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quarta-feira, outubro 26, 2011

Do Post ao Desabafo

Depois que eu descobri que meus queridos 5's leitores são piolhentos, meu mundo ficou mais digno. Brincadeira, claro.
Não é sobre piolho que eu vou falar hoje, apesar de admitir que gostei da quantidade de visitas e comentários que recebi. Talvez eu devesse falar sobre ácaro, sei lá... ou alergias... porque ô povo hipocondríaco que me visita. Valha-me Deus!

Sabe, é um assunto meio chato, mas vou falar da minha concepção do que é maternidade. Isso pode mexer com os brios de muita gente, porque sim, tem gente que não admite que não passa de mera parideira. E mãe, bem... mãe é outra coisa.

Não raro mãe se anula. Mãe se doa, mãe se sacrifica dentro do possível e do inimaginável. Na saúde inclusive, porque tem mãe q é chegada numa doença... Mãe que é mãe entra no fim da fila. Mas não pelo fato de querer parecer uma heroína, nããão. Mas porque o amor pelo filho é prioridade sempre e isso está intrínseco. Não é uma escolha. O amor materno leva a isso. É um amor muito maior que a gente e não é recíproco. Não se iludam. O filho só será capaz de sentir essa grandeza, quando gerar o próprio filho.

Tenho uma grata amiga, que serve bem de exemplo para ilustrar. Ela é mãe de um cara, hoje casado, com um filhinho e bem suscedido na vida. 
Essa amiga é o tipo de mãe heroína. Quando esse mesmo filho era pequeno (com uns 8 anos aproximadamente), ela se viu obrigada a criá-lo sozinha, indo trabalhar fora e o deixando em casa só. Ele estudava pela manhã e da tarde para a noite, ficava só em casa até ela chegar do trabalho. Uma vizinha de muro, quando notava silêncio do outro lado procurava pô-la a par dos acontecimentos e aquietava seu coração, que claro, devia viver dilacerado.
Imagino o tipo de vida que carregava o coração dessa minha amiga. O meu talvez não suportasse essa pressão. O dela também, mas foi o que coube a ela fazer na ocasião e tudo deu certo. Deus provém sempre.
Ele não se envolveu em coisa errada, ele não se revoltou e para orgulho dela, se tornou um homem de bem. Um pai que saberá passar bons valores ao seu filhote.

Tem ainda aquelas mães superprotetoras que sufocam seus filhos e não deixam que eles dêem nenhum passo em direção à liberdade. Não conheço nenhuma mãe assim. Não a fundo. 
Mas não creio que um medo exagerado exposto na criação, traga algo de bom a crianças que vivam debaixo dessa rede de proteção. É o mesmo que ensinar o filho a andar de bicicleta e nunca largar o guidon. 
Como ele aprenderá?

Posso falar de cadeira, daquelas mães que amam bebês, mas não sabem lidar quando eles crescem. 
Elas adoram que seus filhos não tenham personalidade. Elas amam poder escolher por eles, pensar por eles, alimentá-los sem que eles emitam som de contrariedade. No entanto, esses bebês já não existem mais. E para esse tipo de mãe, recomendo: Hoje existem bonecos que são a réplica de bebês reais. 
Esse tipo de boneco pode causar polêmica no entanto, se você esquecê-lo no carro, chegando a confundir os passantes. Cuidado!

Não gosto desse tipo de mãe. 
Não gosto de mães que não "erram" e arrotam por aí sua perfeição enquanto seres humanos. Na prática não vejo mudanças. Na prática, junto a seus familiares, vejo o mesmo umbiguismo, vejo o mesmo egoísmo, a mesma pessoa de antes. 

As crianças crescem, pensam por si próprias e têm suas próprias opiniões e vontades. Têm o direito de se expressar inclusive, está no estatuto da criança e do adolescente!

Pode-se aprender muito com elas se tivermos respeito e humildade por esse ser humano em formação. É divino ter contato com crianças. A gente revisita nosso passado e tem a oportunidade de rever os próprios valores. 
Adultos que não tem a capacidade de entender isso, são pessoas atrasadas certamente (não estou aqui me referindo àqueles que optam por não ter filhos, mas dos que tem filhos, que fique claro!). 

