
Obssessiva daquelas q quando está cantando junto e alguém faz uma pergunta, ela termina de cantar o refrão p/ depois responder.
Ligar televisão na hora?? Hum-hum... mal negócio.
Ela resmungou um PORRA VAI COMEÇAR!! Claro! Ela havia ligado primeiro, portanto, de acordo c/ as convenções, ela detinha a prioridade.

Mas ele nem aí, imbatível, continuou apegado a vassoura, de costas c/ a TV ligada. De costas p/ a TV, justo no momento em q ela olha.
Até aí tudo bem. Tava baixinho, embora aquele ruído a incomodasse, tentou segurar a onda. Afinal, era seu amado marido, tinha tanto direito quanto ela.
Segurou a raiva, a onda e os palavrões q vinha em mente. Já não cantava junto, porque o tesão estava quase perdido até que...
Sabe como são os homens, né?!
Aqueles potrinhos super-educados q esquecem tudo, principalmente quando o jogo é de basquete, futebol, vôlei final de campeonato.
Meteu a mão no som e baixou a música, ao passo q aumentava o volume da TV. Assim, sem por favor, sem dá licença... sobretudo sem POSSO?

ELA - Porra?! Caraaalho! Por q não desliga logo a porra do som!!
ELE (pensando q se tratava da TV) - Vc é engraçada...!
ELA (percebendo todo o equívoco) - Eu tô falando do som!! Já q eu não vou poder ouvir minha música em paz mesmo... por q não desliga logo a porra do som e fica c/ a TV toda prá vc??
ELE - Boa idéia!

Pegou o controle e pôs fim na música.
Hum-hum! Nã-nã-não! Isso não é bom. Logo se vê q isso vai dar merda! E da fedida!!

ELA - Putaquêoparil! Já vi q eu vou ter q comprar um diskman, assim eu vou poder ouvir minha música em paz, até meus ouvidos explodirem! Sim, porque assim tá difícil...
ELE - Um não! Compra logo dois!
ELA - Dois?
ELE - É, um pro ouvido e outro p/ enfiar vc sabe aonde!

UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHH!!!!!

Automáticamente a faca q estava na mão dela foi deixada na bancada.
Guardou tudo, passou a mão no moleque e saiu de casa.
Saiu p/ não mandar ele se foder c/ todas as letras, saiu p/ não meter-lhe a porrada c/ a força q nem sabia q tinha.
Saiu e quis q ele passasse fome do fundo do coração. Não admitiria ser tratada daquele jeito. Nunca o fora.
Nunca dispensara a ele esse tipo de tratamento.
Nem brincando. Bom... salvo uma vez q mandou ele tomar no cu em Paraty, q ele ficou sem falar c/ ela o resto da noite.
Depois disso nunca mais.

E assim passou o restinho de manhã.
Veio a hora do almoço e ela c/ o moleque pelos braços, foi ao restaurante e se fartaram os dois.
Mas foi c/ dor no coração. Foi, c/ a garganta engasgada e os olhos rasos. Porque odeia brigar, mais do que tudo. Odeia confrontos.
Principalmente c/ ele q é o amor e companheiro. Mas essa atitude merecia revide.
Enquanto ele? Deixara a casa um brinco. Arrumou tudinho.
Mas não se desculpou.
Na volta, breve discussão. O moleque convidou o pai a ir dar um passeio antes do trabalho e ele na sua ignorância masculina, c/ orgulho ferido de macho, não atendeu ao menino que pôs-se a chorar.
A mãe consola. A mãe dá colo e consegue convencer o menino a ir brincar c/ uma amiguinha. O menino cede. Vê q a mãe chora de verdade.
Nova discussão, sem conclusão alguma.

Ele se faz de vítima, não admite o erro. Ela impassível.
E estão assim.
Não se falam, não se sabe até quando. Ela quer desculpas. Ele? Engraçadão.

Moral da história:
NUNCA PUXE BRIGA C/ QUEM ESTÁ C/ A COLHER DE PAU!
A NÃO SER QUE VC ESTEJA DE DIETA!

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