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sábado, janeiro 19, 2013

Fé na Estrada: Diário de Bordo - 2ª Parte


1ºdia, apesar da chuva cosquinha e zoação no chalé
Falar de Jaconé é sempre confuso. Hoje, posso dizer que existem conflitos de sentimentos quando eu penso nesse lugar tão especial pra mim e prum monte de gente que eu levei lá.

Todavia,  nos últimos anos enraizou-se em mim sentimentos conflituosos quando eu penso em Jaconé. Porque na minha juventude, estar lá era só motivo de prazer, só que agora, por exemplo no ano passado, foi graças à friagem do chão que eu peguei uma pneumonia.

Aquela cidade já não é mais um reduto de gente descolada, filhos de surfistas ou uma galera chegada num luau, ou ainda da paz e do amor. Hoje, Jaconé é reduto de barulhentos pagodeiros, gente da baixada, do subúrbio, gente que é chegada em sujar cidades, gente que não está nem aí pro tamanho dos decibéis que seu vizinho pode suportar... contrastando tudo isso, existem as belezas naturais, aquelas cores de todas as horas, o cheiro de mato, o céu tão estrelado, onde conta-se as estrelas mesmo com as luzes acesas dos postes... Jaconé ainda inspira magia àqueles visitantes dispostos a observar ao seu redor.

O dono do chalé, Sr. Engraçado  
Então hoje, eu apareço por lá em certos carnavais quando de última hora, a gente pensa que ficar na cidade sem ir aos blocos ainda é pior que escutar os funks alheios em Jaconé. Ao menos podemos ir à praia à pé... já nas férias é outro bom argumento, porque foge-se do engarrafamento e a cidade pode ser só minha e da minha família, ou ainda daqueles visitantes de anos q amam e respeitam a cidade.

Foi assim, que depois de alguns dias pós-reveillon, pensamos em fazer uma visita ao Sr. Engraçado, pegar uma prainha por lá com as crianças e de quebra, deixar os meninos com o avô para podermos abraçar nosso roteiro seguinte.

A molecada animada pq iam pescar siri algum dia
De novo caímos na pegadinha de Janeiro.
Com o calor infernal que fazia aqui no Rio, ninguém em sã consciência vai pensar em pôr roupa de frio para ir prum lugar praiano, a apenas 1h40min de distância da sua casa, certo? Errado.
Chegamos lá debaixo de toró. Levamos apenas uma muda de roupa de frio para cada cria, sendo que duas das crianças ficariam 7 dias lá. E se o sol não abrisse? Por conta de certo erro de logística, Pacotinho foi o sorteado da vez com roupa de frio a menos. E repetindo o feito do ano passado, lá fomos nós fazer tour em Bacaxá atrás de roupa de frio que inexiste nessa época.
Agora me digam, isso é esclerose precoce, Alzheimer ou o quê?

Loura super na fase dos vestidos
Nem conto meus queridos 5's leitores, não fosse a lonjura eu viveria em Bacaxá! Vcs acreditam que encontramos uma lojinha de shopping que vendia calçados infantis a R$19,90? Pois é, comprei tênis escolar pro Sr. Cabeça de Bolinha,  sandálias pra Dona Miúda, q a propósito ela não tira mais o pé... infelizmente, nos precipitamos e compramos no dia anterior um chinelinho em outro lugar. Assim não fosse, entraria pra lista. 

Ok que meu pai disse que aquilo tudo que se compra em Bacaxá não vale o que se paga, confirmando uma lição aprendida em Marketing no ano passado, de toda forma, a sandália que a Miúda não tira do pé ainda não arrebentou. E por R$19,90 se arrebentar agora, eu diria q foi bem gasto, haja visto que ela não tira mais do pé.

Fora a chuva que ficou por dois dias, dando lugar ao sol apenas no dia da nossa partida, foi bacana passar o dia tomando Smirnoff com limão, depois cozinhar pra família, depois obrar enquanto tentava achar o sinal do celular no banheiro (quem nunca?), depois ficar chapada de vcs sabem o q enquanto se ouvia Milton Nascimento no Iphone para combinar com o número de estrelas no céu.