Infelizmente, esse atraso ainda reside nos pais. Reside nos avós, infelizmente. Reside nas pessoas que nunca tiveram o trabalho de se responsabilizar por seus próprios rebentos, porque estavam ocupados demais cuidando das próprias misérias e porque tinham quem fizesse esse papel por eles. Portanto, elas repetem os mesmos erros com os netos.

Eu, a mãe leoa, a Super-Wanessa (piada infame - favor não me processar!) gostaria muito de impedir que meus filhos passassem pelos problemas q eu passei na juventude. Apesar de entender, que com eles, a história pode ser totalmente diferente; meu instinto leão, tem vontade de poupá-los da convivência de certas pessoas. 
Acho q não posso ou não tenha esse direito.  Gostaria de tê-lo.
Que tipo de pessoa valoriza coisas materiais em detrimento de pessoas?
Isso é tão inadmissível na minha concepção... 

Rá... enquanto isso, essas mesmas pessoas vêm me perguntar em qual estágio evolutivo se encontram... 
No estágio primário da miséria da alma, tá bom pra vc?

Me poupe.

5 comentários:

Tatilda disse...

Ai amiga, eu tenho tanto medo de ser alguma dessas mães q vc citou ai em cima... tenho certeza q ainda tenho muito a aprender, tenho muito a ensinar e tenho MEDO, mtos medos... medo do q esta por vir, medo de não dar conta do recado qdo Carol CRESCER? Sabe? Eu ja to surtando com as birrinhas delas, imagine qdo ela aprender a falar e me ENFRENTAR! Deus dai-me sabedoria e PACIÊNCIA...rs
Bjs

Dani Antunes disse...

#tenso define.

Não pretendo ser mãe, e acho que um dos principais motivos é o pavor de fazer merda na criação de uma criança, que vai depender única e exclusivamente de mim. Tenho medo de ser mais errada do que sou agora que "falo por mim", de estar sempre errada, de criar um monstro mimado e cheio de frescuras, por eu ser essa babaca com crianças que você bem conhece. Enfim...

Tenho um caso complicado na familia que me assusta. De tão mimada, uma prima minha é a mais nojenta das criaturas. Ninguém aguenta. Posso com isso não, viu! Não quero que um filho meu vire uma "prima" (pra ñ citar nomes, you know) completamente diferente de mim, que não levou pra si os valores dos pais.

Se for diferente de mim pro bem, perfeito. Agora, não sendo... Na boa, não sei se "vergonha" ou "medo" traduzem, mas... Dá não; me cago de medo de colocar outra pessoa no mundo. #prontofalei

É isso. Isso, e o fato de eu não ter achado o pai perfeito, dentre tantos seres tão errantes quanto eu que já passaram pela minha vida.

Um dia, quem sabe, tu não vira tia dos meus também?! Por agora, só me resta babar os meus 4 sobrinhos deliciosos! ♥

Bj

Setupega disse...

eu tb nao qro ser mae... acho q nao é o momento... meu corpo nao pede isso...

Unknown disse...

Setupega, tinha q ser o marido da minha amiga!
=P

Tutti disse...

fui lendo o post e de repente me vi ali !
fiquei emocionada porque são sei se sirvo de exemplo, não sei se o que fiz foi o certo para outras mães, não sei se, outra mãe fazendo o mesmo, o resultado seria igual.

uma coisa eu sei: a frase usada antigamente de que "mãe é tudo igual, só muda o endereço" não se cabe mais nos tempos atuais. Algumas mães estão vacilando muito! Esquecendo das suas responsabilidades diante do fato de que uma "pessoinha" está sob seus cuidados e orientações. Algumas, sufocam e outras largam aos cuidados de avós, em nome da liberdade e juventude. Vejo isso dentro da minha própria família. Se esquecem que o tempo de uma mãe "aproveitar" o filho é tão curto (mais ou menos uns 10 anos) diante de uma vida inteira. Depois disso ficamos praticamente "liberadas" pra voltar a curtir a vida. Enfim...

Obs.: mandei seu blog para o filhote ler o post

bjs

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