Sr. Cabeça de Bolinha todo bom da mamãe
Ah! Minha última noite foi muito maneira. 
Resolvi ir rodar bolsinha com meu pai enquanto Engraçadão preferiu ficar de lombra cas quionça dentro do chalé. Fui com ele até um quiosque em frente a sorveteria e taca a bater papo com os conterrâneos, meu pai muito sacana zoando geral e tals, até que ele chama pra mesa um muçulmano de nome Rachid que fala italiano, francês, sua língua pátria e craro Creide, inglês. Aproveitei horrores pra tirar as teias do meu inglês, só que o cara era tão culto e eu estava ficando tão chapada de tanta cerva, que deixei ele e meu pai confabularem. No meio disso tudo, aparece Pacotinho - O fugitivo da cama e senta na nossa mesa. Aí a farra ficou completa, só que não. =)

Depois de papo, cerveja, vinho (não pra mim), deu uma vontade louca de dançar as músicas q tocavam no Iphone. Já estava em Jaconé mesmo, resolver aderir à farofa de ouvir som alto não importando o que nego pensa, é um pulo! Fui além, peguei Pacotinho pra Cristo e nós  dois resolvemos sacudir o esqueleto ao som de David Guetta e foda-se o que os zotro iam pensar.

Terminamos a noite na barraca de pastel que eu ainda não conhecia e né? Teu nome é larica, comi que nem uma mendiga que não via um prato há décadas. 
No dia seguinte era hora de partir para nossa casa, botarmos as roupas em dia, pois pegaríamos a estrada só eu e Engraçadão.

Por hoje é só e na próxima, esse diário de bordo contará com muitas fotos de Paraty, Corisco e Trindade.

Bj na bunda, fo-fo-folks!

11 comentários:

Ane Brasil disse...

ô, sei mesmo como é partir pra'quele destino paradísiaco e dar de cara com um bandão de gente... ah, mas sempre tem uma pouco do paraíso perdido...
Sorte & Saúde pra todos
PS: pacotinho tá quase um homem!

Fernanda Freitas disse...

Manda beijos a Paraty, please. A cidade recebeu uma Fernanda que inexiste hoje, ou seja, faz teeeempo.

Fernanda Freitas disse...

Manda beijos a Paraty, please. A cidade recebeu uma Fernanda que inexiste hoje, ou seja, faz teeeempo.

Anônimo disse...

Engraçadinha, li os dois posts e só não morri de inveja, porque também visitei outro paraíso. Jaconé é uma lindeza mesmo.

Você tem filhos que estudam, então não tem como viajar fora de temporada. Mas sinceramente, não viajarei mais nessa época. Tudo fica mais complicado. Ainda assim, vocês curtiram muito o passeio. Trindade é um sonho. Paraty já não gosto mais.

Beijos

Yvonne

Lulu on the sky disse...

que achado hein? Sapatos infantis à 19,90.
Amiga, dá uma olhada no feed do seu blog. Tentei adicionar no meu e tá caindo no antigo endereço do confissões do exilio.
Big Beijos

Morena disse...

UHUUUUUUUUUU, nada melhor que compras no meio do passeio e tão baratinho!!!!

KKK como assim ele fugiu da cama?!? Que horas ele acordou no dia seguinte???

Adorei o relato! E a foto da Lola, né?!:? Coisa MAIS LINDAA!!! E repito viajar é tudo de bom, é carga de energia para mais um tempo de trabalho intenso!!!

Beijos saltitantes

Anônimo disse...

engraçadinha mode farofeira eu ainda nao conheço.rs Tô de vorta!

Unknown disse...

Erica, eu vi, mas não consegui comentar lá. =(

Unknown disse...

Obrigada Lulu! Farei isso via web! Se conseguir né? Nunca me entendi c esse negócio de feed!

Unknown disse...

Tem razão Morena. É um cansaço energizante!

Magui disse...

De repente a zoeira dos emrgentes que estão com dinheiro mas a educação não chegou na mesma proporção, não interfere em quem sabe viver e adaptar-se como vc. Viva as férias!

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